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INTRODUÇÃO
ESTE LIVRINHO é mais do que um manual de sugestões para distrair crian-
ças. Revela também profunda compreensão do comportamento infantil e da ma-
neira pela qual as crianças se desenvolvem e aprendem.
A partir da primeira infância, os autores demarcam tanto os limites como
os potenciais de cada idade até os cinco anos. Interessam-se sempre pelos atos
e pelas idéias das crianças e encarecem o fato de que o aspecto mais importante
do brinquedo não é encontrá-lo pronto, mas jazê-lo.
Este livrinho não ensina a fazer coisas, embora muitos dos brinquedos su-
geridos incluam a maneira de jazê-los. Ê uma abordagem do ato de brincar,
que se incorpora à dinâmica do desenvolvimento infantil. A necessidade que a
criança sente de explorar o meio ambiente é compreendida, e sustenta-se o seu
direito de testar, experimentar e indagar sem que sua liberdade seja tolhida por
regras. O livro procura valorizar, no brinquedo, os elementos psicologicamente
construtivos que o observador superficial tende às vezes a desprezar, tachando-
os de caóticos ou irrelevantes.
Os autores proporcionam aos pais a ajuda necessária para que disponham
o ambiente de maneira que a criança que começa a andar, impelida a mover-se
e a descobrir seu próprio corpo em relação ao espaço que o cerca, possa testar
sua capacidade física e desenvolver a consciência de si mesma. Os pais encon-
trarão aqui sugestões que lhes permitirão proporcionar a seus filho(a)s as ex-
periências sensoriais altamente necessárias ao desenvolvimento da consciência
e das reações da criança em relação ao mundo que a cerca. Ela pode não utili-
zar o material da maneira funcional ou prática por que o fará mais tarde, mas a
sua confusão tem um objetivo e pode ser um passo rumo a outros importantes
aprendizados: construção de vocabulário, autoconfiança, alegria de conhecer.
Há também jogos de imaginação com objetos em miniatura, brinquedos ou
bonecas para as primeiras aventuras da criança no que virá a ser o seu mundo
social. Ã medida que ela cresce e adquire habilidades, aprende a manejar o
material e a criar reproduções de tudo o que vê o adulto manusear e jazer.
Equiparar a atividade ao estágio de desenvolvimento constituiu a preocupação
primordial dos autores.
O livro é, num certo sentido, um excelente compêndio sobre o desenvolvi-
mento infantil, tanto quanto um manual de sugestões úteis aos pais que desejem
enriquecer os brinquedos de seus filhinhos e a própria vida diária de seus lares.
EVELYN GOODENOUGH PlTCHER
Presidente.
Departamento Eliol-Pearson de Estudos Infantis
Universidade Tufts
Medford, Massachuselts
CAPÍTULO I
Que fazer quando seu filho não tem o que fazer
QUAL A MÃE que nunca se defrontou com um rostinho infeliz (ou vários)
voltado para ela a declarar-lhe em tom positivo: "Não temos nada para fazer,
mamãe, não temos nada para fazer".
Na maioria das vezes a queixa atinge o tom da mais alta pre-mência na-
queles dias em que tudo o mais está atrapalhado. Chove a cântaros lá fora. Ma-
mãe está com todo o seu trabalho atrasado, o jantar ainda por planejar e prepa-
rar. Há o cansaço e a tensão pré-menstrual, e para onde quer que ela se volte,
esbarra com uma criança entediada.
Este livrinho foi feito tendo em mira justamente dias como esses. As crian-
ças, especialmente as que ainda se encontram em idade pré-escolar, possuem
uma espécie de radar emocional que lhes permite pressentir a indisposição da
mãe, e irão a todos os extremos para se manterem no centro de sua atenção —
até vê-la com toda a sua energia e todas as suas idéias esgotadas.
Às vezes, entretanto, a queixa de que não há nada para fazer chega no mo-
mento em que mamãe está cheia de disposição, em pleno apogeu de sua capaci-
dade imaginativa e de sua inspiração inventiva. Por isso, à medida que este livro
ia sendo feito, acrescentamos-lhe sugestões de brinquedos para dias mais alegres
quando as mães dispõem de um pouco de tempo extra para fazer alguma coisa
com seus filho(a)s.
Em benefício das mães, escolhemos idéias práticas, de realização simples e
que, em geral, não exigem ajuda ou atenção exclusiva. As mães não são profes-
soras de jardins-de-infância e nem podem pretender sê-lo; têm mais que fazer
além de brincar com os filhos. A maioria dos brinquedos descritos neste livro
pode ser feita com material de uso diário geralmente disponível em qualquer
casa e de custo mínimo ou nulo. Pois de que valeriam sugestões de brinquedos
que obrigassem a mãe a largar tudo para ir comprar materiais especiais fora?
Tendo em mira, antes de mais nada, o desenvolvimento da criança, selecio-
namos idéias o mais possível condizentes com o que se conhece sobre as neces-
sidades e interesses particulares de diferentes idades. Especialistas em psicologia
infantil parecem, hoje, estar concentrando suas pesquisas no início da primeira
infância, especialmente no primeiro ano de vida, e dentro de pouco tempo vire-
mos a conhecer muito mais do que hoje conhecemos sobre como as criancinhas
aprendem, como se desenvolvem mentalmente e o que mais as interessa. Esta-
remos, então, aptos a acrescentar novas sugestões lúdicas a este livro. Entre-
mentes, de acordo com os nossos atuais conhecimentos do desenvolvimento in-
fantil, ainda que longe de serem completos, basta que sejamos absolutamente
específicos sobre certos pontos.
Neste volume tentamos fornecer respostas concretas a várias questões im-
portantes: Que é que acalma um bebê? Que é que o interessa? Quando é que ele
começa a agarrar objetos e a deixá-los cair? Quando é que as crianças param de
atirar ao chão os blocos dos brinquedos de armar e começam a construir com
eles? Em que idade reinar com areia e barro lhes é proveitoso e por quê? Em
que idade uma criança adquire coordenação suficiente para usar tesouras com
pontas rombudas?
Até bem pouco tempo, achava-se que os bebês não sabiam brincar. Supu-
nha-se que o que fazia um bebê feliz era apenas receber alimento, afago e tran-
qüilidade. Hoje, porém, estudos sobre a primeira infância demonstram que os
bebês estão sempre ávidos por brincar e aprendem rapidamente através do tato,
da vista e do ouvido. Essas atividades sensoriais são a sua maneira de brincar.
Seus brinquedos são simples, porém nem por isso menos importantes. Pesquisas
parecem confirmar a velha idéia de que a primeira infância é o período de maior
aprendizado.
O reconhecimento de que o aprendizado começa no berço, todavia, não
exige que bombardeemos criancinhas de dois anos de idade com primeiras no-
ções de ensino escolar ou procuremos verificar quanto dos nossos conhecimen-
tos adultos poderemos incutir-lhes à força e o mais cedo possível. O modo pelo
qual uma criancinha aprende e sobre o qual ainda temos muito a descobrir, é di-
ferente. Sua lógica não é a lógica de um adulto, sua ordem não é a ordem de um
adulto, e ela deve ter a liberdade de aprender à sua própria maneira. Para algu-
mas pessoas, certas sugestões de brinquedos contidas neste livro talvez pareçam
tolas: rasgar papel, espadanar água ou bater latas vazias ao chão. Fazer é a ma-
neira das crianças realizarem experiências com o seu mundo. Não é importante
para elas produzir algo no sentido adulto. Elas precisam ter oportunidade de usar
o seu próprio e singular impulso de domínio e de criação.
A criança pequena, provavelmente, prefere brinquedos caseiros como ca-
necas e panelas, latas e embalagens plásticas vazias, de leite e outros alimentos,
a brinquedos comprados. Esses objetos fazem parte de sua vida diária e ela an-
seia por poder segurá-los e fazer experiências com eles. De mais a mais, vê ma-
mãe usá-los e quer usá-los também. "Nas experiências diárias da criança", diz
Jean Piaget, o psicólogo suíço, "repousam as origens da curiosidade".
Os movimentos sem rumo de um bebê e as atividades aparentemente sem
objetivo de uma criança são os seus primeiros métodos de aprendizado. Um
bebê que contempla um mobile está fazendo uma exploração visual. Uma crian-
ça de dois anos que rasga papéis, além de estar desenvolvendo a sua coordena-
ção manual, está testando seu domínio sobre o meio ambiente e satisfazendo a
sua curiosidade a respeito de materiais. Que queremos significar quando dize-
mos que um adulto é criativo? Apenas que o seu trabalho exibe a aplicação de
uma inventividade incomum e uma incomum curiosidade. Há nisso um certo
sentido lúdico. O significado de um quintal, dos bolinhos de barro, das toscas
construções feitas com caixas vazias ou outros refugos domésticos não é muito
diferente do significado do laboratório de um físico, do estúdio de um artista ou
da mesa de desenho de um arquiteto.
Quem quer que tenha observado de perto uma criança brincar, reconhece
logo estar presenciando um árduo trabalho. Brincar é o trabalho da criança, e ela
o faz com seriedade. O garotinho que mal sabe andar se põe a cavoucar a terra
dura com uma colher de metal, raspando e esburacando o chão até que a colher
bata numa grande pedra. Ele pode levar uma hora cavando ao redor da pedra
com a sua colherinha ou pode pegar a colher de pedreiro do jardim e resolver
seu problema em cinco minutos. Basicamente, sua tarefa é a mesma com que os
adultos se defrontam na solução de um problema. Eles têm que resolver seus
problemas num mundo mais complexo, mas os fundamentos da abordagem e do
domínio dos problemas muitas vezes repousam nos problemas da infância.
A criança quando brinca aprende pouco a pouco o que é o mundo — o que
é molhado, o que é seco, o que machuca, o que pode ser erguido ou empurrado
para um lado, o que faz as coisas andar e parar, permanecer unidas ou separadas,
e quais as tarefas que exigem solicitação de ajuda externa. Ela experimenta tate-
ando, cheirando, provando, derrubando, chutando, fazendo desordens e obser-
vando. Brincar é também uma excelente válvula de escape para sentimentos
confusos e excesso de energia. Nos jogos com outros companheiros, a criança se
defronta com a raiva e a agressão, mas também com o riso e o senso de integra-
ção. Brincando, a criança enfrenta muitas das tarefas cruciantes da vida. Tanto
quanto seu primeiro relacionamento com a família, suas primeiras experiências
lúdicas, particularmente seu senso de divertimento, determinarão as suas atitu-
des no decorrer da vida.
Todas as sugestões de brinquedos contidas neste livro foram checadas para
efeito de segurança pelos membros da equipe do Hospital Infantil de Boston. No
hospital temos uma célebre coleção de objetos retirados de estômagos ou gar-
gantas de criancinhas, alfinetes de gancho, botões, pregos, grampos de cabelos,
amendoins, ganchos de pendurar xícaras, berloques — e uma série de distintivos
de campanhas políticas desde Roosevelt até Johnson. Os nossos médicos, ao
checar a lista de materiais de brinquedo, tiveram sempre em mente a hipótese de
acidentes.
O lar mais seguro, entretanto, oferece riscos potenciais e não pode ser or-
ganizado de maneira realmente segura por mais que isso fosse desejável. En-
quanto as crianças crescem, devem aprender gradualmente a viver com os riscos
da vida cotidiana. Um dos piores perigos do brinquedo é que as criancinhas le-
vam coisas à boca. Se for uma esponja, está tudo bem. Mas se for uma tachinha
ou um vidro de esmalte de unhas, cuidado! Nos capítulos destinados a crianças
de três, quatro e cinco anos, usamos feijões, botões, macarrão cru e outros pe-
quenos objetos perigosos para crianças que ainda mastigam tudo o que encon-
tram. Mas a maioria das crianças de quatro anos não se interessa mais por levar
coisas à boca e pode brincar com elas sem nenhum risco. Você saberá se seu fi-
lho(a) tem ou não condições seguras de brincar com tais objetos. Se não se sentir
segura, consulte seu médico.
