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Unidades de fita
Fitas: prós e contras
Até poucos anos atrás, a fita magnética era o principal meio utilizado para
fazer backup. O outro meio também utilizado, apesar de menos comum, era
o disco removível. Tanto as unidades de fita magnética quanto os drives para
discos removíveis eram equipamentos relativamente caros, e a grande
maioria dos usuários não os utilizava. Nos PCs típicos, o único meio de
armazenamento usado para backup era o disquete de 1.44 MB. No final dos
anos 80 era possível fazer o backup de um disco rígido inteiro utilizando uma
ou duas dúzias de disquetes. Logo surgiram discos rígidos de elevada
capacidade e popularizou-se o uso de imagens, sons e vídeos, resultando em
arquivos muito grandes. O disquete deixou de ser um meio prático para
fazer backup em larga escala, já no início dos anos 90. Seu uso para backup
é muito limitado. Certos tipos de arquivos gerados pelo usuário ainda cabem
em disquetes, como por exemplo, planilhas e textos. Gráficos também
podem ser armazenados em disquetes, mas quando a resolução é muito alta,
os arquivos resultantes são muito grandes e não cabem em disquetes.
Figura 36.2
Unidade de fita Onstream de 30 GB.
Tipos e capacidades
Existem vários tipos de fitas, e nem todas são compatíveis entre si. Isto deve
ser levado em conta quando as fitas devem ser usadas para distribuição de
dados para diversos computadores. É precioso ter a certeza de que os
computadores que receberão os dados possuem unidades de fita compatíveis
com o formato utilizado. Por exemplo, não poderemos enviar dados em uma
fita DAT de 4 mm para um computador que possui uma unidade de fita do
tipo Travan. Alguns padrões dizem respeito ao formato do cartucho e à
largura da fita. Outros padrões dizem respeito à forma como os dados estão
gravados na superfície da fita. A transportabilidade dos dados depende do
atendimento desses padrões. Quando o objetivo do uso de uma unidade de
fita é simplesmente fazer backup, e não transportar dados, a questão da
compatibilidade torna-se menos importante.
Figura 36.4
Cartuchos de 5¼”.
Outro cuidado que deve ser tomado é que cada padrão QIC pode ser usado
por vários tipos de cartuchos, com vários formatos. Por exemplo, o padrão
QIC-80 é usado por cartuchos DC2080 (80 MB), DC2120 (120 MB) e
DC2120XL (170 MB). Para cada padrão podem ser encontradas diferenças
em capacidades, dependendo do comprimento e da largura da fita utilizada.
Para muitos padrões podem ser usadas fitas de 8 mm ou de 1/4 de polegada
(6,35 mm). Desta forma, diferentes capacidades são obtidas. A tabela que se
segue mostra alguns padrões usados por cartuchos de de 3½” com fitas de
1/4". Note que para algumas delas apresentamos ainda o nome do modelo
que os fabricantes normalmente utilizam. Infelizmente para a maioria dos
modelos, os nomes seguidos pelos fabricantes não são padronizados.
DAT
Significa Digital Audio Tape. Este tipo de fita era originalmente utilizado
para gravar áudio de alta qualidade, e foi posteriormente utilizada para o
armazenamento de dados. Surgiu então o padrão DDS (Digital Data
36-6 Hardware Total
Storage). Como sempre ocorre em armazenamento em fitas, a capacidade
total poderá ser em média duas vezes maior utilizando compressão de dados.
Padrão Capacidade
DDS-1 2 GB
DDS-2 4 GB
DDS-3 12 GB
DDS-4 20 GB
Figura 36.5
Uma unidade de fita DAT.
Figura 36.6
Fita DAT.
Capítulo 36 – Unidades de fita 36-7
Travan
Unidades Travan utilizam uma tecnologia de gravação criada pela 3M (atual
Imation) diferente daquela empregada pelos cartuchos das séries DC2000 e
DC600. Esta tecnologia permite gravações em altas densidades, resultando
em elevadas capacidades, mas os drives são mais simples que os empregados
por outras tecnologias, o que resulta em menores custos. Ao longo dos anos
foram criados vários formatos Travan:
Padrão Capacidade
Travan-1 400 MB
Travan-2 800 MB
Travan-3 1.6 GB
Travan-4 4 GB
Tavan NS8 4 GB
Travan NS20 10 GB
Travan NS36 18 GB
8 mm
Este tecnologia é semelhante à utilizada pelas fitas DAT, apesar de que fitas
Travan também possuem a largura de 8 mm. Seria mais correto dizer
cartucho de 8 mm com gravação helicoidal. As fitas Travan, apesar de
também terem 8 mm de largura, utilizam gravação linear, ou seja, os dados
são gravados em trilhas paralelas à própria fita.
