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CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS
O sistema familiar pode ser descrito como um conjunto de pessoas que permanecem
unidas ou vinculadas em função de um interesse comum ou de forças que as
permeiam, independente de que tenham consciência.
Nossa consciência individual atua para nos manter vinculados. Ela manifesta-se quase
como uma voz. Essa consciência pessoal é limitada tanto na sua percepção quanto na
sua dimensão. Ela se coloca moralmente acima. A Razão está na consciência individual.
Nas Constelações Sistêmicas é preciso deixar de lado a consciência pessoal. A solução
é abandonar a consciência individual e ir além, além inclusive do bem e do mal. O
trabalho sistêmico fenomenológico possibilita uma nova percepção, que às vezes nos
chega através dos sentidos e não necessariamente através da compreensão e da
razão. Ele nos faz olhar para algo, nos permitindo ser tocados por aquilo, mesmo que
nossa mente não entenda.
A Consciência do grupo é mais ampla e está ligada a necessidades do grupo. A pessoa
é impulsionada pelas forças do grupo. Essa consciência tem como objetivo manter o
grupo. Para se ter acesso a esta consciência é necessário que se olhe para todo o
grupo. Na verdade, não se tem acesso à consciência do grupo, só é possível observar
e perceber o efeito através de seus resultados.
Existem forças que atuam sobre a consciência de grupo, sobre o que Bert Hellinger
chama de alma. Essas forças são: pertinência, ordem ou hierarquia e equilíbrio.
Quando estas forças não são respeitadas são criados os emaranhamentos. As
conseqüências do desrespeito às ordens, os efeitos desse desrespeito são o surgimento
de doenças, conflitos, sentimentos de infelicidade. As gerações seguintes passarão a
reproduzir esses efeitos de forma inconsciente.
O trabalho com Constelações Sistêmicas nos permite acessar algo que está presente
no sistema. Para sair da consciência pessoal e ir para a consciência grupal é preciso
deixar de lado crenças, conceitos, verdades e até mesmo a consciência pessoal.
Para que a solução aconteça, vários passos devem ser dados. Nas
Constelações o primeiro passo é a revelação da dinâmica, e isso, na maioria das vezes
basta. “Final feliz” não é importante. O que importa é o reconhecimento de uma nova
ordem. E o reconhecimento de que a Constelação é só o primeiro passo. Os outros, a
alma saberá dar.
Ana Lucia Braga
Terapeuta de Constelações Sistêmicas
Terapeuta Corporal Neo Reichiana
Psicopedagoga
Consultório: Rua Abrão Caixe, 566 - Jd. Irajá - Ribeirão Preto - SP– Tel. 30215490 - 99947224
“CONSTELAÇÃO SISTÊMICA”
“Constelação Sistêmica” é um trabalho que busca na família a origem de dificuldades,
bloqueios, padrões comportamentais que trazem sofrimentos desenvolvidos pelas
pessoas ao longo da vida. Destina-se a todas as pessoas que desejam trabalhar suas
relações familiares e amorosas, separações, desequilíbrios emocionais, problemas de
saúde, comportamentos destrutivos, envolvimento com drogas, perdas e/ou luto,
dificuldades financeiras, dificuldades nos relacionamentos, entre outras dificuldades.
É uma abordagem terapêutica através da qual torna-se possível identificar as “Ordens
do Amor” dentro da estrutura familiar, trazendo à luz os profundos vínculos –
conscientes ou inconscientes - que as pessoas têm com sua família. Vem da
compreensão Sistêmica Fenomenológica, que preconiza que todo indivíduo é integrante
de um sistema, e como tal, sofre influências de outros membros do sistema.
Questões vivenciadas por gerações anteriores, como por exemplo, injustiças
cometidas, mortes precoces, suicídios, podem inconscientemente afetar a vida de seus
familiares com enfermidades inexplicáveis, depressões, novos suicídios, relações de
conflito, transtornos físicos e psíquicos, dificuldade de estabelecer relações duradouras
com parceiros, comportamentos conflitantes entre familiares, etc. E, muitas vezes, por
terem essas questões implicações sistêmicas, não mostram melhoras com as terapias
tradicionais.