Se o dia do "não temos nada que fazer" chegar quando você estiver exausta
e totalmente a zero em matéria de idéias (ou de paciência), considere, antes de
mais nada, sua própria capacidade. Se empreender um projeto que pareça estar
além de suas forças, é quase certo que seus filhos tampouco irão achá-lo muito
divertido. Talvez você não esteja disposta a fazer coisa alguma; nesse caso po-
deria preparar um sanduíche bem nutritivo para cada um deles e ligar a televi-
são. Você se recostará, então, num sofá próximo e descansará com as pernas na
altura do corpo. Esqueça o preparo do jantar (mas certifique-se de que seus fi-
lho(a)s estão seguros e de que, de onde você está, poderá vigiá-los).
Por mais útil que seja a televisão, especialmente perto da hora do jantar,
não lhe recomendamos usá-la em demasia. A maioria dos programas infantis de
televisão ainda não são suficientemente bons (alguns são realmente maus) e,
ainda que o fossem, a televisão não ajuda a criança a dominar suas próprias ap-
tidões.
Há aqui muitas idéias e sugestões de brinquedos que permitirão a seus fi-
lhos, uma vez que você os inicie, a divertirem-se felizes por longo tempo e sozi-
nhos. Uma criança de três ou quatro anos pode brincar sem nenhum risco num
cômodo próximo com um tabuleiro de cozinha cheio de fubá ou farinha de man-
dioca, à guisa de areia, ou enfiando carreteis vazios num barbante. Não precisará
vigiá-la muito de perto. No apêndice, sob o cabeçalho "Boas idéias para quando
mamãe estiver indisposta", você encontrará uma relação de outras sugestões se-
guras que não exigem supervisão direta.
Ao escolher uma sugestão de brinquedo, leve em conta também o estado de
espírito de seu filho. Ele está cansado? Está super-excitado? Está se sentindo
desorientado, ou apenas entediado? No apêndice já citado você encontrará outra
relação de "Boas idéias para uma criança indisposta". Encontrará aí algumas su-
gestões tanto para a criança doente ou cansada, como para aquela que está preci-
sando extravasar o excesso de energia. É bom lembrar que quando uma criança
(ou um adulto) está doente ou cansada, gosta de retroceder a brinquedos ou dis-
trações mais simples, próprias de uma idade anterior. Não lhe dê nada que possa
cansá-la.
É útil, também, seguir a orientação das professoras das escolas maternais,
alternando períodos de brinquedos calmos e ativos. Depois de um desenho a lá-
pis de cor que exige grande concentração e controle dos músculos da mão e da
vista, deixe seu filho(a) empenhar-se numa boa guerra de bolas de jornal amar-
rotado. Uma partida de pegador seria ótima para seguir-se a algum trabalho de
agulha sobre cartões perfurados.
Muitas mães perguntam como impedir que seus filhos lutem ou façam es-
tripulias durante aquela última hora tão difícil que precede o jantar, sem ter que
recorrer constantemente à televisão. Jogos de cartas ou de tabuleiros conduzem
quase que inevitavelmente a brigas nessa hora, quando as crianças já estão por
demais cansadas para sujeitar-se a regras ou regulamentos. Algumas sugestões
seriam: modelagem com barro ou massinha própria, colagem, alguns livros de
gravuras previamente separados para esses momentos, um saco de pequenos
blocos de papelão, bichinhos de plástico ou bonecas de material barato e inque-
brável. Em qualquer caso, escolha alguma coisa tranqüila que a criança possa
fazer sozinha sem a ajuda ou participação de seus irmãos. O convívio pacífico e
amistoso entre irmãos raramente ocorre nesse período anterior ao jantar. Mas um
pouco de distração nesse instante crítico do dia pode operar milagres.
Embora tenhamos tentado, neste livro, relacionar idéias e sugestões de
brinquedos de acordo com as diversas faixas de idade, isso se tornou difícil pelo
fato de não haver duas crianças que se desenvolvam exatamente no mesmo
ritmo. Algumas adquirem hábitos de higiene mais cedo, outras mais tarde. Al-
gumas crianças de dois anos adquirem coordenação manual e visual bem cedo,
outras são especialmente dotadas para música, umas param de levar objetos à
boca aos dois anos, outras só o conseguem aos cinco. Você conhece seu filho e
sabe de que é que ele gosta. Se encontrar um jogo ou brinquedo indicado para
crianças de quatro anos que possa atrair o seu garotinho de dois anos ou se ele
gostar de alguma atividade indicada na parte relativa aos bebês, deixe-o exercê-
la à vontade — se não envolver nenhum risco. Mas, acima de tudo, não se preo-
cupe se seu filho(a) de três anos se divertir mais com os brinquedos próprios de
bebês que estão começando a andar. Ele tem muito tempo para aprender. Qual-
quer pressão só poderá frustrá-lo ou desencorajá-lo.
O segredo de uma brincadeira bem sucedida está na escolha da atividade
que melhor se adapte às suas necessidades e às de seu filho no momento. Brin-
car com água na pia da cozinha, por exemplo, é uma boa atividade quando, de
qualquer forma, você tiver que ficar trabalhando na cozinha. Uma ida ao super-
mercado ou à florista pode ser divertida num dia em que você quer sair de casa e
esquecê-la.
Por outro lado, se estiver chovendo e seu filho(a) acabou de levar um tom-
bo e arranhar o joelho e ainda por cima estiver resfriado e implicando com os
irmãos, talvez não queira fazer coisa alguma. Talvez queira apenas sentar-se no
seu colo para que você converse um pouquinho com ele. Às vezes uma canção
também ajuda.
Para fazer tal quadrado, cerque com um sofá, cadeiras e umas duas malas,
um espaço razoável num canto de sala (longe das tomadas de força). Se o seu
bebê puder enxergá-la, ficará mais feliz nesse local do que no quadrado verda-
deiro. Assim, você não precisará ficar atrás dele nem se preocupar com as artes
que possa estar tramando.
Observe se ele vai gostar de brincar nesse quadrado (ou em qualquer outro
local) com os seguintes objetos:
- Colheres de pau .
- Latas encaixáveis
- Forminhas
- Brinquedos de apertar
Cesto para papéis: Seu bebê se distrairá por longo tempo tirando papéis de
dentro de um cesto. Naturalmente, você terá que os repor! (cuidado com objetos
danosos, como grampos ou cacos de vidro, que possam ter sido jogados no ces-
to.)
Alinhe alguns pregadores de roupa, feitos de madeira e sem molas (o papai
poderá improvisar alguns, usando cabos de vassoura e um serrote para cortar os
vãos) nas bordas de uma assadeira. Depois, ensine seu filho(a) a tirá-los um por
um e depositá-los na assadeira. Esse passatempo será mais apreciado se você o
repetir, alinhando novamente os pregadores.
Panelas e tampas: Ocasionam muito barulho, mas também muita alegria!
Para variar, esconda um objeto inofensivo como uma lata de suco de frutas,
dentro de uma panela e deixe o bebê ter a surpresa de encontrá-la quando des-
tampar a panela.
Caixas de papelão para embalagens: Guarde todas as caixas vazias que te-
nham iguais dimensões e logo terá uma coleção de blocos de papelão apropriada
para uma criança de dezoito meses ou mais; ela se divertirá movimentando-as
com ambas as mãos, mas raramente começará a empilhá-las ou arremessá-las até
que atinja a idade de dois anos e meio, mais ou menos.
Caixas de cereais e outros produtos: Boas para serem empurradas ou, se
forem cilíndricas, para serem rodadas.
Tiras largas de fita de seda em cores vivas, velado ou peladas sintéticas:
São agradáveis ao tato e à mastigação. Prenda uma boa porção ao quadrado e à
cadeirinha de passeio. Verifique se não largam tinta.
Caixas de presentes, tampas metálicas de vidros de conservas, de geléia, e
embalagens de sabonetes: Intrigam o bebê de um ano muito mais do que brin-
quedos comprados em lojas.
Caixa de correio: Faça uma abertura grande e circular na tampa de uma
caixa de sapatos ou de cereais. Demonstre ao seu filho(a) como postar carreteis
vazios ou pequenos blocos de madeira ou de plástico na caixa de correio e de-
pois retirá-los, removendo a tampa da mesma.
Rabiscos: Dê-lhe uma folha grande de papel de embrulho ou jornal — ou
mesmo um saco grande de papel aberto dos lados — prendendo as extremidades
com fita adesiva ao chão ou à mesa, para imobilizá-la. Depois ofereça-lhe dois
ou três lápis de cores e estimule-o a fazer rabiscos. Para esse passatempo, esco-
lha uma superfície que não corra o risco de ficar estragada.
BRINQUEDOS DE PUXAR
A criança que já começou a andar gosta de puxar praticamente qualquer
coisa atada a um barbante ou corda. Escolha algo que não pese muito para não
danificar a mobília. Não deve ser estiIhaçável ou quebrável, pois poderia ma-
chucar a criança. O melhor brinquedo de puxar deve produzir som quando mo-
vimentado. Portanto, procure pela casa objetos leves, inquebráveis e que não
sejam demasiadamente barulhentos (para sua própria conveniência). Alguns
bons brinquedos de puxar são:
- Canecas de alumínio ou de plástico.
- Pulseiras velhas (de madeira, de plástico ou de metal).
- Carreteis vazios
- Tubos de rolos de papel higiênico ou de toalhas de papel.
- Pinhas.
- Copos de plástico (de sorvete, iogurte, etc.).
- Pequenas caixas.
- Bobs para enrolar cabelo.
- Velhos bichos de tecido.
- Tampas metálicas de vidros de conserva (faça com um prego um peque-
no furo no centro da tampa).
Poderá amarrar dois ou três desses objetos ao mesmo barbante, deixando
alguns centímetros de distância entre cada um deles.
Para improvisar um trem enfileire e ate vários copos de plástico e pequenas
caixas. Alternando tampas metálicas e carreteis vazios poderá também fazer
uma centopeia. Os bobs para enrolar cabelo, atados pelas extremidades, se trans-
formam numa fabulosa minhoca.
Embalagens cilíndricas de papelão ou de plástico (com tampa) : Primei-
ramente faça um furo na base e outro na tampa, bem no meio. Depois passe um
fio de barbante longo pelo interior da embalagem e dê um nó no mesmo para
que fique preso à base. Coloque na embalagem um punhado de macarrão cru e
firme a tampa com fita adesiva. Esse brinquedo produz um som estridente quan-
do é puxado ou sacudido pela criança.
Caixas de sapatos: Atadas umas às outras com barbante grosso, simulam
trens, carros e barcos.
BRINCADEIRAS NA COZINHA
Depois do primeiro aniversário da criança, a cozinha torna-se um mundo
cada vez mais fascinante, mas a criança precisa ser vigiada atentamente a fim de
não vasculhar lugares proibidos. A cozinha pode ser a dependência mais perigo-
sa da casa. Para maior segurança e entretenimento a longo prazo, você poderá
pôr em prática, em caráter experimental, a seguinte sugestão:
Reserva de gaveta de cozinha: Reserve uma gaveta (ou prateleira), na parte
mais baixa de um móvel, especialmente para o seu filho(a), e nela coloque pa-
nelas velhas, assadeiras, tampas, latas vazias, colheres de chá, colheres de pau
ou outros utensílios que não causem ferimentos. Se não puder dispor de uma
gaveta (ou prateleira) use uma caixa grande de papelão. Enquanto estiver traba-
lhando na cozinha, seu filho(a) ficará entretido em brincar de cozinhar usando os
utensílios de sua própria gaveta, prateleira (ou caixa).
MUSICA E DANÇA
Há crianças que adoram ouvir música e outras que não se entusiasmam
muito por ela. Para as primeiras, a música — suave ou movimentada — é deve-
ras tonificante. Crianças excessivamente ativas ou nervosas, em geral, adorme-
cem com mais facilidade quando ouvem cantigas de ninar ou mesmo música
mais ritmada como jazz e rock'n'roll. Não se deve, porém, descurar a música
clássica.