Padrão Capacidade
8 mm 3,5 GB / 5 GB / 7 GB
Mammoth 14 GB / 20 GB / 30 GB
AIT 25 GB / 35 GB
Figura 36.10
Drives AIT da Seagate.
DLT
A tecnologia DLT (Digital Linear Tape) foi desenvolvida pela Digital
Equipment Corporation e posteriormente adquirida pela Quantum. Tem
dominado o mercado de fitas nas capacidades superiores a 10 GB.
Atualmente existem várias famílias de unidades de fita DLT produzidas pela
Quantum. A tabela abaixo mostra a capacidade nativa das fitas, isto é, sem
compressão:
Figura 36.11
Unidade DLT 7000.
Onstream
Onstream é mais um fabricante de unidades de fita que produz modelos
proprietários, porém com excelente relação custo/capacidade. Suas
capacidades nativas são de 15 GB, 25 GB e 30 GB, e os drives custam entre
$300 e $700, dependendo do modelo.
Verificação de gravação
Assim como ocorre em todas as mídias usadas para backup, é altamente
recomendável realizar uma verificação nos dados gravados. Esta verificação
consiste em ler novamente os dados recém gravados. Todos os programas de
backup possuem este recurso. A verificação dá uma segurança maior aos
dados. Passamos a ter certeza de que foram gravados corretamente, não
tendo sido danificados por imperfeições na mídia. Esta maior segurança tem
um preço, que é o tempo gasto na operação. Gravar e verificar é duas vezes
mais demorado que simplesmente gravar sem verificar. Para resolver este
problema, as tecnologias mais sofisticadas possuem cabeças capazes de
gravar e ler ao mesmo tempo. Desta forma, à medida em que os dados são
gravados, é feita uma leitura imediata. Podemos desta forma desabilitar no
programa de backup a operação de verificação (que consiste em rebobinar a
fita e ler novamente os dados gravados). Estaremos assim desabilitando a
verificação por software, já que a verificação é feita por hardware de forma
automática pela unidade de fita. São as seguintes as tecnologias que utilizam
este recurso:
DAT
Travan NS
AIT
DLT
Mammoth
Capítulo 36 – Unidades de fita 36-13
DAT
DLT
Mammoth
AIT
Travan NS
Figura 36.13
Jumpers para configurar a unidade DAT.
a) SCSI ID
b) Terminador
c) Compressão de dados
Configurando o SCSI ID
Os pinos de 1 a 6 devem ser usados para programar um SCSI ID
apropriado. Esta unidade usa o barramento SCSI de 8 bits, portanto os
valores de SCSI ID permitidos são de 0 a 7. O valor 7 é reservado para a
placa de interface SCSI. Valores 0 e 1 são reservados para discos rígidos que
precisam estar ativos na ocasião do boot. Podemos então utilizar valores
entre 3 e 6.
Ou então:
Manuseio de fitas
Cartuchos de fita magnética devem ser guardados dentro do seu estojo
plástico e armazenados em local isento de poeira e umidade e sem calor
excessivo, o que prolongará a sua vida útil. A durabilidade poderá ser de 10
a 30 anos, dependendo do tipo de fita.
Figura 36.16
Proteção contra gravação em uma fita
DAT.
Figura 36.17
Unidade de fita DLT4000 - Cortesia da
União Digital www.uniao-digital.com.br.
A figura 18 mostra um cartucho usado para esta unidade. Esses cartuchos, as-
sim como os cartuchos de limpeza, podem ser encontrados em lojas
especializadas em mídias magnéticas para informática.
Figura 36.18
Cartuchos DLT.
Figura 36.21
Instalando o Seagate Backup Exec.
Capítulo 36 – Unidades de fita 36-23
Terminada a instalação devemos reinicializar o computador. A unidade de
fita será novamente detectada e seus drivers serão instalados. Passará então a
constar corretamente no Gerenciador de Dispositivos (figura 22).
Figura 36.22
A unidade DLT4000 está corretamente instalada.
A unidade está pronta para ser usada. Devemos fazê-lo através do programa
Backup Exec.
Figura 36.23
O grupo Backup Exec.
Para sermos avisados para fazer backups com horários marcados de forma
automática devemos executar o programa Backup Exec Scheduler. Podemos
programar, por exemplo, a realização de backups automáticos diariamente,
em um horário de pouca utilização. Será então apresentado um quadro no
qual programamos o horário de realização de backups automáticos (figura
24). No caso escolhemos meia noite, às segundas feiras. Neste dia será feito o
36-24 Hardware Total
backup total. Nos demais dias da semana será feito backup apenas dos
arquivos novos e modificados depois do último backup (backups diferenci-
ais).
