A decisão do Turcomenistão, Cazaquistão e Uzbequistão de
exportar gás segundo os preços europeus a partir de 2009 cria pré-requisitos para a concorrência honesta no mercado euro- asiático dos recursos energéticos. Sobre isso declarou em entrevista exclusiva ao nosso correspondente Constantin Garibov a dirigente do Centro para Estudos dos Mercados Energéticos Mundiais do Instituto das Pesquisas Energéticas, Tatiana Mitrova. A interlocutora da “Voz da Rússia” considerou ser plenamente justa e lógica esta intenção dos principais exportadores de gás da Ásia Central, pois isso se refere à passagem para as regras plenas de mercado deste jogo: Em todo o espaço pós-soviético acontece gradualmente a harmonização dos princípios da formação de preço no gás. E além do que os fornecimentos do gás russos aos países da Comunidade de Estados Independentes (CEI) e do Báltico já foram fixados de acordo com os preços europeus, e a partir de 2011 este princípio entra em ação no mercado interno russo. E em geral podemos somente saudar a decisão dos países da Ásia Central de passar para este novo mecanismo, pois a maioria dos conflitos na área do gás está relacionada com a instabilidade, imprevisibilidade dos preços no gás e, digamos, com as diferentes concepções sobre o nível justo destes preços. Porém, a fórmula única da formação de preço acaba com todas essas questões. Praticamente a decisão dos países da Ásia Central de elevar o preço do seu gás até o nível europeu significa que na fronteira com a Rússia eles receberão pelo gás o mesmo valor que lhes propuseram alguns compradores europeus caso a matéria-prima seja exportada contornando a Rússia. E agora, de acordo com a opinião de Tatiana Mitrova, os países da Ásia Central com sua decisão confirmaram aquilo que foi falado nos últimos um ano e meio: O paradoxo consiste no fato de que a União Européia e os EUA há muito que pressionam os países da Ásia Central seduzindo-os à Europa por meio do gasoduto “Transcáspio” e o gasoduto “Nabuco”, prometendo pagar mais pelo gás. Na situação atual quando a GAZPROM concorda em pagar o novo valor os projetos citados já não são mais atraentes. O trajeto da tubulação do gás da Ásia através da Rússia à Europa é mais próximo e vantajoso segundo os custos com o transporte do que contornando a Rússia. Além disso, ele dá grande possibilidade de que os produtores na Ásia Central obter lucro limpo. Assim, os cálculos comerciais conseguiram superar as tentativas de politizar este problema, e construir gasodutos virtuais contornando a Rússia. E com relação a isso Tatiana Mitrova assinalou que a decisão dos países da Ásia Central de vender o gás pelo preço europeu fortalece a intenção comum com a Rússia de realizar o projeto do gasoduto do Cáspio. Esta tubulação começa no Turcomenistão, passa através do Cazaquistão e segue até a fronteira ocidental da Rússia. A intenção aqui é de transportar através dele adicionalmente 30 bilhões de metros cúbicos do gás turcomano e cazaque aos consumidores europeus.