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Diapositivo 1

V Encontro Regional de Educação


Aprender no Alentejo
Évora
6 de Junho de 2008

ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR NO ALENTEJO


O CASO DE MARVÃO
UM MODELO DE COOPERAÇÃO

1. Apresentação
Em primeiro lugar gostaria de agradecer à organização deste V Encontro Regional de
Educação, “Aprender no Alentejo”, na pessoa do Presidente da Comissão
Organizadora, o Sr. Prof. Bravo Nico; à Universidade de Évora e à Equipa de Projecto
para as Actividades de Enriquecimento Curricular da Direcção Regional de Educação
do Alentejo, sobretudo às técnicas, Natália Galego e Fernanda Eliseu.

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Passo a apresentar-me: o meu nome é Pedro Alexandre Ereio Lopes Sobreiro, tenho
34 anos e sou Vice-Presidente do Município de Marvão, sendo também responsável,
por delegação de competências, pelo Pelouro da Educação. Sou licenciado em
Comunicação Social, especializado na vertente jornalismo e profissionalmente sou
Técnico Tributário ao Serviço do Ministério das Finanças. A única experiência anterior
que tive com o mundo da educação foi quando desempenhei durante 3 anos, as
funções de professor de Inglês no Agrupamento de Instrução de Portalegre da Guarda
Nacional Republicana. Isto para dizer que quando, em Outubro de 2005, soube que ia
fazer parte de um executivo camarário e que iria ser responsável por este pelouro
senti o peso da responsabilidade por saber que esta é uma área muito específica,
com legislação e terminologia muito próprias e que não é propriamente acessível a
quem chega de fora. Posso-vos dizer, a título de curiosidade porque que sei que é tão
normal para todos os que se movimentam nestas temáticas que nem reparam, que
um dos pontos mais complicados, pelo menos numa fase inicial, está relacionado com
as terminologias e as abreviaturas que são tão frequentes entre vós mas que soam a

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chinês para os nossos ouvidos mais duros. Esta pequena introdução serve antes de
mais, para vos pedir desculpa se porventura proferir algo que esteja menos correcto
mas a verdade é que eu não sou de todo um expert na matéria e penso que o meu
contributo nestas jornadas pode ser oportuno se interpretado como sendo o
testemunho de alguém que de repente se viu a braços com esta dinâmica da
educação e se esforça diariamente para fazer o melhor que sabe e para dar o seu
mais positivo contributo.

Começaria por vos fazer uma breve apresentação do meu concelho porque penso que
para compreenderem muitas das opções que tomamos é importante que conheçam as
especificidades geográficas e sociais desta unidade territorial.

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2.Caracterização do Concelho

O concelho de Marvão situa-se centro do país, precisamente a meio do eixo norte-sul,


encostado à fronteira com a Extremadura Espanhola.

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Se quisermos ser mais precisos, diríamos que se localiza na metade norte do distrito
de Portalegre, já bem próximo da Beira Baixa e se estende por uma área com cerca
de 160 Km2 que se encontra dividida em 4 freguesias – Beirã e Santo António das
Areias, na parte Norte e Santa Maria de Marvão e São Salvador da Aramenha, na parte
Sul. Conta actualmente com uma população de menos de 4.000 habitantes e tem
uma densidade populacional de 13,3 hab/Km2.

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O concelho apresenta uma dinâmica demográfica recessiva desde meados do século


XX. Na década de 90 manteve-se essa tendência, sendo o decréscimo da
população do concelho de Marvão ainda mais acentuado que o registado na sub-
região Alto Alentejo e na região Alentejo.

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A densidade populacional é baixa, ainda que ligeiramente superior às da região e sub-
região em que o concelho de Marvão se enquadra. Predominam as pequenas
concentrações populacionais em conjunto com um povoamento disperso, em que
mais de 50% dos habitantes do concelho vivem fora dos lugares (aglomerado com 10
ou mais alojamentos) sendo esta considerada população isolada.

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O forte envelhecimento da população traduz-se num índice de envelhecimento


superior ao já muito elevado registado na região Alentejo. Assim, o grupo etário
acima dos 65 anos é o único que regista uma variação positiva na década de 90.
Esta situação repercute-se na taxa de natalidade, que apresenta valores muito baixos
e, simultaneamente, é responsável pelo agravamento do envelhecimento. De
salientar que são valores ainda mais reduzidos que os já baixos do Alto Alentejo e da
região Alentejo.

