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P R O J E T O : IMPACTO DE UM MODELO DE INTERVENÇÃO NO


DESENVOLVIMENTO DE FERRAMENTAS CIENTÍFICAS
ESPONTÂNEAS EM CRIANÇAS DE 2 A 6 ANOS

SITUAÇÕES REALIZADAS PELOS EDUCADORES PARTICIPANTES


NO BRASIL (PORTUGUÉS)

Realização
Eliana Vianna Soares
Claudia R. Brandl
Érica R. D. Vidal

Id. No.: 1
País: Brasil

I. IDENTIFICAÇÃO
Prêmios

II. DADOS SOBRE O(S) AUTOR(ES) DA SITUAÇÃO

Nomes: Patricia R. C. dos Santos, Graciane


Cesaria Rosa.
Nível de Formação: Estudiantes de pedagogía
Tipo de Instituição: Pública
Grau em que ensina: Preescolar y transición

III. DADOS DA SITUAÇÃO

Descrição

Conta-se uma história envolvendo uma tomada de decisão quanto a


presentear várias pessoas de uma comunidade com 4 objetos
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Se permite la reproducción total o parcial de este material, siempre y cuando se cite a
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diferentes. A criança precisa decidir quanto aos prêmio justificando sua


atitude.

Consigna

Inicialmente se conta a seguinte história: a Prefeitura de uma cidade


quer presentear 3 pessoas de sua comunidade: o médico, o padeiro e o
professor. O Prefeito tem 4 prêmios: um termômetro, uma caixa com
giz, um saco de farinha e uma caixa contendo canetas. Você poderia
ajudar o Prefeito a decidir sobre quem vai receber qual prêmio? Preste a
tenção. Como você tem 4 prêmios e 3 pessoas para presentear, uma
delas iráreceber 2 prêmios.

Material

- 3 Bonecos representando médico, padeiro e professor; e 4 caixinhas


representando os prêmios.

Idade

3 a 5 anos

IV. DADOS SOBRE FERRAMENTAS CIENTÍFICAS

Classificação

V. ASPECTOS METODOLÓGICOS DA SITUAÇÃO

Análise da Tarefa

A situação exige o uso da ferramenta classificação já que a decisão


envolverá uma correspondência entre a utilidade do prêmio e a
profissão do escolhido. Exige-se a compreensão da profissão
desempenhada por cada um, para que a correspondência tenha alguma
lógica. A inclusão da caixa 4, contendo uma caneta, funciona como
complicador já que num primeiro momento poderia ser dada a qualquer
um dos participantes. Concordar com esta possibilidade supõe este
entendimento desta condição.
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Em termos objetivos a solução mais apropriada seria a do sorteio da


caneta entre os participantes. Defender esta solução significa ter
compreendido a possibilidade de que o elemento caneta possa estar em
qualquer dos conjuntos.

Em termos subjetivos, apesar da criança compreender que a caneta


pode ser dada a qualquer um, escolherá um deles usando um critério de
merecimento ou por um ato de vontade própria.

Níveis de dificuldade

Esta situação não apresenta níveis de dificuldade diferenciados.

Análise do Desempenho Real

Maira: 5 anos
Maria não teve dificuldade em distribuir ao médico, o termômetro, ao
professor o giz e ao padeiro o saco de farinha. Quanto a caneta, num
primeiro momento falou que o padeiro não precisaria dela, mas depois
concordou que poderia ser necessária para fazer contas. O exercício da
argumentação e contra argumentação entre pesquisador e pesquisado
foi interessante pois incentivou a criança a justificar sua decisão.
Finalmente, Maria resolveu que poderia fazer um sorteio da caneta,
mostrando que compreendera a condição de pertenência comum a
todos.

Erivaldo: 4 anos
Erivaldo percebeu a utilidade de cada prêmio em relação às profissões,
distribuindo o saco de farinha para o padeiro, o termômetro para o
médico e a caixa de giz para o professor. Quanto à caneta, desde o
início mostrou-se irredutível em relação a possibilidade de servir para
todos os personagem insistindo que a caneta deveria ser dada para o
professor já que trabalha o dia inteiro escrevendo, atribuindo valor e
escala de importância para sua decisão.

VI. CATEGORIAS DA SITUAÇÃO

Meio fim

A criança deverá distribuir os prêmios de acordo com o critério de


correspondência entre o objeto e a profissão seguindo uma lógica
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embutida na classificação. O fim seria a distribuição dos prêmios e o


meio seria a operação mental da classificação. Como a caneta pode ser
alocada para qualquer uma das três profissões, a alternativa do sorteio
surge como a mais apropriada. Qualquer outra solução para a caneta
envolveria critérios não lógicos.

Tem várias soluções

Do ponto de vista lógico não há outra solução, a não ser o sorteio da


caneta.

Apóia-se em verbalização

Considerando que a argumentação torna-se mais rica a respostas,


então a verbalização é necessária.

VII. CUALIFICACIÓN DA SITUAÇÃO

Nivel 2
5

Id. No.: 2
País: Brasil

I. IDENTIFICAÇÃO
"Gangorra"

II. DADOS SOBRE O(S) AUTOR(ES) DA SITUAÇÃO

Nomes: Alan Cristi Vieira Rocha, y Ednardo


de Almeida Bittencourt.
Nível de Formação: Estudantes de Psicologia/UFF
Tipo de Instituição: Pública
Grau em que ensina:

III. DADOS DA SITUAÇÃO

Descrição

Esta situação permite a criança experimentar as suas teorias implícitas


sobre a relação peso e distância. Ela consiste na tentativa de posicionar
em equilíbrio as bolas/pesos entre as extremidades de uma gangorra.
Isto é possível através da montagem esquemática de uma tábua fina
sustentada em seu eixo por uma mureta fixa (por exemplo, uma caixa
de sabão em pó colocada sobre o lado mais estreito) para estabilizar o
movimento de subida e descida alternadamente. Na extensão da tábua
são colocadas 4 (ou mais de acordo com o nível de dificuldade)
recipientes eqüidistantes em relação ao eixo da gangorra e a criança
deverá distribuir nestes recipientes as bolas de gude de forma manter a
tábua equilibrada. No final da tarefa será perguntada a criança se será
possível equilibrar a tábua com um número menor ou maior de bolas
que lhes foram oferecidas inicialmente. De acordo com o desempenho
da criança, o nível de dificuldade vai aumentando.