Bert Hellinger descobriu que muitos dos problemas vivenciados pelas pessoas têm uma
origem sistêmica, ou seja, vêm do seio da família, muitas vezes de outras gerações.
Por amor, lealdade e fidelidade à família, quando algum antepassado deixa situações
por resolver, pessoas de gerações seguintes trarão o sentimento e o comportamento, a
ação para a resolução dessas situações, “emaranhando-se” e permanecendo, assim,
prisioneiros a fatos e eventos pelos quais não são responsáveis e muitas vezes sequer
têm conhecimento. Esta é a herança afetiva, uma transmissão transgeracional de
problemas familiares, que acaba criando uma seqüência de destinos trágicos. Ele diz
que há Ordens dentro do sistema familiar e chamou a essas de “Ordens do Amor”.
Dentro deste amor, há o amor cego, infantil, que determina os emaranhamentos, que
são as origens dos conflitos e das grandes dificuldades de uma pessoa; é o
emaranhamento que mantém determinadas dinâmicas de sofrimento dentro do
sistema. O envolvimento sistêmico sempre se dá pela conturbação das Ordens, das
regras do sistema. Este amor cego, que cria sofrimento na tentativa de trazer solução
às dinâmicas familiares, também contém a sabedoria e a solução.
E foi através desta sabedoria que Hellinger descobriu, nas “Constelações Sistêmicas”, a
possibilidade de restabelecimento da Ordem e do fluxo do amor.
Esta abordagem traz vantagens especiais quando comparada com outras formas de
terapia, como a rapidez, a profundidade e a simplicidade com que se processa.
É um trabalho desenvolvido em grupo, onde o terapeuta, a partir de um problema
trazido pelo cliente, configura o seu sistema, representando os familiares com as
pessoas do grupo.
O processo de aprendizado acontece simultaneamente com o cliente, com os
representantes e com quem está apenas assistindo. Na maioria das vezes, são
necessárias uma ou duas sessões de intervenção.
As Constelações Sistêmicas Empresariais são configuradas do mesmo modo, mudando-
se apenas do enfoque familiar para o organizacional.
Constelação Sistêmica é uma abordagem terapêutica através da qual torna-se possível identificar e solucionar
problemas e conflitos de pessoas, empresas e organizações. Vem da compreensão Sistêmica Fenomenológica,
que preconiza que todo indivíduo é integrante de um sistema, e como tal, sofre influências de outros membros
do sistema.
Nos sistemas familiares, questões vivenciadas por gerações anteriores, como por exemplo, injustiças
cometidas, mortes precoces, suicídios, podem inconscientemente afetar a vida de seus familiares com
enfermidades inexplicáveis, depressões, novos suicídios, relações de conflito, transtornos físicos e psíquicos,
dificuldade de estabelecer relações duradouras com parceiros, comportamentos conflitantes entre familiares,
etc.
Bert Hellinger, filósofo e psicoterapeuta alemão, descobriu que por amor, lealdade e fidelidade à família,
quando algum ancestral deixa situações por resolver, pessoas de gerações seguintes trarão o sentimento e o
comportamento, a ação para a resolução dessas situações, “emaranhando-se” e permanecendo, assim,
prisioneiros a fatos e eventos pelos quais não são responsáveis e muitas vezes sequer têm conhecimento. Esta
é a herança afetiva, uma transmissão transgeracional de problemas familiares, que acaba criando uma
seqüência de destinos trágicos.
Nas Constelações Sistêmicas, configurando a família através de representantes, é possível que se restabeleçam
as “Ordens do Amor”, trazendo solução às dinâmicas familiares. Do mesmo modo ocorre nas Constelações
que envolvem empresas e organizações.
