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Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná


Campus Pato Branco
Gerência de Ensino e Pesquisa
Programa de Pós-Graduação em Agronomia

Propriedades físicas do solo em ILP

Eng. Agrônomo Diego Bortolini


Mestrando PPGAG UTFPR
Sistema de Integração Lavoura-
Pecuária (ILP)
• O que é?

• Uso das duas atividades na mesma área


agrícola, em períodos distintos durante o ano
agrícola.
Sistema de Integração Lavoura-
Pecuária (ILP)
• Característica das propriedades na região
Sudoeste do Paraná;
• Aumenta a diversificação da renda da
propriedade;
• Áreas de lavoura agrega o animal;
• Áreas de pecuária agrega a lavoura;
Paradigmas quanto a integração entre o uso de animais
e sistemas de plantio direto na mesma área

Remoção de
Pastejo reduz
nutrientes?
a palhada ?

Animal compacta
o solo?
Por onde começar o bom manejo do
Sistema de Integração Lavoura-Pecuária?

• Manejo da altura da pastagem!!!


• Ou seja, manejar a carga animal sobre a pastagem.
Lotação ou carga animal Relação inversamente proporcional Altura da Pastagem

Massa de forragem presente ao longo


da utilização da pastagem

Diferimento

Taxa de acúmulo de MS

Adubação da pastagem
Biomassa no plantio
G/animal (biomassa aérea, mantilho,
Compactação
G/ha biomassa radical) Adubação
das lavouras

Ambiente Ambiente
Ambiente
físico biológico
químico (fluxo
de nutrientes)

Produtividade
do sistema Rendimento das culturas

Fonte: Anais do I EILPSB (2002).


Carga animal e palhada remanescente
• Manejo da carga animal em ILP terá influência direta na quantidade de
palhada remanescente.
• 1, 2, 4 e 7 t ha-1 de matéria seca de resíduo vegetal cobrem cerca de 20%,
40%, 60% e 100% da superfície do solo, respectivamente (Lopes et al.,
1987; Saraiva & Torres, 1993).
• Nas regiões tropicais, a mineralização da matéria orgânica chega a ser
cerca de cinco vezes mais rápida do que aquela observada nas regiões
temperadas (Sanchez & Logan, 1992), o que via de regra, sobrepõe-se às
possibilidades de reposição nos sistemas convencionais de manejo dos
solos e das culturas (Derpsch, 1997).
• Palhada de cobertura tem que ter atributos complementares:
– Geração de receita.
– Geração de benefícios ao ambiente.
• Problema por erosão em superfície do solo
desprotegido
• Degradação do solo, conseqüência da pouca
cobertura (a) e solo em boas condições de
conservação sob sistema de plantio direto (b)

Solo sem cobertura Solo com cobertura


• Solo exposto diretamente ao impacto das gota de
chuva causa uma crosta de selamento superficial do
solo (a).
• Canais preferências no solo (b).
Selamento Superficial
• Fina camada com agregados dispostos de forma
coesa;
• É o início da degradação solo;
• Fatores de formação:
– Baixa taxa de cobertura do solo;
– Solo exposto diretamente a ação de forças, como:
• Pisoteio animal, gotas de chuva, etc.;
Selamento Superficial
• Fenômeno agravado pela ação das forças em
solo com alta umidade, devido:
– Facilidade de deslizamento e justaposição das argilas
quando úmidas;
– Água irá atuar como lubrificante;

• Reduz taxa de infiltração de água;


