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Os relatos contidos neste diário são de minha autoria e falam sobre minha existência ao longo dos anos.
Em primeiro lugar gostaria de me apresentar, meu nome é Gregori Byron, mas podem me chamar de Senhor
Byron e essa história que vou contar são breves relatos sobre minha passagem por este mundo.
Dia 3 de Abril de 1845, esta é a data de meu nascimento. O evento ocorreu em Londres, Inglaterra. Nasci em
berço dourado sob o brasão da Família Byron. Minha mãe é Augusta Ada King, conhecida também como a Condessa
de Lovelace, a primeira programadora de computador da história, filha legítima de George Gordon Byron, 6º Barão
Byron, melhor conhecido como Lorde Byron, poeta britânico. Desde pequeno aprendi a gostar de cálculos assim como
minha mãe. Sempre fui apegado a ela, tanto que sofri muito quando a vi morrer em meus braços definhando em uma
cama, em conseqüência de um Câncer.
1852. Logo após o ocorrido com minha mãe, fui mandado para a Alemanha onde eu fiquei com um tio que me
acolheu e ajudou a estudar em casa com professores particulares.
1927. Tudo estava meio complicado nos negócios, e se intensificava com um sentimento, pelo processo em que
a economia mundial estava tramitando, muitos dos Ventrue já tinham previsão de um grande colapso nesse ramo. Tudo
começou a se complicar no dia 29 de outubro de 1929, conhecido também com o dia da “Grande Depressão”, embora
as taxas de produção industrial americana já houvessem começado a cair a partir de julho deste mesmo ano causando
um período de recessão econômica que se estendeu até 29 de outubro, quando ações na bolsa de valores de New York
caíram drasticamente desencadeando a “Quinta-feira Negra”.
Foi um caos no mercado de ações de todo o mundo, e claro afetava a nós cainitas empresários. Foi uma época
difícil, todos estavam preocupados em vender suas ações para que não houvesse problemas, porém já era tarde demais,
ninguém tinha dinheiro ou interesse em comprar ações num estado de economia tão abalado. Tudo estava um caos não
havia mais controle muitos empresários estavam achando que não conseguiriam recuperar o que haviam perdido e
muitos cometeram suicídio, até que em 1933 o presidente Roosevelt dos Estados Unidos da América assinou um acordo
que ficou conhecido como New Deal. Neste mesmo ano, graças a esta depressão, um partido da extrema direita que
prometia o controle de tudo pra os alemães toma o poder do país, comandado por Adolf Hitler. Este conseguiu a
chancelaria, pois o povo estava desempregado e descontente com o governo anterior o outro agravante foi o fato da
população ter visto em Hitler o mesmo que os italianos viam em Mussolini, muitos apoiavam o novo candidato, ou
melhor, dizendo a maioria, no entanto não fiquei na Alemanha para ver o que ele faria, meu senhor, Dom Benz, me
disse que era muito arriscado se envolver neste governo o Adolf parecia ser muito ligado ao ocultismo, e se ele tinha
tantos protetores e um grande medo de influencias externas e principalmente sobrenaturais, seria provável que não
conseguíssemos controla-lo. O apoio à Hitler foi unânime por quase todos os Ventrues da cidade de Berlin, porém não
foi aceita por meu mentor e nem por mim, e então nos mudamos para a Inglaterra e por lá ficamos até que o governo de
Hitler passasse. Ouvíamos notícias da Alemanha todos os dias, o senhor Benz tinha razão quando decidiu sair do país, a
cada dia que passava a Alemanha apenas caia em decadência, logo o país acabaria totalmente aniquilado. Participamos
da sociedade noturna de Londres até o fim da segunda guerra mundial em 1945 quando ficamos sabendo que o líder da
Alemanha Nazista havia cometido suicídio, então retornamos a Alemanha e tudo que encontramos foi uma cidade em
ruínas, os lideres e seus apoiadores estavam sem rumo, a Alemanha parecia não ter esperança. Por amor àquela pátria e
acima de tudo pensando nos lucros que teríamos futuramente Dom Benz e eu resolvemos recuperar o país apoiando o
novo governo, logo os outros ventrues da cidade nos ajudaram e começamos a industrializar e exportar produtos para o
resto do mundo, e aos pouco começamos a levantar o país com a ajuda dos próprios mortais. Perdemos muito dinheiro
no inicio, mas logo fomos recompensados com o dobro, em pouco tempo tínhamos sob nosso controle a bolsa de
valores de Frankfurt, a maior da Europa.