Figura 36.24
Backup total às segundas feiras e diferenciais nos demais dias.
A figura 25 mostra o Backup Exec pronto para utilização. Observe que o dis-
positivo de backup selecionado (Where to back up) é a nossa unidade de fita
DLT4000 (ou DEC TZ88).
Capítulo 36 – Unidades de fita 36-25
Figura 36.25
O programa Backup Exec.
Figura 36.26
Ferramentas para a mídia.
36-26 Hardware Total
Encontramos também no menu Tools, além de outros comandos, o
Recovery Diskettes. É usado para gerar os disquetes de emergência, os
mesmos que são gerados quando usamos o Backup Exec pela primeira vez.
Manuseio do cartucho
Os cartuchos DLT devem ser manuseados com muito cuidado. É preciso
tomar cuidados especiais em relação a agentes nocivos como poeira, choque
mecânico, calor, campos magnéticos e umidade.
1) Levantar a alavanca
2) Inserir o cartucho, prestando atenção na orientação correta
3) Levar o cartucho até o final do seu compartimento
4) Abaixar a alavanca
Figura 36.29
Proteção contra gravação.
Assim como ocorre com outros tipos de unidades de fita, as unidades DLT
precisam ser limpas periodicamente, utilizando um cartucho de limpeza. As
unidades DLT possuem um LED que informa ao usuário quando é
necessário usar o cartucho de limpeza. Para fazer a limpeza basta colocar o
cartucho e aguardar alguns segundos. LEDs piscarão enquanto a limpeza
estiver sendo feita e pararão de piscar quando a limpeza terminar. Devemos
retirar a fita de limpeza e guardá-la para limpezas posteriores.
Figura 36.30
Unidade Onstream DI30.
Figura 36.32
É preciso instalar o driver.
Figura 36.33
O programa Install Partner indica a
melhor forma de instalar a unidade de
fita.
Figura 36.35
A unidade está corretamente instalada.
36-32 Hardware Total
Usamos a seguir o CD-ROM que acompanha a unidade, e no menu
apresentado usamos a opção Install Onstream Echo, o software de backup
que acompanha a unidade DI30. Este software também faz com que as fitas
sejam acessadas como se fossem discos removíveis. Esta é uma característica
bastante interessante das fitas Onstream. Normalmente as unidades de fita
não aceitam operações usuais com arquivos, são apenas usadas para backup
e restore. As unidades Onstream são reconhecidas pelo Windows da mesma
forma como drives de discos removíveis. Aceitam todos os comandos usuais
sobre arquivos e pastas encontrados nesses discos. Note entretanto que este
tipo de acesso é bastante lento. É melhor utilizar a unidade de fita para
operações de backup e restore, e não para acessos usuais a arquivos.
Figura 36.36
Surgiram dois novos drives.
Figura 36.38
Painel frontal de uma unidade DI30.
Figura 36.39
O programa Echo Express.
Uma forma ainda mais eficiente de fazer backup é usando o programa Echo
Backup (figura 40). Sua operação é similar à de outros programas de backup.
Devemos aplicar um clique duplo sobre os drives dos quais queremos fazer
backup. Se não quisermos fazer backup dos drives inteiros, podemos clicar
sobre o “+” ao lado de cada drive para expandir a lista de diretórios (ou
pastas). Desta forma podemos selecionar as pastas que desejemos incluir no
backup. Na parte direita da janela selecionamos a fita na qual o backup será
realizado. Existem ainda opções para incluir no backup o Registro do
Windows, comparar os arquivos após o backup (verificação por software) e
desligar o computador ao término do backup.
Figura 36.40
Programa Echo Backup.
Figura 36.42
Checando o espaço livre em uma fita Onstream.
Figura 36.43
Indicando no Backup do Windows 98, o
uso do drive T para armazenar o conjunto
de backup.
Figura 36.44
Usando o Microsoft Backup com saída
redirecionada para “arquivo” no drive T.
Conclusão
O uso de unidades de fita são uma boa forma de fazer backups. Um outro
processo que está sendo cada vez mais usado é o oferecido por discos CD-
RW. É um processo mais rápido e de fácil utilização. Entretatno as unidades
de fita levam vantagem quando o volume de dados a serem gravados é
muito grande. Uma fita DI30, por exemplo, armazena o equivalente a 25
Capítulo 36 – Unidades de fita 36-37
discos CD-RW. Para uso profissional é mais recomendado o uso de unidades
DLT e DAT.