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Consigna

Distribua as bolas pelos recipientes de todos os modos possíveis para


que a gangorra fique em equilíbrio. Comece com 2 bolas de gude e vá
aumentando o número até utilizar todas as bolas disponíveis.

Obs.: O experimentador fará variar o número de bolas 3, 4 ou 5 de


acordo com desempenho da criança. A idéia geral é de investigar quão
estável são suas hipóteses quanto à questão peso/distância.

Material

- Uma tábua de madeira fina de 60 cm de comprimento, 2 cm de


largura e 2 cm de espessura.
- 4 recipientes de 4 cm de altura e diâmetro 4 cm.
- 1 caixa de sabão em pó cheia colocada em pé
- 4 (ou mais) bolas de gude de 1 cm cada

Idade

5 em diante

IV. DADOS SOBRE FERRAMENTAS CIENTÍFICAS

Experimentação e Formulação de Hipóteses

V. ASPECTOS METODOLÓGICOS DA SITUAÇÃO

Análise da Tarefa

A situação exige o uso das ferramentas Experimentação e Formulação


de Hipóteses. A Experimentação é utilizada como recurso para
comprovação das suas hipóteses em relação a tarefa a ser realizada.

Níveis de dificuldade

A tarefa apresenta níveis variados de dificuldade dependendo do


número maior ou menor de bolas.
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OBS.: Caso a criança só obtenha a solução para um número par de


bolas, o experimentador deverá recomeçar a tarefa oferecendo duas,
três, quatro, ... bolas de cada vez.

Análise do Desempenho Real

No disponiveís.

VI. CATEGORIAS DA SITUAÇÃO

Meio fim

O objetivo da tarefa é a criança conseguir equilibrar a tábua com o


número de bolas oferecidas. Para isso ela deverá, através de tentativas,
descobrir a lei de composição, ou seja a compensação entre a distância
e o peso.

Tem várias soluções

O problema admite várias soluções. As soluções mais simples são 2 ou


4 bolas eqüidistantes do centro. A compensação entre peso e distância
é a solução mais completa e interessante.
OBS.: O problema pode ser generalizado para um número qualquer de
bolas.

Apóia-se em verbalização

Não.

VII. CUALIFICACIÓN DA SITUAÇÃO

Nivel 3
8

Id. No.: 3
País: Brasil

I. IDENTIFICAÇÃO
Viagem à Australia

II. DADOS SOBRE O(S) AUTOR(ES) DA SITUAÇÃO

Nomes: Alan Cristi Vieira Rocha, y Ednardo


de Almeida Bittencourt.
Nível de Formação: Estudantes de Psicologia/UFF
Tipo de Instituição: Pública
Grau em que ensina:

III. DADOS DA SITUAÇÃO

Descrição

A tarefa consiste em pedir a criança que responda as exigências


necessárias para que alguns personagens de uma estória fictícia
ganhem bilhetes aéreos para assistirem as Olimpíadas na Austrália.
Essas exigências estão vinculadas a associações entre os nomes dos
personagens e objetos desenhados sob seus nomes em uma cartela de
papelão. As letras iniciais dos nomes dos personagens precisam ser as
mesmas letras iniciais dos objetos (na verdade não são apenas as
letras, mas também os fonemas, ou seja os sons das letras). Por
exemplo "Eliana", teria sob o seu nome o desenho e a palavra
correspondente à "Estrela", e assim por diante.

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Consigna

"Várias pessoas querem ir para a Austrália assistir as Olimpíadas. Mas


para isso precisam ter uma característica especial. Veja se você
consegue descobrir quem pode e quem não pode. Eu vou te ajudar.
Você vai pegando as cartelas e eu digo se aquela pessoa pode ou não
ganhar o bilhete. Depois de algum tempo, você precisa descobrir qual é
o segredo para ganhar esses bilhetes. Segredo a gente não fala,
guarda. Depois então que você tiver descoberto o segredo eu vou te
dizer o nome de uma pessoa e você diz o que ela precisa ter".

Obs.: Numa primeira etapa é preciso garantir que após algumas


tentativas a criança possa ter podido perceber realmente o segredo. Só
então oferecer o nome. Caso ela tenha conseguido descobrir o segredo
então será capaz de oferecer o nome de um objeto, cuja inicial seja a
mesma do nome, preenchendo assim a condição necessária.

Material

Dezesseis cartelas de cinco com 5 (cinco) cm2 onde estão escritos


nomes de pessoas e nomes de objetos além dos desenhos
correspondentes dos objetos em 8 (oito) dessas cartelas nomes e
objetos tem a mesma inicial. Nas cartelas restantes os nomes e os
objetos tem iniciais diferentes (começam com letras diferentes). Em
outras 8 (oito) cartelas deverão estar escritos apenas nomes.

Idade

6 anos em diante

IV. DADOS SOBRE FERRAMENTAS CIENTÍFICAS

Inferência

V. ASPECTOS METODOLÓGICOS DA SITUAÇÃO

Análise da Tarefa

Para realizar a tarefa descobrir o segredo é necessário concluir pela


relação, pela coincidência entre as iniciais do objeto e do nome. Para
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realizar a segunda parte, inventar um objeto para combinar com o


nome é necessário à utilização da ferramenta inferência.

Níveis de dificuldade

Apresenta um nível de dificuldade.

Análise do Desempenho Real

Francisco: 6 anos
Francisco já sabia ler precisou de apenas duas tentativas e logo
percebeu o segredo. Conseguiu descobrir a regra a partir da associação
fonemática das iniciais. Chegou ao final da situação demonstrando
prazer em realizar a tarefa. Esta criança nos surpreendeu oferecendo
uma variação para o grupo (na sala estava o experimentador e as
outras crianças da creche) "Agora eu é que vou brincar com vocês".
Mediante a aceitação desta nova tarefa proposta ele pegou alguns
objetos da sala e perguntava, mostrando o objeto, quem na sala
poderia viajar.

