Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Entenda por que este modelo de serviços é tão popular hoje no universo da
TI Por Aline Brandão
Em fevereiro deste ano, o Wall Street Journal publicou uma matéria em que o Brasil
era apontado como o potencial centro de outsourcing na América Latina. Os motivos
para isso, segundo a publicação, são vários e incluem mercado interno grande e fusos
horários e cultura mais próximos dos Estados Unidos. Uma pesquisa da Global
outsourcing Report revela que, até 2015, o Brasil deve saltar do 15º lugar para a 4ª
colocação dessa atividade no mundo. Ao que parece, o outsourcing é a última moda
em TI – mas por que tanta gente está falando nisso agora?
“A IBM e a EDS já trabalham com esse mercado desde os anos 90. Mas nessa época
era conhecido como terceirização, não se usava o ‘nome bonitinho’ – ironiza a
Headhunter Sênior da divisão de Tecnologia/Telecom da CASE Consulting, Ariane
Israel.
Para Welson, no entanto, o serviço terceirizado também pode ser utilizado por
empresas dentro do segmento de TI: em grandes organizações, por exemplo, a
terceirização pode ser usada em áreas que não sejam parte da estratégia principal.
“Muitas vezes faz mais sentido parar de correr atrás de determinada tecnologia, da
qual a empresa não está tirando valor, e entregar isso a alguém especializado –
defende.
Os maiores medos
É comum que se tenha receio em entregar o setor de TI a uma outra empresa. Vêm à
mente as preocupações com segurança de dados e perda de controle das operações.
O diretor de soluções da Neoris IT, Alexandre D’Aquino, acredita que estas
preocupações têm fundamento. “Se não houver um bom mapeamento das funções de
TI, identificando quais devem ficar e quais podem sair da empresa, pode existir esse
problema de falta de autonomia – explica.
“Os medos não são mais tão justificáveis quanto antes – acrescenta Alvaro Leal. Ele
lembra que hoje os sistemas estão cada vez mais seguros e estáveis. Certificações
como o CMMI mostram que os processos também estão mais bem definidos do que
alguns anos atrás, quando a “moda” começou.
Quem é o profissional que trabalha em outsourcing? Para Ariane Israel, ele tem fácil
adaptabilidade e flexibilidade, por ter que se adequar a culturas organizacionais
diferentes, além de manter um dinamismo de carreira muito forte. Muita gente entra
no outsourcing quase por acaso. Em geral, quando uma empresa contrata o serviço
terceirizado, boa parte dos funcionários de sua antiga equipe de TI é aproveitada pelo
fornecedor do serviço, pois esses profissionais já conhecem as políticas da empresa
contratante – ou seja, não há qualquer problema de adaptação.
O futuro do outsourcing
Alvaro Leal vê um crescimento muito acelerado nesse mercado pelo menos nos
próximos quatro a cinco anos. Para Ariane Israel, não só a terceirização como toda a
área de serviços serão os grandes players de mercado nos próximos anos. Welson
Jacometti resume o papel do outsourcing: “o mundo poderia viver sem ele? Sim, mas
talvez demorasse bem mais para atingir seus objetivos.”