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Lemuel, Simone, Paula, Henrique, Elaine.
Aprovado em...................
BANCA EXAMINADORA
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Profª Doutora Luci Bonini
Universidade de Mogi das Cruzes
_______________________________________________
Prof°
Universidade de Mogi das Cruzes
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Prof°
Universidade de Mogi das Cruzes
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Dedicatória
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Agradecimentos
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“A mente que se abre a uma nova idéia jamais
voltará ao seu tamanho original”
(Albert Einstein)
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RESUMO
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Índice de Figuras
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Sumário
1. INTRODUÇÃO....................................................................................10
2. A BOSSA NOVA E SUAS REFLÉXOS CULTURAIS..................... 11
2.1 A história da bossa nova.................................................................... 11
2.1.1 João Gilberto........................................................................................... 12
2.1.2 Os boêmios e seus encontros.................................................................. 13
2.1.3 Surgimento da Bossa Nova..................................................................... 17
2.2 Garota De Ipanema, Sua História E Repercussão...............................21
2.2.1Vinicius.................................................................................................... 21
2.2.2Tom Jobim............................................................................................... 22
2.2.3Criação da musica da Garota de Ipanema, a escolha de musa................. 25
2.2.4Exportação............................................................................................... 27
2.3 A Repercussão.................................................................................... 30
2.3.1Carnegie Hall e os grandes parcerias........................................................34
2.3.2 Bossa Nova nos dias de hoje................................................................... 37
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................43
4. REFERÊNCIAS................................................................................... 44
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1. Introdução
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2. A Bossa Nova e seus reflexos culturais
De acordo com o site do Itaú Cultural, a Bossa Nova foi considerada em 2007
patrimônio cultural carioca, pela renovação musical que causou e por ter expandido por todo o
mundo. Neste período o Rio de Janeiro estava vivendo um momento de grande euforia e foi
na segunda metade da década de 50 que a seleção brasileira era a campeã de copa de 1958. A
industrialização anunciava novos trabalhos e confortos modernos, e o então presidente
Juscelino Kubistchek estava para inaugurar uma nova capital no centro do país. Os jovens por
sua vez, estavam passando por um processo de mudança em seus modos de vestir, cantar e
fazer cinema. Esta renovação musical teve influência do pós-guerra e estava começando a
forte influência da televisão com grande presença nos meios de comunicação, aumentando a
participação de intelectuais junto às bases populares da música brasileira, melhoria econômica
da população e apelo nacionalista iniciada pelo governo Getúlio Vargas.
Os conceitos de beleza também estavam mudando, Madonna, Brigitte Bardot e Merlin
Monroe se tornaram padrões de beleza da época. E foi nesse período também que o cinema
dava o seu ponta-pé inicial no cinema novo com o produtor Nelson Pereira dos Santos e sua
obra “Rio Zona Norte”, o artista plástico Candido Portinari estava despontando como o
pioneiro nas artes plásticas no século XX. Foi então que o pianista e arranjador Tom Jobim
juntamente com Billy Blanco compuseram para o Rio, a música “A Sinfonia do Rio de
Janeiro”.
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2.1.2 João Gilberto
Walter Garcia em seu livro Bim Bom: a contradição sem conflitos de João Gilberto,
publicado em 1999, relatado também no site do Itaú Cultural, conta que João Gilberto nasceu
em uma família próspera do interior da Bahia, João Gilberto desde cedo demonstra
considerável desinteresse pelas aulas do colégio, sobretudo quando, aos 14 anos, ganha seu
primeiro violão, que passa a consumir-lhe sistematicamente as atenções. Influenciado pelos
artistas que ouve na praça pública de Juazeiro, o jazzista Duke Ellington, Herivelto Martins e
seu trio, Dorival Caymmi, Orlando Silva ou o grupo vocal Anjos do Inferno, integra, um ano
depois, um conjunto musical, que desfrutaria de relativo sucesso se apresentando em bailes e
clubes da região. Aos 18 anos, vai para Salvador tentar a sorte no rádio e trabalhar como
crooner, mas logo se transfere para o Rio de Janeiro.
Depois de um ano no Rio, como vocalista do grupo Garotos da Lua, é expulso do
conjunto, por se atrasar freqüentemente para os ensaios e apresentações. Freqüenta a noite
carioca e conhece músicos como Johnny Alf, João Donato, Dolores Duran e Tom Jobim, que
seria decisivo em sua carreira. Gilberto grava o primeiro 78 rotações, como solista, em 1952,
pela Copacabana, no qual registra Quando Ela Sai (Alberto Jesus e Roberto Penteado) e Meia
Luz (Hianto de Almeida e João Luiz), sem obter grande repercussão. Integra esporadicamente
outros grupos vocais, como o Quitandinha Serenaders e Anjos do Inferno, entre 1953 e 1954.
