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O documento discute dois textos escritos por Sonia Nazario sobre a migração de crianças da América Central para os EUA. O primeiro é uma biografia que conta a jornada de Enrique, uma criança hondurenha, e os perigos que enfrentou. O segundo é um editorial que critica as políticas dos EUA e destaca a violência como principal motivo para a fuga dessas crianças, apelando por mais ação. Embora usem gêneros diferentes, ambos visam gerar consciência sobre a situação dessas crianças migrantes.
Description originale:
ensaio comparativo sobre biografia e editorial de Sonia Nazario
O documento discute dois textos escritos por Sonia Nazario sobre a migração de crianças da América Central para os EUA. O primeiro é uma biografia que conta a jornada de Enrique, uma criança hondurenha, e os perigos que enfrentou. O segundo é um editorial que critica as políticas dos EUA e destaca a violência como principal motivo para a fuga dessas crianças, apelando por mais ação. Embora usem gêneros diferentes, ambos visam gerar consciência sobre a situação dessas crianças migrantes.
O documento discute dois textos escritos por Sonia Nazario sobre a migração de crianças da América Central para os EUA. O primeiro é uma biografia que conta a jornada de Enrique, uma criança hondurenha, e os perigos que enfrentou. O segundo é um editorial que critica as políticas dos EUA e destaca a violência como principal motivo para a fuga dessas crianças, apelando por mais ação. Embora usem gêneros diferentes, ambos visam gerar consciência sobre a situação dessas crianças migrantes.
Todos os dias milhares de pessoas migram para os Estados Unidos
por diferentes razões. Entre esses imigrantes, não é raro encontrar
muitas crianças da América Central fugindo de suas terras para escapar da pobreza, das drogas e da violência. Uma grande parte dessas crianças está entrando nos EUA sozinha para se reunir com seus pais do outro lado da fronteira. Sonia Nazario é uma jornalista americana que publicou vários ensaios e artigos que se concentram na migração infantil de países como Honduras, México e El Salvador. Sonia está empenhada em chamar a atenção e conscientizar sobre a situação que as crianças migrantes vivem todos os dias tentando fugir de seus países. Isso é ilustrado tanto na biografia "A Jornada de Enrique" quanto no editorial "Os Filhos da Guerra às Drogas". Embora neste caso a biografia e o editorial tenham sido escritos para realizar o mesmo, há muitas diferenças que podem ser vistas em cada texto de como o autor envia uma mensagem usando dois gêneros contrastantes.
"A Viagem de Enrique", como o nome sugere, conta a expedição pela
qual um menino hondurenho chamado Enrique teve que passar para se reunir com sua mãe nos EUA. Sonia Nazario apresenta uma situação real que muitas crianças estrangeiras passam. Esta biografia mostra, através da experiência de Enrique, como as condições de migração são difíceis, toda a violência que eles têm que enfrentar de bandidos de rua e Narcos, e todos os perigos aos quais as crianças estão expostas. Para chegar aos Estados Unidos, a jornada de Enrique não foi fácil. Ele teve que enfrentar temperaturas extremas como podemos ver nesta declaração", a cabeça de Enrique lateja. O sol reflete no metal. Pica-lhe os olhos, e a pele formiga" (Nazário). Mas isso não é tudo. Ele também dividiu o trem com vários bandidos de rua, onde enfrentou momentos perigosos e tensos. A maioria dos bandidos de rua era violenta, como podemos ver nesta próxima frase dita por Jorge Mauricio Mendoza Pineda, membro de uma gangue "Eles me dão seu dinheiro---Se alguém disser 'Por favor, não me mate; Não vou ouvir" (Nazário). A obra de Nazário apela aos sentidos do leitor porque fornece detalhes específicos que ajudam o público a ter empatia com a situação. Ela também usa a linguagem figurativa para adicionar suspense e emoção ao texto, como visto nesta próxima frase "O Verme de Ferro chia, geme e grita---" (Nazario). Sonia usa essa expressão para criar imagens e ajudar o leitor a imaginar o trem em que todas as pessoas que viajavam com Enrique estavam.
"Os Filhos da Guerra às Drogas" é um editorial escrito por Sonia
Nazario que traz fatos e opiniões sobre o que ela chama de "crise de refugiados". Ela critica fortemente o governo dos EUA e suas políticas de dar asilo a crianças refugiadas da América Central. Depois de ler este editorial, o leitor provavelmente compreenderá o que está fazendo com que essas crianças deixem sua terra natal, o que se deve principalmente à extrema quantidade de violência que recebem. Aliás, Sonia apresenta informações do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados que dizem que, a partir de uma entrevista realizada com 404 crianças, "58% delas disseram que o principal motivo da saída foi a violência" (Nazario). Ao longo do texto, ela dá diferentes opiniões e soluções que podem ajudar a deixar essas crianças seguras. Por exemplo, ela diz: "Devemos abordar a raiz complexa das causas da violência em Honduras, bem como a demanda por drogas ilegais nos Estados Unidos que está alimentando essa violência" (Nazario). Sonia também afirma que as ações dos EUA minam sua credibilidade como um país humano, já que agora os juízes negam 7 em cada 10 pedidos de abrigo, os agentes de patrulha de fronteira não fazem a triagem das crianças e países como a Jordânia aceitaram em dois dias o que os EUA receberam em um mês inteiro. O objetivo deste editorial é fazer com que os leitores reconheçam que há muito mais que os Estados Unidos podem fazer por esses imigrantes, e como ela diz "Essas crianças estão enfrentando ameaças semelhantes ao recrutamento forçado de crianças-soldados por senhores da guerra no Sudão ou durante a guerra civil na Bósnia" (Nazario).
Mesmo que Sonia use gêneros diferentes de escrita, ela é capaz de
causar o mesmo impacto com os dois. As semelhanças são que ela usa exemplos concretos, fala sobre o mesmo tema, com ambos os textos ela é capaz de espalhar a consciência sobre a situação que as crianças da América Central têm que enfrentar diariamente para ter acesso a um futuro mais seguro e melhor nos Estados Unidos, através de ambos os textos Nazario permite que o leitor compreenda essa situação e forme uma opinião com base em fatos reais e Em ambas as narrativas, ela apela aos sentidos do leitor, fornecendo muitos detalhes, exemplos e linguagem figurada. A diferença entre as obras é que a biografia é escrita em terceira pessoa, e ela fornece detalhes vívidos sobre o cenário da jornada. Ao contrário do editorial em que escreve em primeira pessoa, fornece pensamentos e opiniões pessoais, ela usa uma linguagem persuasiva para convencer os leitores sobre a situação, e ela está pessoalmente pedindo ação do governo.
Em conclusão, com os dois textos, Nazario defende que devemos
ajudar esses imigrantes, pois são apenas pessoas, na maioria dos casos crianças, em busca de uma vida melhor, fugindo da violência que enfrentam em seus países de origem. Ela usa diferentes gêneros para falar sobre o mesmo tema, a fim de gerar consciência sobre essa situação que está afetando milhares de pessoas da América Central. O editorial de Nazário usa uma linguagem que incentiva os leitores a agirem e, com a biografia, ela consegue transmitir o que as crianças precisam passar, no caso para Enrique se reunir com a mãe.
DAVIS, Angela. Solidariedades Transnacionais. in DAVIS, Angela. a Liberdade é Uma Luta Constante. Organização de Frank Barat; Tradução de Heci Regina Candiani. 1. Ed. São Paulo Boitempo 2018 p. 126-139. - Paginação Do eBook