Há crianças que, quando ouvem uma música popular, começam a se reque-
brar acompanhando o ritmo. Nessa idade muitas crianças se apaixonam por cer-
tas canções destinadas à primeira infância e as continuarão amando por muitos
anos.
COLAGEM
As crianças, via de regra, não sabem colar muito bem enquanto não atin-
gem a idade de três anos ou mais, mas adoram mexer com cola. Algumas mães
dão aos seus filho(a)s de dois anos um pouco de vaselina ou creme facial para
eles lambuzarem uma folha de papel impermeável; eles se divertem a valer, fa-
zendo desenhos espiralados.
Essa sugestão pode lhe parecer estranha mas, na realidade, tanto a vaselina
como o creme são mais fáceis de serem removidos do que o barro; também aju-
da certas crianças pequenas, que sentem grande vontade de se sujar, a se torna-
rem mais compreensivas. Se puserem uma pequena quantidade desses produtos
na boca, não se preocupe. (Naturalmente, terá que vigiar seu filho(a) para ele
não lambuzar as paredes e mobílias!)
Como alternativa, experimente a seguinte receita de cola que não vai ao
fogo:
- Um punhado de farinha de trigo. Adicione água (aos poucos) até a cola fi-
car pegajosa (deve ter consistência grossa para não escorrer sobre o papel). Uma
pitada de sal.
Essa cola crua não é tão eficaz quanto a cola cozida, mas serve para colar
pedaços de papel se você não dispuser de tempo nem de facilidades para cozi-
nhar. Embora não tenha sabor agradável, ela não prejudicará a criança que tentar
experimentá-la. Pode ser que seu filho(a) se divirta apenas lambuzando uma fo-
lha de papel impermeável com este tipo de cola. Ou talvez prefira tentar colar
pedaços de papel. Neste caso, quaisquer retalhos podem ser aproveitados. De-
vem ter o tamanho de um cartão de Natal.
PINTURA
O chão é o lugar ideal para um pintorzinho de dois anos de idade trabalhar,
pois nele as cores não escorrem e não respingam tanto quanto num cavalete ou
em cima de uma mesa. Providencie, para começar, um bom sortimento de folhas
grandes de papel e um pincel que tenha pelo menos dois centímetros de largura.
Um pincel comum dura mais e custa menos do que um destinado a uso profissi-
onal. Use fôrmas de bolo ou tigelas de plástico rasas como recipientes de tinta e
água.
Nessa idade, a criança se ajeita melhor com uma única cor. O papel poderá
ser de qualquer cor ou tipo. Faça experiência com:
—• Jornal (uma criança de dois anos de idade pinta sobre papel já impresso
sem dar pela coisa).
— Sacos grandes de papel, devidamente abertos dos lados.
— Papel branco (que serviu para embrulhar pão).
— Papel de presentes (usado).
— Papel de embrulho ou de forrar prateleira.
— Cartolina.
Forneça à criança guache ou tempera. A tinta em pó custa menos e dura
mais. Além disso, você poderá misturá-la aos poucos, de acordo com as necessi-
dades do momento.
As pinturas da criança nessa idade consistem de algumas linhas onduladas
ou pontos, ou ainda num único borrão de cor. Sua tendência é usar folhas após
folhas de papel para fazer apenas um ou dois rabiscos em cada uma; por isso,
dê-lhe o papel mais ordinário que houver. Não pergunte à criança o que a sua
pintura representa, pois isso é o que menos deve interessar. Está apenas apren-
dendo a deixar sua marca e já basta. Você poderá querer guardar algumas das
produções de seu filho. Mas para ele nada significam. O que importa é a execu-
ção da obra.
OUTROS BRINQUEDOS MANUAIS
Quebra-cabeças, desde que sejam elementares, de tamanho grande e forte-
mente coloridos, representam um ótimo divertimento para as crianças de dois
anos de idade. Você poderá fazê-los em casa com muita facilidade. Experimente
executar um dos seguintes:
Quebra-cabeça circular: Arranje um pedaço de papelão grosso, como a
parte lateral de uma caixa e, com o auxílio da circunferência de uma forma de
pizza ou de um prato, trace um círculo e recorte-o; usando lápis e régua, divida-
o em quatro partes, colorindo-as a lápis de cores diversas.
Quebra-cabeça com formato de lua: Faça um círculo grande e desenhe a
lua em quarto-crescente. Corte o círculo em duas ou três partes em forma de
arco e pinte-as, usando tantas cores quanto for o número de peças.
Quebra-cabeça triangular: Faça um triângulo equilátero com dez centíme-
tros de cada lado, da seguinte forma: trace uma linha horizontal com dez centí-
metros de comprimento. Na metade da mesa trace urna linha vertical. Depois
trace, com régua, linhas de dez centímetros de comprimento de cada lado da li-
nha horizontal, até o ponto extremo da linha vertical (devem encontrar-se). Re-
corte o triângulo e corte-o ao meio bem na linha vertical. Pinte as duas partes
com cores diferentes usando lápis de cor ou guache.
Quebra-cabeça com figura de casa ou de avião: Recorte de uma revista
uma ilustração grande e bastante colorida de um avião, casa ou de um barco.
Cole-a a um pedaço de papelão e recorte este último para que fique do tamanho
da ilustração (fundos ou tampas de caixas de cartolina, bem como as capas pos-
teriores de blocos grandes de papel poderão ser usados para este trabalho). Fi-
nalmente, corte as figuras em dois ou três pedaços desiguais.
Prancheta de feltro: Cole um pedaço de feltro de cor viva sobre um pape-
lão grosso. Recorte algumas formas, usando retalhos de feltro, flanela ou veludo.
Com um pouco de imaginação, você poderá recortar figuras de animais ou de
gente (se não souber desenhar, poderá traçar o contorno de um desenho por meio
de papel de seda), mas formas indefinidas são também muito apropriadas. Ensi-
ne seu filho(a) a dispor e colar essas formas sobre o feltro. Esse passatempo é
ótimo para os momentos em que a mamãe não pode supervisionar a criança.
Além disso, não produz sujeira.
Caixa de cereais: À guisa de um monte de areia, você poderá ter em sua
cozinha um tabuleiro grande com aveia, fubá e outros cereais crus. Se a criança
os puser na boca não se prejudicará. Coloque o tabuleiro em cima de uma mesa,
ou sobre jornais no chão, ou mesmo no quintal. Entre outros brinquedos, as cri-
anças poderão usar os seguintes, para brincar no monte de areia:
— Funil.
— Forminhas.
— Peneira.
--- Colher de sopa.
— Pequenas xícaras e colherinhas de plástico.
— Carrinhos e caminhões.
— Latas de conservas (sem rebarbas).
— Caixinhas de papelão ou de plástico.
Fiada de carreteis: Uma criança de, aproximadamente, três anos já tem co-
ordenação motora suficiente para tentar passar um fio de barbante pelos orifícios
de carreteis vazios. Esses objetos pintados com cores vivas distraem tanto
quanto contas de colar e são mais fáceis de serem enfiados. Dê a seu filho um
pedaço de barbante longo, com as extremidades cortadas em ponta e endurecidas
com fita adesiva ou com fita plástica isolante. Um cordão bem longo de sapatos
seria ideal para esse brinquedo. Cada carretei enfiado no cordão exigirá grande
esforço de concentração; por isso, não force a criança, se ela ainda não estiver
capacitada para esse tipo de trabalho manual que exige muita precisão.
SUBIR E ENGATINHAR
O ato de subir nas coisas ajuda a criança de dois anos a desenvolver os
músculos maiores dos braços, das pernas e do tórax — e ela tem plena confiança
nos seus passos. Caso você resida longe do centro da cidade, poderá conseguir,
com maior facilidade, uma escadinha velha de madeira; mande alguém serrá-la
de maneira que fique reduzida a três ou quatro degraus apenas (altura máxima).
Encoste-a a uma parede interior ou exterior, para ser usada dentro e fora de casa.
Você também poderá improvisar uma ponte satisfatória, usando uma tábua
grande sobre dois blocos grandes de madeira (a ponte deverá ficar a alguns
centímetros apenas acima do chão). Ó ato de engatinhar sobre essa ponte ajuda a
desenvolver o senso de equilíbrio da criança.
Pranchetas: Arranje numa carpintaria alguns retalhos de tábuas, pois serão
usados constantemente, se forem leves e de tamanhos que facilitem à criança a
remoção dos mesmos de um lugar para outro. Devem ser lixados para se elimi-
narem possíveis lascas.
PASSEIOS
Aos dois anos, a criança aproveita mais um passeio se estiver acompanhada
de todos os seus familiares. A excursão deve ser curta e simples, já que a resis-
tência da criança é limitada. Um passeio a pé para ir alimentar os pombos, para
ouvir os pássaros cantarem no arvoredo, ou para visitar uma loja de aves e fi-
lhotes de animais é o suficiente. Se fizer com o seu filho(a) uma visita ao Jardim
Zoológico, leve a cadeirinha de passeio e não permaneça lá por muito tempo.
MUSICA E DANÇA
Nessa idade, a criança aprecia música com ritmo bem marcado que, em ge-
ral, acompanha com movimentos do corpo. Se seu filho for daqueles que demo-
ram para pegar no sono à noite, você poderá tocar um disco da seleção de músi-
cas apropriadas para adormecer crianças sugerida no apêndice II
Você também poderá cantar uma canção de ninar. Geralmente, a criança
insiste em ouvir uma determinada música repetidamente, como o faz com um
livro de sua predileção.
Nas lojas especializadas, você com certeza encontrará música e letra de
canções infantis para serem cantadas ou tocadas ao violão ou ao piano. Lembre-
se de que você continua sendo a artista favorita de seu filho(a).
CAPÍTULO VI
Crianças de três, quatro e cinco anos de idade
ESTRUTURAS
Os blocos de madeira estão incluídos no rol dos melhores brinquedos para
as crianças que atingiram as idades entre três e seis anos. São de fácil consecu-
ção, bastando, para tanto, que se serre um longo pedaço de madeira em bruto
com cinco centímetros de espessura por dez centímetros de largura em pedaços
de oito, quinze, trinta e sessenta centímetros de comprimento e depois que sejam
lixados para eliminar as lascas. Poderá, também, usar:
Lataria e caixas intactas: Você poderá pensar que esses materiais devem
ficar guardados nas prateleiras; constituem, porém, excelentes brinquedos. De
fato, servem melhor como blocos para construir do que os vendidos nas lojas de
brinquedos. Escolha latas de conservas fechadas que não sejam demasiadamente
grandes ou pesadas. Aos primeiros sinais de desgaste, poderá salvar as caixas de
produtos alimentícios, substituindo-as por outras.
Embalagens de papelão: Guarde-as e logo terá uma coleção de blocos para
seu filho construir fortalezas e casinhas de bonecas, garagens e até mesmo uma
casinha de brinquedo. As embalagens de papelão, para leite ou cereais, são le-
ves, fáceis de serem amassadas e proporcionam às crianças uma distração que
não ocasiona muito barulho.
Caixas de sapatos e de charutos: Se você prender as tampas das caixas
com fita adesiva, elas poderão ser convertidas em ótimos blocos.
Pregadores de roupa: São ótimos materiais de construção para as crianças
de três anos em diante. Dê a seu filho(a) uma certa quantidade de pregadores
com molas e ensine-o a uni-los. Ficará surpresa com o resultado das constru-
ções.
PINTURAS
Com tinta de farinha de trigo e água: As crianças adoram pintar com os
dedos, sendo que, de vez em quando, vale a pena proporcionar-lhes essa distra-
ção, apesar da grande sujeira que acarreta (deveras, bastante sujeira!). Misture
uma porção suficiente de farinha de trigo com sal e um pouco de água até for-
mar uma pasta de consistência cremosa. Adicione um pouco de corante comestí-
vel. Proteja a roupa da criança com um avental ou camisa velha e deixe-a pintar
com os dedos o tampo da mesa da cozinha. Ponha colheradas dessa tinta sobre a
mesa e deixe a criança deslizar as mãos sobre ela. Conforme ela for trabalhando,
adicione mais corante à tinta para obter tons diferentes. Se você desejar tirar
uma cópia do trabalho como lembrança, comprima contra ele uma folha de pa-
pel de forrar prateleira, de modo que a tinta passe para o papel. Deixe à mão
uma esponja para limpar a sujeira. A criança poderá também pintar sobre o piso
da cozinha, desde que seja de material fácil de limpar. A tinta não tem nenhum
sabor, mas se, mesmo assim, for levada à boca não prejudicará a criança. Os co-
rantes comestíveis não produzem manchas e são removidos com facilidade.