De acordo com o site do Itaú Cultural, que baseia-se também no livro Chega de
Saudade de Ruy Castro (1990), foi por intermédio de um convite do amigo Luís Telles, do
Quitandinha, que, em 1955, ele viaja para uma temporada em Porto Alegre. A estada na
capital gaúcha, tocando em algumas casas noturnas, é interrompida por novas viagens, a
primeira para Diamantina, Minas Gerais, na casa de uma de suas irmãs, onde estuda acordes,
levadas e canto, e a segunda para a Bahia (Juazeiro e Salvador). De volta ao Rio, retoma o
contato com Jobim, que o convida a participar, como violonista, da gravação de duas faixas
do LP Canção do Amor Demais (Festa, 1958), de Elizeth Cardoso. Poucos meses depois, João
Gilberto grava, pela Odeon, um 78 rotações com as faixas Chega de Saudade e Bim Bom,
Ruy Castro conta como Tom mais uma vez intercede em nome de João junto à gravadora,
especialmente por meio do amigo Aloysio de Oliveira, na época diretor artístico da empresa.
Assim o compacto é trabalhado comercialmente, enquanto o LP Chega de Saudade de 1959
( ver fig. 2) é preparado em estúdio.
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Fig.2 Capa do LP Chega de saudade. Produzido por
Aloysio de Oliveira, gravadora Odeon (1959)
Fonte:www.discosdobrasil.com.br
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algo realmente novo, que traduzisse seu estilo de vida e que combinasse mais com o seu
apurado gosto musical.
Ruy Castro narra em sua obra que o principal ponto de encontro dos músicos era o
apartamento de Nara Leão(ver fig3), cantora, violonista e considerada a musa do movimento,
Nara morava na Zona Sul do Rio de Janeiro, em Copacabana.
Apesar da efetiva participação na criação da Bossa Nova, Nara Leão fez sucesso no
lançamento do seu primeiro disco, em 1964, onde a cantora surpreendeu com o resgate de
músicas de sambistas como Cartola e Nelson Cavaquinho, e de músicas engajadas, fugindo da
temática da Bossa Nova, que só tratava de temas como o sorriso, o amor e o mar. Percebemos
que Nara, se desiludiu com a ideologia da Bossa Nova, ideologia que fazia parte da sua
realidade, já que vivia em apartamentos de classe média e não tinha contato com a realidade
dos morros cariocas; quando começou a perceber que no mundo também existia fome e
violência, ela rompeu com Bossa Nova, e passou a contar músicas de opinião; de acordo com
uma declaração da própria Nara Leão em um vídeo que pôde ser assistido na exposição Bossa
na Oca, que comemorou os 50 anos da Bossa Nova, no museu da Oca em São Paulo. Nara
leão declarou também que estava cansada da Bossa Nova, no lançamento do seu segundo LP,
o Opinião de Nara(1962).
Antes disso, durante os encontros que precediam o surgimento da Bossa Nova, nascia
a “turma” dos boêmios; que cantavam músicas como Uma batida diferente de Durval de
Andrade, sempre acompanhadas por violão e piano, como foi relatado por Eliane Lobato e
Aziz Filho em uma matéria da revista ISTOÉ, especial 50 anos da Bossa Nova, disponível no
site www.terra/istoé. Um dos primeiros a freqüentar o apartamento de Nara foi Roberto
Menescal, instrumentista e produtor e um dos principais compositores do inicio da Bossa
Nova. Carlos Lyra (ver fig. 4), cantor, compositor e violonista também morava em
14
Copacabana, conheceu Menescal no colégio e também passou a freqüentar o apartamento de
Nara.
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diferente. João encantou a “turma” com seu jeito revolucionário de tocar violão, que os
libertava do samba quadrado que até então era o que de melhor se produzia na música
brasileira. Castro diz que a partir de então, João Gilberto passou não só a fazer parte da turma,
mas também a liderar espiritualmente o movimento: “todo mundo queria aprender a tocar
como ele”. Dizia Chico Feitosa, que foi um dos poucos que conseguiu ter aulas com o próprio
João Gilberto, na época em que João esteve hospedado em sua casa.
No meio da década de 50 em Copacabana, algumas casas noturnas eram o esconderijo
da considerada “boa música” lembra Ruy Castro em Chega de saudade (2008). Uma delas era
um pequeno barzinho chamado Tudo Azul (pela cor dominante de sua decoração interior),
Tom Jobim era o pianista efetivo, e figuras conhecidas da noite do Rio não deixavam de
aparecer por lá. Havia também o Clube Tatuís, em Ipanema, onde se apresentavam grandes
violonistas e volta e meia Tom Jobim aparecia para uma "canja".Castro descreve também que
Mais tarde, no inicio da década de 60 um conjunto de casas noturnas ficaria conhecido como
“templo da Bossa Nova”, era o Beco das garrafas (ver fig. 5 ) que abrigava os amantes da
Bossa Nova e onde se apresentavam músicos amadores e profissionais.
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uma das primeiras canções da Bossa Nova, e depois marcou definitivamente sua presença
através de diversas composições com o letrista Lucercy Fiorini.
Os encontros musicais se tornavam cada vez mais freqüentes, tanto nas intermináveis
reuniões para as quais os músicos eram chamados, e onde João Gilberto, segundo Ruy Castro,
era sempre o grande mito (todas as festas prometiam a presença do violonista), quanto nos
bares e boates. Nestes, normalmente, os músicos não ganhavam para tocar, a não ser doses
gratuitas de bebida durante toda a noite. A partir desses encontros começava a surgir o ritmo
que mais tarde viria a ser conhecido como Bossa Nova.
