Introdução Maynard Keynes (macroeconomia), Schumpeter

(inovações) etc.
O curso de Economia e Mercado tem por objetivos
compreender os fundamentos do Sistema Econômico,
debater a extensão dos problemas brasileiros e Cap. 1 Conceito de Economia
internacionais de natureza econômica, estudar as bases da
Devido à complexidade dos problemas que envolvem o
economia brasileira atual e da economia internacional,
comportamento do homem, existem conceitos diferentes
enfocando o aspecto da globalização dos recursos naturais
para a economia. A cada época, devido às concepções
e financeiros para o desenvolvimento sustentável da macro
políticas-ideológicas de cada sociedade, pode-se observar a
e microeconomia do país.
economia sob um ângulo diferenciado.
A palavra portuguesa “economia”, deriva do grego antigo
Na medida em que novas preocupações de ordem
“oikonomia”, que significava “governo e administração da
econômica ao surgindo na vida do homem, o seu conceito
casa e da família” – “oikos”, casa “nomos”, lei. Aristóteles
vai evoluindo.
(384-322 a C).
No presente trabalho, adotaremos o seguinte conceito
A face atual das Ciências Econômicas começou a ser
de economia:
moldada por Adam Smith (1723-1790), quando este
economista escocês elaborou, pela primeira vez “um “A economia é a ciência que estuda as formas
de comportamento humano resultantes da
modelo abstrato completo e relativamente coerente da relação existente entre as ilimitadas
necessidades a satisfazer e os recursos que,
natureza, da estrutura e do funcionamento”, de um sistema embora escassos, se prestam a usos
alternativos”. (ROSSETTI, 1977. p. 52)
econômico. Outros economistas também se destacaram,
depois e mesmo antes de Adam Smith: Françoies Quesnay A partir deste conceito, pode-se verificar que a
(sistema econômico), Jean Baptista Say (a mão invisível), preocupação básica da economia se refere aos escassos
Thomas Robert Malthus (controle da natalidade), David recursos para atender as necessidades ilimitadas.
Ricardo (valor da terra), Karl Marx (mais valia), John Tal conceito demonstra que a economia considera o
fato de que se pode ter necessidades ilimitadas para