Cláudio: 5 anos
Ainda não está plenamente alfabetizado, sendo assim o pesquisador leu
para ele os nomes perguntou a ela quais objetos se relacionariam com
os nomes. Foi necessário ler todas as cartelas. Pediu que repetisse. O
experimentador repetiu algumas vezes e então conseguiu perceber a
regra. A partir daí em 4 (quatro) tentativas conseguiu apenas 2 (dois)
sucessos (logros).
Obs,: A diferença de desempenho entre crianças com diferentes níveis
de alfabetização motivou a verificação sobre como esta variável estaria
influenciando a situação experimental. Com objetivo de analisar esta
situação procurou-se uma criança na mesma faixa etária de Francisco
mas que ainda não estivesse plenamente alfabetizada.

Gustavo: 6 anos
Gustavo entendeu perfeitamente a consigna precisando apenas 3 (três)
cartelas para concluir sobre a regra. Também com facilidade realizou a
segunda parte da situação.
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VI. CATEGORIAS DA SITUAÇÃO

Meio fim

O fim corresponde a associar adequadamente os nomes e objetos. E o


meio corresponde a descobrir o segredo.

Tem várias soluções

Não, apenas uma.

Apóia-se em verbalização

Sim, pois envolve o diálogo com o experimentador e eventualmente


com as outras crianças a sua volta.

VII. CUALIFICACIÓN DA SITUAÇÃO

Nivel 2
12

Id. No.: 4
País: Brasil

I. IDENTIFICAÇÃO
Guardando carros na garagem

II. DADOS SOBRE O(S) AUTOR(ES) DA SITUAÇÃO

Nomes: Elizabeth Vieira da Silva Diniz, y Ezi


Teixeira.
Nível de Formação: 3ºGrau completo
Tipo de Instituição: Pública
Grau em que ensina: Educação Infantil

III. DADOS DA SITUAÇÃO

Descrição

A garagem estreita de uma casa é possível guardar somente três carros


enfileirados. O problema desta tarefa está na organização da entrada
dos carros para que esses correspondam a uma ordem que permita ao
pai (médico) sair a qualquer momento para atender sua paciente
grávida sem precisar incomodar os outros componentes da família.

Consigna

Nesta casa mora uma família composta pelo pai, a mãe e o filho e cada
um possui o seu próprio carro. Todos os carros ficam guardados na
mesma garagem. Hoje eles chegaram juntos em casa, só que não
sabem como irão arrumar os carros na garagem. Já que o pai, que é

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médico, precisará sair a qualquer momento para atender uma paciente


grávida que está para ter o filho. A mãe, que é professora, sai todos os
dias pela manhã e o filho sai todos os dias para trabalhar depois do
almoço. Agora como você(s) poderia(m) ajudá-los a descobrir uma
maneira de colocar os três carros na garagem, de tal forma que ao sair
um não precise incomodar o outro.

Material

- Maquete de uma casa com garagem estreita ou apenas de uma


garagem.
- Três carrinhos de brinquedo com tamanho compatível com a garagem.

Idade

3 a 6 anos

IV. DADOS SOBRE FERRAMENTAS CIENTÍFICAS

Planejamento.

V. ASPECTOS METODOLÓGICOS DA SITUAÇÃO

Análise da Tarefa

A criança para a realização da tarefa deverá organizar os carros na


garagem, observando a relação desta organização com o horário de
saída de cada um dos personagens envolvidos. A criança deverá realizar
as correções, se houver necessidade e reestruturar a estratégia
utilizada.

Níveis de dificuldade

Apenas um.
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Análise do Desempenho Real

Todas as crianças experimentadas obtiveram um desempenho


satisfatório. Apenas foi observado um pouco mais de dificuldade, devido
à coordenação motora, em crianças menores. Como não era o objetivo
desta situação averiguar a capacidade motora de cada criança, ficou
definido que em um segundo momento a situação seria aplicada com a
utilização de uma garagem menos estreita.

VI. CATEGORIAS DA SITUAÇÃO

Meio fim

O objetivo final é arrumar os carros na garagem, obedecendo à


condição estipulada. O meio corresponde a capacidade de alocar
espacialmente os carros.

Tem várias soluções

Não

Apóia-se em verbalização

Não

VII. CUALIFICACIÓN DA SITUAÇÃO

Nivel 3
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Id. No.: 5
País: Brasil

I. IDENTIFICAÇÃO
Encontrando o Caminho com os “Órgãos dos Sentidos”

II. DADOS SOBRE O(S) AUTOR(ES) DA SITUAÇÃO

Nomes: Fábia Lisboa da Silva


Nível de Formação: Estudante de Medicina da
Universidade Federal Fluminense (8º
período)
Tipo de Instituição: Pública
Grau em que ensina: Crianças de 2 a 6 anos

III. DADOS DA SITUAÇÃO

Descrição

A tarefa consiste em propor a criança que ajude um personagem R. a


encontrar o caminho para a casa de um amigo. Ela não sabe o
endereço. Precisará aproveitar algumas pistas e tomar decisões. Em
vários pontos do caminho há locais, acidentes geográficos ou objetos os
quais precisarão ser identificados. A criança deverá fazer esta
identificação utilizando todos órgãos dos sentidos, porém um de cada
vez. Há uma condição restritiva : cada órgão só poderá ser utilizado
uma única vez. Esta condição impõe a necessidade da escolha mais
adequada, ou seja a decisão sobre o momento mais apropriado para a
utilização do órgão tendo em vista, não apenas o estímulo, mas
sobretudo o momento de sua utilização. Para esta decisão ser acertada,
precisará ter a visão do contexto global.