Roberto Menescal conta no livro Agenda 2008 - 50 anos de Bossa Nova disponível no
site Digestivo Cultural que no final da década de 50, a música brasileira vivia sua fase de
melancolia.
“Ouvíamos e cantávamos sambas-canções que diziam ‘Ó Deus como sou infeliz’, ou
‘ninguém me ama, ninguém me quer’. Imaginem nós, com 20 anos de idade cantando todo
esse sofrimento!”.Lembra Roberto Menescal. Notamos aqui, que as músicas cantadas naquela
época não relatavam a realidade daqueles jovens e tampouco o momento de esperança que o
país vivia, era realmente necessário que houvesse uma mudança no estilo musical, e
comprovamos com declarações dos próprios precursores do movimento: “A juventude
daquela época precisava de musicas mais leves, mais otimistas”. Lembra Carlos Lyra. E foi
assim que começaram a surgir as primeiras manifestações do que viria a ser conhecido como
Bossa Nova.
De acordo com Ruy Castro, em Chega de Saudade, foi nesse cenário, em apartamentos
da classe média de Copacabana, que os jovens músicos se reuniam para cantar e tocar e
buscavam músicas que relatassem melhor o seu cotidiano. De tanto buscar algo diferente
acabaram achando. João Gilberto, um dia apareceu com uma batida que misturava o Samba
tradicional com a música americana. Diz ainda, que possivelmente essa batida surgiu depois
do encontro com João Donato, que já fazia no acordeão, praticamente a mesma coisa que João
Gilberto passaria a fazer no violão.
A maioria dos que relatam a Bossa Nova, definem a palavra “bossa” como uma gíria
carioca que na época significava “jeito”, “maneira”. Para Walter Garcia, músico e pesquisador
da Bossa Nova, em seu livro Bim Bom: a contradição sem conflitos de João Gilberto (1999), a
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palavra bossa significava “lábia” na gíria do Rio de Janeiro, e quando se cantou “[...] isto é
bossa nova”, a expressão ampliou o sentido da palavra. Essa expressão surgiu em oposição a
tudo aquilo que o grupo dos jovens percussores do movimento considerava superado, ou
velho.
Mas o novo ritmo não agradou a todos. Já foi chamado de "um inseticida sonoro", pelo
maestro Guerra Peixe. O cantor Sylvio Caldas afirmou: "Vai passar porque carece de
categoria", O sambista Moreira da Silva debochou. "Não gosto de goteira", disse, referindo-se
à batida ritmada de João Gilberto;como foi relatado por Eliane Lobato e Aziz Filho em
ISTOÉ, na já citada matéria comemorativa dos 50 anos da Bossa Nova, ( ver detalhes em link
1). Mas apesar da reprovação de algumas pessoas a Bossa Nova contaminou o cenário com
Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli e Nara
Leão, entre outros e a Bossa Nova se tornou o gênero musical brasileiro mais famoso no
mundo.
Durante as preparações para a gravação de Corcovado, Tom Jobim e João Gilberto
tratavam no primeiro verso: "Um cigarro e um violão / Este amor, uma canção." Até que João
Gilberto diz: “Tonzinho, essa coisa de um cigarro... Não devia ser assim. Cigarro é uma coisa
ruim. Que tal se você mudasse para um cantinho e um violão?” João Gilberto era ex-fumante
e Tom, um devorador de três maços por dia. Esse simples fato, narrado no livro Chega de
saudade, de Ruy Castro, modificou uma das canções mais importantes da Bossa Nova.
Entendemos aqui, que definitivamente, a Bossa Nova não era somente um novo jeito de tocar,
mas uma revolução musical e cultural, cujos artífices podiam até lembrar uma goteira, mas
eram delicados ao ponto de se preocuparem em propagar o tabagismo.
A nova música era totalmente diferente das canções melodramáticas, sombrias. As
letras das canções passavam a dizer: "há menos peixinhos a nadar no mar/ do que os beijinhos
que eu darei na sua boca", seguindo João Gilberto em Chega de saudade, a canção que ele
lançou num disco compacto em 1958. Nada seria como antes. "Ninguém agüentava mais o
cara mandar o garçom apagar a luz porque havia sido traído”, recorda-se Carlos Lyra. “O
Brasil era outro e a música precisava mudar."
De acordo com Ruy Castro, um dos marcos dessa mudança e o considerado o disco
que inaugurou a bossa nova foi o disco Canção do amor demais, de Elizete Cardoso, também
de 58; no qual João surpreendeu a todos com a nova batida de violão, foi o resultado de vários
anos de experiências musicais. Experiências compreendidas não só por João, mas por toda a
turma que se encontrava nas famosas reuniões na casa de Nara Leão.
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Eliane Lobato e Aziz Filho em ISTOÉ (2008), contam que país que a turma de
Copacabana sonorizava tinha esperança. "Vivíamos a 'geração faculdade', que estourava na
época. Muitos jovens nas universidades. Queríamos movimentos diferentes, roupas diferentes;
tínhamos um comportamento mais relaxado", atesta Roberto Menescal, 70 anos.