1
satisfazer e que os recursos para tal fim são escassos.
Nesse caso, tem-se que escolher a melhor alocação dos
recursos capazes de produzir o necessário para satisfazer
as necessidades.
Essas escolhas são feitas pelos agentes econômicos.
São agentes econômicos:
• Unidades familiares,
• Empresas e
• Governo
A economia procura examinar as opções viáveis que se
apresentam aos agentes econômicos para empregar os
limitados recursos sob comando, tomando decisões
racionais diante de várias alternativas.
1.1 Fatores de Produção
Fatores de produção são os recursos que as pessoas
e, conseqüentemente, a sociedade (que pode ser um país,
um Estado, etc) dispõe para a produção de qualquer bem
ou serviço. Eles se dividem em quatro categorias:
a) Trabalho: físico ou intelectual;
b) Recursos da Natureza: terra, água, vento, sol,
minerais, animais e vegetais de florestas naturais;
c) Tecnologia: entendida como a maneira de se fazer
as coisas e não os objetos empregados para faze-
las, por exemplo, os programas de computadores e
não os computadores, como máquinas;
d) Capital: tanto pode ser o dinheiro em si, chamado de
capital financeiro, como os meio de produção
(prédios, máquinas, computadores etc.), conhecidos
como capital produtivo.
1.2 O problema fundamental da
economia
Segundo Rossetti (1977), o problema fundamental da
economia está relacionado ao conflito entre os recursos
limitados e as necessidades ilimitáveis. Em outras palavras,
o problema fundamental da economia se refere à escassez
dos recursos de produção.
Quando não se tem abundância relativa dos recursos
de produção, as necessidades não são completamente
satisfeitas. Se todos os bens fossem livres, a disponibilidade
ilimitada de recursos seria de tal ordem que a obtenção de
quaisquer bens não seria problema. Daí, não necessitaria
da ciência econômica, pois não haveria problemas a
resolver. Não haveria conflitos de interesses.
2
 Mas, são raros os bens que ainda são livres e que
não temos que pagar para adquiri-los. (água da chuva, por
exemplo).
Até o mesmo o ar que respiramos que ainda é livre,
vai, pouco a pouco, se transformando em bem econômico.
Daí surge à necessidade da economia, para que se possa
usufruir, da melhor maneira possível, desses recursos.
Como nenhum sistema econômico foi capaz de
satisfazer, plenamente, a todas as necessidades dos
indivíduos (em termos de bens e serviços), temos então a
importância da economia para ajudar a alocar recursos
escassos para atender as necessidades ilimitadas.
Em todos os países, as unidades familiares exigem
mais e melhor produtos. As empresas para produzi-los
exigem equipamentos de mais alta sofisticação, mais ágeis
e mais produtivos. Os governos, para garantir a satisfação
das necessidades dos outros agentes, têm de fornecer mais
infra-estrutura econômica e social, melhores bens e serviços
públicos. Todos necessitam da economia para auxiliá-los.
1.3 Quatro perguntas fundamentais
A primeira questão diz respeito ao que produzir. O
que produzir com os recursos que são escassos para
atender as necessidades ilimitadas da sociedade. Várias
podem ser as alternativas de produção, dentre elas o que
produzir para usufruir e gastar da melhor maneira possível
os recursos que são limitados.
Quanto produzir se refere à segunda questão.
Quanto produzir de determinado produto ou produtos para
atender as necessidades da sociedade, para a sustentação
do seu bem-estar corrente e para a progressiva melhoria do
seu padrão de vida.
A terceira questão é como produzir. Como produzir
para otimizar os recursos de produção (terra, capital,
trabalho, capacidade tecnológica e capacidade empresarial)
face à sua escassez.
A última pergunta fundamental diz respeito à para
quem produzir. Para quem vai ser direcionado o
produto/serviço. Tal questionamento é importante para que
se produza o necessário para atender as necessidades da
sociedade.
As respostas a essas perguntas são extremamente

Existem questões que acontecem em todas as relevantes para resolver os problemas econômicos que

economias, independente do grau de desenvolvimento que afetam s sociedades como um todo.