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A criança estará diante de um painel (de cartolina) com ilustrações


relacionadas com as pistas que estarão próximas aos pontos de
referência permitindo a criança saber o caminho a ser tomado. No
painel, próximo às pistas, a criança irá colocando as fichas com os
nomes dos órgãos dos sentidos (olhos, ouvido, nariz, língua, mãos)
utilizados para descobrir os caminhos corretos a tomar. A atividade
constará de um primeiro momento de etapa de familiarização para
verificar se a criança compreende a função de cada órgão dos sentidos,
pois necessitara desta compreensão para poder planejar a ordem em
que as usará. A criança conhecerá todas as pistas no início da atividade
para poder escolher os órgãos dos sentidos a serem usados. Serão
entregues a elas fichas contendo o nome e ilustração (figura ou objeto
que represente o órgão) dos sentidos. A criança poderá por as fichas
próximas às pistas e explicando o motivo de sua escolha.

Outra forma de fazer esta atividade incluiria após a etapa de


familiarização, a criança poder fazer perguntas para responder suas
dúvidas. O educador então lerá as pistas, colocando-as no painel junto
às situações e a criança acompanharia com as fichas na mão para
melhor fazer suas escolhas.

Depois, ela teria o tempo livre para se organizar e planejar o que fazer.
O problema a ser resolvido consiste em que a criança só pode usar um
órgão do sentido em cada ponto de referência para cursar todo o
trajeto. Devendo analisar a função do órgão com a situação em
questão, podendo ou não perceber diferentes possibilidades.

Obs.: Após a realização da atividade a criança pode ser convidada a


explicar o motivo da disposição de suas fichas. É desejável também que
seja questionada sobre o que achou da atividade e se teria outra forma
de resolvê-la. Esta última etapa permite explorar melhor a atividade
mental subjacente.

Consigna

Roberto convidou você para ir na casa dele, como ele não lhe deu o
endereço você terá que seguir algumas pistas. Para tanto, disporá de 5
pistas diferentes ao longo do caminho. Para encontrar o caminho certo
você deverá utilizar apenas um órgão do sentido, sem poder repetir
nenhum deles.
As pistas serão:
1ª No início do caminho há uma escola, um baile e um curso de violão.
O caminho a seguir é o curso de violão.
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2ª Ao continuar, o caminho certo é o que passa pela cachoeira.


3ª Depois da cachoeira, deve-se virar à direita onde há a casa do Seu
João que cria porcos.
4ª Logo depois da casa do Seu João, há um mercado de frutos e uma
padaria. O caminho a seguir é o da padaria.
5ª À esquerda da padaria há 5 casas, uma com porta de ferro
vermelha, uma com porta de ferro azul, uma com duas portas, uma
com porta de vidro e uma com porta de madeira. A cada do Robertinho
é a de porta de vidro.

Material

Painel feito com cartolina e colagem de figuras diversas; pistas e fichas


feitas com cartolina colorida.

Idade

4 a 6 anos

IV. DADOS SOBRE FERRAMENTAS CIENTÍFICAS

Planejamento e Inferência.

V. ASPECTOS METODOLÓGICOS DA SITUAÇÃO

Análise da Tarefa

A atividade foi elaborada buscando algum tema que fizesse pensar


sobre o funcionamento do próprio corpo e a sua relação com o meio. A
criança não precisa saber quais os órgãos dos sentidos ou já tê-los
estudado formalmente. Durante a explicação da atividade, a criança
será questionada sobre como consegue perceber e conhecer as coisas
que estão ao seu redor. Com o auxílio do educador, responderá sobre a
função de cada órgão do sentido, demonstrando ou não noção suficiente
para realizar a atividade. Poderá ser realizada individualmente ou em
pequenos grupos. A atividade apresenta alguma variação de solução
(vide o desempenho das crianças).

A ferramenta inferência é necessária para permitir a associação entre a


natureza dos estímulos (olfativos, gustativo, auditivos, visuais, táteis) e
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os órgãos dos sentidos correspondentes (olfato, paladar, audição,


visão,tato). Quanto à ferramenta de planejamento é necessária já que,
na consigna, os órgãos dos sentidos não podem ser repetidos, ou seja,
é necessário um escalonamento.

Níveis de dificuldade

Apresenta sempre o mesmo nível de dificuldade.

Análise do Desempenho Real

Quanto ao desempenho real da criança, todas foram capazes de


resolver a atividade, sem grande dificuldade e também souberam expor
suas dúvidas e explicar sua resolução. A partir da atividade, alguns
temas poderiam ser desenvolvidos na escola e a atividade seria
realizada em grupos menores de alunos ou individualmente, adaptando
o material. Assim também se ela for usada para crianças menores do
que o previsto. Desempenho das crianças:

Felícia: 5 anos
Quando as fichas lhe foram entregues, ela as organizou uma acima da
outra sobre a mesa para visualizá-las. Seguindo as referências, iniciou
com as fichas ouvido e mãos, e depois pôs as fichas nariz e língua
próximas à figuras de frutas e padaria. Então a observadora disse que
para aquela pista ela só poderia escolher um órgão do sentido. Ela
modificou e ordenou: ouvidos, língua, nariz, olhos. Disse que achou a
atividade mais para fácil e gostou da mesma; levou aproximadamente
5 minutos para resolvê-la. E quando indagada sobre outra solução,
respondeu que próximo aos porcos, poderia colocar também as fichas
mãos e olhos.

Larissa: 5 anos
Quando recebeu as fichas, ainda estava com dúvidas . Estava pensando
em como usaria seus órgãos dos sentidos para resolver o problema.
Então foi explicado novamente que deveria usar apenas as fichas com
os nomes dos órgãos do sentidos. Ordenou as fichas da seguinte forma:
mãos, ouvidos, nariz, língua, olhos (a criança foi expondo cada ficha
enquanto segurava todas elas juntas). Disse que achou a atividade bem
legal, mas que pensou que iria passar por todas as situações “de
verdade”, tendo que usar cada um de seus órgãos dos sentidos.
Ordenou com uma nova resolução: ouvidos, olhos, nariz, língua, mãos.
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Tentou trocar a ficha língua, mas achou que não poderia colocá-la em
outro local.