Às características demográficas descritas acresce a dificuldade do concelho em


fixar a população jovem, o que agrava a situação do envelhecimento e da
diminuição de residentes. A falta de disponibilidade de habitação é considerada por
alguns actores locais como uma limitação na atracção de jovens.

Os níveis de habilitação escolar da população são muito reduzidos, com tradução


numa muito elevada taxa de analfabetismo (de certa forma também associada ao

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envelhecimento). O concelho de Marvão assume valores mais elevados que os já
significativos da região Alentejo e da sub-região (mais de 20% da população com 10
ou mais anos não sabe ler nem escrever) embora se deva registar a melhoria
progressiva que tem ocorrido nos níveis de escolarização da população mais nova.

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3. Caracterização do Parque Escolar

O actual Parque Escolar do concelho de Marvão é composto por três


estabelecimentos de educação e ensino distribuídos por duas freguesias do concelho:
a EBI com JI da Ammaia, situada na Portagem, freguesia de São Salvador da
Aramenha, o Centro Infantil de Santo António das Areias e a EBI com JI Dr. Manuel
Magro Machado, ambos localizados em Santo António das Areias.

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A serra na qual se encontra o castelo altaneiro que fez de Marvão uma referência
patrimonial e turística para o mundo inteiro, representa para os habitantes do
concelho, uma sorte e um infortúnio: sem ela Marvão não existiria mas graças a
ela, o concelho estará sempre irremediavelmente dividido em dois. Esta enorme
fronteira geográfica é o grande empecilho à criação de uma verdadeira consciência

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municipal que se encontrará para sempre manietada e dividida em dois. A própria
forma de fazer política foi sempre condicionada por estas duas realidades e é
sobretudo devido a esta contingência física que a dada altura foi decidido que se
avançaria para a opção das duas escolas, uma de cada lado do concelho, em vez de
apenas uma que reunisse todas as condições.

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3.1 Centro Infantil de Santo António das Areias


O Centro Infantil de Santo António das Areias encontra-se ainda na dependência do
Centro Distrital da Segurança Social de Portalegre, constituindo a única oferta ao
nível privado existente no concelho. A funcionar desde 1981, possui as valências de
Jardim-de-Infância (Pré-Escolar) e de Creche.

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3.2 EBI/JI Dr. Manuel Magro Machado

Figura 4 - EBI/JI Dr. M. M. Machado Figura 5 - EBI/JI Dr. M. M. Machado (ampliação)


( Plano dos Centenários)

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Figura 6 - Edifício Telescola

A Escola Básica Integrada com Jardim-de-Infância Dr. Manuel Magro Machado situa-se
na localidade de Santo António das Areias e nela são ministrados a educação pré-
escolar e o ensino obrigatório. Possui instalações próprias que são insuficientes para
o número de alunos e por isso recorre às instalações do antigo Posto da Telescola. O
edifício onde funciona este estabelecimento de ensino é resultado da ampliação da
antiga EB 1 (Plano dos Centenários). No edifício da Telescola encontram-se instaladas
as duas turmas do 2º Ciclo, visto não existirem salas suficientes no edifício da EBI/JI
Dr. Manuel M. Machado, uma vez que para 9 turmas se dispõem apenas de 7 salas de
aula.

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Capacidade e taxa de ocupação da EBI com JI Dr. M. M. Machado


Taxa de
Ano Lectivo N.º de Salas N.º de Alunos Capacidade
Ocupação (%)
2005/06 7 131 175 74,85%

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3.3 EBI/JI de Ammaia


A Escola Básica Integrada com Jardim-de-Infância de Ammaia situa-se na localidade
da Portagem, na freguesia de São Salvador de Aramenha e compreende 4 níveis de
ensino: educação pré-escolar e 1º, 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico.

O edifício principal foi construído de raiz, no âmbito do princípio de integração


vertical das escolas EB123, e entrou em funcionamento no ano lectivo 1991/1992,
tendo o edifício principal sido construído de raiz. Contíguo a este edifício localiza-se

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a antiga escola primária desta localidade (Plano dos Centenários), onde continua
instalada uma das duas turmas do pré-escolar deste estabelecimento de ensino.