• Baixa cobertura vegetal com alta lotação animal
acelera processo;
• Pisoteio sobre solo sem ou com pouca cobertura colabora para aparecimento
e intensificação do selamento superficial.
Compactação em ILP ???
• Nesse sistema há aplicação de forças (pisoteio animal e
trânsito de máquinas) sobre a camada superficial do solo,
às quais podem causar compactação.
• Carga animal, a época do pastejo e o estado da pastagem
desempenham papel fundamental na origem da
compactação.
• De forma geral os fatores que influênciam o crescimento
da pastagem afetarão a compactação do solo.
• Umidade do solo
• Matéria orgânica e umidade influenciando a densidade do
solo com aplicação de carga.
Intensidade de pastejo e compactação do solo
• O termo compactação do solo refere-se à compressão do solo
não saturado durante a qual existe um aumento de sua
densidade em conseqüência da redução de seu volume,
resultando na expulsão de ar dos poros do solo.
Camada 0 a 2,5 cm

Compactação superficial em (a) área pastejada à 10 cm de altura e (b)


em área próxima ao cocho de água dos animais. (Fonte: Cassol (2003))
Manejo e propriedades físicas do solo

Excesso de
lotação e
pisoteio...

Pastagem
bem
manejada
tem
potencial
regenerador
Física do Solo na ILP

• Com a compactação do solo existe a influência


sobre algumas propriedades e características
do solo, como:
– Densidade e resistência a penetração do solo;

– Porosidade total, macro e microporos;

– Taxa de infiltração;
Densidade do solo
• Pisoteio pode causar adensamento ou pode chegar a
compactar;

• Adensamento:

– Aumento da densidade sem prejuízos às plantas;

• Compactação:

– Redução da macroporosidade com prejuízos a produção;

• Aumento da densidade e da resistência a penetração;

• Relação com crescimento de raízes.


Porosidade
• Macroporos:

– Responsável pela rápida drenagem da água gravitacional;

– Reduz o risco de erosão;

– Responsável pela circulação de gases para a respiração das


raízes;

– Pisoteio reduzirá o seu volume;

• Redução da respiração pelas raízes;


Porosidade
• O2 a planta terá dificuldade para absorção de água e

nutrientes.

• Plantas submetidas a solos compactados tornam-se muito

suscetíveis a déficits hídricos.

• Dificuldade de respiração, pois as plantas competirão com o

solo pela água, pois esta passará a ser fortemente retida.

• As raízes aproveitam os poros como caminhos preferenciais

para crescimento.
Taxa de infiltração
• Água da chuva no solo:

– infiltra-se;

– ou escoa.

• Infiltração é reflexo do equilíbrio da estrutura do solo:

– Macroporosidade;

– Ausência de selamento superficial e camadas


compactadas.
Taxa de infiltração
• Redução da macroporosidade reduz a taxa de infiltração;

• Macroporos fazem o escoamento rápido do excesso de água;

• Não ocorrendo infiltração da água, ocorrerá o escoamento sobre a


superfície do solo em volumes cada vez maiores;

• Reduz armazenamento de água;

• Associando escoamento com a topografia temos a ocorrência do


processo erosivo do solo.
Como a compactação pode ser
aliviada?
• Rotação de culturas e aumentando MOS;
• Reduzindo pressão dos pneus e peso da maquinaria;
• Tráfego em dias com solo não muito úmido;
• Manutenção de cobertura no solo.
• Via plantas de cobertura do solo:
– leguminosas de verão, com sistema radicular agressivo, denso
e comprido e com alta produção de biomassa aérea.
– É altamente recomendado para sistemas com níveis de
compactação abaixo do limitante na maior parte do ciclo das
culturas. Algumas alternativas: guandú, crotalárias, feijão de
porco, nabo forrageiro, etc...
Kluthcouski, 2008
Uso do Plantio Direto
Palhada em SPD

Kluthcouski, 2008
Agregação do solo em SPD
• É questionável o fato dos animais causarem prejuízos nas
características físicas do solo pelo efeito do pisoteio, pois o
animal em si não compacta o solo:
• Tudo depende da taxa de lotação empregada, da densidade animal
no caso de lotação rotacionada, e da massa de forragem existente
na pastagem, a qual se interpõe entre o casco do animal e a
superfície do solo.
• Se a lotação utilizada é moderada, em geral, acontece um
adensamento do solo, fato este que não compromete o
desenvolvimento vegetal, pois a macro e micro porosidade não é
afetada.
• Compactação pode ocorrer em elevadas intensidades de pastejo, e
aí sim há um comprometimento ao crescimento das plantas.
• Também é inquestionável a ação regeneradora que a própria
pastagem exerce no sentido de reverter este processo.
Influência da ILP nas propriedades físicas do solo

Propriedades físicas de um Latossolo Bruno em diferentes sistemas de manejo


e uso do solo em Castro-PR.