Fellipi: 6 anos
Após receber as fichas perguntou “Como vou usar os ouvidos?” e
abaixou os ouvidos próximos à cartolina achando divertido. A
observadora explicou novamente que não deveria usar seus órgãos dos
sentidos, mas apenas as fichas que os representavam. Ordenou as
fichas: ouvido, olhos, nariz, língua, mãos. Disse que achou a atividade
“maneira”, interessante e fácil. Quando perguntado se poderia trocar a
ordem, disse que estava bom daquela forma, mas foi novamente
estimulado e então colocou as fichas olhos primeiro e ouvidos em
seguida.

Bernardo: 5 anos
Quando sugerido a começar, já foi logo colocando uma ficha na primeira
situação, então a observadora lhe disse que poderia primeiro analisar
todas as situações e pensar na ficha que poria em cada uma, e trocar
se quisesse. Ele ordenou: olhos, ouvidos, nariz, língua, mãos. Disse que
a atividade era educativa, que estimulava os órgãos dos sentidos, que
era fácil, era só pensar bem no que iria colocar. Questionado sobre
outra forma de ordenar: ouvidos, mãos, nariz, língua, olhos.

Rodolfo: 5 anos
Enquanto a atividade lhe era explicada, estava um pouco distraído e
disse que não sabia fazer. Ordenou: olhos, ouvidos, nariz, língua, mãos.
Ao terminar, disse que tinha errado tudo. A observadora lhe perguntou
se não tinha conseguido chegar ao fim com a ordem que havia colocado
as fichas e ele disse que sim. A observadora lhe falou que não existia
apenas uma resposta certa. Achou a atividade legal, um pouco difícil, e
que se fosse “verdadeira” seria mais fácil. Quando questionado sobre
outra proposta, balançou a cabeça negativamente, mas foi novamente
estimulado e o fez: olhos, língua, ouvidos, nariz, mãos.

Cada criança foi convidada a explicar o porquê de sua primeira


ordenação e elas o fizeram relacionando a função do órgão com a
situação referente.
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VI. CATEGORIAS DA SITUAÇÃO

Meio fim

A situação, inicialmente, não necessita de modificações, apenas é


importante que seja melhor esclarecido sobre o uso das fichas com os
órgãos dos sentidos e que não serão usados os órgãos dos sentidos das
próprias crianças. A situação realmente indica um problema a ser
resolvido. É interessante que a atividade se assemelha a um jogo, e a
criança percebe que não há apenas uma solução. Há um nível de
inferência que determina o desempenho, fazendo que uns levem menos
tempo que outros. Diante de um recurso simples, a criança, ao final
estabelece uma ordenação para as fichas, mas com um conteúdo
justificando a ordenação e identifica as várias possibilidades de se
reconhecer o meio com os órgãos dos sentidos.

Tem várias soluções

A atividade apresenta mais de uma solução, e as soluções propostas


pela criança dependem de suas inferências.

Apóia-se em verbalização

A atividade não se apóia na verbalização. Entretanto o diálogo durante


o experimento favorece a observação da capacidade argumentativa da
criança.

VII. CUALIFICACIÓN DA SITUAÇÃO

Nivel 3
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Id. No.: 6
País: Brasil

I. IDENTIFICAÇÃO
Arrumando o quadro de animais

II. DADOS SOBRE O(S) AUTOR(ES) DA SITUAÇÃO

Nomes: Adriana Cordeiro da Cruz Silva


Nível de Formação: Psicóloga, Bacharel e Licenciada em
Psicologia
Tipo de Instituição: Privada
Grau em que ensina: Coordenadora (12 meses a 6 anos)

III. DADOS DA SITUAÇÃO

Descrição

A atividade consiste na arrumação de objetos (bichos de plástico) em


um quadro de acordo com indicações (pistas) que serão dadas
verbalmente à criança durante a execução da tarefa (Para facilitar a
visualização da tarefa foi proposto que a organização do material viesse
antes da descrição da tarefa).

A localização dos bichos no quadro foi previamente estipulada a fim de


organizar as pistas. A criança deverá decifrar a informação dada em
cada pista e assim colocar os animais nos lugares correspondentes.
Entretanto existe um número de animais maior do que o número de
lugares, possibilitando a criança mais de uma opção na escolha dos
objetos. A situação foi planejada para ser aplicada individualmente ou
em grupo e consta de 3 etapas:

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1ª etapa: Deixar que a criança manipule livremente o material, durante


aproximadamente 5 minutos;
2ª etapa: Perguntar a criança o nome de todos os bichinhos para ter
certeza de que ela sabe quem é cada um;
3ª etapa: Formular o problema que queremos que ela responda e
observar seu comportamento;
4ª etapa: Informar a criança que a cada dica ela deverá colocar apenas
1 bichinho em um local do tabuleiro.

Consigna

A professora planejou uma atividade utilizando animais que vivem na


terra e animais que vivem na água, e para tal separou alguns animais e
os colocou em um quadro com 8 divisões. No dia seguinte a professora
não lembrava da arrumação. Você poderia ajudar a professora a
arrumar o quadro seguinte apenas algumas pistas?

Pistas:
1ª) Os bichinhos que estavam na parte de cima vivem na água, na
parte debaixo vivem na terra;
2ª) O bichinho que fica no No. 2 tem dois irmãos iguais, mas ele tem
um detalhe que os outros dois não tem;
3ª) No No. 8 fica a mãe no Nº6;
4ª) No No. 7 ficam os dois filhotes do casal que não tem a cor do pai
nem a cor da mãe;
5ª) No No. 5 fica o bichinho que nos fornece leite, e tem a cor diferente
de todos que já estão no tabuleiro;
6ª) No No. 3 fica o bichinho que tem a cabeça da mesma cor da
lagosta;
7ª) No No. 1 fica um bichinho que tem a mesma cor do animal que nos
fornece leite e está no tabuleiro;
8ª) No No. 4 fica um animal grande, que tem a mesma cor do bichinho
que é o pai dos porquinhos.