possuem. Várias são as possibilidades de se produzir

bens/serviços, com a disponibilidade limitada de recursos,
3
para atendê-las. Neste sentido, essas possibilidades de usar transporte coletivo etc. É através da remuneração de
produção podem ser destinadas a uma variedade de sua força de trabalho (fator de produção que concorreu para
combinações de diferentes categorias de bens e serviços a produção das roupas) que ela poderá adquirir as coisas
que podem ser destinados à sociedade. de que necessita para viver.
Pode-se dizer, portanto, que num sistema econômico
Cap. 2 Fluxos Econômicos existem dois fluxos: o primeiro é fluxo do produto, formado
Durante o processo de produção, em que são obtidos pelos bens e serviços produzidos no sistema econômico,
bens e serviços, as unidades produtoras remuneram os que também recebe o nome de fluxo real; o segundo é o
fatores de produção por elas empregadas: pagam salários fluxo de renda, ou fluxo monetário, formado pelo
aos seus funcionários, aluguel pelas instalações que pagamento que os fatores de produção recebem durante o
ocupam, juros pelos financiamentos obtidos e distribuem processo produtivo, também chamado de fluxo nominal.
lucros aos seus proprietários. Essa remuneração é recebida Esses dois fluxos têm significado muito importante
pelos proprietários dos fatores de produção e permite-lhes para a teoria econômica. O fluxo de produto, formado por
adquirir os bens e os serviços de que necessitam. bens e serviços produzidos, constitui a oferta da economia,
Este é um aspecto fundamental do sistema ou seja, tudo aquilo que tiver sido produzido e estiver à
econômico e garante sua eficiência: as unidades disposição dos consumidores. O fluxo de renda, formado
produtoras, ao mesmo tempo em que produzem bens e pelo total da remuneração dos fatores produtivos, constitui o
serviços, remuneram os fatores de produção por elas montante de que as pessoas dispõem para satisfazer às
empregados, permitindo que as pessoas adquiram bens e suas necessidades e desejos. Esse fluxo confunde-se, em
serviços produzidos por todas as outras unidades geral, com a despesa que os agentes realizam,
produtoras. representando a demanda, ou a procura, da economia.
Uma pessoa que trabalha numa fabrica de roupas, Portanto, temos a seguinte igualdade:
por exemplo, não vai adquirir apenas o produto de seu Produto = renda = despesa
trabalho (as roupas) com o salário que recebe. Precisa, A oferta e a procura são as duas funções mais
também, comprar alimentos, alugar ou comprar uma casa, importantes de um sistema econômico. Essas duas funções
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 formam o mercado em que as pessoas que querem vender
se encontram com as pessoas que querem comprar.
É importante observar que o termo mercado, na
teoria econômica, não significa apenas o lugar físico onde
as pessoas estão localizadas, como uma feira livre, por Cap. 3 Oferta e Demanda
exemplo. Seu significado é mais amplo, se refere a todas as
compras e vendas realizadas no sistema econômico, tanto 3.1 Teoria Elementar da Demanda
de bens de consumo, intermediários e de capital como de
A demanda/procura pode ser definida como a
serviços. Em suma, sintetiza a essência do sistema
quantidade de um determinado bem ou serviço que os
econômico, em que as necessidades são satisfeitas através
consumidores desejam adquirir em determinado período de
da venda e da compra de mercadorias e serviços.
tempo a um determinado preço, mantidas constantes todas
Os fluxos monetários e real do sistema econômico e
as outras variáveis (ceteris paribus1).
a formação do mercado podem ser sintetizados no esquema
O estudo da demanda está alicerçado no conceito de
S. Primário
a seguir:
S. Secundário utilidade.
S. Terciário
Utilidade é a qualidade que os bens econômicos
Mercado de
possuem de satisfazer as necessidades humanas. Esta
utilidade difere de consumidor para consumidor, uma vez
que está baseada em aspectos psicológicos ou
Salários Alimentos preferências.
Juros Vestuário
Serviços Como esta utilidade visa satisfazer necessidades
Lucros
Alugueis Equipamentos humanas, elas têm que apresentar algum valor. Utilidade é
..
1
Em economia, normalmente se utiliza a expressão ceteris paribus, que
significa “tudo permance constante”. Essa hipótese é de extrema validade, pois
sabemos que não é um fator isolado que determina a demanda de um bem.
Porém, para analisar o efeito de apenas uma única variável, é necessário
considerar as demais causas constantes.
5
Mercado
um conceito subjetivo, pois considera que o valor nasce da sua utilidade, ou seja, estão dando o mais alto grau de
relação homem com os bens e/ou serviços. satisfação no consumo daquele produto.
Outras variáveis que influenciam a escolha No exemplo da curva abaixo podemos verificar que
(demanda) do consumo são: para cada nível de preços as pessoas estão dispostas a
• Preço do bem ou serviço; adquirir determinadas quantidades de bens, onde quanto

• O preço dos outros bens; menor o preço mais produtos elas estarão dispostas a
adquirir. A curva de demanda inclina-se de cima para baixo,
• A renda do consumidor;
no sentido da esquerda para a direita, tendo uma inclinação
• Os gastos com propaganda e publicidade;
negativa, devido à inversibilidade da relação preço
• O gosto ou preferência do indivíduo.
quantidade demandada.
Dentro do estudo da demanda, temos a chamada Lei
Geral da Demanda, que mostra que há uma relação
inversamente proporcional entre a quantidade demandada e
o preço do bem, ceteris paribus.( ou seja, quanto mais baixo P
r Curva de Demanda
o preço, maior o número de pessoas que irão querer
e
adquirir o bem ou serviço). ç
o
Esta relação pode ser vista pela Curva de Demanda.