Com tinta de creme de barbear: Compre um tubo de creme de barbear sem
mentol e deixe seu filho(a) brincar de desenhar com ele sobre a mesa da cozi-
nha. A textura cremosa o deliciará. Um pouco de tinta em pó (solúvel em água)
polvilhada em alguns trechos da mesa, manterá vivo o interesse da criança.
Quando o creme começar a secar, respingue um pouco de água ou adicione mais
creme. Nesse tipo de pintura, o processo é mais importante do que o resultado.
Quando a brincadeira chegar ao fim, o creme poderá ser facilmente removido
com um pano seco. Ela produz muito menos sujeira do que a pintura feita com
farinha de trigo e água. É indicada também para as crianças de dois anos, e não
as prejudicará se for levada à boca.
Com goma líquida de amido e pincel: (Esse material não é indicado para as
crianças que ainda levam coisas à boca.) A pintura feita com esse produto é mais
delicada. Ponha uma caneca com goma sobre a mesa; deixe à disposição de seu
filho um pincel de pincelar tortas, ou melhor ainda, um dos pincéis do estoque
do papai, bem como uma folha de papel pardo (um saco de papel também pode-
rá servir, mas a folha de papel é melhor). A tinta de goma de amido seca no pa-
pel tão bem quanto o guache. Se preferir fornecer a seu filho papel branco, adi-
cione à goma líquida um pouco de corante. Se não tiver goma de amido em casa,
experimente valer-se da seguinte alternativa:
Tinta de sabão em flocos: Apenas misture um pouco de água com sabão em
flocos para formar uma pasta e, se quiser, adicione corante comestível. E uma
tinta válida, mas não tão eficiente quanto a goma de amido.
Se não quiser ter o trabalho de fazer tinta, compre guache em qualquer loja
especializada em material de pintura. Compre tinta em pó, que é mais barata e
pode ser preparada, na hora de ser usada, em potinhos vazios de sopa de bebe.
Não precisa comprar mais do que duas ou três cores.
Acondicione os potinhos de tinta numa caixa de papelão, para que a criança
possa carregá-los com facilidade e também para evitar derramamento; poderá
também colocá-los dentro de uma fôrma de bolo.
Para secar as pinturas acabadas, ponha-as sobre um secador de roupas ou
penduradas com pregadores de roupa num varal ao ar livre.
ESTAMPAGEM*
* As crianças de três anos talvez encontrem dificuldade em exercitar esse
tipo de trabalho.
COLAGEM
As crianças gostam muito de fazer trabalhos em relevo, para tateá-los. For-
neça a seu filho a cola que não vai ao fogo. Se usar bastante sal, ela se cristaliza-
rá e cintilará quando endurecer.
Poderá também fazer a seguinte cola cozida:
- 1/2 xícara de farinha de trigo.
- Adicione água fria até ficar com consistência cremosa.
- Cozinhe-a em fogo lento, mexendo sempre, por cinco minutos.
- Adicione algumas gotas de um óleo aromático qualquer, para ficar com
aroma agradável.
- Adicione algumas gotas de corante comestível, para ficar com bonita
aparência.
- Quando não estiver sendo usada, conserve-a em geladeira, dentro de um
pote bem tampado.
_ (A cola cozida é mais durável e mais eficiente do que a que não vai ao
fogo. Não prejudicará a criança que não resista à tentação de levá-la à boca.)
Colagem: É uma expressão francesa que dá nome ao trabalho de arte feito
com vários materiais colados sobre um suporte. Forneça ao seu filho(a) um saco
de papel transformado em superfície plana, onde ele poderá colar:
—• Biscoitos.
— Uvas passas.
— Cereais secos.
— Retalhos de papel colorido.
— Flocos de algodão.
— Retalhos de panos coloridos.
Estimule a criança a traçar linhas e pintar trechos a lápis de cor, tinta mági-
ca ou giz. (Todos esses materiais são inofensivos às crianças de três anos que
ainda levam coisas à boca; nenhum deles aderirá à garganta.)
As crianças que já completaram quatro ou cinco anos de idade gostarão,
talvez, de fazer colagens mais elaboradas. Nesse caso, terão que usar colas à
base de P.V.A. A compra desse produto em embalagem maior é mais vantajosa.
Despeje uma pequena quantidade num copinho de plástico e ensine a criança a
colar com o auxílio de um pincel. (Este deverá ser lavado após cada uso, para
não endurecer.) Cascas de ovos, madeira, conchas e botões prestam-se bem aos
trabalhos de colagem.
Aos quatro anos, as crianças já estão aptas a manejar tesouras com pontas
rombudas e já perderam o hábito de pôr coisas na boca. (Se você não estiver
bem certa disso, não deixe a criança usar os materiais abaixo discriminados.)
Alguns dos materiais de colagem são:
— Flores secas.
— Macarrão cru.
— Botões grandes.
— Conchinhas.
— Folhas.
-- Feijão cru.
— Sementes.
- Retalhos de madeira.
— Cascas de ovos.
Você poderá usar os materiais que julgar convenientes.
Corrente de argolas de papel: Recorte uma ilustração de uma revista colo-
rida em tiras de dois e meio centímetros de largura. Ensine seu filho a formar
uma argola de uma das tiras, juntando as extremidades com cola ou fita adesiva.
Ensine-o depois a passar uma segunda tira através da primeira e colar as extre-
midades para formar outra argola, assim procedendo até completar a corrente.
Ela será tão grande quanto o for a paciência do seu filho(a). Para a confecção de
correntes destinadas a enfeitar árvores de Natal, use papel lustroso de embrulhar
presentes.
Fita adesiva ou fita de papel adesivo: As crianças divertem-se muito ras-
gando pedaços de fita adesiva e colando-os uns aos outros, ou sobre quaisquer
superfícies. Caso elas encontrem dificuldade em manejar esse material pegajoso,
experimente cortar uma corta quantidade de pedaços pequenos e fixá-los às bor-
das de uma "icsa para serem usados aos poucos.
Pratos de papelão: As crianças poderão decorá-los (a lápis de cor ou gua-
che) e usá-los quando houver uma festinha ou então convertê-los em chapéus
grotescos, com colagens de enfeites, atados ao queixo com fio de barbante ou
elástico. Uma criança de cinco anos talvez se divirta recortando números de um
velho calendário para fazer um relógio sobre um prato de papelão.
MODELAGEM
Em geral, a criança, ao completar quatro anos de idade, não deseja apenas
apertar, esticar ou sovar uma bolota de barro. Ela ainda se diverte com isso, mas
também quer fazer qualquer coisa, como um objeto real, que ela possa conser-
var. Por isso, modela boa quantidade de cobras, bolinhas, bonecos, bolos e tige-
linhas. Também gosta de pintar os objetos de sua própria criação. Quando a cri-
ança completa cinco anos, seus objetos tornam-se ainda mais reais. Com fre-
qüência ela faz os braços, as pernas e a cabeça separadamente e junta-os depois
para formar um bicho ou gente. As crianças de quatro e de cinco anos talvez
modelem figuras humanas com enormes seios e enormes órgãos genitais, ou
então com certas partes mutiladas ou ausentes. Nessa idade, elas ficam fascina-
das pelas diferenças físicas existentes entre meninos e meninas. É perfeitamente
natural imaginarem que, talvez, partes de seus corpos possam ser destacadas,
cortadas ou quebradas. Essas preocupações silenciosas são aliviadas quando
transpostas para o barro. Não se preocupe com certas criações aberrantes, pois
lhe darão oportunidade de entabular uma pequena conversa com a criança sobre
sexo.
A seguir, você encontrará uma boa receita de massa para modelagem feita
em casa:
— l xícara de farinha de trigo.
— l xícara de sal.
— Água suficiente para dar consistência.
Esta massa feita em casa endurece e pode ser pintada. Todavia, é extrema-
mente quebradiça quando seca. Caso seu filho reclame contra esse inconveni-
ente, você ganhará sua gratidão se comprar-lhe um material de modelagem mais
resistente. É o caso do barro que pode ser adquirido em fábricas de cerâmicas.
Dura por tempo indeterminado, desde que fique dentro de um recipiente bem
tampado, ou dentro de um saquinho de matéria plástica bem amarrado. Para
conservar o barro úmido, faça um furo bem no centro dele e encha-o de água.
Algumas espécies de barro, para cerâmica precisam ser queimados em fornos
especiais e outras endurecem como pedra sem exigir esse tratamento.
CLASSIFICAÇÃO DE OBJETOS
A criança que já completou três anos adora classificar objetos. Trata-se de
um bom passatempo para as ocasiões em que os amiguinhos de uma criança
aparecem para brincar, pois conserva duas ou três crianças ocupadas e satisfeitas
por um período de vinte minutos ou mais. Ele ajuda a ensiná-las a diferenciar os
diversos tamanhos e desenvolve a coordenação dos olhos com as mãos. Um
modo fácil de aprender a classificar objetos é deixar o seu filho(a) ajudá-la a
classificar a roupa a ser lavada. Não se surpreenda se, de início, ele achar o tra-
balho muito intrincado, pois, de fato, não é dos mais simples para uma criança
de três anos.
Botões: (Brincadeiras com botões não são indicadas para as crianças que
ainda levam coisas à boca.) Se você tiver uma boa coleção de botões de vários
formatos e tamanhos terá em mãos muitas possibilidades de proporcionar diver-
sões às crianças. Ofereça uma embalagem de ovos a cada uma delas e sugira-
lhes fazerem a classificação dos botões por tamanho. Também poderão jogá-los
dentro de um pote ou de uma vasilha de plástico. Com igual finalidade, faça
fendas de diversos tamanhos em tampas de caixas vazias. Ensine-as a construir
(as crianças de três anos talvez encontrem dificuldade em executar esse tipo de
trabalho), sobre o tapete da sala, estradas sinuosas e cheias de cruzamentos. Tal
brincadeira, entretanto, demandará "bilhões de botões!"
Baralhos: Alguns maços de baralhos velhos também divertirão um peque-
no grupo de crianças por bastante tempo. As mais novas poderão classificar os
maços por naipes e as maiores talvez preferirão classificá-los por números e fi-
guras do mesmo tipo.
Outros objetos para serem classificados (se você tiver certeza de que a cri-
ança não os levará à boca) são: uma mistura de lentilhas, grãos de feijão e cra-
vos-da-índia, macarrão miúdo de vários formatos, conchas, moedas e contas de
bijuteria velha.
LIVRE CRIAÇÃO
A maioria das crianças de quatro a cinco anos adora fazer coisas de imagi-
nação, desde que tenha à sua disposição um sortimento de materiais e que receba
incentivo. Experimente dar a seu filho um pouco de cola, fita adesiva e uma co-
leção heterogênea de pinhas, palitos, pequenas embalagens de plástico, cascas
de nozes, pedaços de papel colorido e retalhos de pano, pedaços de rolhas ou
batata, bolotinhas de massa para modelagem, canudos para refresco, fitas, etc.
(Você descobrirá coisas até melhores.) Às vezes a criança tem vontade de fazer
coisas de imaginação e outras vezes poderá preferir fazer um objeto específico,
como uma boneca feita com pregadores de roupa, ou um barco de casca de no-
zes.
Animais feitos com embalagens de plástico: (As crianças de três anos tal-
vez encontrem dificuldade em executar esse tipo de trabalho.) As carcaças de
animais poderão ser feitas com cestinhas de plástico que servem de embalagem
para frutas. Para fazer um leão, por exemplo, você poderá desenhar uma cara de
leão num pedaço de cartolina, pintá-la e colá-la a um dos lados da cestinha de
plástico. Faça as pernas com limpadores de cachimbos e a juba com fios de lã.
