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Este desistir, contudo, não pode ser encontrado por uma mente que pensa
(na esperança de desistir desses apegos, a mente se apega ao conceito de
liberdade). O remédio que trouxe a liberdade a Byron Katie é algo que ela
chamou de "The Work", um penetrante processo investigativo envolvendo
quatro perguntas e uma "inversão".
Com "The Work" não precisamos esperar meses ou anos para resolver
nossas questões mais profundas. Quatro perguntas permitem que vários
"insights" aconteçam de forma consistente e dirigida, mostrando-nos que
tudo o que é sofrimento está baseado em um mal-entendido - o nosso
próprio mal-entendido. O resultado de compreender as coisas corretamente
é a paz.
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Quando olhamos para a realidade "como ela é" e não "como deveria ser",
passamos a ver opções e oportunidades onde antes, por estarmos cegos e
presos a crenças limitantes, não conseguíamos sequer imaginar.
Talvez pense que qualquer fato doloroso ou problemático da sua vida seja
uma oportunidade para que veja as coisas mais claramente. Após fazer "The
Work" por algum tempo, este tipo de pensamento ficará cada vez mais raro,
até que você passe a amar tudo "o que é" e sinceramente passe a esperar
por tudo o que a vida traz.
Trabalhando:
• Procure um lugar calmo e reserve pelo menos 20 minutos para não ser
interrompido.
• Agora você está pronto para fazer as quatro perguntas abaixo para
cada uma de suas afirmativas (declarações) a serem trabalhadas:
1. É verdade?
2. Você tem absoluta certeza de que é verdade?
3. Como você reage quando tem este pensamento?
4. Quem você seria sem este pensamento?
(*) Quando aplicar as quatro perguntas para a pergunta número um, talvez
queira simplificar a declaração inicial antes de você iniciar a investigação.
Por exemplo, "Eu estou zangada com Paulo porque ele não me entende"
poderia ser simplificada para "Paulo deveria me entender" ou mesmo "Eu
estou zangada".
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Após investigar cada declaração com as quatro perguntas, você está pronto
para fazer a inversão. Inversões são oportunidades para experimentar o
oposto da sua declaração inicial e ver o que você e aquele a quem julgou
tem em comum. Por exemplo:
Isto é verdade?
Poderia ser verdade que eu não entenda a mim mesma, talvez da forma como eu repetidamente não
entenda o Paulo? Se eu não entendo a mim mesma, como posso ver que Paulo também possa não me
entender? Uma outra inversão possível seria, "Eu estou zangada comigo mesma porque eu não
entendo o Paulo". Isso ecoa em você?
Seja criativo com as inversões. Elas trazem revelações mostrando quais são
suas partes, refletidas nos outros, para as quais ainda não olhou. Você pode
descobrir mais do que duas ou três inversões, cada uma delas verdadeira ou
mais verdadeira do que a resposta que você escreveu. Vá para dentro de si
mesmo a cada inversão. Permita-se senti-las profundamente.
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• Eu não preciso que ele seja gentil comigo.
• Eu preciso ser gentil com ele.
• Eu preciso ser gentil comigo mesmo.
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"Paulo não deveria gritar comigo"
invertido fica:
• Paulo deveria gritar comigo (é claro que ele faz isso algumas vezes, e essa é a realidade. Mas
a questão é: eu estou ouvindo?).
• Eu não deveria gritar com Paulo.
• Eu não deveria gritar comigo mesma (na minha cabeça, eu fico gritando comigo mesma e com
Paulo quando ele grita comigo? Quem sofre mais, Paulo que grita apenas uma vez ou eu que
repito esse grito dezenas de vezes na minha mente?).
Por exemplo, "Eu não quero ter mais nenhuma discussão com Paulo" , invertido fica "Eu quero
ter uma discussão com Paulo" e "Eu espero ter uma discussão com Paulo". E porque você
deveria esperar por isso? A pergunta número seis é sobre abraçar
totalmente a mente e a vida sem medo, estando aberto para a realidade.
Até que você veja o inimigo como amigo, The Work não está feito. Isto não
significa que você tenha que convidá-lo para sair ou jantar. A amizade é uma
experiência interna. Você pode não vê-lo nunca mais, você pode se divorciar
dele. Mas quando você pensa nele o que você sente? Paz ou conflito?
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Use as 4 questões, e respectivas sub-questões, a seguir para investigar suas
crenças. Como por exemplo: "Minha mãe não me ama.” (algumas das sub-
questões podem não ser aplicáveis)
1. Isso é verdade?
3.Como você reage quando tem esse pensamento? (Quando você acredita
neste pensamento?)
• Quando você pensa isto, qual parte do seu corpo tem alguma reação,
onde este sentimento toca em você? Durante quanto tempo esta
sensação passeia no seu corpo? Descreva a sensação.
• Quais imagens aparecem em sua mente quando você tem este
pensamento? Fique parado e observe.
• Quando foi que este pensamento ocorreu pela primeira vez?
• Como você trata com os outros quando você tem este pensamento? O
que você diz para êles? O que você faz? A quem sua mente ataca e
como? Seja específico.
• Como você se trata quando acredita nesse pensamento? É isto que
contribui para alguns vícios e você vai procurar algo para comer, para
beber, comprar (mesmo sem dinheiro), controle remoto da TV? Há
pensamentos de raiva contra si mesma? Como são eles?
• Como afetou sua forma de viver ter acreditado nesse pensamento?
Seja específico. Feche seus olhos, e observe seu passado.
• Este pensamento trazer paz ou tensão para/em sua vida?
• Para onde sua mente viaja quando você acredita nesse pensamento?
(Liste quaisquer crenças subjacentes, e questione-as mais tarde.)
• Cujos De quem são os assuntos você está em quando você tem esses
pensamentos? (Deus, do outro, seus)
• O que você ganha por manter essa crença?
• Você pode achar uma razão pacífica para manter esse pensamento?
• Que coisa terrível você presume que aconteceria se você não
acreditasse nesse pensamento? Escreva a “coisa terrível”, e a mude
para o oposto e teste/experimente para você mesmo - o oposto é
verdadeiro ou o mais verdadeiro?
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4. Quem você seria sem esse pensamento?
Inverta o pensamento
(Declarações podem ser invertidas para você mesmo, para o outro, para o oposto, e para "meu
pensamento", de qualquer forma que se aplique. Ache um mínimo de três autenticos exemplos em
sua vida onde cada inversão seja tão verdadeira quanto ou mais verdadeira que sua declaração
original.)
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