3.2 Curva de Demanda

Quantidade
A curva de demanda revela as preferências dos
consumidores, sob a hipótese de que estão maximizando Em teoria da demanda, o preço é um conceito de
extrema importância. O preço expressa o valor de troca

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entre as mercadorias. É sua expressão monetária de valor
das mercadorias.
A parte da economia que estuda a formação de preços é
dita microeconomia. Tal teoria trata além da formação de
preços, da fixação de preços mínimos por parte do governo,
dos efeitos dos impostos sobre mercados específicos e
sobre os custos de produção, dentre outros.
3.3 Curva de Oferta
Em Economia, oferta significa a quantidade de bens ou
serviços que se oferece aos consumidores.
A oferta representa as várias quantidades que os
produtores desejam oferecer ao mercado em determinado
período de tempo. Da mesma forma que a demanda, a
oferta depende da vários fatores:
• Preço do bem;
• Preço de outros bens substitutos na produção;
• Pela quantidade do bem ofertado;
• Do preço dos fatores de produção (mão-de obra,
matéria-prima etc.);
• Das preferências dos empresários e;
• Da tecnologia.
A função oferta mostra uma relação direta entre
quantidade e nível de preços, ceteris paribus. Essa
representa a chamada Lei Geral da Oferta.
A relação direta entre a quantidade ofertada de um bem
ou serviço e seu preço deve-se ao fato de que, um aumento
do preço no mercado estimula as empresas, os produtores
a produzirem mais, aumentando sua receita. (ou seja,
quanto maior o preço do produto, maior será a sua oferta).
Podemos expressar a curva de oferta conforme a figura
a seguir:
P
R
E CURVA DE OFERTA
Ç
O
QUANTIDADE
A inclinação da curva de oferta é positivamente
inclinada, uma vez que a relação entre quantidade ofertada
e o preço é diretamente proporcional.
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 Além do preço do bem, a oferta de bem ou serviço é
afetada pelos custos dos fatores de produção (matérias-
primas, salários, preços da terra) e por alterações
P
tecnológicas, ou pelo aumento do número de empresas no R
mercado. E
Ç
O
PE
3.4 O preço de equilíbrio

A interação das curvas de demanda e oferta

determina o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem
ou serviço em dado mercado, ou seja, a quantidade a ser
produzida e o preço ofertado, possuem os mesmos valores QUANTIDADE
na curva de demanda. No encontro das curvas de oferta e demanda (PE)
teremos o preço e a quantidade de equilíbrio, isto é, o preço
e a quantidade que atendem os objetivos dos consumidores
e dos produtores simultaneamente.
Se a quantidade ofertada se encontrar abaixo
daquela de equilíbrio “PE”, teremos uma situação e
escassez do produto. Haverá uma competição entre os
consumidores, pois as quantidades procuradas serão
maiores que as ofertadas. Formar-se-ão filas, o que forçará
a elevação dos preços, até atingir-se o equilíbrio, quando as
filas cessarem, haverá um acúmulo de estoques não
programados do produto, o que provocará uma competição

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entre os produtores, conduzindo a uma nova redução dos
Inelástica – Nesses casos o bem ou serviço tem
preços, até que se atinja o ponto e equilíbrio.
pouca influência quando ocorre a variação do
Quando há competição, tanto de consumidores
preço/renda, podemos dizer que se o produto aumenta
quanto de ofertantes, há uma tendência natural no mercado
o preço as despesas com ele também aumentam.
para se chegar a uma situação de equilíbrio estacionário.
a) Elástica – Nesses casos o bem ou serviço sofre
grande influência na quantidade demandada quando
há uma variação do preço. O gasto com o bem ou
Cap. 4 Elasticidade
serviço diminui quando da variação do preço. A

Vimos anteriormente que a quantidade de produtos fórmula é a mesma anterior e o resultado será

ofertados ou demandados está ligado diretamente ao preço sempre maior que 1.

do bem ou serviço, porém há outras variáveis que podem b) Isoelástica – nesse caso a demanda do bem ou

fazer com que a demanda ou mesmo a oferta do bem ou serviço independe da variação do preço, ou seja, o

serviço varie, por exemplo, a renda dos agentes consumo será constante. O resultado da fórmula

econômicos. Para entender como essas variáveis interferem apresentada será sempre igual a 1. Podemos afirmar

na oferta e na demanda veremos uma outra ferramenta da que o gasto com o produto não sofre variações com a

economia que é a elasticidade. variação do preço do bem ou serviço.