Não haverá necessidade de se revestir a embalagem. Ela poderá também ser re-
cortada, com tesoura grande, em diversos formatos que, pendurados por fios de
nylon num cabide, se converterão em mobile.
Bonecas feitas com pregadores de roupa: O pregador de roupa sem molas
(veja ilustração), feito de madeira, é apropriado para a confecção de bonecas. A
criança poderá vestir uma boneca feita com pregador de roupa, envolvendo seu
corpo em um pedaço de pano, à guisa de vestido, ou suas perninhas com algum
retalho de tecido, à guisa de calça. O cinto poderá ser de fita ou barbante. Os
cabelos poderão ser feitos com fios de lã, massinha para modelagem, papel, etc.,
e os braços com canudinhos ou com limpadores de cachimbo. Depois disso, en-
sine a criança a desenhar a lápis de cor ou caneta esferográfica, os olhos, nariz e
boca na cabeça do pregador de roupa.
Barcos de cascas de nozes: (Brinquedo inadequado para as crianças que
ainda levam coisas à boca.) Belos barquinhos poderão ser feitos com cascas de
nozes partidas ao meio e esvaziadas.
Ponha mastros de palitos de fósforo usados, firmando-os com massinha
para modelagem e velas de pedaços de pano branco ou de tiras de papel. Uma
criança diverte-se muito quando navega esses barquinhos numa bacia ou banhei-
ra com água. Esses barquinhos também adornam muito um mobile ou um está-
bile.
Animais e torres feitos com rolhas e batatas cruas: (Brincadeiras desse tipo
não são indicadas para crianças que ainda levam coisas à boca.) Valendo-se de
rolhas de vários tamanhos e de uma porção de palitos, mostre à criança como
espetar quatro palitos numa rolha grande para fazer as pernas de um bicho; use
outro palito para fazer o pescoço e junte a este uma rolha menor para fazer a ca-
beça. Deixe o seu filho(a) tentar fazer, sem nenhuma ajuda, bichos selvagens e
outros que sua imaginação criar. Na falta de rolhas, use batatas cruas inteiras ou
cortadas em vários tamanhos. Com estes materiais ele também poderá fazer tor-
res.
Passarinhos jeitos com pinhas: (As crianças de três anos talvez encontrem
dificuldade na execução desse trabalho.) Ajude a criança a unir com cola uma
pinha grande a uma pequena para obter um corpo e cabeça de ave, respectiva-
mente. Cole às pinhas penas verdadeiras ou feitas com papel colorido picado.
Mobile ou Estábile: (As crianças de três anos talvez encontrem dificuldade
na execução desse tipo de trabalho.) Arranje uma pequena caixa de papelão va-
zia, cujo fundo deverá servir de base a um objeto estático. Introduza a ponta do
gancho de um cabide na base da caixa; trabalhando pelo lado de dentro da caixa,
dobre o gancho e firme-o bem com fita adesiva (ou faça uma base para o mesmo
com uma bolota grande de massinha para modelagem. Deixe a criança amarrar
vários fios de lã ou de nylon, de diversos comprimentos, ao cabide, e pendurar
nas extremidades dos fios vários tipos de enfeites, como:
— Pinhas (brinquedo inadequado às crianças que ainda levam coisas à
boca).
— Colheres de plástico.
— Pedaços de papel colorido.
— Pedaços de papel de alumínio.
— Cortadores de massa.
— Conchas (não são indicadas para as crianças que ainda levam coisas à
boca).
SIMULAÇÃO
As crianças entre as idades de três e seis anos gostam muito de fingir que
são bichos e coisas de todos os tipos, escolhendo, para tanto, toda uma linha que
vai de tigres a aviões. Mas apreciam, particularmente, simular que já são adultas
- - motoristas de caminhões, maquinistas de trem, bombeiros, empregados de es-
critório, a mamãe e o papai.
Por isso, quando você fizer faxina nas gavetas e nos armários embutidos,
não jogue fora as roupas e coisas velhas suas e de seu marido. Seu filho achará,
por exemplo, divertido fingir que está se barbeando com um velho aparelho de
fazer barba (sem lâmina), pincel e creme de barbear. Se o papai tiver por hábito
levar consigo para o trabalho uma lancheira ou pasta, o menino também gostará
de ter objetos semelhantes para, com eles, se exibir pela casa toda.
Os meninos gostam também de usar peças de fardamento — distintivos
policiais, insígnias do exército, capacetes de bombeiros — assim como botas e
chapéus de vaqueiro. As meninas também os apreciam.
As crianças de ambos os sexos gostam de vestir as saias da mamãe. Esse
procedimento é absolutamente normal nessas idades. Não se impressione se o
seu garotinho lambuzar a boca com batom — a menos que você queira resgatar
o de sua predileção — pois isso não é prova de que ele tenha tendências a tor-
nar-se afeminado.
O simulacro não começa nem termina com as vestimentas, pois está incul-
cado nas crianças dessa faixa de idade; ele manifesta-se em todas as suas ativi-
dades, que vão do devaneio até o brinquedo com tintas e barro. Os fantoches são
considerados excelentes meios da criança simular e representar; também o são
os livros de estórias. As crianças de três, quatro e cinco anos de idade, têm a im-
portante tarefa de tentar separar o mundo real do mundo fingido, sendo que dela
se ocupam o tempo todo.
Reis, Rainhas e Vaqueiros: Para brincarem de rei, rainha e vaqueiro tanto
os meninos quanto as meninas adorarão possuir, entre outras, as seguintes peças
de vestuário velho:
Vestidos
Sapatos
Saias
Qualquer uniforme
Blusas
Casacos Aventais Carteiras Flores artificiais Bijuteria
Echarpes
Saiotes armados
Véus
Fitas
Chapéus
Sapatos Camisas Calças Chapéus
Macacões
Calças de trabalho
Cachecóis
Carteira
Insígnias das forças armadas
Emblemas
Bonés
Qualquer uniforme (de policial, médico, carteiro ou militar).
Guarde essas peças de vestuário numa caixa grande para o momento em
que uma das crianças perguntar: "O que vamos fazer agora, mamãe?"
FANTOCHES
Pequenos sacos de papel podem ser convertidos em fantoches manuais,
desde que você ensine a criança a desenhar as caras dos mesmos. Um saco bran-
co será usado para fazer um fantasminha; um saco lustroso, para fazer um cava-
leiro. Se você fizer um pequeno orifício, à guisa de boca, a criança poderá intro-
duzir nele um de seus dedinhos, para fazer as vezes de uma língua. Dois dedi-
nhos substituirão as orelhas.
Meias curtas e mitenes velhas também poderão, com bons resultados, ser
convertidas em fantoches manuais. A criança poderá enfiar a mão até a ponta da
meia (ou mitene) e fazer o fantoche falar por meio de movimentos do polegar da
criança contra os demais dedos. Pregue, se quiser, na parte da meia ou mitene
destinada aos dedos, dois botões à guisa de olhos e um à guisa de nariz; faça a
boca costurando uma tirinha de pano vermelho.
Fantoches de batata e de maçã: Com a ponta de uma faca ou de um ins-
trumento apropriado, faça uma cavidade, do tamanho de um dedinho de criança,
no meio de uma maçã ou batata grande. Depois prenda (com pedaços de palito)
duas fatias de azeitonas recheadas, à guisa de olhos. Poderá, também, entalhá-
los ou fazê-los com cravos-da-índia. Um lenço amarrado à mão da criança com-
pletará o corpo do fantoche. Para movimentá-lo, a criança agitará o dedinho
dentro da cavidade.
A própria mão poderá ser um fantoche: Com tinta mágica, la-vável, dese-
nhe olhos, nariz e boca nos vincos da palma da mão de seu filho(a). Movimen-
tando os dedos, ele poderá criar uma porção de expressões cômicas. Se duas cri-
anças tiverem ambas as mãos desenhadas, terão quatro tipos de fantoches para
entabu-larem conversas.
Casas de bonecas: (As crianças de três anos talvez encontrem dificuldade
em executar esse trabalho.) As casas de bonecas vendidas nas lojas de brinque-
dos raramente têm espaço suficiente para as crianças brincarem com a sua famí-
lia em miniatura. As feitas em casa são muito fáceis de serem executadas e são
melhores do que as compradas. Poderão ser abertas na parte de cima ou de um
dos lados e, neste último caso, cada compartimento ficará semelhante a um pe-
queno palco. Você poderá fazer uma dessas casas, usando várias caixas de pa-
pelão duro e ondulado. (As caixas de papelão para embalar bebidas são as mais
resistentes, mas as embalagens de latarias pesadas que são distribuídas nos su-
permercados também servem.)
Usando uma pequena faca de cozinha, faça, nos lados, aberturas para portas
e janelas. Uma casinha térrea, sem teto, facilita a colocação dos objetos mas, se
a criança o exigir, faça um teto removível, usando uma folha grande de papelão
grosso ou, empilhando duas ou três caixas, poderá fazer uma casa de maior nú-
mero de andares. Nesse caso é melhor usar a modalidade de casa que tem aber-
tura lateral. Se a caixa for comprida e bem larga, poderá dividi-la, com papelão,
em dois compartimentos.
Seu filho(a) poderá pintar a guache as paredes interiores da casa, ou reves-
ti-las com retalhos de papel de parede ou pano. Papel contact é também muito
adequado. Use pequenos retalhos de tecido grosso, à guisa de tapetes.
Caixas de charutos, embalagens circulares de queijo e caixas de fósforo
formam mesinhas e caminhas. Cole palitos de fósforo ou pinos de madeira para
formar as pernas dos móveis. Caixinhas para embalar presentes podem, igual-
mente, ser transformadas em banheiras, camas e mesas. Não importa que não se
pareçam com a coisa verdadeira. Um simples pedaço de pano ou um pedaço de
sabonete ou esponja, transformarão uma caixinha em cama ou banheira, respec-
tivamente.
Uma família de bonecas pode ser formada com limpadores de cachimbo e
com barro ou com pregadores de madeira sem molas. Todavia, as bonecas mi-
núsculas de borracha flexível ou de plástico, com membros articuláveis, vendi-
das em lojas de brinquedo são, sem dúvida, mais satisfatórias porque podem fi-
car sentadas e são vestidas e trocadas com mais facilidade.
Casinhas de brinquedo: Caixas de papelão ondulado de grandes dimen-
sões, usadas para protegerem fogões, geladeiras e outros artigos durante o trans-
porte, podem, em geral, ser aproveitadas para a construção de maravilhosas ca-
sinhas de brinquedo. Embora você ou os seus vizinhos talvez não estejam em
vias de comprar um desses artigos, quem sabe você, não obstante, conseguirá
arranjar uma caixa em alguma loja especializada na venda de aparelhos de uso
doméstico. Às vezes, o gerente da loja poderá ceder uma embalagem de um dos
artigos em exposição. Em caso negativo, a única solução será comprar uma cai-
xa; consulte as Páginas Amarelas para obter endereços de fabricantes de papelão
ondulado.
Para fazer uma casinha, abra, primeiramente, uma porta e uma janela. Seu
filho(a) fará a pintura da mesma, usando guache e um pincel grande. A mobília e
a decoração da casa ficarão também a cargo dele. Retalhos de tecido serão usa-
dos à guisa de cortinas (ajude-o a pregá-las com fita adesiva larga). Uma ou du-
as almofadinhas velhas farão as vezes de cadeira ou de cama, e algumas paneli-
nhas e tigelinhas comporão uma cozinha. Se a casa for utilizada ao ar livre, ela
se conservará por mais tempo se você tiver o cuidado de pintá-la e arrastá-la à
noite para um local abrigado. Use tinta a jato, que é mais simples de ser usada.
Faça esse trabalho quando seu filho(a) estiver dormindo, senão ele ficará com
vontade de ajudá-la e as crianças pequenas não devem entrar em contato com
tinta a jato.
