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Contracçã

Contracção,
ção, resumo e sí
síntese

Trabalho prévio para contrair, resumir ou sintetizar

Ler de lápis na mão para:


1. dividir o texto em partes ou momentos;
2. atribuir um título a cada parte;
3. sublinhar as palavras--chave a destacar;
4. assinalar os conectivos ou articuladores do discurso mais importantes;
5. organizar as ideias, descobrindo a introdução, o desenvolvimento e a conclusão;
6. registar as indicações fornecidas pelo título.

A Contracção

A contracção do texto baseia-se no facto de nem todas as palavras, ideias ou unidades de


significação de um texto terem igual importância; daí que seja possível miniaturizá-lo, des-
pindo-o de todos os elementos redundantes, sem com isto alterar a ordem das ideias que
deve ser obrigatoriamente respeitada.
Para fazer a contracção de um texto, podemos seguir as etapas apresentadas ao lado. Mas
que fazer quando temos de contrair um texto sem título, com um único parágrafo e com
poucas redundâncias?
Resta-nos, antes da redacção do texto contraído, eliminar o que é secundário e aplicar os pon-
tos 3. e 4.
EXEMPLO:

1.O texto-base, aplicados os pontos 3. e 4:


A influência de Paris prolongava-se inevitavelmente na vida artística nacional, como lugar
onde se recebia mais inspiração do que lições, pois, desde o romantismo, a aprendizagem
fora secundária e sobretudo aproximativa, em desfasamento cronológico. Agora, com a indi-
vidualização crescente das relações, não se tratava de aprender uma «escola», mas de enten-
der um ritmo cultural - e foi pior. Viana jurou pelo cubismo, em 25, ao regressar de uma via-
gem parisiense - mas que podia ele perceber da dinâmica do cubismo? E os três ou quatro
outros que regressavam de lá, por essa mesma altura, pintores ou escultores, bastou-lhes o ar
da «pátria entrevada», que dez anos atrás ainda acicatara Amadeo, para os reduzir a uma
prudência formal.

José Augusto França, A Arte em Portugal no Sec. XX

2. Contracção do texto-base:
A influência de Paris prolongava-se [...] na [arte] nacional, como [...] inspiração [...], desde o
romantismo, [...], em desfasamento cronológico. [...] com a individualização crescente das
relações, [...] foi pior. Viana jurou pelo cubismo, em 25, mas [sem o assimilar devidamente]. E
[a]os [...]outros [regressados de Paris] [...] bastou-lhes o ar da «pátria entrevada» [...] para os
reduzir a uma prudência formal.

3. Esboço de redacção final, passível de ser aperfeiçoado:


A influência de Paris chegava à arte nacional, sobretudo como inspiração, desde o roman-
tismo, e com algum atraso. Com a chegada do cubismo foi pior. Viana a ele aderiu, em 25,
mas sem o assimilar devidamente e aos outros regressados de Paris bastou a hostilidade do
público às inovações formais para os inibir.
O RESUMO

O resumo confunde-se com a contracção na maioria dos aspectos. Todavia, a ordenação das
ideias não é tão rígida quanto o é na contracção, ainda que a respeite grosso modo. A lingua-
gem que utiliza é, geralmente, mais acessível e tende a ser objectiva.
O resumo, tal como a contracção, exige a redacção de um novo texto.
O texto resumido não deve exceder 1/3 do texto-base.

A SÍNTESE
Há quem chame à síntese resumo crítico e com alguma razão, já que ela exige uma conden-
sação de texto que dê conta das ideias do autor e da sua intenção. É, por isso, menos vinca-
damente impessoal do que o resumo.

EXEMPLOS:

Resumo
Os pintores portugueses imitavam a arte parisiense, desde o romantismo, sem uma aprendi-
zagem efectiva. Com o cubismo foi pior. Os regressados de Paris, ou não o entenderam bem,
ou inibiram-se com a reacção negativa do público às inovações formais.

Síntese
O texto de Augusto França aborda a forma como os pintores portugueses têm imitado, desde
o romantismo, e com atraso, a arte parisiense, sem apreendê-la. Situando-se no período
cubista, o autor alude à inibição dos regressados de Paris diante da hostilidade do público e à
incompreensão da dinâmica cubista por parte de Viana.
Atente-se, agora, neste quadro comparativo:
Lê atentamente o texto que se segue.

1. Estamos, na coluna da esquerda, em presença de um resumo. Justifica.


2. De que forma o conhecimento do título do texto ajudou a sua condensação?
3. As três partes em que o texto foi dividido correspondem a quê?
4. Faz, agora, uma síntese do texto.

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