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A métrica do bonsai

A estética do bonsai baseia-se na reprodução, em escala reduzida, de árvores


encontradas na natureza cuja perfeição harmônica destaca-se entre as demais.
Adicionalmente, a cultura oriental chinesa ou japonesa reflete-se no significado
filosófico das formas e composições presentes nos bonsai.
Os logos períodos de contemplação da natureza que os bonsaistas fundadores
das escolas clássicas resultaram em regras que, ao seu ver, reproduzem formas das
árvores mais harmoniosas. Estes representam a perfeição estética, aos olhos da cultura
tradicional oriental, em particular a cultura japonesa, que são reflexos das grandes e
belas árvores.
Ao meu ver, as regras elaboradas para orientar a criação de bonsai são guias para
construção destas árvores em miniatura, não sendo de forma alguma grilhões que devem
cercear a liberdade criativa do artista em representar a natureza local a que o
observador refere-se. Neste contexto, não faz sentido tentar transformar árvores
encontradas em savanas africanas em pinheiros japoneses, uma vez que estes tipos de
árvores apresentam copas achatadas que não se enquadram nos estilos das escolas
clássicas japonesas. Da mesma forma, perde o sentido de reproduzir a natureza em
miniatura quando tentamos transformas árvores nativas tropicais em formas orientais.
As árvores da cada localidade apresentam suas belezas peculiares, devendo ser
apreciadas, valorizadas e representadas nos bonsai. A imposição de regras frente em
detrimento as formas naturais de cada tipo de árvore induz, inevitavelmente, a
artificialidade.
Por outro lado, para tecermos um olhar crítico sobre as regras das escolas
clássicas orientais é necessário conhecer estas regras. Justamente, a intenção deste texto
é a de apresentar de forma sucinta e concatenada a maior parte das regras que guiam a
métrica que orientam a criação de bonsai, possibilitando ao iniciante avaliar se a
aplicação de um número tão elevado de regras leva a árvores em miniatura que
representa a natureza.
Devemos ter em mente que as árvores naturais não seguem a risca os princípios
das artes visuais: LINHA, FORMA, COR, TEXTURA, COMPOSIÇÃO, DIMENSÃO,
PERSPECTIVA e EQUILÍBRIO. As imperfeições da natureza conferem a esta a sua
singularidade, não existindo árvores idênticas, mesmo que o DNA de duas árvores seja
o mesmo.

As regras do bonsai

Inicialmente, é importante conhecer a nomenclatura, em japonês, dos principais


ramos do bonsai.
Regra 1
A largura do vaso deverá ser igual a dois terços da soma do comprimento dos dois
primeiros ramos: sashi-eda (primeiro ramo) e ushiro-eda (segundo ramo).

Regra 2
A outra largura do vaso deverá ser igual a soma do comprimento do terceiro (uke-eda) e
quarto ramos (mae-da).

Regra 3
A altura da árvore deverá ser igual a seis vezes a espessura do tronco.
Regra 4
A soma dos pontos entre o nebari o primeiro ramo (sashu-eda) e o nebari e o quarto
ramo (uke-da) é igual a metade da altura da árvore.

Regra 5
A altura da árvore deverá ser igual a seis vezes a espessura do tronco na base da árvore.

Regra 6
A largura do vaso deverá ser igual a dois terços da altura da árvore.
Regra 7
A distribuição dos ângulos em que os ramos se encontram deverá seguir a seguinte
seqüência:

Regra 8
As alturas dos ramos com relação ao nebari, para uma árvore com 100 cm de altura,
devem seguir as indicações abaixo, sendo que para árvores com outras alturas as
proporções devem ser seguidas. No desenho abaixo K1=primeiro ramo e 38,1 cm é a
altura deste ramo com relação ao nebari, K2=segundo ramo e 61,68 é a altura desse
ramo com relação ao nebari, etc. Para que gosta de matemática, estas proporções
seguem a seqüência de Fibonacci.
Bonsai premiados que não seguem as regras

Regra 1 - O Bonsai não pode ser plantado no centro do vaso


Esta regra é a primeira a ir para o espaço.
Este Bonsai é um Pinus parviflora - 90 cm de altura - Seu autor é Satoyoshi
Hino. Plantado praticamente no centro do vaso.