Piva, 2010
Propriedades físicas do solo após a saída dos animais da área
experimental, Campo Mourão (Souza, 2002)

Porosidade
Altura da Densidade
pastagem do solo
(cm) (Mg.m-3) ns Macro ns Micro ns Total
(m3.m-3)

7 1,27 0,05 0,49 0,54 b

14 1,26 0,08 0,50 0,58 ab

21 1,24 0,10 0,50 0,60 a

28 1,22 0,08 0,49 0,57ab


Parâmetros físicos do solo medidos pelo índice de cone (IC), Umidade (U%) e densidade do
solo (Ds), em uma área de rotação lavoura-pecuária, submetida a diferentes intensidades
de pastejo em Guarapuava-PR, 1996 (MORAES & LUSTOSA,1997).

(%PV) U% IC Ds

Amostragem de Setembro (2 meses de pastejo)


5 8.8 46.4 1.01
10 6.2 51.8 0.98
15 8.0 48.3 1.00
Amostragem de Novembro (Após saída dos animais)
5 11.3 41.6 1.08
10 10.8 39.8 1.06
15 10.4 41.8 1.04
Amostragem de Fevereiro (Milho em enchimento de grãos)
5 8.6 46.3 1.04
10 8.7 47.0 1.01
15 8.6 48.0 1.01
Regressão entre alturas de pasto e resistência do solo à penetração medida em diferentes
Regressão entre alturas de pasto e resistência
profundidades, na semeadurado da
solo à penetração
safra 2004/05. medida em diferentes
profundidades, na semeadura da safra 2004/05.
(** e *) Regressão significativa ao nível de significância de 1% e 5%, respectivamente.
(** e *) Regressão significativa ao nível de significância de 1% e 5%, respectivamente.
Distribuição espacial das áreas afetadas
Área com bebedouro no
inverno
Áreas de Concentração de animais (Campo Mourão, 2003)

Altura Área (m2) Área Afetada (m2) % Afetada da Área


7 cm 10217 46,28 0,45%
14 cm 16000 85,57 0,53%
21 cm 21644 151,62 0,70%
28 cm 33077 237,78 0,72%
TOTAL 80938 521,25 0,64%
O pastejo tem efeito negativo
sobre a produção de grãos ?
Foto Christofolleti
Rendimento de soja em resposta a diferentes métodos e intensidades de pastejo. As letras C
e R indicam os métodos de lotação contínua (C) e rotacionada (R), enquanto os números
referem-se a intensidades de pastejo representadas por ofertas de forragem 2,5 ou 5,0 vezes
maior que o potencial de consumo dos animais. A área sem pastejo é indicada por “test.”
(Lunardi, 2005- não publicado). Arroio dos Ratos-RS.
Rendimento de soja em diferentes alturas de manejo
da pastagem de inverno – Campo Mourão –PR (2003)