A Bossa Nova no Brasil, apesar de toda sua repercussão e do seu fácil acesso, tendo
hoje apresentações na TV aberta, (como veremos nos próximos capítulos deste trabalho) e
rádios exclusivas do ritmo; é, até hoje, considerada “musica de elite”. Notamos que esse
conceito vem desde sua criação, já que os criadores faziam parte da elite brasileira e
desfrutavam de um gosto musical mais sofisticado. Certificamo-nos através de declarações
dos próprios precursores, como Roberto Menescal; para ele, seria realmente difícil que se
produzisse música para o povão: "Éramos alienados." Registrado na matéria de Eliane Lobato
e Aziz Filho da revista ÉPOCA(2008). A matéria aponta também a opinião do produtor Luiz
Carlos Miéle, que concorda: “A galera morava bem, na zona sul, o gênero que eles criaram
traduz esse estado de espírito da juventude distante da boemia dos morros e do centro da
cidade”.
A Bossa Nova tem muitos admiradores e conquistou o prestígio dos brasileiros,
constatamos porém, que ela nunca foi cultura de massa. A definição de massa segundo a Profª.
Doutora Luci Bonini, que também estabelece a diferença entre povo e massa; é que a massa
diferente do povo, não age racionalmente por sua conta, mas se alimenta por entusiasmos e
idéias instáveis, é escrava das influências da moda. Não teria ela, então, a sensibilidade de
perceber a qualidade dessa nova música, que é sobretudo, originalmente brasileira.
De acordo com Ruy Castro, aconteceu em 1956 um encontro que marcou a história da
música brasileira; o poeta Vinicius de Moraes procurava alguém para ser seu parceiro nas
músicas da peça de teatro “Orfeu da conceição”, que ele havia trazido o rascunho de Paris; era
baseada no mito grego “Orfeu” e adaptada para os morros cariocas. Amigos em comum
sugeriram a Vinícius como parceiro Antônio Carlos Jobim.Tom e Vinícius( ver fig. 6) já se
conheciam desde 1953, no Clube da Chave, mas não eram íntimos. A parceria deu certo e
Orfeu da Conceição estreou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 25 de Setembro de
1956, e lá ficou em cartaz durante uma semana. Após uma semana em cartaz no Municipal, a
peça foi transferida para o Teatro República, onde cumpriu temporada com casa lotada por
mais um mês. Terminada a temporada da peça, Tom e Vinicius, juntos também com Menescal
que foi convidado para fazer o violão, começaram a trabalhar nas músicas da versão
cinematográfica de Orfeu da Conceição.
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Fig.6 Vinicius de Moraes e Tom Jobim
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Fig.7: Flagrante da primeira noite da Bossa Nova, o show "A
Noite do Amor, do Sorriso e da Flor", na faculdade de
Arquitetura.
Fonte: www.cifrantiga.com
Vimos aqui, que logo em seu primeiro festival, a Bossa Nova já era anunciada como
algo novo, e anunciava também qual seria o tema abordado pelas letras de sua músicas: amor
sorriso e flor.
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Insensatez, O Morro Não Tem Vez, entre outras, que resultam, em 1958, na gravação do disco
Canção do Amor Demais, interpretado por Elizeth Cardoso. Evento esse posteriormente
narrado na canção Carta ao Tom e considerado por alguns como marco inicial da Bossa Nova.
Conhece, em 1961, Carlos Lyra, outro de seus parceirinhos, com quem compõe músicas para
a peça Pobre Menina Rica e outros clássicos da Bossa Nova: Coisa Mais Linda, Você e Eu,
Minha Namorada, Primavera, Samba do Carioca, Marcha da Quarta-Feira de Cinzas. No ano
seguinte, ao lado do violonista Baden Powell, responsável por acrescentar à poesia popular de
Vinicius uma nova sonoridade com referências africanas, realiza a série de afro-sambas, que
dá origem ao disco homônimo, lançado pela Forma, em 1966.