1997. A Alemanha já ocupava o 3º lugar em riqueza mundial e estabilidade financeira. Foi ai que meu mentor
me apresentou a proposta de começar uma vida no Brasil, a principio fiquei apreensivo, mas o senhor Benz me
encorajou a investir e estender nossa empresa ao Brasil. Nesse País tropical de dimensões continentais eu dirigiria a
Mercedes Benz, expandiria o nome da família Byron pelo submundo deste país.
Logo que cheguei, me instalei na Capital de São Paulo sob um vasto Principado, embora a região apresentasse
uma vasta área para uma empresa como a minha, São Paulo parecia muito sobrecarregada com muitas empresas eu um
mesmo centro empresarial, eu precisava de um local onde pudesse ter espaço, podendo demonstrar mais eficiência no
transporte, liberdade de produção e mão-de-obra barata, logo a região de Campinas me chamou a atenção.
Logo que partir pra o local, conheci um jovem em Campinas, que me fazia relembrar a época em que comecei
na sociedade vampírica, ele era um rapaz desgarrado e jurado de morte pelo próprio clã, tanto que sua senhora me
pediu para que cuidasse dele, como devia a esta um favor por uma negociação, decidi protegê-lo e adota-lo como
minha cria. Com o passar dos anos, tentei lhe ensinar sobre a liderança e preceitos dos nobres da Camarilla, porém seu
conceito de beleza era bem diferente da de um Ventrue, em pouco tempo percebi que ele tinha um talento nato para
seduzir as pessoas e isso poderia ser muito útil para aumentar minhas influências no mundo mortal e também na
sociedade vampírica. Assim eu ensinei a ele algo que qualquer pai Ventrue ensina a seu filho, o dom de comandar a
mente daqueles que nasceram para ser comandados, isso me gerou muito lucro e poder.
Minha missão dentro do clã é manter ligação entre os Ventrue do Brasil com os Ventrue da Alemanha assim
como os de outras localidades que queiram se estabelecer na região, além de manter contato com outros Ventrue de
toda a América Latina, dessa forma resolvendo todos os problemas que possam vir causar alguma perturbação futura ao
clã, muitos Ventrue vêm a mim em busca de soluções versáteis e seguras para lidar com outros clãs ou livrar-se de
inimigos.
Hoje em dia no Brasil controlo uma empresa de automóveis, a Mercedez Benz, localizado na Rodovia
Anhanguera. Tenho uma bela casa na região de Americana, no Iate Clube de Campinas, onde gosto de passar o tempo
lendo vários livros. À noite saio para trabalho e alimentação. Faço negócios com empresário, políticos e membros de
alta influência na sociedade regional, como meu “Braço Direito” o senhor Victor “Vick” Byron (seu verdadeiro nome é
Victorio Bonnavitta, mas foi adotado por mim como Victor Byron) costuma estar sempre comigo, embora não se
envolva com os assuntos mafiosos eu sempre o mantenho por perto, ele é muito útil para conseguir influências com
membros do meio empresarial, político e de qualquer área que eu tenha interesse em investir, além de negociações
desse tipo, Vick também cuida da parte de alimentação, ele conhece meu gosto por moças jovens e saudáveis de pele
clara e cabelos ruivos (algo que me lembre de Ursula), e trata de me trazer a presa para me manter com “saúde”,
fazemos isso durante certo período da noite em casas noturnas ao mesmo tempo me presenteio com este momento para
me distrair das preocupações do trabalho. Volto pra casa e vejo como andam as ações na Bolsa de Valores de todas as
partes do mundo, e às vezes fico parado lembrando de minha única e verdadeira amada e de como gostaria que ela
estivesse ao meu lado. Por outro lado não gostaria que ela carregasse essa maldição que levo. Sentirei saudades sempre
de minha querida Ursula.
Gregori Byron,
Clã Ventrue.