Figura 2 - EBI/JI da Ammaia Figura 3 - EBI/JI da Ammaia


(Plano dos Centenários)

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Capacidade e taxa de ocupação da EBI com JI da Ammaia

Taxa de
Ano Lectivo N.º de Salas N.º de Alunos Capacidade
Ocupação (%)
2007/08 12 186 275 67,63%

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4. Programa de Generalização do Ensino do Inglês e de outras Actividades de


Enriquecimento Curricular do 1º Ciclo do Ensino Básico

A já enorme interacção entre as escolas e o município, sobretudo ao nível do Pré-


Escolar e 1º Ciclo, entrou numa nova dimensão em Junho de 2006 com a publicação,
no dia 16, do Despacho do Ministério da Educação nº 12.591/06 que aprovou o
Programa de Generalização do Ensino do Inglês e de Outras Actividades de
Enriquecimento Curricular no 1º Ciclo do Ensino Básico.

Recordo-me que na altura, o diploma teve um grande impacto e suscitou alguma


surpresa e ansiedade no seio das autarquias e em particular junto dos vereadores
responsáveis. O despacho previa a criação e implementação de um programa que era
completamente novo para todos nós e caiu, em muitos casos, completamente de

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surpresa. Penso que teria sido muito útil se então tivessem existido contactos
prévios, ou sessões de esclarecimento para que as partes envolvidas tivessem
conhecimento do andamento do processo e não recebessem a notícia de forma tão
inusitada.

O Despacho do Gabinete da Ministra deu entrada no Município de Marvão no dia 7 de


Junho, precisamente na data em que recebemos um convite da Associação de
Municípios do Norte Alentejano para estarmos presentes numa acção de divulgação
da empresa EDUTEC, na qual pretendiam demonstrar a todos os municípios
associados, a mais-valia que os seus serviços poderiam representar no
desenvolvimento do Programa recém surgido. É caso para dizer que a iniciativa
privada ultrapassou em muito os esclarecimentos oficiais e devo confessar que
suscitou em nós muitas dúvidas que oportunamente foram esclarecidas pelo Sr.
Coordenador Paulo Pires, agora integrado na Equipa de Apoio às Escolas, que tem sido
até hoje e desde então, uma figura tutelar e sempre presente nestas e noutras
questões do complexo e vasto mundo da educação. Foi precisamente no seguimento
de uma conversa que tivemos no âmbito do Conselho Municipal de Educação que nos
informou que não haveria qualquer obrigatoriedade de recorrer aos serviços de
empresas nem existia tampouco qualquer urgência em definir tão cedo de que forma
articularíamos o programa no seguinte ano lectivo. Foi este contacto esclarecedor
que ajudou a definir aquilo que passarei a designar, sem qualquer tipo de
pretensiosismo mas apenas por uma questão de facilidade de expressão pelo “Modelo
de Marvão”.

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4.1. O modelo de Marvão


Este modelo, muito simples de resto, baseia-se em premissas fundamentais sem as
quais não poderia funcionar: a total interacção e a plena confiança entre as escolas
do concelho, a autarquia e a equipa do Ministério da Educação.

Assim que iniciámos as conversações e a ronda de reuniões exploratórias efectuadas


para definir de que forma poderíamos articular as diversas partes, ficou logo bem
claro que o nosso objectivo último de proporcionar aos alunos do concelho as
melhores condições de aprendizagem possíveis só seria alcançável se todos
trabalhássemos em conjunto e se cada um afectasse desinteressadamente ao
programa todos os recursos, humanos e materiais que tivesse disponíveis.

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Quando surgiu o programa, houve câmaras que optaram por não se envolver, outras
que delegaram tudo numa empresa, outras que assumiram apenas parte do
estipulado. Como a Câmara de Marvão nunca relega as suas responsabilidades,
sobretudo quando o Estado assegura as transferências monetárias que possibilitam a
sua concretização, assumimos desde a primeira hora que seríamos a entidade
promotora e assim, o centro nevrálgico de todo o processo. Fomos responsáveis
pela redacção final do Acordo, pela organização e envio de todo o dossier de
candidatura, ficando desde logo bem explícito que asseguraríamos todo o controlo
financeiro e a contratação dos dinamizadores que fossem necessários.

Às escolas, ficou reservada toda a orientação pedagógica e a integração das


actividades no funcionamento de cada uma delas, sendo o processo acompanhado
pela autarquia nas reuniões de supervisão.

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O grande trunfo desta gestão integrada das actividades por parte da Autarquia,
em perfeita sintonia com as escolas é a possibilidade de unidos podermos
racionalizar e potenciar as nossas mais valias e contornar, da melhor forma
possível, as nossas dificuldades.