O site releituras mostra ainda, que entre as principais composições dessa série estão
Canto de Ossanha, Bocoxé e Samba de Oxossi, às quais se somam outras gravações de
prestígio, como Berimbau, Samba em Prelúdio, O Astronauta, Samba da Bênção, Formosa,
Pra que Chorar. Nos anos1970, seu parceiro mais constante é Toquinho, 33 anos mais jovem,
com quem compõe Tarde em Itapoã, Regra Três, Mais um Adeus, Tonga da Mironga do
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Jobim, nasceu na Tijuca, e antes mesmo de alcançar a adolescência, já tinha vivido em
diversos bairros da capital fluminense. O tumultuado casamento dos pais, seguido da
separação e da prematura morte paterna, ocasionou uma seqüência de mudanças da família e o
levou da Tijuca a Ipanema, Copacabana e novamente Ipanema. Segundo o site Net Saber-
Biografias a introdução de Tom no mundo da música fez-se provavelmente por influência do
tio e padrinho Marcelo Brasileiro de Almeida, de natureza boêmia e responsável pelos
encontros musicais na casa da família. Aos 13 anos, Tom conhecia uns poucos acordes de
violão, mas a aquisição de um piano por dona Nilza, sua mãe, para a escola que criara, o
Colégio Brasileiro de Almeida, foi fundamental para seduzir o menino. Assim ele começa
sozinho a dedilhar o instrumento, mas rápido arrumam-lhe professor, um jovem alemão
formado pela Escola Superior de Música de Berlim chamado Hans Joachim Koellreutter,
importante difusor e defensor do cafonismo no Brasil. O piano ainda dividia espaço com a
vida de Garoto de Ipanema, até que, aos 17 anos, depois de alguns incidentes que inviabilizam
a vida de esportista, Tom torna-se definitivamente o dedicado freqüentador de bares e
apaixonado pela música, assunto constante nas conversas com os amigos. Tem tempo ainda
para estudar, por alguns meses, arquitetura na Escola de Belas Artes, influenciado em parte
pelo amigo Marcos Konder Neto, e chega até a estagiar num escritório, mas resolve-se pela
carreira de pianista. O site conta também que nessa época, Tom tem aulas com a professora
clássica Lúcia Branco e consecutivamente com Paulo Lima, que lhe ensina harmonia, mas a
severidade do professor acaba por afastar o aluno. Conhece, então, outro tutor, o espanhol
Tomás Gutierrez Terán, influência determinante para a apreciação que Tom teve da obra de
Vila-Lobos como também para a do maestro Ramadés Gnatalli, outro protagonista em sua
formação musical, sobretudo como maestro. Tom casa-se em 1949 e a chegada do
primogênito, Paulo, faz com que comece, mesmo com o aluguel pago pelo padrasto, a se
apresentar em casas noturnas em busca de alguns trocados.
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A biografia de Tom relatada no site Net Saber-Biografias descreve também que no
início da década de 1950, Tom emprega-se na orquestra da Rádio Clube, regida pelo ex-
professor de orquestração Alceu Bocchino, até ser chamado para assistente de direção artística
na gravadora Continental, tudo ao lado da função de pianista nas boates cariocas. Do início
dos anos 1950 datam também as primeiras gravações de suas composições, a maioria em
parceria com o amigo de infância Newton Mendonça, além de Dolores Duran e Aloysio de
Oliveira. Conhece Vinicius de Moraes, em 1956, quando este o convida a compor para a peça
Orfeu da Conceição. Notamos que nesses tempos Tom já desfrutava de algum sucesso, ainda
que não financeiro principalmente por suas composições ao lado de Billy Blanco, a gravação
de Dick Farney e Lúcio Alves, Teresa da Praia, e o LP Sinfonia do Rio de Janeiro
(Continental). A parceria Tom e Vinicius se revelaria das mais importantes para o surgimento
da Bossa Nova, quando em 1958 lança o LP Canção do Amor Demais (Festa), com
interpretação de Elizeth Cardoso, e João Gilberto, no seu jeito voz e violão, grava Chega de
Saudade, em 78 rotações. Tom assina também os arranjos de outro marco do movimento, o LP
de João, de mesmo nome que a gravação do ano anterior, com, além de Chega de Saudade e
Desafinado, outras de suas composições. Em 1962, a “santíssima trindade” da Bossa Nova
(Tom, Vinicius, João) realiza shows fundamentais para a popularização do movimento, como
O Encontro, acompanhada pelo conjunto Os Cariocas, que fica seis semanas em cartaz na
boate Au Bon Gourmet, e (sem Vinicius) o show de bossa Nova do Carnegie Hall, em Nova
York. Tom passa a década de 1960, e desde então quase toda a vida, entre o Brasil e os
Estados Unidos, onde grava inúmeros discos. A popularidade de Tom nas terras de Tio Sam o
fez ser reconhecido e admirado em todo o mundo, e suas composições, traduzidas em diversos
idiomas, seduziram intérpretes que vão de Frank Sinatra e Chat Baker a Henri Salvador ou o
pop japonês Pizzicato Five.
O autor Ruy Castro em Chega de Saudade (2008) conta que ao contrário do que as
pessoas acreditam, Tom e Vinicius não fizeram “Garota de Ipanema” no bar que se chamava
Veloso e que depois se chamou Garota de Ipanema, na rua que era Montenegro e que depois
se tornou Vinicius de Morais, esquina com Prudente de Moras (nenhum parentesco). Diz que
nunca foi do estilo da dupla escrever música em mesas de bares, embora eles tenham
investido nelas as melhores horas de suas vidas.
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Castro conta que Tom compôs meticulosamente a melodia em sua nova casa, ao piano,
na rua Barão da Torre, e seu destino seria uma comédia musical intitulada Blimp, que Vinicius
já tinha toda na cabeça, mas que nunca levou ao papel.
Vinicius, por sua vez, escreveu a letra em Petrópolis, como havia feito com a de
“Chega de Saudade”, seis anos antes. De inicio ,o título não era “Garota de Ipanema”, e sim
“Menina que passa”, e toda a sua primeira parte era diferente: “Vinha cansado de tudo/ De
tantos caminhos/ Tão sem poesia/ Tão sem passarinhos/ Com medo da vida/ Com medo do
amor/ Quando na tarde vazia/ Tão linda no espaço/ Eu vi a menina/ Que vinha num passo/
Cheia de balanço/ Caminho do mar”. Segundo Ruy Castro (2008), essa foi a primeira versão
da música Garota de Ipanema.
