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SOBRE A ETERNIDADE

John Wesley

“Para todo o sempre, tu és Deus”. (Salmos 90:2)

1. Eu, de bom grado, falaria deste maravilhoso assunto, --- eternidade. Mas como
podemos compreendê-lo em nosso pensamento? Ele é tão vasto, que a mente estreita do
homem está completamente incapacitada disto. Mas ele não carrega alguma afinidade com
outra coisa incompreensível, -- a imensidão? O espaço, embora uma coisa imaterial, pode
ser comparada com a duração de outra coisa imaterial? O que é a imensidão? Ela é um
espaço infinito. Ela é de duração infinita.

2. Eternidade tem geralmente sido considerada como divisível em duas partes; que
são denominadas de eternidade, a parte anterior e a parte posterior, -- ou seja, em Inglês
claro, aquela eternidade que é passado, e aquela eternidade vindoura. E não parece existir
uma insinuação desta distinção no texto? “Tu és Deus desde sempre”: -- Aqui está uma
expressão daquela eternidade que é passado: “Para sempre” – Aqui está uma expressão
daquela eternidade que é vindoura. Talvez, na verdade, alguns possam pensar que não é
estritamente apropriado dizer que existe uma eternidade que é passado. Mas o significado é
facilmente entendido: Nós queremos dizer, por meio disto, a duração que não tem começo:
quanto à eternidade vindoura, aquela duração que não tem fim.

3. É Deus apenas (para usar a linguagem sublime das Escrituras) quem “habita a
eternidade”, em ambos os sentidos. O grande Criador apenas (não alguma de suas
criaturas) é “de sempre a sempre”. Sua duração apenas, já que ela não teve começo, então
não pode ter algum fim. Nesta consideração é que alguém fala assim, ao endereçar-se a
Emanuel, Deus conosco: --

Salve, Deus o Filho, com glória, coroado


Prévio ao tempo, que começou a existir,
Entronizado com Sua Vossa Majestade,
Por metade da esfera
Da ampla eternidade!

E novamente --
Salve, Deus o Filho, com glória, coroado
Prévio ao tempo, que deixará de existir;
Entronizado com o Pai,
Por toda a esfera,
De toda a eternidade!

4. “Antes que o tempo existisse”, -- Mas o que é o tempo? Não é fácil dizer, tão
freqüentemente quanto nós temos a palavra em nossas bocas. Nós não sabemos o que ele
propriamente é. Não podemos satisfatoriamente defini-lo.Mas ele não é, no mesmo sentido,
um fragmento da eternidade, interrompido em ambas as extremidades? – aquela porção de
duração, que começou quando o mundo foi criado, que continuará por quanto tempo este
mundo durar, e, então, expirará para sempre? – aquela porção dele, que é, no momento,
medido pelo movimento do sol e planetas; estendendo-se (por assim dizer), entre duas
eternidades, a que é passado, e a que é vindoura. Mas, tão logo os céus e terras passarem da
face Dele, que se senta no grande trono branco, o tempo não mais existirá; mas mergulhará
para sempre no oceano da eternidade!

5. Mas, através de que meios, pode um homem mortal, uma criatura de um dia,
formar alguma idéia da eternidade? O que podemos encontrar, no limite da natureza, para
ilustrar isto? Com o que podemos comparar isto? O que existe que carrega alguma
semelhança com isto? Não parece existir alguma espécie de analogia, entre a duração
ilimitada, e o espaço infinito? O grande Criador, o Espírito infinito, habita, tanto em um,
quando no outro. Esta é uma de suas peculiares prerrogativas: “Eu não preencho céu e
terra, diz o Senhor?” – sim, não apenas as regiões mais extremas da criação, mas toda a
expansão do espaço infinito! Entretanto, quantos dos filhos dos homens podem dizer:

Veja, numa estreita língua de terra,


Em meio a dois mares ilimitados, eu permaneço,
Seguro, inconsciente!
Um instante do tempo, um espaço momentâneo,
Remova-me para aquele lugar celestial,
Ou me encarcere no inferno!