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O processo organizativo decorre da seguinte forma:

A Câmara aguarda a colocação de professores nos Agrupamentos. Privilegiamos


sempre a rentabilização do corpo docente colocado no agrupamento e tentamos,
dentro das possibilidades de horário, conseguir que lhes sejam atribuídas mais
algumas horas, também numa perspectiva de fidelização e integração na escola.

Só após termos uma noção concreta das nossas necessidades, avançamos para a
abertura de concurso ou para outra forma de contratualização que nos garanta a
dinamização das horas que pretendemos.

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Este processo só é, no entanto, possível se existir uma total sintonia, articulação e
proximidade entre os Agrupamentos e a autarquia, na pessoa do Veredor e das
Professoras Responsáveis por este ciclo de ensino; embora exista sempre o senão de
termos de trabalhar em contra-relógio porque na maior parte das vezes, o espaço
temporal que medeia a colocação de professores e o início das aulas é muito curto.

Não tenho qualquer tipo de dúvidas que esta é a opção mais trabalhosa e aquela que
exige maior envolvimento e desgaste, no entanto, é também aquela que mais
garantias nos dá de sucesso, de obtenção dos nosso objectivos e de conseguirmos
gerar algumas reservas económicas que podem beneficiar em muito as crianças.
Seria certamente muito mais cómodo e tranquilo, entregar o dinheiro a uma empresa
e passar imediatamente à posição de “patrão” cujo único papel é exigir explicações
quando algo corra menos bem.

Com o nosso modelo somos nós que temos que nos justificar directamente aos pais
sempre que haja entraves no processo, somos nós quem tem de agilizar processos
para que os professores assegurem o funcionamento, mas tudo é recompensado no
final, quando aplicamos as verbas em prol do bem estar das crianças.

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4.2 As actividades

Houve, desde o primeiro momento, um consenso quanto as actividades a seleccionar


para Marvão por dois motivos concretos, e digo isto, com a maior frontalidade e com
o pragmatismo que os tempos modernos exigem: pela relevância pedagógica para as
crianças, em primeiro lugar; mas também por uma questão económica porque
saberíamos que ao candidatarmo-nos a este lote, teríamos acesso à maior verba
disponível por aluno.

O Ensino da Língua Inglesa que diga-se de resto, já era uma realidade no concelho
há mais de 10 anos, era uma aposta incontornável face à importância que esta língua
detém actualmente à escala global, onde é unanimemente considerada como língua
universal. Era fundamental que as crianças de Marvão tomassem contacto com a
língua inglesa o mais cedo possível e por isso mesmo arrancámos, logo no ano de
implementação, com o Inglês desde o 1º ano do 1º ciclo.

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O Ensino da Música veio também de encontro a uma prática reiterada no nosso
concelho. Marvão conta com uma Escola de Música, dinamizada por uma Associação
Cultural que está directamente ligada à autarquia, que tem mantido uma actividade
contínua há mais de 10 anos. O objectivo de avançar com esta actividade tinha como
fim último o estabelecer uma ponte de passagem para a Escola de Música de Marvão
de todas as crianças que pretendessem continuar esta aprendizagem, ajudando
também assim a despistar talentos que se poderiam perder.

A Actividade Física e Desportiva é fundamental não só para o bem estar físico mas
sobretudo porque esta prática é um elixir para o corpo e mente. È muito importante
incutir nas crianças, desde a mais tenra idade, a importância de integrar o exercício
físico nas suas actividades diárias até como forma de prevenção para a saúde.

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4.3 Infra-estruturas

Devido às fortes limitações existentes em termos de espaços físicos, vimo-nos


obrigados a desenvolver o Ensino do Inglês e o Ensino da Música nas salas de aula,
não havendo qualquer forma de contemplarmos as indicações dos relatórios de
monitorização que aconselhavam a utilização de espaços que permitissem às crianças
sair do habitual espaço de aula. Por muito que compreendamos e queríamos alterar o
estado das coisas, não nos é de todo possível, face à actual situação financeira que
atravessamos.

No que diz respeito à Actividade Física e Desportiva, procurámos rentabilizar ao


máximo a Piscina Municipal coberta que é uma infra-estrutura recente, moderna e
equipada com todas as condições. Os restantes tempos são dinamizados no Pavilhão
Gimnodesportivo local ou no recreio escolar, no caso de Santo António; e no ginásio
interno ou no polidesportivo da escola da Portagem.

