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ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

A elaboração de projetos aqui é entendida como etapa de descrição de uma parte do que a escola ou a entidade pretende fazer a
partir do seu planejamento estratégico institucional, apresentando as devidas justificativas, objetivos, metas e orçamento com
vistas à negociação de financiamento junto a órgãos ou organizações financiadoras.

Isto quer dizer que os projetos e sua elaboração devem ser precedidos por um processo de planificação dos trabalhos. No
processo de planificação, é necessário que a direção e a equipe da escola ou entidade saibam o que querem com o trabalho que
desenvolvem em médio e longo prazo. Assim, é fundamental que se tenha um diagnóstico sobre a realidade política, social,
econômica e cultural do entorno no qual se está atuando a fim de que o planejamento e, mesmo o projeto a ser elaborado,
possam enfrentar e buscar soluções reais nas causas da situação em questão. Ao mesmo tempo, no caso do projeto, deve haver
um grau elevado de convencimento para quem vai financiá-lo, demonstrando metas e produtos com resultados satisfatórios e de
reais melhorias das condições de aprendizagem e melhorias de condições de vida do público alvo da ação.

Peguemos o seguinte exemplo para melhor entender a lógica dos projetos na dinâmica do planejamento institucional. A escola
situa-se num bairro central do município com 200 mil habitantes. Neste município há cinco escolas de ensino médio, sendo três
estaduais e duas particulares. Além disso, há uma universidade com cursos de Letras, Engenharia Mecânica, Química,
Arquitetura, Geologia, Sociologia e Assistência Social. Contudo, só há cursos de formação técnico-profissional para adolescentes
e jovens pelo SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. O mesmo foi criado porque foi instalada na década de 70
uma grande indústria metalúrgica, que ocasionou a criação de várias indústrias subsidiárias de menor porte. Porém, no final da
década de 90 esta indústria se transferiu para outro estado, onde se beneficiou de vários subsídios. Com isso, a oferta de
trabalho na área industrial diminuiu consideravelmente. Nesse ínterim o município cresceu e tornou-se uma cidade pólo na
região, atraindo várias empresas comerciais e de serviços, abrindo muitas ofertas de empregos nestes campos. Tendo como
referência esta realidade local, a referida escola não hesitou e resolveu investir na ampliação de suas ações com cursos técnicos
de ensino médio na área de comércio e informática. Assim, projetou a criação de três cursos técnicos. Para tal elaborou um
projeto com vistas a captar recursos para ampliação do espaço físico, aquisição de equipamentos e material didático e
pagamento dos professores no primeiro ano de vigência dos cursos.

Considerando, ainda, que a escola mantém parceria com duas entidades prestadoras de serviços de assistência social à
população em situação de vulnerabilidade social, outro projeto foi elaborado para possibilitar que cinqüenta adolescentes e
jovens pudessem participar dos novos cursos técnicos sem precisar pagar as mensalidades. Isto porque eram adolescentes e
jovens sem condições financeiras para freqüentar os mesmos. Ambos os projetos foram negociados e os recursos foram
conseguidos.

Abaixo seguem sugestões de roteiro de elaboração de projetos e a fundamentação para elaboração de projetos sociais.
Sabemos que entidades e agências, governamentais ou não, muitas vezes têm, ainda, formulários próprios, a maioria dos quais
pode ser conseguida via internet. Mas um certo elenco de dados todos vão exigir, e estes estão detalhados nas presentes
orientações.

Só a própria escola pode decidir que atividade priorizar, com base no levantamento de dados da área de sua atuação e
conhecendo a demanda local. Mais importantes, porém, são os planos que a escola tem a curto, médio e longo prazos em termos
de expansão e implementação de novos cursos.

Os projetos devem ser elaborados pelas próprias escolas, no entanto o Pró-Educ está à disposição para prestar assessoria e,
com a respectiva escola, ver a melhor forma de encaminhamento de cada projeto.

APRESENTAÇÂO

Inicialmente faz-se a apresentação institucional com dados, registros e títulos da escola ou entidade. Nesta apresentação devem
constar rapidamente a descrição da finalidade ou missão institucional; títulos como Utilidade Pública Estadual ou Federal,
Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, registro no MEC ou na Secretaria Estadual de Educação, entre outros,
caso os tenha; endereço e pessoa responsável.