Quanto à conhecida história da garota que inspirou os compositores, constatamos que
é realmente verdade que foi do bar Veloso, no inverno de 1962, que Tom e Vinicius a viram
passar. Não uma, mas inúmeras vezes, e nem sempre a caminho do mar, mas a caminho
também do colégio, da costureira e até do dentista, como foi narrado pelo escritor Ruy Castro
Heloisa Eneida Menezes Paes Pinto( ver fig.11), mais conhecida como “Helô Pinhheiro”,
tinha na época dezenove anos, 1,69 m, olhos verdes e cabelos pretos longos e escorridos,
morava na Montenegro e já era muito admirada no próprio Veloso, onde entrava com uma
certa freqüência a fim de comprar cigarros para sua mãe, e saía sob uma sinfonia de “fiu-
fius”.
A garota Helô passava num doce balanço a caminho do mar, e era diariamente
associada a canção, sem saber que tinha sido eleita a sua musa. É verdade que já devia estar
desconfiando porque, desde 1962, dois bem informados rapazes da Fatos & Fotos, o repórter
Ronaldo Bôscoli e o fotógrafo Hélio Santos, que viviam atazanando-a para fotografá-la na
praia, num daqueles biquínis de duas peças que eram novidade na década de 50, e na época
ainda eram considerados ousados. Ruy Castro conta que realmente acabaram conseguindo,
mas só depois que o pai da garota, um general da linha-dura, certificou-se dos seus bons
propósitos.
Somente três anos depois, em 1965, quando Helô já tinha 22 anos e estava de
casamento marcado, é que Tom e Vinicius lhe revelaram quem ela era. A revelação de
Vinicius rapidamente se espalhou, o que criou um misto de orgulho e desconforto no general e
no noivo de Helô. Porém todos queriam conhecer a coisa mais linda e mais cheia de graça,
pois a música já era conhecida e admirada pelos cariocas. O Rio comemorava naquele ano o
seu quarto centenário e ninguém mais perfeita do que Helô para ser símbolo oficial da cidade,
com a roupinha de normalista. Percebemos aqui, mais fato que deixa evidente a influência da
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Bossa Nova na sociedade carioca daquela época, pela intenção de se nomear a musa de uma
canção como a musa de uma cidade. Castro lembra, porém, que o general e o noivo não
permitiram que Helô fosse nomeada símbolo da cidade. Dois anos depois, em 1967, o Cinema
Novo resolveu filmar a Garota de Ipanema. E quem seria mais adequada para interpretar o
papel-título? O Cinema Novo e todos os admiradores da música e da garota concordavam na
escolha. Mas, mais uma vez o General e o agora marido se interpuseram entre Helô e os olhos
do mundo.
Vinte e cinco anos depois daquela tarde no Veloso, o mundo pôde finalmente apreciar,
desta vez au grand complet, os méritos da “Garota de Ipanema”, na edição de maio de 1987
da Playboy brasileira.
Fig.10Helô Pinheiro.
De acordo com a obra de Ruy Castro, podemos concluir que a música “Garota de
Ipanema” teve grande importância para imagem da Bossa Nova, onde os compositores
exaltaram não só uma musa carioca, mas também a mulher brasileira. Mostrando também a
diversidade cultural harmoniosa deste bairro que se consagrou comoum ícone do gênero
musical dos anos 60.
Segundo o site Garota de Ipanema foi a gravação de uma versão em inglês, da canção
interpretada por Astrud Gilberto com letra de Norman Gimbel, que transformou “Garota de
Ipanema” ou “The girl from Ipanema” num sucesso mundial. Ao longo dos 25 anos que se
seguiram, a canção ultrapassou as 3 milhões de execuções em emissoras de rádio e televisão,
o que fez de Tom Jobim o segundo autor estrangeiro mais ouvido nos Estados Unidos.
Surgiram a partir daí inúmeras versões da música “Garota de Ipanema”. Algumas delas
bem diferentes do estilo que marcou a década de 50. O site Garota de Ipanema, (2008)
descreve alguns desses estilos, diz que existem gravações em piano, em orquestra sinfônica,
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em quarteto de cordas, em big band, em sextetos de jazz, em conjuntos de cocktail lounge, em
grupo de mariachis, em banda de gaita de foles, entre outras versões.
2.2.4 A exportação
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Numa feira de Londres, num elevador em Cingapura ou num mercado em Marrakesh,
é possível ouvir composições como Garota de Ipanema, Manhã de Carnaval ou Chega de
Saudade. Essas musicas não são consideradas apenas reminiscências de uma praia longínqua
de Hemisfério Sul. A canção Garota de Ipanema contabiliza 169 gravações diferentes,
inclusive nas vozes de cantores famosos, como Frank Sinatra e Ella Fitzgerald. A canção teve
sua grande repercussão devido a todos os eventos estudados neste projeto, a novidade que era
a Bossa Nova, a influências as sua histórias a qualidade de sua harmonia e de sua letra como
podemos conferi a seguir:
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goes Aaah!