Material

Foi utilizada uma placa de borracha fina de aproximadamente 35 cm,


dividida simetricamente em 8 espaços, numeradas de 1 à 4 na parte
superior e 5 à 8 na parte inferior, conforme modelo abaixo:
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1 2 3 4

5 6 7 8

Bichinhos de plástico colorido:

Mar Terra
2 lagostas vermelhas 1 vaca verde
1 lagosta vermelha com listras pretas na 1 vaca azul
cauda 1 vaca preta e branca
1 tubarão azul 1 porco azul
1 baleia preta e branca 1 porca verde
1 polvo 2 porquinhos (filhotinhos) amarelos
1 arraia cinza 2 porquinhos (filhotinhos) azuis
1 estrela do mar 1 porca azul
1 peixe verde

Idade

3 em diante

IV. DADOS SOBRE FERRAMENTAS CIENTÍFICAS

Classificação e Inferência

V. ASPECTOS METODOLÓGICOS DA SITUAÇÃO

Análise da Tarefa

A situação exige a utilização da ferramenta Classificação, pois exige que


a criança faça a distinção e estabeleça uma relação entre animais
organizando-os de acordo com uma hierarquia existente no jogo. Além
disso requer o uso das informações para estabelecer uma lógica mental
e decifrar as pistas e se orientando no jogo, usando portanto a
ferramenta Inferência.

Níveis de dificuldade

Possui apenas um nível de dificuldade


24

Análise do Desempenho Real

Daniel (3 anos):
A primeira iniciativa da criança foi colocar todos os animais aquáticos
na parte de cima e os restantes na parte de baixo, em seguida, ao ouvir
as pistas, tirou todos, e foi reagrupando a medida que ouvia as pistas.
Após a leitura das primeiras pistas, percebi que a criança tinha
dificuldade em localizar os números no quadro. Então eu passei a
apontar onde deveria ser colocado cada bichinho que se enquadrava na
pista. Nessa primeira tentativa detectamos um problema. Além de
numerarmos as células será necessário colori-las a fim de contemplar
as crianças que não conhecem os números. A tarefa foi resolvida em
aproximadamente 10 minutos, pois em alguns momentos a criança se
distraia fazendo perguntas sobre os bichinhos.

Carlos (5 anos):
Diferentemente de Daniel, Carlos não precisou retirar todos os
bichinhos após as pistas, ou seja, apenas rearrumou cada célula, em
função das pistas recebidas. Esta estratégia indica um nível mais
complexo da atividade de planejamento, demonstrando que pode
operar separadamente, ao mesmo tempo, que remete cada "resposta"
ao contexto geral.

VI. CATEGORIAS DA SITUAÇÃO

Meio fim

A finalidade da tarefa consiste na arrumação do quadro de acordo. Os


meios são a utilização das pistas

Tem várias soluções

A solução da tarefa requer apenas a manipulação de objetos,


planejamento e apresenta apenas uma solução.
25

- Solução 1

1 2 3 4
Baleia Orca Lagosta Vermelha Lagosta Vermelha Tubarão Azul
com listras pretas
na cauda
5 6 7 8
Vaca Preta e Porquinhos Azuis Porquinhos Porca Verde
Branca Amarelos

- Solução 2

1 2 3 4
PEIXE VERDE Lagosta Vermelha Lagosta Vermelha Tubarão Azul
com listras pretas
na cauda
5 6 7 8
Vaca Verde Porquinhos Azuis Porquinhos Porca Azul
Amarelos

Apóia-se em verbalização

A verbalização do jogo é presente na apresentação das pistas à criança.


A criança por sua vez, não necessita dela para resolver a tarefa.

VII. CUALIFICACIÓN DA SITUAÇÃO

Nivel 2
26

Id. No.: 7
País: Brasil

I. IDENTIFICAÇÃO
Palitos

II. DADOS SOBRE O(S) AUTOR(ES) DA SITUAÇÃO

Nomes: Viviane Genuncio


Nível de Formação: Pedagoga
Tipo de Instituição: Pública
Grau em que ensina: 5 anos

III. DADOS DA SITUAÇÃO

Descrição

A tarefa pode ser realizada tanto individualmente como em grupo. A


tarefa consiste na apresentação de uma figura (casa) à criança,
desenhada numa folha de papel. Solicita-se à criança que ela reproduza
o desenho, ou seja, faço a mesma figura numa folha ao lado, utilizando
para isso palitos de churrasco. Entretanto, lhe é oferecido um número
de palitos menor que o número de lados da figura.

(figura) (palitos)

*
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Se permite la reproducción total o parcial de este material, siempre y cuando se cite a
Cognitiv@ como fuente original.
27

Consigna

Nesta folha está desenhada uma casa. Você pode fazer uma casa nesta
outra folha de papel utilizando estes palitos?

Material

- 2 folhas de papel: 1 com o desenho de uma casa, e 1 em branco


- 4 palitos de churrasco (aproximadamente 25 cm)

Idade

4 anos em diante

IV. DADOS SOBRE FERRAMENTAS CIENTÍFICAS

Experimentação e Formulação de Hipóteses

V. ASPECTOS METODOLÓGICOS DA SITUAÇÃO

Análise da Tarefa

A situação exige a utilização das ferramentas Experimentação e


Formulação de Hipóteses. A Experimentação é necessária para a criança
perceber que não é através da disposição/colocação dos palitos que ela
vai completar a tarefa. Independente do palito estar na direita ou na
esquerda, em cima ou embaixo, ainda faltarão palitos para completar a
figura. A criança então terá que perceber, através de verificação de
hipóteses previamente estabelecidas, que só resolverá a tarefa se
quebrar os palitos, se dividi-los e assim aumentar a quantidade.

Níveis de dificuldade

Mantendo-se o mesmo princípio (necessidade de quebrar os palitos de


forma regular), pode-se criar dificuldades crescentes, aumentando a
complexidade do modelo a ser reproduzido. Nesse último caso
precisaria também aumentar o número de palitos.
28

Análise do Desempenho Real

Bruna: 6 anos
B. começou a montar a casa olhando para o modelo desenhado na folha
ao lado. Quando os palitos acabaram e a figura não estava completa,
pediu mais palitos. A experimentadora esclareceu que a tarefa
precisaria ser completada com apenas aqueles palitos. B. expressou seu
descontentamento e perguntou se havia mesmo uma solução para a
tarefa. Diante da resposta afirmativa, tentou mais uma vez montar a
casa, deslocando um palito de uma extremidade para a outra. Tentou
desistir. Foi incentivada. Perguntou então se podia quebrar os palitos.
Diante da resposta de que poderia fazer o que quisesse com o material,
apressadamente quebrou os palitos em vários pedaços irregulares. A
casa, num primeiro momento, ficou torta. Em seguida, consertou o
tamanho, quebrando os palitos e aparando as irregularidades.