A elasticidade mede percentualmente a influência de Cap. 5 Bens Econômicos

uma variável sobre as outras.
Em economia, BEM significa tudo aquilo que serve de
4.1 Tipos de elasticidade
elemento a uma empresa ou entidade para a formação do
A elasticidade pode ser caracterizada de acordo com
patrimônio empregado para desempenhar a atividade
o comportamento ou influência sofrida, ou seja, se a
produtiva, útil para a produção direta ou indireta de seu
quantidade varia muito, pouco ou ainda se não ocorrem
lucro. É tudo aquilo que tem utilidade material, prática e
variações conforme há a variação do preço, por exemplo.
valor financeiro.
Elas podem ser:
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Em Economia, os bens são classificados como: Bens intermediários – são os utilizados para produzir
• De Capital outros bens, mas difere dos bens de capital, porque são

• De Consumo – durável e não durável consumidos durante o processo produtivo. Por exemplo, o
tecido que utilizado para produzir a camisa. No final do
• Intermediário
processo não existe mais tecido, mas sim a camisa,
• Substituto
enquanto a máquina de costura continua como tal, sendo
• Complementar
utilizada para produzir outros bens.

Bens de Capital - São os bens que servem para produzir

Bens substitutos – são bens que interferem na demanda
outros bens, como por exemplo, uma máquina de costura,
de um produto por parte do consumidor. Assim, quanto mais
ou seja, máquinas e equipamentos que são utilizados para
substitutos houver para um bem e/ou serviço, mais opções
fabricar outros bens.
o consumidor terá a sua disposição para decidir sobre a sua
Bens de consumo – são aqueles que atendem,
demanda. Nestte caso, pequenas variações em seu preço,
diretamente, à demanda. Eles são destinados ao consumo
para cima, por exemplo, farão com qu o consumidor passe a
final dos consumidores.
adquirir mais de seu produto substituto, provocando queda
Existem dois tipos de bens de consumo:
em sua demanda maior do que a variação do preço.
• Duráveis por exemplo: televisores, geladeira,
Por exemplo, o consumidor tem sua demanda por uma certa
aparelho de som, carro, liquidificador, pois são bens
quantidade de tomate que possui vários substitutos
que não possuem consumo imediato;
( repolho, cenoura, vagem, pepino abóbora, etc.). Neste
• Não duráveis são bens destinados ao consumo final
caso qualquer variação de preço de tomate, por menor que
e são consumidos imediatamente pelos
seja, leva o consumidor a trocar uma certa quantidade (ou
consumidores, por exemplo: alimentos, produtos de
toda ela) de tomate por quantidade de outros produtos.
higiene e limpeza, etc.
Bens Complementares – são bens que tendem a
influenciar a demanda de outros bens. São denominados

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bens complementares porque um está relacionado ao Neste sentido podemos ter as seguintes estruturas de
consumo do outro. Como por exemplo, o pão e a manteiga. mercado:
Neste caso, quando o preço do pão subir isto ocasionará Concorrência perfeita
uma queda na demanda do próprio pão e, Monopólio
consequentemente, na demanda da própria manteiga, que o Oligopólio e
consumidor utiliza para passar no pão. Concorrência Monopolista