O bode expiatório — um boneco especial
As crianças na idade aproximada de três anos entram numa fase relativa-
mente calma e, por isso, poucos são os membros da família que recebem socos,
pontapés ou arranhões. Entretanto, ocorre-lhes uma outra idéia — uma ótima
idéia — a de que bater em alguma coisa é quase tão bom quanto bater em al-
guém, com a vantagem de não passarem por tantos apuros. Dar socos num ur-
sinho de pelúcia ou atirá-lo ao chão, parece-lhes mais seguro do que atacar a ir-
mãzinha menor ou a mamãe. Às vezes, as crianças pequenas reservam, esponta-
neamente, um de seus próprios bichinhos ou bonecas para que sirvam de bode
expiatório das suas cóleras e frustrações. Elas o sovam, repreendem e dão-lhe
pontapés. Às vezes, um boneco feito especialmente para esse fim, poderá ajudar
muito uma criança.
Por que tais agressões são necessárias? Por que as crianças não podem
aprender a não ficar com raiva e a não esmurrar o próximo? Aprender novas coi-
sas — como jogar bola, comer com colher, sentar-se à mesa — é tarefa difícil e
que acarreta, freqüentemente, frustrações. As crianças aprendem principalmente
porque os pais assim o desejam. Elas querem agradá-los, mas o trabalho é árduo.
Precisam controlar os músculos das mãos e dos pés, os olhos, os ouvidos e os
intestinos. A frustração e a raiva são inevitáveis quando as crianças estão se des-
envolvendo. Ao contrário dos adultos, que podem arremessar com raqueta uma
bola de tênis, jogar boliche ou desabafar seus sentimentos com um amigo com-
placente, as crianças pequenas não dispõem de muitos recursos para extravasar
suas frustrações. Poderão, porém, aprender a se desabafar agredindo coisas ao
invés de pessoas, o que já constitui um grande passo à frente. Você deverá aju-
dá-las a adotar esse procedimento.
Inúmeras mães e professoras de escolas maternais afirmam que o boneco
bode expiatório dá ótimos resultados. Em certos casos, vale a pena fazer uma
quantidade de bonecos para representar a família inteira - - mãe, pai, o bebê
(este boneco será realmente muito importante se houver em casa uma criança
recém-nascida), e a irmãzinha ou irmãozinho mais velho.
Uma maneira fácil de fazer um bode expiatório é a seguinte: Recorte num
pedaço de lonita ou brim grosso o contorno de uma cabeça de boneco. Encha-o
com meias velhas de nylon (ou com espuma de plástico) e costure-o. Borde as
feições do boneco com linha de bordar colorida. O cabelo é feito com fios de lã
grossa costurados no próprio tecido. Os fios devem ficar bem seguros para pode-
rem agüentar os puxões. Esse boneco não precisa ter corpo. Simplesmente pre-
gue ao tecido que termina no pescoço uma blusa de mulher, camisa de homem
ou um casaquinho velho de bebê. Para melhor identificação por parte da criança,
use roupas pertencentes à pessoa que será transformada em bode expiatório.
Com ele as crianças poderão desabafar, sem causar danos, sentimentos que pre-
cisam e devem ser externados. Sentimentos recalcados poderão causar futuras
perturbações. Você ficará surpresa com os ótimos resultados que esses bonecos
proporcionarão.
BRINCADEIRAS MUSICADAS
Canto e dança: As crianças de três anos são capazes de cantar trechos de
músicas e se divertem em dar pulos pela sala acompanhando o ritmo. Quando
completam quatro anos, elas, geralmente, reconhecem melodias e são capazes de
cantar músicas inteiras. Como as crianças nessa idade sentem fascinação por si-
mulacros e estão sempre prontas a tomar parte em brincadeiras em grupos, estão
na fase ideal de conhecer as maravilhosas antigas brincadeiras cantadas como
"Ciranda, Cirandinha", "Marcha Soldado", "Carneirinho, Carneirão" e "Vamos
passear na floresta".
Se você souber tocar piano — ainda que seja só um pouco — e seus fi-
lho(a)s tenham entre três a seis anos de idade, eles constituirão uma audiência
que realmente saberá aplaudi-la. Aos cinco anos, muitas crianças aprendem a
tocar com um só dedo melodias simples — desde que você as ensine. Podem,
também, começar a produzir movimentos primitivos de corpo, acompanhando
os ritmos das músicas.
A dança passa a ser uma coisa importante para as crianças de cinco anos,
embora não estejam ainda preparadas para receber quaisquer modalidades de
aulas de dança. Bastará uma pequena sugestão de sua parte ("faça de conta que
você é um índio" ou "faça de conta que você é uma árvore ao vento" ou "um ele-
fante") para a criança nessa idade agachar-se, dobrar-se, bambolear o corpo, an-
dar nas pontas dos pés e criar passos bastante elaborados ao ritmo da música. As
crianças gostam mais de dançar descalças. Uma seção de dança um pouco antes
da hora de dormir, estando as crianças em folgados pijamas e de pés descalços,
diverte e ajuda a prepará-las para o sono.
O uso de um chapéu e de algo para segurar na mão, elimina, com freqüên-
cia, o acanhamento e liberta os movimentos e a imaginação da criança enquanto
estiver dançando. Dê a seu filho echarpes de seda (ou de papel crepom), uma
pena grande ou uma folha. Qualquer chapéu serve, ou então experimente dar-lhe
uma máscara de papel .
SONS MUSICAIS
Quase todas as crianças entre as idades de oito meses até seis anos (e tam-
bém as de sete, oito, nove e dez anos) divertem-se imensamente com os seguin-
tes objetos transformados em instrumentos musicais:
Tampas de panelas: Duas tampas com superfícies planas simulam um cím-
balo.
Misturador de bebidas: Ponha uma certa quantidade de macarrãozinho cru
em um misturador de metal, ou num recipiente de alumínio, e firme bem a tam-
pa para fazer um reco-reco.
Latas grandes vazias: São fáceis de serem manejadas e batidas. Certifique-
se de que não têm rebarbas. Conserve ou elimine as etiquetas. O efeito será o
mesmo.
Colher de pau: Este objeto é ótimo para fazer soar latas e tampas.
Tubos de papelão de toalhas de papel: Quando o papel terminar, converta
os tubos em pífaros e chocalhos. Para fazer um pífaro, faça cinco furinhos enfi-
leirados nas proximidades de um dos extremos do tubo. Depois, vede a outra
extremidade com papel parafinado. Quando a criança sussurrar uma melodia
dentro do tubo, o som se ampliará. Se ela tapar, com os dedinhos, alguns dos
furos, poderá produzir sons musicais diferentes.
Interessantes chocalhos ou maracás poderão ser improvisados colocando-
se punhados de feijão, arroz ou seixos em embalagens cilíndricas vazias e fir-
mando-se as tampas com fita adesiva.
Embalagens de produtos diversos poderão ser aproveitadas para a confec-
ção de tambores e tamborins. Firme a tampa da embalagem por meio de fita
adesiva, para transformá-la em tambor, ou então dê à criança apenas a tampa, à
guisa de um tamborim.
Latas vazias de tinta: Estas latas, sem tampas e sem fundo, poderão ser
transformadas em ótimos tambores. Arranje uma câmara-de-ar estragada, recorte
dois discos do tamanho da circunferência da lata a ser usada e faça perfurações
nas bordas dos discos com um furador de papel, ou com uma tesoura. Depois,
prenda-os à lata por meio de barbante ou de cordão de sapato alternadamente
passado entre os furos de ambos os discos pela parte externa da lata. Cordões de
plástico ou de couro são os mais indicados.
Pentes, cobertos com papel de seda, transformam-se em gaitas que produ-
zem um bonito som metálico. Mostre à criança como segurar o pente junto aos
lábios e cantar ou sussurrar com a boca entreaberta. Essa brincadeira também
produz cócegas.
Uma caixa de sapatos, sem a tampa, com oito ou dez anéis de elástico de
vários tamanhos, esticados à volta da caixa, converte-se em harpa ou guitarra
para ser dedilhada.
Blocos de madeira: Pregue ou cole lixas de papel num dos lados de dois
blocos de madeira. Quando atritados, de forma a acompanhar o compasso de
uma música, as lixas produzirão um som arrastado semelhante ao dos conjuntos
musicais.
Sacos de papel pardo (ou de qualquer outra cor) poderão ser convertidos
em chapéus cômicos para uso dos músicos da banda. Enrole as bordas em diver-
sos formatos para fazer as abas. Você poderá comandar o desfile até o quintal
para atrair maior número de recrutas.
Discos: Ao escolher discos para crianças de três a seis anos, não se esqueça
de incluir alguns destinados aos adultos e que contenham música folclórica,
clássica, de jazz e de dança. Música de Mozart não é ouvida em silêncio pela
criança pequena (a não ser que seja um músico inato), mas constitui agradável
música de fundo nas horas de pintura feita com os dedos; ela também auxilia
uma criança agitada a pegar no sono.
Seja qual for a música de seu agrado — de dança, folclore, ópera ou canção
— ela poderá também agradar a seu filho(a). O importante é a participação
conjunta.
Isso aplica-se, também, com referência a certas modinhas que sugerem de-
terminados gestos e movimentos de corpo -- como a do "Pirolito que bate, bate".
A primeira vez que o seu filho(a) ouvir uma delas ficará radiante se você cantar
e fizer os movimentos junto com ele.
Os discos de estórias infantis serão interessantes para as horas de sossego
compulsório em que você estiver ocupada e não puder ler para a criança. Tam-
bém serão úteis quando uma criança convalescente tiver que permanecer em re-
pouso. Todavia, um disco nunca poderá proporcionar o mesmo clima de intimi-
dade e aconchego que você oferece quando lê estórias para seu filho.
PLANTAS E ANIMAIS
Uma criança pode aprender coisas sobre a natureza até num pequeno apar-
tamento de cidade. Procure uma aranha, algumas formigas ou minhocas e colo-
que-as dentro de um recipiente de vidro. (Se você for demasiadamente escrupu-
losa, peça a cooperação de alguém!) Perfure a tampa do vidro para que os bichi-
nhos possam respirar, e acrescente um punhado de terra, grama e folhas. A cri-
ança observará as formigas e as minhocas fazerem túneis e a aranha tecer uma
teia. Uma pequena lupa torna a observação mais absorvente ainda. Decorridos
alguns dias, solte os bichinhos num gramado ou num trecho de terra para vive-
rem em liberdade.
PLANTAS
As plantas também consomem água: Encha um copo com água e adicione
algumas gotas de corante comestível de cor vermelha. Corte, então, a parte infe-
rior de um talo de aipo, ou de uma cenoura, e sugira à criança colocá-lo dentro
da água colorida. Depois de várias horas, deixe-a cortar o legume com uma faca
desafiada. Se o legume usado for aipo, ele apresentará listras vermelhas 'e bran-
cas; se for cenoura, ela ficará vivamente vermelha por dentro. Essa surpresa
mostrará à criança que as plantas também precisam de água.
Outras necessidades das plantas: Deixe o seu filho(a) molhar uma esponja
de plástico e salpicá-la com sementes de grama (ou de alpiste). Coloque-a sobre
um prato e cubra-a com um utensílio de vidro transparente. Deixe-a, assim co-
berta, no parapeito de uma janela ensolarada e permita que o seu filho(a) a regue
diariamente. Quando surgirem os primeiros brotos, destampe o prato e, depois
de algum tempo, coloque uma vasilha opaca sobre a grama brotada. Após alguns
dias, destampe-a para que seu filho(a) observe o resultado. Formule a pergunta:
"O que uma planta necessita além de água?"
Batata com cara cômica: Retire um pouco da polpa de uma batata grande e
introduza nessa cavidade um chumaço de algodão umedecido. Depois corte a
extremidade oposta, para que a batata assente em posição vertical e coloque-a
numa pequena vasilha com água. Deixe seu filho(a) salpicar sementes de grama
(ou de alpiste) sobre o algodão umedecido. Em poucos dias, desde que ele as
umedeça assiduamente, a batata produzirá uma linda cabe-:ira verde. Então, ele
poderá fazer os olhos, nariz e a boca da batata, espetando na mesma, com pali-
tos, pequenos dentes de alho.