Primeiro premio na "Sakufu exhibition" do ano de 1982. Esta exibição é


patrocinada pela Associação Nacional do Bonsai do Japão Nippon Bonsai
Association. Este é o concurso mais importante existente no nosso planeta.

Nota: Não estou aqui querendo incentivar a quebra de regras, penso que as
mesmas devem ser seguidas. Mas é preciso deixar claro que não são estes
pequenos detalhes que irão valorizar ou desclassificar um bom trabalho. Quem
conhece de regras, pensará que existem muitos outros defeitos neste Bonsai.
.
Regra 2 - O comprimento do vaso deve ser 2/3 a um pouco mais do
tamanho do Bonsai
Segunda regra a ir para o espaço.
Chaenomeles sinensis - 65 cm de altura - Seu autor é Toshinori Suzuki -
O tamanho do vaso aqui, é maior do que a altura do Bonsai. Se um
Bonsai mede 60 cm, seu vaso deve medir em torno de 45 cm de
comprimento.

Primeiro premio na "Sakufu exhibition" do ano de 1981.

Porque não plantaram este Bonsai em um vaso adequado? Pode


ser por várias razões, desde não ter o vaso adequado, que acho não ser
o caso neste exemplo, até por razões físicas. Observe as raízes deste
Bonsai, elas são extensas e isto pode ter sido o fator principal para que
não fosse usado o vaso de tamanho adequado. Para se ter certeza
mesmo, só se perguntarmos para o autor.
Então eu não preciso me preocupar com estas regras?

Claro que sim. O que estamos querendo mostrar com estes exemplos é que estas regras
nunca desclassificariam um bom trabalho. Querer classificar um trabalho baseado em
"algumas" regras é a maior bobagem.

De acordo com as palavras do Presidente da Nippon Bonsai Association, em um evento


sobre Bonsai na Alemanha, "as regras não precisam ser como um Dogma e sim uma
referencia" - Você deve tentar atingir o máximo destas regras e isto fará que seu trabalho
tenha um valor maior. Muitas vezes não conseguimos atingir estas regras em sua
totalidade e isto não quer dizer que o trabalho não é um Bonsai ou que não tenha valor.
Não fique pensando que por causa disto você pode então sair por aí "quebrando regras".
É possível distinguir quando uma determinada regra não pode ser atingida, isto é
perfeitamente possível de se perceber.

Regra 3 - O primeiro ramo ou galho deve se iniciar no primeiro terço do Bonsai


Terceira regra a ir para o espaço.
Pinus paviflora - 35 cm de altura - Seu
autor é Saichi Suzuki.

Primeiro premio "Sakufu" em 1976.

Observe que nem o primeiro terço do tronco


está livre de ramos e o primeiro ramo ou
galho está inserido abaixo do primeiro terço
da altura deste Bonsai. Estranho este Bonsai,
não é mesmo?

.
Regra 4 - A altura do vaso deve ser igual ou menor que o diâmetro da base do
tronco
Quarta regra a ir para o espaço.
Pinus thunbergiana - 53 cm de altura - Seu autor é Kyoji
Matsuda.

Primeiro premio "Sakufu" em 1991.

É perfeitamente possível observar que a altura do vaso deste


Bonsai é maior do que o diâmetro da base de seu tronco. E o
mesmo é o ganhador do concurso "Sakufu exhibition" realizado
anualmente no Japão, no ano de 1991.
Bibliografia
Antônio Celso de Castro, Regras do Bonsai,
http://www.celsobonsai.hpg.ig.com.br/artprof1.htm.

J. Carlos de la Concha Macías, Bonsai, arte vivente – Tomo II.

John Yoshio Naka, Tecnicas del bonsai, Omega,.

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