Embora B. tenha sido bem sucedida, ou seja alcançou o fim proposto,


precisou de algum tempo para se dar conta dos meios necessários. Ou
talvez não tenha pensado logo na possibilidade de quebrar os palitos, já
que essa condição não havia sido explicitada e afinal faz parte de uma
certa cultura "educada" não quebrar as coisas sem uma permissão.

Este fator foi pensado pelo experimentador como um possível


complicador de ordem moral para a realização da tarefa. Entretanto
explicitar esta permissão na consigna envolveria sinalizar a solução da
situação para criança. Por este motivo, manteve-se a proposta inicial.

VI. CATEGORIAS DA SITUAÇÃO

Meio fim

Nesta atividade o fim corresponde à montagem da figura, utilizando


palitos. O meio para conseguir o objetivo implica em descobrir a
necessidade de cortar os palitos para então aumentar a quantidade de
elementos disponíveis. Alem de quebrar os palitos deverá faze-lo
simetricamente, ou da forma mais simétrica possível. De outro modo a
construção da casa ficaria irregular (uma casa meio torta)

Tem várias soluções

Só há uma solução: quebrar os palitos, dividindo-os e assim


aumentando o número de palitos.
29

Apóia-se em verbalização

Como a situação faz com que a criança questione o material e faça


perguntas, a verbalização faz parte do processo meio fim

VII. CUALIFICACIÓN DA SITUAÇÃO

Nivel 2
30

Id. No.: 8
País: Brasil

I. IDENTIFICAÇÃO
Caixa de Pregos

II. DADOS SOBRE O(S) AUTOR(ES) DA SITUAÇÃO

Nomes: Viviane Genuncio


Nível de Formação: Pedagoga
Tipo de Instituição: Pública
Grau em que ensina: 5 anos

III. DADOS DA SITUAÇÃO

Descrição

A situação envolve uma "caixa de pregos", que vem a ser um tipo de


brinquedo comum entre as crianças. Consiste numa tábua de madeira,
quadrada, de aproximadamente 30 cm de lado. Sobre essa tábua há
fileiras de pregos dispostas regularmente. Mostra-se a caixa e ao lado o
desenho de uma figura geométrica feito sobre papel milimetrado. A
tarefa consiste em pedir a criança que reproduza na caixa de pregos, o
mesmo desenho, a mesma forma que está visualizando na folha de
papel. Para tal utilizará barbante.

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31

Consigna

Nesta folha de papel você tem uma figura. Você pode fazer essa mesma
figura, aqui na caixa, usando barbante ? ou Tente fazer essa figura aqui
na caixa usando somente barbante.

Material

A "caixa de pregos", barbante, folha de papel com desenho de figura


geométrica.

Idade

A partir de 5 anos

IV. DADOS SOBRE FERRAMENTAS CIENTÍFICAS

Experimentação, inferência e planejamento.

V. ASPECTOS METODOLÓGICOS DA SITUAÇÃO

Análise da Tarefa

Para solucionar a tarefa a criança precisa fazer uma relação entre as


medidas do papel e a distância entre os pregos. Precisa antecipar a
isomorfia entre as duas figuras, aquela presente no papel e a outra,
ainda ausente,e que está por ser construída, usando o barbante. Precisa
construir um plano de ação que guie seus movimentos, orientando-os
no espaço da caixa (experimentação).

Níveis de dificuldade

Os modelos a serem reproduzidos podem apresentar níveis crescentes


de dificuldade, por exemplo com figuras com número maior de lados.

Análise do Desempenho Real


32

Malu (6 anos) Inicialmente teve alguma dificuldade para compreender a


ordem. A figura oferecida inicialmente era das mais simples, mas
mesmo assim M. precisou que fossem repetidas as instruções. Precisou
de algum tempo para se familiarizar com o material. Fez alguns
desenhos parecidos com o modelo. Nesse ensaio parece então ter
percebido que a reprodução era possível. Finalmente conseguiu
reproduzir a forma estipulada. Ou seja, acreditamos que M. tenha
precisado de um tempo maior para perceber a tarefa. Embora não
tenha pedido mais informações. Parece ter se orientado melhor a partir
de suas próprias tentativas ( orientou-se pela própria ação ). Esta
criança não conhecia o material "caixa de pregos".

Isaura (5 anos) Esta criança fazia parte da turma de Viviane. Já estava


acostumada a brincar com essa caixa, embora fazendo apenas
desenhos livres. Não havia antes sido convidada a reproduzir modelos.
De qualquer forma, acreditamos que tenha se beneficiado dessa
experiência anterior ,pois seguiu diretamente para a tarefa. E, logo teve
sucesso (logros).

VI. CATEGORIAS DA SITUAÇÃO

Meio fim

Nesta atividade o fim corresponde a reproduzir o modelo. Os meios


correspondem a conseguir perceber e planejar a recuperação da
isomorfia entre as duas figuras, a presente, e a ausente.

Tem várias soluções

Não

Apóia-se em verbalização

Não.

VII. CUALIFICACIÓN DA SITUAÇÃO

Nivel 1
33

Id. No.: 9
País: Brasil

I. IDENTIFICAÇÃO
Canecas e Tampas

II. DADOS SOBRE O(S) AUTOR(ES) DA SITUAÇÃO

Nomes: Adriana Rodrigues, y Cátia A. de


Moraes.
Nível de Formação: Estudantes de Pedagogia
Tipo de Instituição: Pública
Grau em que ensina: 4 e 5 anos

III. DADOS DA SITUAÇÃO

Descrição

A situação consiste em decidir sobre o tipo de material mais adequado


para vedar recipientes que transportarão água. É necessário um
excelente nível de vedação para garantir que nenhuma água seja
desperdiçada. Serão oferecidos copos de plásticos transparentes, 5
pedaços de 10 cm2 de materiais com diferentes níveis de
permeabilidade (cortiça, cartolina grossa, papel Perfex, folha de espuma
fina, folha de espuma grossa). Esses copos, cheios d'água até a
superfície, serão colocados num caminhão de brinquedo, simulando um
transporte.