As raízes são uma boa distração: Pegue alguns grãos de milho (ou de fei-
jão) e ponha-os de molho pelo espaço de uma noite. Ensine, então, a criança a
umedecer um chumaço de algodão e colocá-lo no fundo de um copo, adicionan-
do alguns grãos de milho. Depois de algum tempo, ela poderá notar os pequenos
fios de raízes espalharem-se e, logo depois, os caules crescerem à procura de ar
e luz. (Verifique se a criança está umedecendo o algodão. )
Arvores provenientes de sementes: Sementes de goiaba, laranja e limão,
deixadas de molho de um dia para o outro, podem ser plantadas em vasos con-
tendo terra vegetal. Com boas regas e sol suficiente, surgirão brotos escuros e
lustrosos que se desenvolverão até formarem pequenas árvores.
Flores de cebola: Espete três palitos numa cebola grande, para formar uma
base, e depois coloque-a sobre um pequeno copo com água, de maneira que a
sua parte inferior fique submersa. Deixe-a sobre o parapeito de uma janela en-
solarada. Soltará, dentro de algum tempo, graciosas folhas verdes e, eventual-
mente, produzirá uma flor.
Pequenos canteiros de cascas de ovos: Toda vez que você fizer algum
prato que leve muitos ovos, guarde as cascas para o canteiro das crianças. Elas
poderão encher as metades das cascas com terra, aninhá-las em embalagens de
ovos e plantar em cada uma delas uma semente grande, como de zínia, malme-
quer, grão de ervilha seca ou de feijão (depois que tenham ficado a noite inteira
de molho). Conserve o canteiro umedecido. Nem todas as sementes brotarão,
mas pelo menos a metade deverá vingar. Quando atingirem a altura de quatro
centímetros, poderão ser mudadas para pequenos vasos e, mais tarde, plantadas
no jardim ou quintal.
Trepadeira de batata-doce: Ponha a ponta mais estreita de uma batata-doce
dentro de um copo com água e deixe-a num ambiente interno com pouca luz.
Dentro de dez dias ela poderá ser levada para um lugar mais claro. Se não faltar
água no copo, crescerão inúmeros ramos e folhas que formarão uma bonita tre-
padeira para enfeitar a janela da sua cozinha. Consinta que seu filho(a) lhe ajude
a pôr água no copo diariamente.
Abacaxi: Mostre à criança como tirar uma fatia de cinco centímetros de
grossura da extremidade superior de um abacaxi, deixando-a secar sobre um pi-
res por dez dias. Então, ambos poderão plantá-la num pequeno vaso com terra
arenosa umedecida. Conserve-a sempre úmida e, dentro de um mês, depois que
começar a soltar raízes, mude-a para um vaso maior contendo terra vegetal e
areia. Ela tornar-se-á uma planta exótica para enfeitar a casa e, quem sabe, pro-
duzirá até um abacaxi.
Caroço de abacate: O período de espera (geralmente de seis a sete sema-
nas) é longo, mas, uma vez que o caroço germine e a planta comece a crescer, as
transformações se processam rapidamente. Escolha um caroço de fruta bem ma-
dura. Em primeiro lugar, lave-o com água morna. Introduza, então, no mesmo,
vários palitos para apoiá-lo sobre um copo, de maneira que um terço do seu ta-
manho fique imerso. Ponha-o num lugar quente e com pouca luz por um espaço
de quatro a sete semanas. Seu filho(a) se incumbirá de ir adicionando a água ne-
cessária. Diga-lhe que o caroço deverá rachar e soltar uma haste e raízes. Quan-
do isso acontecer, ele ficará radiante de ser o primeiro a transmitir-lhe a boa
nova. Então, é chegado o momento de transferir a planta para um local mais
iluminado.
Quando ela atingir a altura de treze centímetros, deverá ser mudada para
um vaso grande com terra (que tenha pelo menos vinte e três centímetros de di-
âmetro). Desde que a planta esteja num local ensolarado e seja regada uma ou
duas vezes por semana, ficará logo do tamanho do seu filho(a). Essa experiência
é mais indicada para crianças maiores, pois as menores não têm paciência de
esperar por muito tempo. Até mesmo as maiores tendem a esquecer de pôr água
no copo durante o longo tempo que o caroço leva para germinar. Fica mais di-
vertido depois que surge o primeiro broto.
ANIMAIS
A maioria das crianças, mesmo as de pouca idade, gosta de animais. Mas
não se pode esperar que as crianças cuidem deles enquanto não completem seis
ou sete anos. A não ser que você tenha crianças de mais idade, cairá em suas
mãos o trabalho de tratar e alimentar gatos, peixinhos dourados ou quaisquer
outros bichinhos de estimação que possa lhes oferecer. Além disso, as crianças
pequenas não têm noção de suas próprias forças nem dos danos que poderão
causar. Muitas criancinhas ferem ou matam filhotes de gatos e de outros animais
porque os apertam com demasiada força. Antes de a criança completar cinco ou
seis anos de idade, não se pode esperar que ela compreenda a diferença entre
apertar e segurar com delicadeza. Assim sendo, você precisará ficar perto da cri-
ança, quando ela estiver brincando com um bichinho de estimação, para mos-
trar-lhe como deverá segurá-lo. Por outro lado, não há nada tão instrutivo como
cuidar de animais. Observar um gatinho, um coelhinho ou um peixinho dourado
brincar e crescer é uma experiência maravilhosa que diverte e ensina. A criança
que já completou cinco anos tem capacidade para observar e fazer perguntas
objetivas: "O que um porquinho-da-índia come?", "Como o coelho faz a sua
toca?", "A tartaruga gosta mais daquele canto do jardim do que do outro?", "Um
ratinho branco é tímido?" ou "Com que se parecem os gatinhos recém-
nascidos?" Para as crianças bem pequenas, é mais divertido observar os bichi-
nhos do que segurá-los.
Comedouro jeito em casa: Caso você resida em um lugar mais afastado do
centro da cidade, a criança poderá observar a passarada voar e pousar. Até mes-
mo as crianças de apenas dois anos de idade gostam de olhar pela janela e en-
contrar um pássaro no comedouro. As maiores notarão os diversos tamanhos das
aves e apreciarão ficar à procura de exemplares das raças que já conhecem atra-
vés de ilustrações. Infelizmente, as crianças que moram em áreas urbanas têm
poucas oportunidades de observar outras aves além de tico-ticos, pardais e pom-
bos.
A criança que já completou quatro anos é capaz de fazer um comedouro
para pássaros, usando uma caixa de papelão parafinado. Ajude-a a recortar, com
tesoura de ponta rombuda, a partir de dois e meio centímetros da parte inferior
da caixa, duas janelas de cinco a sete e meio centímetros de largura por dois e
meio centímetros de altura. (Se forem mais altas, as sementes poderão se disper-
sar.)
É difícil pintar papelão parafinado, mas seu filho(a) poderá decorá-lo ou
cobri-lo com papel contact ou com uma folha grossa e papel de alumínio, que
também é adequado. (Papel comum, naturalmente, ficaria estragado no primeiro
dia de chuva.) Passe um pedaço de barbante, corda ou linha de nylon grossa, a
parte superior da caixa, a fim de pendurá-la num galho próximo de numa pér-
gola. Ponha um punhado de alpiste ou um pedaço de sebo no chão do comedou-
ro.
Alguns dos bichinhos de estimação que não exigem muitos cuidados, e que
são particularmente indicados para as crianças pequenas são:
Os gatos, que estão sempre em disponibilidade. É divertido vê-los brincar,
principalmente quando- são filhotes; são muito afetuosos — é claro que apenas
quando estão dispostos. Por não necessitarem de muito exercício, podem viver
bem, dentro de apartamentos. Quando você for viajar, poderá deixá-lo com ami-
gos ou vizinho, sem temer complicações. A maioria dos gatos agüenta muita
coisa das crianças, mas há alguns que se enfurecem e as arranham, quando as
brincadeiras passam dos limites (como a de puxá-los pela cauda). Esse ataque
repentino poderá assustar uma criança pequena. (Não se esqueça de mandar va-
cinar o gato — e o cão, principalmente — contra hidrofobia e certifique-se de
que a criança está vacinada contra tétano, em caso de arranhões ou mordidas.)
Os cães são animais cuja aquisição exige concordância prévia da mãe, do
pai e de todas as crianças. A família inteira precisa ser consultada antes de se
tomar qualquer iniciativa. Os cães necessitam da nossa companhia e das nossas
brincadeiras. São mais receptivos do que a maioria dos outros animais de esti-
mação. Em pouco tempo um filhote passa a fazer parte da família, mas exigirá
muita atenção, carinho e treino. Uma família não deve adquirir um cachorro a
não ser que disponha de tempo para dispensar-lhe os cuidados necessários.
Certas raças são menos sensíveis do que outras e toleram as importunações
e as brincadeiras das crianças pequenas. Se você estiver cogitando na aquisição
de um cachorro, pergunte a um veterinário qual a raça mais indicada para convi-
ver com seus filhos e que mais se adapte à sua específica condição de vida. Al-
guns cães contentam-se com um pequeno passeio, presos à co-leira, enquanto
outros sentem necessidade de perambular pelos espaços abertos. A maioria dos
criadores de cachorros afirma que, ao se adquirir um animal para conviver com
crianças pequenas, deve-se escolher um filhote, pois ele deve ser criado em
companhia delas e se habituar desde cedo às suas brincadeiras.
Peixes dourados e tartarugas requerem poucos cuidados. O maior proble-
ma é conservá-los vivos. Por isso, supervisione a alimentação desses seres.
Muitos peixes ornamentais perecem devido à superalimentação. As crianças de
idade inferior a seis anos, têm pouca noção de tempo e não compreendem que a
última refeição dos peixes foi dada há apenas algumas horas, ou que eles não
comem tanto quanto elas! Guarde o alimento dos peixes numa prateleira alta e
só o use uma vez por dia. Mostre às crianças a quantidade (uma pitada) que deve
ser salpicada no aquário. As tartaruguinhas verdes, vendidas na praça, não
agüentam serem manuseadas em demasia; por isso, é melhor que sejam apenas
observadas. Elas gostam de subir e de descer por obstáculos de superfície lisa.
Uma pedra achatada é ideal para se colocar na casa das tartarugas — que poderá
ser um recipiente de qualquer largura e com sete centímetros e meio de fundo.
(A pedra deverá ficar um pouco fora da água, para que a tartaruga possa descan-
sar na sua superfície.)
A água do recipiente que abriga a tartaruga contém bactérias que podem
causar nas crianças uma infecção conhecida por Sallonelose. Depois de haverem
manuseado as tartarugas, as crianças deverão lavar as mãos; obviamente, não se
deve permitir que - nem tampouco bichos de estimação — bebam essa água.
Alimente as tartarugas cada dois ou três dias. Além de moscas mortas —
sua alimentação principal — gostam de minhocas e outras larvas, carne crua
moída, frango cru, fígado cru e qualquer tipo de peixe cru. Alguns exemplares
foram vistos beliscando nacos de tomate, banana, morango e até espinafre. Po-
dem comer a quantidade que desejarem. Em geral seu apetite se satisfaz com
uma colher de sopa de alimento. Uma vez por semana misture à comida da tarta-
ruga um pouco de alimentação especial — talvez à venda nas lojas do ramo —
para ajudar a conservar o casco duro, sinal de boa saúde.
O formigueiro é algo de fascinante para as crianças entre cinco e seis anos
de idade. Podem observar o que acontece ali dentro e acompanhar as transfor-
mações por que passa a colônia de formigas no decorrer dos meses. Seria muito
interessante se você pudesse conseguir um formigueiro que fosse colocado den-
tro de um recipiente de vidro hermeticamente fechado, a fim de as formigas não
invadirem a sua casa!
A morte de um animalzinho de estimação causa tristeza, mas também po-
derá constituir uma valiosa experiência para uma criança, até mesmo para uma
criancinha de dois ou três anos. Por se tratar, talvez, da primeira experiência da
criança nesse campo, você poderá explicar-lhe os fatos em termos simples e dei-
xá-la extravasar seus sentimentos e fazer perguntas, mesmo que lhe pareçam ex-
cessivamente tolas. A morte de um filhote ou de um peixinho dourado talvez
não afete muito a você, mas poderá constituir um acontecimento marcante na
vida da criança; ela, para o compreender, necessita de ajuda.