6. Mas, deixando um desses mares infinitos para o Pai da eternidade, a quem


somente a duração, sem começo, pertence, vamos nos concentrar na duração sem fim. Este
não é um atributo incomunicável do grande Criador; mas ele se agradou graciosamente de
tornar inumeráveis multidões de suas criaturas, parceiras dela. Ele tem concedido isto, não
apenas aos anjos, e arcanjos, e todas as companhias do céu, que não são pretendidos morrer,
mas glorificarem a ele, e viverem em sua presença para sempre; mas também para os
habitantes da terra, que habitam em casas de barro. Seus corpos, de fato, estão “destruídos
diante da traça”; mas suas almas nunca morrerão; Deus as fez, como o escritor antigo fala,
para sem “retratos de sua própria eternidade”. Na verdade, todos os espíritos, nós temos
motivos para acreditar, estão vestidos com a imortalidade; tendo nenhum principio interior
de corrupção, e não estando inclinados à violência externa.

7. Talvez, possamos dar um passo além ainda: A própria matéria, assim como o
espírito, não é em um sentido eterna? Nem, na verdade, a parte precedente, como alguns
filósofos insensatos, tanto antigos, quanto modernos, têm sonhado. Não que alguma coisa
tenha existido, desde a eternidade: observando-se que, se fosse assim, deveria ser Deus;
sim, deveria ser, através do Deus Único; porque é impossível que houvesse dois Deuses, ou
dois Eternos. Mas, embora nada além do grande Deus pode ter existido desde a eternidade ,
-- ninguém mais possa ser eterno na parte precedente; ainda assim, não existe absurdo em
supor que todas as criaturas sejam eternas na parte posterior. Toda matéria, de fato, está
continuamente mudando, e isto em dez mil formas; mas ela ser mutável, de maneira
alguma, implica que é perecível. A substância pode permanecer uma e a mesma, embora
sob inúmeras formas diferentes. É muito possível que alguma porção da matéria possa
separar-se em átomos dos quais ela foi originalmente composta: Mas que razão temos para
acreditar que algum desses átomos sempre foi, ou sempre será aniquilado? Ele nunca
poderá, a menos, através do poder incontrolável de seu todo-poderoso Criador. E é provável
que Ele sempre exercerá este poder em desfazer alguma das coisas que ele fez? Nisto
também, Deus não é “um filho do homem, para que ele possa se arrepender”. Na verdade,
toda criatura debaixo do céu muda, e deve continuamente mudar sua forma, o que nós
podemos agora facilmente levar em consideração; uma vez que aparece claramente das
recentes descobertas, que o fogo etéreo entra na composição de cada parte da criação.
Agora, isto é essencialmente edax rerum [devorador do tempo]: É uma menstruum
[substância], um discohere [solvente] universal de todas as coisas debaixo do sol. Através
desta força até mesmo os corpos mais fortes, os mais firmes são dissolvidos. Do
experimento repetidamente feito pelo grande Lorde Bacon, aparece que, até mesmo os
diamantes, através de um grau altíssimo de calor, pode virar pó: e que, em um grau ainda
maior (estranho como isto possa parecer), desaparecer totalmente. Sim, através disto os
próprios céus serão dissolvidos: “os elementos deverão se derreter, com o calor fervente”.
Mas eles serão apenas dissolvidos, e não destruídos; eles derreterão, mas não perecerão.
Embora eles percam sua presente forma, ainda assim, nem uma partícula deles perderá,
alguma vez, sua existência; mas cada átomo deles permanecerá, sob uma forma ou outra,
para toda a eternidade.