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34

Consigna

Ajude o moço da transportadora a decidir como ele vai tampar esses


copos de modo a poder transportar água para um lugar deserto. Neste
lugar estão precisando muito de água. Não se pode desperdiçar nem
um pouquinho. Qual desses materiais ele deverá utilizar para garantir o
transporte com segurança?

Material

- 1 caminhão de brinquedo
- 5 copos plásticos transparentes
- 5 pedaços de cada material conforme descrito acima
água fita crepe, cola.

Idade

A partir de 4 anos

IV. DADOS SOBRE FERRAMENTAS CIENTÍFICAS

Experimentação e Formulação de Hipóteses

V. ASPECTOS METODOLÓGICOS DA SITUAÇÃO

Análise da Tarefa

Para solucionar a situação, a criança utilizará a experimentação. Nesse


caso a experiência prévia de utilização com esses materiais (muito
comuns em sala de aula) poderá facilitar a formulação de hipóteses
priorizando a cortiça como material impermeável. No caso de crianças
menores e com menos experiência com materiais escolares, a
experimentação talvez ocupe um tempo maior.

Níveis de dificuldade

Nesta situação não há variações de níveis de dificuldade.


35

Análise do Desempenho Real

Felipe: 4 anos
F. tampou cada copo com material diferente, colocou-os no caminhão,
realizou o transporte e falou que todos serviam pois a água não caiu de
nenhum deles. Então, sugerimos que aumentasse a velocidade do
caminhão de modo que houvesse o risco de que os copos sacudissem.
Entretanto, mesmo com esta "sugestão" não houve nenhum
derramamento. Felipe então resolveu colocá-los de cabeça para baixo. E
então, diante do resultado, decidiu que só dava para confiar mesmo na
tampa de cortiça.

Neste caso a situação não correspondeu à expectativa do


experimentador, embora a criança tenha compreendido o sentido da
testagem.

OBS.: As professoras decidiram repetir o experimento com outras


crianças e eventualmente fazerem ajustes tanto no material quanto no
próprio desenho da tarefa.

VI. CATEGORIAS DA SITUAÇÃO

Meio fim

O fim proposto se refere a decisão quanto ao material mais adequado,


no caso o mais adequado significa impermeável. Os meios se referem
aos ensaios (experimentação) verificando os níveis de vedação
possíveis.

Tem várias soluções

Dos materiais oferecidos, apenas a cortiça oferece vedação total.

Apóia-se em verbalização

Não

VII. CUALIFICACIÓN DA SITUAÇÃO

Nivel 3
36

Id. No.: 10
País: Brasil

I. IDENTIFICAÇÃO
Sinuca Legal-Mesa de reflexão

II. DADOS SOBRE O(S) AUTOR(ES) DA SITUAÇÃO

Nomes: No disponiveís.
Nível de Formação: Estudantes de Pedagogia
Tipo de Instituição: Pública
Grau em que ensina: 4 e 5 anos

III. DADOS DA SITUAÇÃO

Descrição

Esta situação consiste em um jogo semelhante ao de sinuca. Ele é


composto por uma mesa retangular que contem em um de seus lados 5
a 7 caçapas aonde deverá ser lançada a bola. A dificuldade está na
posição exigida para se fazer o lançamento de modo a que acerte a
previsão inicialmente feita. Dito de outra forma, antes de lançar a bola
de uma posição qualquer a criança deverá prever o seu destino (em que
caçapa ela irá cair).

Esta atividade envolve a compreensão de que o angulo de incidência


seja igual ao angulo de reflexão (simétrico). Não se espera que esta lei
em crianças pequenas possa ser enunciada. Entretanto é interessante
observar quão perto conseguirão chegar do que seria uma
generalização do princípio.

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Cognitiv@ como fuente original.
37

Consigna

Você lançará essa bolinha do lado de cá para o lado de lá, mas antes
você vai ter que imaginar em que ponto ela irá retornar. Imagina que
tem um espelho de mentirinha para te orientar.

Material

- Uma mesa retangular de 40 x 72 cm. forrada com feltro semelhante a


uma mesa de sinuca com 7 caçapas de um único lado da mesa e
eqüidistante.
- Uma bola de sinuca com diâmetro compatível com o diâmetro
compatível com o da caçapa.
- Uma canaleta (semi-cilindro) 6 cm. de comprimento por 4 cm. de
diâmetro (dois cm de raio)

Idade

A partir de 6 anos

IV. DADOS SOBRE FERRAMENTAS CIENTÍFICAS

Experimentação e Formulação de Hipóteses

V. ASPECTOS METODOLÓGICOS DA SITUAÇÃO

Análise da Tarefa

Para que a previsão quanto ao resultado do lançamento seja acertada é


necessário que a criança consiga perceber a relação entre o angulo de
inclinação formado pelo ponto de lançamento (caçapas: A, B, C, D, E, F,
G) e ponto de chegada (do lado oposto da caçapa, pontos: 0, 1, 2, 3, 4,
5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12), e o angulo formado entre o ponto de chegada
e o de retorno (caçapas: A, B, C, D, E, F, G).

Análise do Desempenho Real

Obs. ainda não conseguimos confeccionar adequadamente o material, e


por isso ainda não realizamos o experimento com sujeitos reais.
38

VI. CATEGORIAS DA SITUAÇÃO

Meio fim

O fim seria acertar a previsão do retorno das bolas. E os meios


corresponderiam a enunciar ou pelo menos intuir o princípio das"
simetria" dos angulos.

Tem várias soluções

Há várias possibilidades de lançamento das bolas

Apóia-se em verbalização

Não

VII. CUALIFICACIÓN DA SITUAÇÃO

Nivel 3

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