65
Rendimento de soja (sacas/ha)

60
55 62,34
58,67 61,87 59,28
50
45
40
35
30
25
20
7 cm 14 cm 21 cm 28 cm
Altura da pastagem (cm)
Rendimento de soja em diferentes alturas de manejo
da pastagem de inverno – Campo Mourão –PR (2004)
Tese Cassol (2003) e Flores (2008)
• Latossolo Vermelho;
• Textura muito argilosa;
• Flores, (2008)
• Flores, (2008)
• Flores, (2008)
• Flores, (2008)
• Flores, (2008)
Rendimento de grãos
Conclusões
• Pisoteio animal não causa compactação do solo em
área com pastejo de aveia+azevém manejado de 10 a
40 cm de altura.
• Porém o manejo à 10 cm de altura da pastagem
acarreta em aumento da densidade do solo e redução
da macroporosidade na camada de 0 a 2,5 cm de
profundidade.
• As maiores pressões de pastejo (10 e 20 cm) afetam o
estabelecimento inicial da cultura da soja em anos de
déficit hídrico logo após a semeadura, sem que isso se
reflita sobre o rendimento de grãos.
Experimento ILP área IAPAR,
2009/2010
• Área IAPAR Pato Branco, PR;
• Latossolo Vermelho distroférrico
• Teor de matéria orgânica muito alta.
Tratamentos
• Alturas de manejo de pastagem de papuã;
• Área com manejo da altura com pastejo e
subparcela sem pisoteio animal;
• Pastejo de caprinos;
Densidade pós-pastejo na camada
superficial
1,15
(a)
1,10
-3
Densidade do solo, Mg m

1,05

1,00

0,95

0,90

y = 0,999

0,85
0,10 0,20 0,30 0,40

Altura de manejo pretendida, m


Porosidade total pós-pastejo na
camada superficial
0,74
(a)
0,72
-3
Porosidade total, m m
3

0,70

0,68

0,66

y = 0,6903
0,64
0,10 0,20 0,30 0,40

Altura de manejo pretendida, m


Macroporosidade pós-pastejo na
camada superficial
0,35
(a)
0,30
-3
Macroporosidade, m m
3

0,25

0,20

0,15
Com pisoteio y = 0,211
Sem pisoteio y = 0,221
0,10
0,1 0,2 0,3 0,4

Altura de manejo pretendida, m


Microporosidade pós-pastejo na
camada superficial
0,54
(a)
0,52

0,50
-3
Microporosidade, m m

0,48
3

0,46

0,44

0,42

0,40

Com pisoteio y = 0,481


0,38
Sem pisoteio y = - 2,315x2 + 1,235 + 0,335
R2 = 0,7991*
0,36

0,1 0,2 0,3 0,4

Altura de manejo pretendida, m


Resistência à penetração pós-pastejo
na camada superficial
2,2
(a)
2,0
Resistência a penetração, MPa

1,8

1,6

1,4

1,2
y = 1,5157

1,0
0,10 0,20 0,30 0,40

Altura de manejo pretendida, m


Densidade pós-trigo na camada
superficial
1,25
(a)
1,20
-3
Densidade do solo, Mg dm

1,15

1,10

1,05

1,00

0,95

0,90 y = 1,0542

0,10 0,20 0,30 0,40

Altura de manejo pretendida, m


Porosidade total pós-trigo na camada
superficial
0,76
(a)
0,74
-3
Porosidade total, m m

0,72
3

0,70

0,68

0,66

y = 0,70625
0,64
0,10 0,20 0,30 0,40

Altura de manejo pretendida, m


Macroporosidade pós-trigo na camada
superficial
0,32
(a)
0,30

0,28
-3
Macroporosidade, m m
3

0,26

0,24

0,22

0,20

0,18

0,16
y = 0,22427
0,14
0,10 0,20 0,30 0,40

Altura de manejo pretendida, m


Microporosidade pós-trigo na camada
superficial
0,54
(a)
0,52
-3
Microporosidade, m m

0,50
3

0,48

0,46

0,44

y = 0,4819
0,42
0,10 0,20 0,30 0,40

Altura de manejo pretendida, m


Resistência à penetração pós-trigo na
camada superficial
3,4
(a)
3,2
Resistência à penetração, MPa

3,0

2,8

2,6

2,4

2,2
y = 2,8994
2,0
0,10 0,20 0,30 0,40

Altura de manejo pretendida, m


Muito Obrigado!

• diegobertanbortolini@yahoo.com.br

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