8. Mas, ainda poderíamos inquirir: o que é esta eternidade? Como poderíamos


emitir alguma luz sobre este assunto difícil? Ele não pode ser o objeto de nosso
entendimento. E com que parâmetro poderíamos compará-lo? Quão infinitamente ele
transcende todos esses! O que são quaisquer coisas temporais, colocadas em comparação
com aquelas que são eternas? Qual é a duração de um carvalho longevo, de um castelo
antigo, da Coluna de Trajano, do Anfiteatro de Pompéia? O que é a antigüidade das Urnas
de Tuscano, embora provavelmente mais antiga do que a fundação de Roma; sim, das
Pirâmides do Egito, supondo-se que elas tenham permanecido, por mais de três mil anos: --
quando colocados na balança com a eternidade? Isto desaparece no nada. Mais ainda, qual é
a duração das “colinas eternas”, figurativamente assim chamada, que têm permanecido
desde o dilúvio geral, se não, desde a fundação do mundo, em comparação com a
eternidade? Não mais do que uma insignificante cifra, Para ir mais além, ainda:
Considerem a duração, desde a criação dos primogênitos filhos de Deus, de Miguel, o
Arcanjo, em especial, do momento em que ele for incumbido de soar a sua trombeta, e
proferir sua voz poderosa, através da abóbada celeste: “Levantem-se, vocês que estão
mortos, e venham para o julgamento!”. Não é um momento, um ponto, um nada, em
comparação à eternidade insondável? Acrescente a isto mil, um milhão de anos, acrescente
milhões de milhões de anos, “antes que as montanhas surgissem, ou a terra e o mundo
redondo fosse feito”: O que é tudo isto, em comparação com a eternidade, que é passado:
Não é menos, infinitamente menos do que um dia, uma hora, um momento, para um milhão
de eras! Voltem atrás milhões de anos ainda; mesmo assim, você não está nem perto do
começo da eternidade.

9. Será que nós estamos mais capacitados a formar uma concepção mais adequada
da eternidade vindoura? Com este objetivo, vamos comparar isto com os diversos graus de
duração, com os quais estamos familiarizados – Uma efemérida vive seis horas; das seis da
tarde à meia-noite. Esta é uma vida curta se comparada com aquela de um homem, que
continua sessenta ou oitenta anos; e isto em si mesmo é curto, se comparado aos novecentos
e sessenta e nove anos de Matusalém. Ainda assim, o que são esses anos, sim, todos os que
sucederam um ao outro, desde o tempo que os céus e a terra foram criados, até o tempo,
quando os céus passarão, e a terra com as obras dela serão queimadas, se compararmos isto
com a extensão daquela duração que nunca terá fim?

10. Com o objetivo de ilustrar isto, um falecido autor repetiu aquele admirável
pensamento de Cripriano: “Suponha que existisse uma bola de areia, tão grande quanto o
globo terrestre: suponha que um grão desta areia fosse para ser aniquilado, reduzido a
nada, em mil anos: ainda assim, todo aquele espaço de duração, em que esta bola seria
aniquilada, no caso de um grão, em mil anos, seria infinitamente menor, em proporção à
eternidade, duração sem fim, do que um simples grão de areia seria para toda a
magnitude!”.

11. Para gravarem este ponto importante o mais profundamente em suas mentes,
considerem uma outra comparação: -- Suponham que o oceano seja tão amplo, de maneira
a incluir todo o espaço entre a terra e os céus estrelados. Suponham que uma gota deste
fosse para ser aniquilada, em milhares de anos; ainda assim, todo aquele espaço de duração,
em que este oceano seria aniquilado, no caso de uma gota em mil anos, seria infinitamente
menor em comparação com a eternidade, do que uma gota de água para todo aquele
oceano.

Observem, então, estes espíritos imortais, se eles estão neste ou no outro mundo.
Quando eles deverão ter vivido milhares de milhares de anos, sim, milhões de milhões de
eras, a duração deles será como se apenas começando: Eles estarão apenas no limiar da
eternidade!

12. Mas, além desta divisão da eternidade, naquela que é passado, e naquela que é
vindoura, existe uma outra divisão da eternidade, que é de inexprimível importância:
Aquela que está por vir, quanto se refere aos espíritos imortais, é tanto eternidade feliz,
quanto eternidade miserável.