JUSTIFICATIVA

Este é um item de destaque, pois é o que fundamenta a necessidade e a importância do projeto. É o ponto que os financiadores
olham com bastante atenção e comparam com os objetivos a serem alcançados pelo projeto. Tomando como exemplo a
descrição sobre a criação dos três cursos técnicos acima, a justificativa deveria ter como referência a realidade do mercado de
trabalho daquele município, bem como apontar para a realidade social e financeira dos adolescentes, jovens e suas famílias
beneficiados com as vagas nos referidos cursos. A justificativa, como o próprio nome diz, deve apresentar o porquê da
importância do investimento a ser feito.

OBJETIVOS

Os objetivos devem apresentar o que se quer alcançar. É a descrição clara e objetiva do fim que se quer atingir com as ações do
projeto. O projeto pode ter um ou mais objetivos gerais e vários específicos, sendo que os específicos são sempre em relação
aos gerais. Aqui temos várias possibilidades, mas é importante que a escola ou a entidade descreva o que está na mente ou no
imaginário, quando esteve ou está pensando no planejamento estratégico institucional. Ou seja, não pode ficar restrito ao
raciocínio só imediato. Por exemplo, no caso dos três cursos técnicos, o objetivo poderia ser de “capacitar tecnicamente 35
adolescentes e jovens”. Mas poderia ter um objetivo mais geral como “possibilitar a qualificação profissional de adolescentes e
jovens do município de ..., contribuindo com seu ingresso no mercado de trabalho.” Assim, a capacitação técnica nos três cursos
poderia ser objetivo específico.

METAS
As metas são o produto ou os produtos que se quer alcançar. É o alvo que se quer atingir. Elas são referência para se poder
avaliar os resultados a serem alcançados. No caso de metas subjetivas, é difícil mensurá-las e normalmente dependem dos
critérios inerentes de cada avaliador. Por isso, em princípio devem ser objetivas e mensuráveis, para poderem ser quantificadas.
Tomando novamente o exemplo dos três cursos técnicos de nível médio, a meta poderia ser “turmas de 35 alunos em cada
curso” ou “pelo menos 30% dos alunos colocados no mercado de trabalho após seis meses de sua formação”.

METODOLOGIA

A metodologia é a forma como as ações e atividades previstas no projeto serão desenvolvidas. No caso do curso, é a
programação com a grade curricular do mesmo. Porém, se para a implantação do mesmo foi previsto ampliação do espaço físico
e aquisição de equipamentos e material didático, é necessário informar como isso será viabilizado, inclusive no que se refere a
levantamento de preços e da mão-de-obra. Já no caso do pagamento de professores, como previsto na versão da proposta de
projeto dos três cursos técnicos de nível médio, deve-se também informar a forma como os mesmos serão contratados.

ORÇAMENTO

É a apresentação dos custos do que está previsto no projeto. Aqui é importante também incluir determinados custos, mesmo que
não seja solicitado financiamento para demonstrar a contrapartida da escola ou entidade. Por exemplo, se na implantação dos
três cursos técnicos a escola assumir as despesas de água e energia elétrica, ou mesmo solicitar ampliação do espaço físico só
de duas salas, pois da outra ela já dispõe, ela inclui estes custos e depois no final coloca o valor solicitado e o valor da
contrapartida. Também é importante destacar que no caso de pagamento de pessoal, como professores, devem-se incluir os
encargos patronais. Convém destacar ainda que no levantamento de preços é bom a escola ou a entidade ter orçamento de pelo
menos três locais diferentes, guardando estes orçamentos para eventuais demonstrações posteriores.

CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO

É a apresentação das datas ou períodos de repasse dos recursos solicitados no projeto. Se é um projeto pontual, pode-se
solicitar o desembolso em uma só parcela, mas se o projeto prevê ações continuadas, por exemplo, por um ano de curso, pode–
se solicitar o desembolso mensal ou trimestral. Claro, se por acaso este projeto prever maior número de atividades no início, o
volume maior deve também ser solicitado no início.

Charles Roberto Pranke


Sociólogo - Pró-Educ
Fone: 0xx51 8118482
charlespranke@brturbo.com

Obs.: No ato do encaminhamento do projeto ao órgão ou organização financiadora, deve acompanhar uma carta de
apresentação e solicitação formal do financiamento do projeto com o devido valor solicitado.

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