2.3 Repercussões
A partir da música “Garota de Ipanema” composta por Tom Jobim, João Gilberto, e
Vinícius de Moraes (ver fig. 12), a Bossa Nova ganhou o mundo. Esse novo jeito de fazer
música com a mistura de vários ritmos fez com que a Bossa Nova tornasse um produto
genuinamente brasileiro, a música “Garota de Ipanema” por sua vez é um dos principais
frutos dessa nova geração, tendo como base tamanha repercussão das suas reproduções em
vários idiomas conseqüentemente em vários países. Segundo Inês Figueiras A música começa
a se repercutir pelo mundo quando é gravada por grandes nomes como Frank Sinatra, Nat
King Cole, Baden Powell, entre outros; é também utilizada nos dias de hoje em trilhas
sonoras de filmes e comerciais de TV. Uma das principais parcerias na Bossa Nova, que
alavancou o sucesso mundial, foi a versão em inglês da Garota de Ipanema, composta
originalmente por Norman Gimbel e interpretada por Astrud Gilberto, e em 1967 “Garota de
Ipanema” tornou-se banda do filme com o mesmo nome dirigido por Leon Hirsziman.De um
cantinho e um violão para as grandes platéias e orquestras do mundo. E 40 anos depois do seu
nascimento, a riqueza, a suavidade e o encanto da Bossa Nova não se encontraram nada que a
superasse. “Garota de Ipanema” foi traduzida para diversas línguas. Desde a inglesa “The
Girl from Ipanema” à francesa “ La fille d’Ipanema”, passando pela versão indonésia “Gadis
dari Ipanema”, a espanhola “Chica de Ipanema”. Se falarmos de “Das Mädchen aus Ipanema”
ou “Meisje van Ipanema” continuamos a falar da mesma música, que foi até cantada em
hebraico.
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Fig. 12 Capa do LP Garota de Ipanema lançado em 1967 pela
gravadora Philips, com produção executiva de Vinícius de
Moraes, arranjos Eumir Deodato e regência de Antônio Carlos
Jobim.
De acordo com Tiago Dantas da equipe Brasil Escola, em 2005 "The Girl from
Ipanema", foi escolhida como uma das 50 grandes obras musicais da Humanidade pela
Biblioteca do Congresso Americano. Ao mesmo tempo aparece uma mania de Bossa Nova no
Brasil, a Bossa Nova volta a ser trilhas de novela, volta a tocar no rádio, talvez pela febre da
Bossa Nova na Europa, vários jovens brasileiros descobrem o ritmo e se apaixonam.
Existem centenas de versões distintas da “Garota de Ipanema”, por vezes cantada por
artistas femininas como “The boy from Ipanema”. Há versões em estilos musicais tão
diferentes como punk, soul, mangue, axé, funk, hip hop ou pagode. Há gravações em piano, a
solo, em orquestra sinfônica, em quarteto de cordas, em big band, em sextetos de jazz, em
conjuntos de cocktail lounge, em grupo de mariachis, em banda de gaita de foles, entre outras
versões.
A famosa canção Garota de Ipanema contabiliza 169 gravações diferentes, inclusive
nas vozes de cantores famosos, como Frank Sinatra, que por sua vez aprendeu a cantar a
Bossa Nova com Tom Jobim e em troca, eternizou a música gravando “The girl from
Ipanema”, no blog oficial da cantora Madona, menciona que em sua turnê pelo Brasil,
interessou se em aprender a falar português por causa das letras das músicas principalmente
da Bossa Nova e em seu show realizado em 1993 (ver fig.13), no estádio do Morumbi em São
Paulo ela iniciou a passagem de som cantando “Garota de Ipanema” o que levou o público ao
delírio.
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Fig. 13 Foto de divulgação do show em 1993 no Brasil.
Segundo dados colhidos em seu blog oficial, a música “Garota de Ipanema” concedeu
à Helô Pinheiro o reconhecimento mundial por ser a musa inspiradora da obra. Ela colhe esses
frutos da sua fama até nos dias de hoje, que já lhe renderam inúmeras capas de revistas,
entrevistas, programas de TV, e atualmente possui uma franquia de lojas de biquínis com o
nome Garota de Ipanema.
No início de outubro de 2003 em Washington, o presidente dos Estados Unidos
George W. Bush recebeu o cantor Alexandre Pires (fig. 14) na abertura do Mês da herança
Hispânica, Pires representou o Brasil interpretando a música “Garota de Ipanema” e disse que
para ele era uma grande responsabilidade ao cantar uma música tão famosa para uma pessoa
tão importante como o presidente dos Estados Unidos. Segundo o site O Globo.
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Fig. 16 Sapato criado por Ronaldo Fraga
em forma de Fusca, lembrando um dos
carros mais famosos lançados naquela
época.
De acordo com o site “JBlog” O Itamaraty recebeu despachos dos EUA informando
que compareceram ao concerto 300 repórteres, fotógrafos, cinegrafistas e críticos
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especializados de toda a América do Norte e da imprensa mundial, o que deveria garantir
grande repercussão ao show de bossa nova.