13. Vejam os espíritos dos retos que já estão orando a Deus, na eternidade feliz! Nós
estamos prontos a dizer: Quão breve ela parecerá àqueles que bebem dos rios de prazer à
direita de Deus! Estamos prontos para clamar alto:

Um dia, sem noite,


Eles habitam às vistas Dele,
Uma eternidade parece como um dia
!
Mas, isto é apenas falar, segundo a maneira de homens: Porque as medidas de muito
e pouco são apenas aplicáveis ao tempo que admite limite, e não para o de duração
ilimitada. Este gira (de acordo com nossas concepções inferiores) com velocidade indizível
e inconcebível; se alguém, preferivelmente não disser que ele não gira ou se move, afinal,
mas é um oceano ainda imóvel. Porque os habitantes do céu, “não descansam dia e
noite”, mas continuamente clamam: “Santo, santo, santo, é o Senhor, e Deus, e Altíssimo,
que viu, e que é, e que virá!”. E, quando milhões e milhões de eras passarem, a eternidade
deles terá apenas começado.
14. Por outro lado, em que condição, estes espíritos imortais que têm feito a escolha
de uma eternidade miserável! Eu digo, feito a escolha; porque é impossível que esta possa
ser a sina de alguma criatura, a não ser através de seu próprio ato e feito. O dia está
chegando, quando toda alma será constrangida a reconhecer, à vista de homens e anjos:

Nenhum decreto terrível de ti selaria


Ou fixaria a inalterável sentença
Confiaria minha alma inata ao inferno,
Ou me condenaria do útero de minha mãe.

Em que condição, tal espírito estaria depois da sentença executada: “Parta, você
amaldiçoado, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos!”. Suponha que ele
esteja exatamente agora mergulhado no “lago de fogo ardente com enxofre”, onde “eles
não têm descanso, dia ou noite, a não ser a fumaça de seus tormentos subindo, sempre e
sempre”. “Para sempre e sempre!”. Porque, se nós fossemos ficar presos um dia, sim, uma
hora, em um lago de fogo, quão espantosamente longo parecia um dia ou uma hora! Eu não
sei se não pareceria como mil anos. Mas (pensamento terrível), depois de milhares e
milhares, ele teria apenas testado de seu cálice amargo! Depois de milhões, não estaria mais
perto do fim do que se estivesse no momento em que ele começou!

15. Quem é este, então, – quão tolo, quão louco, e que grau indescritível de
distração – que, parecendo ter o entendimento de um homem, deliberadamente prefere as
coisas temporais às eternas? Quem (admitindo este absurdo, oposição incrível, de que a
maldade é felicidade, -- uma suposição extremamente contrária a toda razão, assim como
ao fato) prefere a felicidade de um ano, digamos mil anos, à felicidade da eternidade, em
comparação a qual, mil anos são infinitamente menos do que um ano, um dia, um
momento? Especialmente, quando tomamos isto em consideração (o que, de fato, nunca
deveria ser esquecido) que o recusar a eternidade feliz, implica a escolha da eternidade
miserável: Porque não existe, não pode existir, meio termo entre alegria eterna e dor eterna.
É um pensamento inútil que alguns têm nutrido, de que a morte porá um fim, nem em um,
nem em outro: isto apenas altera a maneira da existência delas. Mas, quando o corpo
“retornar para o pó como ele era, o espírito retornará a Deus que o deu”. Portanto, no
momento da morte, deve ser inexplicavelmente feliz, ou inexplicavelmente miserável. E
esta miséria nunca terminará.

Nunca! Onde mergulha a alma naquele terror imenso?


Em um abismo, quão escuro, e quão profundo!

Quão freqüentemente ele, que fez a escolha desprezível, deseja pela morte, ambas
da alma e corpo! Não é impossível que ele orasse de tal maneira como Dr. Young supõe:

Quando eu tiver me contorcido, dez mil anos no fogo,


Dez mil vezes mil, permita-me, então, expirar!