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4.4 Gestão Financeira

No ano lectivo 2007/2008, o programa envolveu 104 alunos, o que perfez um total
de 26.000€, que correspondia nas duas escolas na seguinte proporção:

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-15.000€ para os 60 alunos da EBI c/JI Ammaia
- 11.000€ para os 44 alunos da EBI c/JI Dr. Manuel Magro Machado de S. A. Areias.
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As verbas transferidas do Ministério da Educação para este programa são aplicadas


sobretudo no pagamento das horas aos dinamizadores, na proporção estabelecida
legalmente; e na aquisição de equipamentos que permitam potenciar a
dinamização.

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No caso do Ensino da língua Inglesa, atribuímos anualmente a cada aluno um


conjunto de manuais da Porto Editora, da colecção Zappy, especialmente
concebidos para dar resposta a este novo desafio do Ministério da Educação e
considerados unanimemente pelos especialistas como sendo dos melhores do
mercado. O conjunto inclui o livro do aluno e o livro de actividades, adaptado aos
diferentes níveis de ensino.

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No Ensino da Música e uma vez que havia uma manifesta falta de instrumentos
musicais em qualquer uma das duas escolas, adquirimos, sob nosso proposta e após o
aval positivo do dinamizador, dois carrinhos musicais da Areal Editores com dezenas
de instrumentos que constituíram um importante auxiliar para o dinamizador. Para
além disso, fornecemos também gratuitamente o Livro de Música da Porto Editora
para todos os alunos, adaptado aos diferentes níveis de ensino.

Para além de todos estes apoios, asseguramos ainda o técnico superior de Desporto
da autarquia, o Prof. Luís Costa para supervisionar todas as actividades aquáticas; o
Professor Filipe Ferreira, coordenador das duas ludotecas municipais, que presta
apoio nas duas escolas na área do 1º Ciclo e todo o transporte das crianças. Só em
combustíveis, a verba dispendida anualmente nos transportes escolares ronda os 40
mil euros.

No final deste processo, caso resulte um saldo positivo, foi por nós definido que o
dinheiro será aplicado na aquisição de materiais ou equipamentos destinados a

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melhorar as condições de aprendizagem ou lazer dos alunos abrangidos pelo
programa, isto é, o 1º Ciclo do Ensino Básico.

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Assim e no final deste ano lectivo, depois de nos termos certificado em diversas
reuniões presenciais, de quais são as necessidades concretas os professores dos dois
agrupamentos, iremos adquirir 4 computadores de última geração (um por sala) e
uma impressora a laser que irá servir as salas do 1º Ciclo da Portagem, num
investimento total que ronda os 3 mil euros.

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Em Santo António das Areias, como a resposta informática estava consolidada e


operacional foi decidido que avançaremos para a aquisição de equipamentos lúdicos
(escorrega e baloiço) que ficaram por comprar num anterior projecto de
requalificação do parque escolar, por falta de verba. O objectivo é equipar o espaço
onde existe já actualmente o piso anti-choque com infra-estruturas que fossem
utilizadas pelos alunos do 1º ciclo e Pré-Escolar, num investimento que também
supera os 2.900 euros.

Honrando o compromisso inicial, iniciámos já o processo de aquisição dos


materiais, através da Central de Compras da autarquia e contamos ter tudo a
funcionar no arranque do próximo ano lectivo.

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4.5 Dificuldades
A maior dificuldade que a entidade promotora tem sentido ao longo destes 2 anos de
implementação do programa tem sido sobretudo ao nível de conseguir os
dinamizadores certos. É muito difícil conseguir dinamizadores com o perfil exigido
legalmente que estejam dispostos a trabalhar com afinco para que as actividades
sejam um sucesso.

Os professores queixam-se com frequência que o dinheiro que é pago por hora não é
suficiente (índices 126 – licenciatura e 89 – restantes casos) para pagar o alojamento
e as deslocações e acabam por deixar de cumprir o estipulado.

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No primeiro ano tivemos uma enorme dificuldade em encontrar um professor de
música porque estes, de repente e face à nova conjuntura, passaram a ser muito
requisitados. Assim que abrimos o concurso apareceram diversos interessados embora
por um ou outro motivo, o número de interessados tenha ficado reduzido a um que
apesar de reunir os requisitos, não tinha qualquer experiência e nos causou diversas
dificuldades que muitas das vezes tentámos ultrapassar porque sabíamos que era a
única alternativa disponível.