Fig.17.Nota do jornal “O Globo” em referência ao evento em Nova Yorque. Do site Instituto Jobim, sem
informação de autor, sem informação de época publicada.
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Fig.18 Card do show de 1962
Mas talvez a maior parceria internacional da história da Bossa Nova tenha ocorrido 30
de janeiro de 1967, quando começaram as sessões de gravação de "Francis Albert Sinatra &
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Antonio Carlos Jobim", o disco que consolidou a projeção internacional do mestre da bossa
nova.
O site “Sojazz” conta qual foi a repercussão dessa parceria: “Sucesso Eleito melhor do
ano pela crítica norte-americana, o disco de Sinatra e Jobim chegou ao segundo lugar entre os
mais vendidos nos EUA, perdendo apenas para "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", dos
Beatles.”
Fig.20 Frank Sinatra e Tom Jobim durante a gravação do primeiro disco da dupla,
"Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim", em 1967.
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Fig.21 Thelmo Fernandes, interpreta Vinicius de Moraes, e Marcelo Serrado interpreta Tom Jobim.
Outros grandes acontecimentos foram os shows de João Gilberto após uma longa
pausa em suas apresentações. O cantor se apresentou nos dias 14 e 15 de agosto, no Auditório
Ibirapuera, em São Paulo; depois seguiu para o Rio de Janeiro, onde cantou no dia 24 de
agosto no Teatro Municipal, e por último uma apresentação em Salvador no dia 05 de
Setembro, no Teatro Castro Alves.
“Os ingressos para os shows foram vendidos em uma hora e 23 minutos na última
semana, somente pela internet e telefone”, afirma a Folha Online.
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Fig.23 Uma cadeira e um violão; assim João Gilberto se apresentou em Nova Yorque.
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Fig.25 A modelo Luiza Brunet, participou do desfile.
Fig.26 A coleção 2009 da estilista Paola Robba, apresentada no São Paulo Fashion Week.
Além dos shows, o Itaú Cultural promoveu uma exposição intitulada “Bossa na Oca”,
a exposição ocorreu do dia 08 de julho até o dia 07 de setembro de 2008 na OCA, Pareque do
Ibirapuera. A visita dos componentes do grupo que fazem esse trabalho a Oca, foi de extrema
importância, pois a exposição contava com milhares de fotos, dez curtas-metragens sobre as
diversas histórias da Bossa Nova, jukeboxes com dezenas de gravações para se ouvir, o
documentário “Clarão” de Carlos Nader, enfim um espaço de quatro andares inteiros sobre o
gênero musical que ganhou o mundo.
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Fig.27 Uma das telas de reprodução dos curtas-metragens exibidos na exposição. Ao fundo, a reprodução da
praia de Copacabana
A Bossa Nova está muito bem representada no Brasil com sua nova geração de
cantores, e um desses cantores que reproduz de forma belíssima o ritmo é Fernanda Takai. A
cantora que já havia cantado algumas canções-bossa-nova em um desfile de Ronaldo Fraga,
lançou também seu primeiro disco solo, “Onde Brilham os Olhos Seus”, no qual canta apenas
músicas do repertório da cantora Nara Leão.
Fig.28 Obra de Fernanda Takai faz releitura das músicas de Nara Leão.
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Fig.29 Fernanda Takai e o estilista Ronaldo Fraga em seu desfile. Os barquinhos flutuantes
fazem referência a música de Roberto Menescal, “O Barquinho”
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3.Considerações finais
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4. Referências
BOLLOS, Lilian. A Bossa Nova através da Crítica Musical: renovação à custa de mal-estar.
Música e Comunicação. v.1, n.15. p 56-61, 2005. Disponível em :
<http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/famecos/article/view/862>. Acesso em:
20 setembro 2008.
CALADO. Carlos. Filho e biógrafo de Jobim contam parceria com Sinatra. Postado por
FRANCO. Sérgio. 21 Janeiro 2007. Disponível em: http://www.sojazz.org.br/2007/01/filho-
e-bifrafo-de-jobim-contam.html. Acesso em: 25 setembro 2008.
CASTRO, Ruy. Chega de saudade. A história e as histórias da Bossa Nova; Companhia das
letras, 1990.
GARCIA, Walter. Bim Bom: a contradição sem conflitos de João Gilberto. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1999. disponível em: http://www.itaucultural.org.br/index.cfm?cd_pagina=2826
acessado em Outubro de 2008
GUIMARÃES, Hélio. Madonna canta Tom Jobim no ensaio. Folha de S.Paulo, 1993.
Disponível em:
http://www.minsane.com.br/extras/especiaisgirlie10anosjornaisrio.html#02 . Acesso em
setembro de 2008
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ONLINE. Folha. João Gilberto quebra jejum de shows no Brasil nesta quinta em SP. 13
Agosto 2008. http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u433120.shtml. Acesso
em: 25 setembro 2008.
POMPOSELLI. Helen. ANÁLISE: Bossa nova embala o desfile da Poko Pano. 22 Junho
2008. < http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL610192-9798,00-
ANALISE+BOSSA+NOVA+EMBALA+O+DESFILE+DA+POKO+PANO.html>.
Acesso em: 25 setembro 2008.
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