16. Ainda assim, esta inexplicável tolice, esta loucura indescritível, de preferir as
coisas presentes à eterna, é a doença de todo homem no mundo, enquanto em seu estado
natural. Porque tal é a constituição de nossa natureza, já que os olhos vêem apenas tal
porção do espaço, de uma só vez, então, a mente vê apenas tal porção de tempo, de uma só
vez. E uma vez que todo o espaço que se estende além daquela esfera é invisível para a
mente. Assim sendo, nós não percebemos quer o espaço ou o tempo que está a uma
distância de nós. Os olhos vêem distintamente o espaço que está perto dele, com os objetos
que ele contém: De igual maneira, a mente vê distintamente aqueles objetos que estão
dentro de tal distância de tempo. Os olhos não vêem as belezas da China: Eles estão a uma
grande distância. Existe um espaço muito grande, entre nós e eles: Conseqüentemente, não
somos afetados por eles. Eles são como nada para nós: É exatamente o mesmo para nós,
como se eles não existissem. Pela mesma razão, a mente não vê, quer as belezas ou os
terrores da eternidade. Nós não somos afetados, afinal, por eles, porque eles estão também
distantes de nós. Por esta razão, é que eles parecem como nada para nós: exatamente como
se eles não tivessem existência. Entretanto, somos totalmente estimulados com as coisas
presentes, seja no tempo ou no espaço; e as coisas parecem cada vez menores, à medida que
estão mais e mais distantes de nós, quer em um respeito ou em outro. E assim deve ser: tal é
a constituição de nossa natureza; até que a natureza seja mudada pela graça onipotente. Mas
isto não é forma de desculpas para aqueles que continuam em sua cegueira natural para a
futuridade: porque um remédio para isto é fornecido, o qual é encontrado por todos que o
buscam: Sim. Ele é livremente dado a todos que sinceramente pedem por ele.

17. Este remédio é a fé. Eu não quero dizer aquela que é a fé de um pagão, que
acredita que existe um Deus, e que ele é um recompensador daqueles que diligentemente o
buscam; mas aquela que é definida pelo Apóstolo: “uma evidência”, ou convicção, “das
coisas não vistas”; uma evidência e convicção divina do mundo invisível e eterno. Esta
apenas abre os olhos do entendimento, para ver Deus e as coisas de Deus. Esta, por assim
dizer, tira fora ou atribui transparência ao véu impenetrável...

O qual sustenta a ‘giro da existência mortal e imortal,


quando a fé empresta sua luz realizadora,
as nuvens se dispersam, as sombras fogem,
o invisível aparece aos olhos,
e Deus é visto pelo olho mortal.

Assim sendo, um crente, no sentido bíblico, vive na eternidade, e caminha na


eternidade. Seu panorama é alargado: Sua visão não é mais limitada pelas coisas presentes:
Não; nem pelo hemisfério terrestre. Embora fosse, como Milton fala; “dez vezes mais o
comprimento deste terreno”. A fé coloca o mundo invisível e eterno continuamente diante
de sua face. Conseqüentemente, ele não olha para “as coisas que são vistas”;

Riqueza, honra, prazer, ou o que for


Que este mundo passageiro pode dar

Estes não são os objetivos dele, o objeto de sua busca, seu desejo ou felicidade; --
mas “as coisas que não são vistas”; no favor, imagem e glória de deus; assim como
sabendo que “as coisas que são vistas são temporais”, -- um vapor, uma sombra, um
sonho que desaparece; enquanto que “as coisas que não são vistas são eternas”; reais,
sólidas, imutáveis.
18. O que, então, pode ser uma ocupação mais conveniente para um homem sábio,
do que meditar sobre essas coisas? Freqüentemente expandir seus pensamentos “além dos
limites desta esfera diurna”, e vaguear acima, atém mesmo, dos céus estrelados, no campo
da eternidade? Quais meios existiriam para confirmar seu desprezo pelas coisas pobres e
pequenas da terra! Quando um homem de grandes posses estava vangloriando-se para seu
amigo da extensão de sua propriedade, Sócrates pediu que ele trouxesse um mapa da terra,
e apontou Ática [região da Grécia antiga, próxima a Atenas] nele. Quando isto foi feito
(embora não muito facilmente, já que se tratava de uma região pequena), ele em seguida
pediu que Alcebíades indicasse sua própria propriedade nele. Quando ele não pôde fazer
isto, foi fácil observar quão insignificantes eram as posses, pelas quais ele estava tão
orgulhoso de si mesmo, em comparação à toda terra. Quão aplicável é isto para o presente
caso! Alguém se vangloria de suas posses terrenas? Ai de mim, o que é todo o globo
terrestre para o espaço infinito! Uma mera partícula da criação. E o que é a vida do homem,
sim, a duração da própria terra, a não ser uma partícula de tempo, se comparada com a
extensão da eternidade! Pense sobre isto: Deixe isto mergulhar em seus pensamentos, até
que você tenha alguma concepção, mesmo que imperfeita daquele abismo, enorme,
insondável, sem um fundo ou margem