Cap. 6 Mercado a) Concorrência perfeita – é um tipo de mercado em

que há um grande número de vendedores
Na língua portuguesa, a palavra mercado tem
(empresas). Nesse caso, uma empresa
diversos significados, dependendo da área de atuação.
isoladamente, por ser insignificante, não afeta os
Você mesmo utiliza alguns deles. Em Economia mercado
níveis de oferta do mercado e, conseqüentemente,
pode significar o conjunto de transações comerciais entre
o preço de equilíbrio. Ë um mercado “atomizado”,
vários países ou no interior de um país; pode significar,
pois é composto de um número expressivo de
também, o conjunto de consumidores que absorvem
empresas, como se fossem átomos.
determinados produtos e/ou serviços. No presente trabalho
será tratado o segundo conceito, ou seja, o que diz respeito
Esse tipo de mercado possui algumas características
ao meio consumidor.
básicas:
6.1 Classificação dos mercados

Há varias formas ou estruturas de mercado. Essas • Trabalham com produtos homogêneos, onde não
dependem, fundamentalmente, de três características existe diferenciação entre os produtos oferecendo
básicas: pelas empresas;
• Número de empresas que compõe esse mercado; • Não existem barreiras para o ingresso de novas
• Se existem ou não barreira, obstáculos para que empresas, ou seja, qualquer empresa pode entrar
novas empresas entrem nesse mercado. no mercado facilmente e;

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 • Há transparência no mercado, onde todas as • Patente exclusiva do produto, não permitindo que
informações sobre lucros, preços, etc., são outras empresas produzam aquele produto;
conhecidas por todos os participantes do mercado. • Elevado volume de capital, onde a empresa para
Na realidade, não há o mercado, tipicamente, de entrar necessita de alto volume de capital e
concorrência perfeita no mundo real. Possivelmente, o tecnologia.
mercado de produtos hortifrutigranjeiros (que
produzem tomate, repolho, pepino, etc.) seja o
c) Monopsônio – ao contrário do monopólio este tipo
exemplo mais próximo que se poderia apontar.
de mercado possui apenas um comprador,

b) Monopólio – Apresenta condições opostas às da caracterizando assim o poder do comprador sobre

concorrência perfeita. Nele existe, de um lado, um os fornecedores dos bens ou serviços, ou seja, o

único empresário dominando inteiramente comprador consegue influenciar o mercado.

oferta/produção e de outro, todos os consumidores,

Não há, portanto, concorrência, nem produto d) Oligopólio – é caracterizado por um pequeno

substituto ou concorrente. Nesse caso, ou os número de empresas que dominam a oferta de

consumidores se submetem às condições impostas mercado. Pode caracterizar-se como um mercado

pelo vendedor, ou deixarão de consumir o produto. em que há um pequeno número de empresas ou,

Para a existência de monopólios, geralmente então, um grande número de empresas, mas

existem barreira que impedem a entrada de novas poucas dominam o mercado.

empresas no mercado. Essas barreiras podem advir No oligopólio, tanto as quantidades ofertadas quanto

das seguintes condições: os preços são fixados entre as empresas por meio de
conluios ou cartéis.

• Controle de matérias –primas, onde o monopólio O cartel é uma organização (formal ou informal) de
produtores dentro de um setor que determina a política
controla a fonte de matéria –prima para produzir o
seu produto;

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de preços para todas as empresas que a ele
pertencem.
No oligopólio, normalmente as empresas discutem
suas estruturas de custos. Há uma empresa líder que,
via de regra fixa o preço, respeitando as estruturas de
custo das demais e há empresas satélites que seguem
as regras ditadas pelas lideres. Esse é um modelo
chamado liderança de preços.

e) Oligopsônio – Analogamente ao oligopólio, trata-

se de um mercado que possui um número restrito
de compradores. Assim como no monopsônio, o
comprador consegue influenciar os preços e a
quantidade de bens e serviços ofertados.

f) Concorrência Monopolista – é uma estrutura de

mercado intermediária entre a concorrência perfeita
e o monopólio, mas que não se confunde com o
oligopólio.
Na concorrência monopolista há um número
relativamente grande de empresas, com certo poder
concorrência, porém com segmentos de mercado e
produtos diferenciados e com margem de manobra
para fixação dos preços não muito ampla, uma vez que
existem produtos substitutos no mercado.
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