Não deixe de tratar a morte de um bichinho de estimação — seja ele um
cachorro, um gato, um coelhinho ou uma tartaruga — com o respeito devido a
um ser humano. Não jogue um peixinho na latrina, para se livrar do corpo, ou
uma tartaruga morta, dentro da lata de lixo. As crianças poderiam se preocupar,
pensando que elas também serão descartadas dessa maneira. Ajude a criança a
depositar o bichinho morto numa caixa de papelão e enterrá-lo no quintal ou
num terreno baldio. Mesmo que a criança seja pequenina, deverá presenciar esse
ato.
Você, talvez, ache que tal providência seja uma sobrecarga num dia atare-
fado, mas é necessária para fazer a criança conhecer a realidade da vida e da
morte.
TRABALHO COM FERRAMENTAS
Por volta dos três ou quatro anos, as crianças anseiam fazer um trabalho
verdadeiro, usando as ferramentas do papai — ou as agulhas da mamãe. Em ge-
ral, tanto os meninos quanto as meninas apreciam trabalhar com madeira, por-
que, com ela, podem produzir coisas mais sólidas. A idade para começarem esse
tipo de trabalho depende da disponibilidade de supervisão. Inúmeras escolas
maternais consentem que as crianças de três anos usem martelos e serrotes. Mas,
no caso de uma família ocupada, que não pode supervisionar as crianças a todo
instante, é melhor esperar que completem quatro ou cinco anos. De qualquer
forma, você ou o seu marido terão de colaborar muito no começo e, depois, ficar
vigiando a criança no seu trabalho.
Você precisará arranjar os seguintes materiais:
- Pequeno serrote (traçador).
- Martelinho.
- Pregos com cabeça grande.
- Lixa.
- Cola para madeira.
- Pedaços de isopor.
- Retalhos de madeira (que poderão ser catados em qualquer carpintaria.
Escolha pedaços pequenos, retos e sem nós, com os veios dispostos em sentido
longitudinal, como os de tábuas de assoalho, para evitar que os pregos rachem a
madeira).
Banco de carpinteiro: Pregue duas tábuas de madeira (de, pelo menos, cin-
co centímetros de espessura) a uma mesa baixa ou a dois caixotes de madeira
grossa. Esse banco é mais satisfatório do que um banco de brinquedo comprado
na praça. Uma criança que está aprendendo a serrar e a martelar precisa de muito
espaço para o cotovelo — e o banco deverá ser suficientemente baixo para que
ela possa trabalhar com conforto (a uma altura de, mais ou menos, sessenta cen-
tímetros do chão).
O primeiro trabalho poderá ser uma coisa feita de retalhos de madeira,
cola, pedaços de fio elétrico colorido, espuma de plástico, isopor e outras bugi-
gangas vistosas. Uma criança apreciará fazer um trabalho que não se desmante-
le. Mostre ao seu filho(a) como introduzir, com a mão, no isopor, pregos com
cabeças grandes e fixar a eles pedaços de fio, clips para prender papel, etc.
Quando a criança terminar o objeto de sua criação poderá querer pintá-lo a gua-
che.
Martelagem de pregos: Se você tiver a sorte de possuir um quintal, onde
possa depositar um toco de tronco de árvore ou um dormente, poderá proporcio-
nar à criança um lugar ideal para ela treinar com martelo. Se a criança segurar o
martelo bem no meio do cabo, tornará o trabalho mais fácil. Mostre-lhe como
segurar o prego e diga-lhe para não desviar dele os olhos. Talvez ela martele os
dedos algumas vezes, mas não tem força suficiente para se machucar. Logo
aprenderá a usar o martelo e poderá distrair-se imensamente. (É uma boa ativi-
dade também para meninas.) Dentro de casa deixe a criança trabalhar no chão
com um longo (para maior estabilidade) e espesso (de cinco a sete e meio centí-
metros) pedaço de pinho.
Serrar: Se for isento de nós, o pinho mole é a madeira mais fácil de se ser-
rar. Provavelmente, para ajudar a criança, você terá que iniciar o corte e, depois,
ficar perto dela até que ela termine de serrar a madeira, a fim de evitar que se
machuque.
DIVERSÃO AO AR LIVRE
Seu quintal, provavelmente, acabará ficando igual a um depósito de rebo-
talhos, mas as crianças de ambos os sexos, entre três e seis anos, aprenderão a
fazer muitas coisas valiosas e passarão momentos divertidos brincando com câ-
maras-de-ar e pneus velhos (estes constituem ótimos balanços e, também, rodas
recreativas), latas de tinta vazias, engradados e barricas. Guarde velhas toalhas
de mesa e cortinas de plástico grosso para convertê-las em tendas.
Construções: Aos quatro anos de idade, as crianças se divertem, construin-
do pontes e torres que serão por elas escaladas até o topo. Para isso, irão precisar
(além da maravilhosa coleção de refugos acima mencionada) de algumas tábuas
compridas, para servirem de rampas, e caixotes fortes de madeira, como os usa-
dos pelos distribuidores de cerveja. Depois de haver escalado o ponto mais alto
da estrutura, o menino poderá sentir medo ao ver o chão tão distante. Se pedir
socorro, ajude-o de maneira casual. Às vezes torna-se humilhante para um me-
nino de quatro anos ter de ser socorrido pela mamãe.
Depois que o seu filho(a) completar cinco anos, subirá em escadas de cor-
da, em cordas com nós e em árvores. Ao observá-lo, você poderá ficar arrepiada;
mas, não deve se preocupar. Ele sabe andar com bastante firmeza. Nessa idade,
as crianças também apreciam balanços e pernas de pau. A caixa de areia, a lama
e a água ainda as atraem.
Pintura: (Não indicada para as crianças que ainda levam coisas à boca, ou
que talvez não resistam à tentação de prová-la.)
Um pincel comum e uma lata com água podem transformar o seu filho(a)
em pintor. Deixe-o pincelar com água as paredes da casa, o velocípede, o muro e
até o carro do papai. Ele pensará que está realmente pintando, porque os objetos
mudam de cor quando estão molhados. O garotinho de cinco anos talvez não
fique tão satisfeito com a pintura a água; talvez deseje "pintar de verdade, como
o papai". Se você dispuser de tempo para vigiá-lo e de uma roupinha velha que
possa ficar coberta de tinta, dê-lhe permissão para pintar algum objeto com tinta
a óleo. Não o fará com muita exatidão, mas a experiência o encorajará a empre-
ender trabalhos mais sérios; quando ele completar doze anos, você talvez possa
contar com os seus préstimos na realização de serviços avulsos de sua casa.
Jardinagem: Reserve um pequeno trecho de quintal para fazer um canteiro.
Se o lugar for muito sombrio, então arranje uma barrica ou um vaso bem grande,
onde tomates poderão ser cultivados, e coloque-a num terraço ou no jardim. Es-
colha também outras sementes grandes que possam ser manuseadas pelas crian-
ças e que não exijam grandes cuidados. Em se tratando de flores, as sementes de
zínias, calêndula, áster e malmequer são boas pedidas. Milho, vagem, ervilhas e
tomates formam uma boa horta. A criança que tem menos de seis anos deve ser
auxiliada na rega das plantas e na extirpação de ervas daninhas; mas o trabalho
de colheita deverá ficar a cargo dela, para sua maior alegria. Deixe-a, também,
debulhar o milho e cortar a vagem, na hora de você preparar a comida.
HORA DO BANHO
Depois de um dia ativo, nada melhor do que um banho para acalmar uma
criança excitada ou para relaxar uma criança cansada. Principalmente em casas
onde há muitas crianças, a hora do banho poderá constituir um valioso período
de silêncio e de brinquedo solitário. Se o seu filho(a) gostar de tomar banho,
procure não apressá-lo, mesmo que você tenha outros afazeres. Enquanto não
completar seis anos, pelo menos, não se deve deixar uma criança na banheira,
sem que seja vigiada. Não se pode pretender que crianças mais novas sejam
bastante ágeis, ou com os sentidos alerta, para porem a cabeça fora da água caso
escorreguem e caiam — ou não durmam durante o banho. Assim sendo, você
terá de permanecer no banheiro ou num quarto contíguo, de onde possa ver e
ouvir claramente o que está se passando com a criança. Planeje seu dia de forma
a deixar algo para fazer — arrumações, leitura ou costura — bem ali por perto.
As crianças preferem brincar sozinhas quando estão na banheira. Elas gos-
tam de ter uma hora particular, em que possam monologar, cantar, espadanar a
água, ensaboar-se e devanear. É por meio do palavrear, que você pode ouvir
quando ela está no banho, que uma criança pratica a complicada linguagem que
ouviu durante todo o dia. Essa conversa é semelhante àquelas que ela mantém
com alguém imaginário antes de conciliar o sono à noite.
As crianças de cinco anos gostam de fazer experiência com água. Além dos
brinquedos comuns usados durante o banho, ofereça a seu filho algumas bugi-
gangas domésticas, desde que sejam inofensivas. É uma oportunidade para ele
começar a descobrir a ação da água sobre diferentes materiais e o comporta-
mento destes, quando em contato com a água.
O que acontece a um papel que está na água da banheira? E ao celofane? E
à folha de papel de alumínio?
Será que uma bola de papel de alumínio amarrotado flutuará?
Por que razão a água passa por uma peneira?
As bolhas de sabão duram mais tempo sobre uma folha de papel celofane
ou sobre uma folha de papel de alumínio?
Os barquinhos de plástico podem flutuar estando emborcados?
O que acontece a um cubo de gelo dentro da água? E dentro de uma sabo-
neteira?
As mãos ficam diferentes no fundo da banheira com água?
As crianças gostam de brincar com embalagens vazias que tenham formato
de animais, as quais elas enchem e esvaziam repetidamente. Qual delas com-
porta mais água? Qual delas pode ser esvaziada e enchida com maior rapidez?
Esponjas e animais feitos de espuma de plástico são brinquedos que, na ba-
nheira, também distraem as crianças. A esponja molhada é maior do que a es-
ponja seca?
Ponha alguns blocos de madeira dentro da água (não se danificarão). Todos
eles flutuam? Até mesmo os grandes? E os de plástico? Quais os objetos que não
flutuam?
Um banho de espuma facilita a limpeza da banheira e contribui para au-
mentar o divertimento das crianças. Elas poderão soprar as bolhas até as pontas
dos pés e, depois, tentar soprá-las para o alto. Quanto tempo as bolhas demoram
para se arrebentarem? Um bloco de madeira também pode flutuar no banho de
espuma?
APÊNDICE I - BOAS IDÉIAS
Ajudar na cozinha x
Ouvir discos X X x
Fiada de macarrão x
Corrente de argolas
feita com papel x
Ilustrações de revistas x
Simulação Boliche x
Música X x x x
Jogos musicados x
Guerrinha de jornais x
Pintura x x
Máscara de sacode papel x
Brincar com cola x x
Massa para modelar
ou barro x x
Brincar de "casinha" x
Brincar de "dono
de armazém" x
Brincar de "trem" e
de "avião" x
CRIANÇAS CRIANÇAS DE CRIANÇAS DE
DE 1 ANO 2 E 3 ANOS 3 A 5 ANOS
Panelas e tampas X X
Estampagem X
Fantoches X
Quebra-cabeças X x
Leitura em voz alta X x x
Costura x
Canto x
Bolhas de sabão x x
Classificação de botoes
talheres, cartas de batalho,etc x
Canudinhos X
Tábua de mesa e
caixas de papelão x x x
Rasgar papel e lençóis velhos x
Jogos de arremesso
— bola de meia ou pano x
Latas e pregadores x x x
Brincadeiras com agua x x
AO AR LIVRE – APENDICE II
Bolhas de sabão X x
Cavoucar X x
Bolinhos de barro X X x
Pincel x x
Passeio x x