A constelação Sistêmica Familiar possibilita a conscientização do papel e da forma que as pessoas estão
enredadas dentro do sistema familiar, atuando nos processos de desemaranhamento e harmonização de
vínculos em famílias que possuem casos de ressentimentos, co-dependência, relacionamentos destrutivos,
doenças psicossomáticas, alcoolismo, abortos, incesto, suicídio, mortes precoces, pessoas excluídas, conflitos
inexplicáveis etc.
O trabalho sistêmico empresarial permite uma visão clara e objetiva dos emaranhados dentro de empresas,
organizações, comércios, consultórios, departamentos etc. No campo sistêmico é possível verificar as origens
dos conflitos e experienciar novas soluções, possibilitando uma melhor dinâmica de funcionamento para a
empresa.
Nas Constelações de Casais, as dificuldades pessoais, assim como problemas de relacionamentos são
possíveis de serem configurados através de representantes, observados os inúmeros emaranhamentos que
afetam o casal e encontrar soluções adequadas para a relação.
Esta abordagem traz vantagens especiais quando comparada com outras formas de terapia, como a rapidez, a
profundidade e a simplicidade com que se processa. É um trabalho desenvolvido em grupo, onde o processo
de aprendizado acontece simultaneamente com o cliente, com os representantes e com quem está apenas
assistindo. Na maioria das vezes, são necessárias uma ou duas sessões de intervenção.
A Hierarquia é uma Força, uma Lei que atua em todos os sistemas. Ela tem a ver com a ordem nas posições,
com o lugar que cada um ocupa dentro do sistema. Nas organizações ou empresas também esta Força atua. E
quando não é respeitada, criam-se emaranhamentos. A consciência coletiva, aquela que serve como “vigia”
dentro dos sistemas, diz que o todo é mais importante que a soma de suas partes, e pede por “restauração” das
infrações desta Lei – Hierarquia -, assim como das outras Leis Sistêmicas: Pertinência e Equilíbrio. Neste
sentido, quando as pessoas estão fora de seus lugares dentro de um sistema, pode-se olhar para possíveis
emaranhamentos, que têm como efeito o sofrimento vivenciado pelas pessoas, tanto na família como nas
organizações.
Nas Constelações Sistêmicas (Familiares ou Organizacionais) pode-se ver a tentativa de restauração da
consciência coletiva. As gerações seguintes, inconscientemente, colocam-se a serviço do que aconteceu
anteriormente, tentando, por exemplo, corrigir injustiças ou reinserir aqueles que foram excluídos. Quem vem
depois acaba pagando a conta.
Cito como exemplos de situações que envolvem a Hierarquia o filho que se sente mais sábio e mais
importante que os pais. Para ele os pais têm muito o que aprender... O que este filho não sabe é que comete
uma infração contra seu sistema familiar, que possivelmente será cometida também por seus filhos, estes
últimos em defesa de seus avós. Sentir-se grande diante dos pais traz, além desta, outras confusões, conflitos,
perdas e sofrimentos na vida. Pode-se ver os efeitos disto na vida das pessoas, quando estão emaranhadas com
a Força da Hierarquia.
A precedência é clara: quem vem primeiro tem o lugar especial de primeiro. E os demais, aconteça o que
acontecer, devem respeitar o lugar desta pessoa. Muitas vezes um filho caçula deseja assumir as
responsabilidades do mais velho e paga um preço alto por isto. Muitos casais não respeitam o primeiro
parceiro. Às vezes até o chamam de “falecido”. Isso traz profunda confusão sistêmica. Quando o segundo
parceiro quer assumir o lugar do primeiro, em geral este relacionamento também não dá certo. As famílias
mistas atualmente sofrem em profundidade com esta questão, sofrimento este que é estendido também aos
filhos. A prevalência quer dizer que o que é atual prevalece sobre o que é anterior, ainda que o que veio antes
não possa perder seu lugar. Por isso, o relacionamento atual prevalece sobre os anteriores.
A Hierarquia é clara: o último vem depois dos primeiros. E o primeiro é realmente o primeiro. Quando há
uma inversão na ordem (filhos agindo como pais, por exemplo), há sofrimento sistêmico.