Neste ano, tivemos o caso de uma professora que pura e simplesmente abandonou as
actividades assim que recebeu uma proposta melhor, sem nos comunicar com uma
antecedência que nos permitisse dar uma resposta alternativa imediata, e isto de um
dia para o outro. Surgiu-nos então um professor que se manifestou interessado mas
que nunca chegou a entregar a documentação que lhe solicitámos para concretizar o
contrato e que se desligou do processo, quando nós já estávamos a braços com o
problema da falta de actividades. Temos tido diversos problemas deste género, de
laxismo e até alguma falta de ética. Posso-vos dizer que para resolver este último
caso e para garantir que a normalidade fosse reposta quanto antes, eu próprio tive
de dar a cara e assumir a urgência de determinados procedimentos.

Para além desta questão dos professores debatemo-nos diariamente com as eternas
falta de espaço e de verba para pagamento, por exemplo, dos transportes.

Uma outra dificuldade é conseguir que os pais estejam satisfeitos com o nosso
esforço mas penso sinceramente que isto é uma questão crónica.

Há também e apesar de tudo, uma ou outra aresta em termos de comunicação com


e dentro dos agrupamentos que tem de ser suprida. Com trabalho, com esforço e a
continuidade das reuniões, estou certo de que atingiremos um ponto de
funcionamento excepcional.

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4.6 Vantagens
Ao assumirmos a gestão integrada passamos a controlar todo o processo e a poder
optar a qualquer momento pelos caminhos que nos parecem mais adequados.

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Ao ser a autarquia a contratar os professores, temos a grande vantagem de
podermos fidelizar os dinamizadores que se destacaram pelo seu desempenho e que
revelam uma excepcional adaptação e dedicação à escola e ao concelho como é o
caso da nossa Professora de música da Escola da Portagem, a Prof.ª Lúcia, que tem
sido um caso de referência.

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4.7 Reuniões
Duas palavras-chave: proximidade e cumplicidade.

4.7.1. Reuniões de Supervisão


O artigo 25º do Acordo define que o acompanhamento da entidade promotora será
realizado através da comparência habitual nas reuniões de supervisão que por nelas
estarem presentes todos os docentes e dinamizadores, se tornaram no comando
operacional do programa no terreno.

Estas reuniões materializam uma oportunidade única de debatermos a par e passo o


andamento do processo, de procedermos aos ajustes necessários e de maximizarmos
a nossa actividade. São pois, de uma importância fundamental.

4.7.2. Visitas de Acompanhamento e relatórios de monitorização


Realizadas a um nível superior e com uma maior grau de minúcia, são
particularmente importantes porque nos transmitem a visão especializada de quem
conhece profundamente o processo e nos ajuda a corrigir os pontos menos positivos.

Foi em consequência destas visitas e no seguimento dos relatórios que originaram


que por exemplo, se constatou que havia trabalho por fazer na articulação entre o
Conselho Pedagógico, o Conselho de Docentes e os Departamentos Curriculares; ou
que era necessário aprimorar a programação, supervisão e avaliação por parte de
alguns dinamizadores.

Escusavam-se, é certo, as referências negativas à falta de espaço e de equipamentos


porque não nos podemos esquecer que as entidades que proferem estes reparos,
estão integradas no Ministério que tem a tutela e a maior responsabilidade de os
suprir.

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5.Conclusão
Apesar deste Programa não constituir uma revolução em termos de ensino, sobretudo
em escolas e em concelhos que já dinamizavam por sua conta e risco, há mais de 10
anos, algumas destas actividades, sou da opinião que deu um enorme contributo na
sistematização e na articulação da oferta no período para além do bloco
curricular. Ajudou, sem dúvida alguma, a fazer chegar a mais alunos, com mais e
maior qualidade, uma significativa oferta educativa complementar.

Não vou entrar aqui na discussão do conceito de escola a tempo inteiro e na temática
da dificuldade das crianças de hoje em dia brincarem livremente e usufruírem da sua
condição enquanto tal. Esse é um tema polémico que só por si nos tomaria muito
mais que um dia a discutir e provavelmente não chegaríamos a conclusão alguma.

O que me parece de realçar é que se o programa é de aplicar e é no interesse dos


nossos alunos, nada mais nos resta do que nos esforçarmos diariamente para
aplicá-lo o melhor que podemos, fazendo os ajustes necessários, por forma a que
as crianças possam dai retirar o melhor aproveitamento possível.

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