19. Mas, se a nua eternidade, por assim dizer, for um objeto tão imenso, tão
espantoso, de maneira a oprimir seu pensamento, como ela ainda amplia a idéia de observá-
la revestido de felicidade ou miséria? Bem-aventurança eterna ou dor! Felicidade eterna, ou
miséria eterna! Alguém poderia pensar que ela absorveria todo outro pensamento em toda
criatura razoável. Permita-me apenas isto, -- “Tu estás na iminência tanto da eternidade
feliz quanto miserável; teu Criador te ordena agora a esticar tua mão, quer em direção a
uma ou a outra”; -- e alguém imaginaria que nenhuma criatura racional poderia pensar
sobre alguma coisa mais. Alguém poderia supor que este ponto simples monopolizaria toda
a atenção dele. Certamente, ele deveria assim fazer: Certamente, se essas coisas são assim,
pode existir a não ser uma coisa necessária . Ó, que você e eu, pelo menos, o que quer que
outros façam, escolhamos aquela melhor parte que nunca deverá ser tirada de nós!.

20. Antes que eu encerre este assunto, permita-me tocar em duas passagens notáveis
em Salmos (uma no oitavo, a outro, centésimo quadragésimo quarto), que tem uma relação
próxima a isto. A primeira é: “Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e
as estrelas que estabeleceste, que é o homem, para que te lembres dele? E o filho do
homem, para que o visites?”. Aqui o homem é considerado como uma cifra, um ponto,
comparado com a imensidade. A última é: “Ó Senhor, que é o homem, para que tomes
conhecimento dele, e o filho do homem, para que o consideres? O homem é semelhante a
um sopro; os seus dias são como a sombra que passa?”. Este não é um pensamento que
tem golpeado muitas mentes sérias, assim como ele o fez com Davi e criou uma espécie de
temor, que se ergue de uma espécie de suposição de que Deus é tal como nós mesmos? Se
nós considerar o espaço infinito, ou a duração infinita, nós retrocedemos ao nada antes dele.
Mas Deus não é um homem. Um dia, e milhões de anos, são a mesma coisa para ele.
Portanto, existe a mesma desproporção entre Ele a algum ser finito, como entre Ele e a
criatura de um dia. Portanto, quando quer que o pensamento ocorra,; quando quer que você
seja tentado a temer, a fim de que não possa ser esquecido perante o imenso e eterno Deus,
lembre-se que nada é pequeno ou grande; que nenhuma duração é longa ou curta, perante
Ele. Lembre-se que Deus ita praesidet singulis sicut universis, et universis sicut singulis:
Que ele “governa cada criatura individual, como se fosse o universo; e o universo, como
se fosse cada indivíduo”. De maneira que você pode corajosamente dizer:

Pai, quão amplamente tua glória brilha,


Senhor do universo --- e meu!
Tua bondade zela pelo todo,
Como se o mundo todo fosse uma só alma;
Ainda assim, considera cada um dos meus cabelos, sagrado,
Enquanto permaneço em teu simples cuidado!

[Editado por Shane Campbell, estudante da Northwest Nazarene College (Nampa, ID),
com correções de George Lyons para a Wesley Center for Applied Theology.]

izilda bella

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