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UNESP- Universidade Estadual Paulista

Faculdade de Filosofia e Ciências


Campus de Marília

CATALOGAÇÃO NA FONTE

Trabalho apresentado à
disciplina de Catalogação
Automatizada ministrada
pela docente Dr. Plácida L.V.
A. da Costa Santos.
Discentes: Andréia Juliani,
Cristina da Silva, Fabiano
Ferreira, Juliana Quadros,
Kamila Veronese, Lucileide
Feliciano, Lucilene Messias,
Márcia da Silva, Roberta
Dal’Evedove, Roseli
Pinheiro, Viviane Ventura.

Marília – SP
2000

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Sumário

Páginas

1. Apresentação 1

2. Introdução 2

3. O que é Catalogação-na-Publicação? 3

4. A quem são dirigidas? 3

5. Finalidades 3

6. Vantagens 4

7. Histórico - CIP 5

7.1 Austrália 6

7.2 Estados Unidos 6

7.3 Ex- URSS 7

7.4 Alemanha 7

7.5 Canadá 7

7.6 China 7

8. CIP Internacional 8

9. Catalogação na fonte no Brasil 8

9.1 Catalogação na publicação atualmente 10

10. Conclusão 11

11. Anexo 12

12. Bibliografia 13

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Catalogação na fonte

1. Apresentação

O presente trabalho tem o intuito de apresentar o significado e averiguar a


importância da catalogação na publicação, ou como é conhecida no Brasil, catalogação
na fonte, que vem sendo o meio mais rápido, acessível e econômico de registrar e
identificar um documento de forma permanente e padronizada.
No decorrer do trabalho procuraremos conceituar catalogação na fonte,
apresentar seus objetivos e suas vantagens, relatar um breve histórico deste programa
em alguns países e principalmente no Brasil, abordando sua origem e todo o seu
processo de desenvolvimento, ressaltando sua importância como programa de
catalogação.

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Catalogação na fonte

2. Introdução

A Catalogação- na -Publicação, ou Catalogação - Pré - Natal, como a denominou


Ranganathan (1948), foi um dos primeiros programas da catalogação, com o intuito de
realizar um controle bibliográfico em âmbito universal.
Esse programa, inicialmente surgiu com o nome de Catalogação - na - Fonte,
que nada mais é que a catalogação feita antes do livro ser impresso, a qual permite a
divulgação mais rápida do documento, pois as informações bibliográficas podem chegar
às bibliotecas antes da publicação do livro, agilizando o processo de seleção e aquisição
não só pelas bibliotecas, como por todos os interessados.
A proposta é que a catalogação seja feita uma única vez no seu país de origem, e
que as fichas catalográficas impressas sejam permutadas entre as bibliotecas
interessadas, evitando que centenas de bibliotecários executem a mesma tarefa, com
desperdício de tempo e de recursos.
Portanto, é imprenscindível que todos os bibliotecários , editores e livreiros
tenham consciência da importância desse programa, como forma de colaborar na
manutenção do mesmo.

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Catalogação na fonte

3. O que é Catalogação-na-Publicação?

Para entendermos melhor o que é a Catalogação-na-Publicação, ou CIP ( sigla


usada internacionalmente, a partir de 1996, para a Catalogação-na-Publicação -
Cataloguing-in-Publication, conhecida anteriormente por Catalogação-na-Fonte,
apresentaremos uma definição do que seja o processo de catalogação. Segundo Mey
(1995, p.5):

"Catalogação é o estudo, preparação e organização de mensagens codificadas,


com base em itens existentes ou passíveis de inclusão em um ou vários acervos,
de forma a permitir a interseção entre as mensagens contidas nos itens e as
mensagens internas dos usuários."

Em outras palavras, trata-se da representação descritiva de um ítem


documentário, de forma resumida e padronizada, multidimensionando suas formas de
acesso, além de torná-lo único e individualizado. Tem como função a recuperação
(possibilita o acesso físico ao ítem documentário), e disseminação da informação
registrada. (Mey, 1995)
A Catalogação-na-Fonte vem sendo definida por vários autores como ficha
catalográfica impressa na própria publicação.
Segundo Barbosa (1978, p.118), a "Catalogação na fonte é aquela em que a
ficha catalográfica acompanha o respectivo livro impresso na página de rosto, feita
quando o livro ainda está em fase de impressão."
Carneiro (1974, p.174) nos apresenta uma definição mais detalhada:

"A catalogação na fonte, ou catalogação na publicação, operação realizada


antes do livro ser impresso, permite que todos os dados identificadores fiquem
reunidos num único local, de fácil acesso aos que manuseiam o documento,
descrevendo-o de maneira sucinta e precisa, fornecendo, ademais, outras
informações úteis a indicação de que inclui bibliografia, de que faz parte de
uma coleção ou série, etc."

Assim, a ficha catalográfica é a "mensagem" codificada conforme normas


nacionais e internacionais, estabelecidas para facilitar a transferência de informações
bibliográficas. E ainda, de acordo com a CBL (Câmara Brasileira do Livro) (CBL 2000),
a Catalogação-na-Publicação:

"Consiste na catalogação de livros antes de sua publicação, quando ele ainda


se encontra em fase de elaboração de material, de maneira a permitir a
impressão de informações bibliográficas no próprio livro. É o meio mais
rápido, acessível e econômico de registrar e identificar um livro de forma
permanente e padronizada."

4. A quem são dirigidas?

A editores, livreiros e bibliotecários em particular, a leitores em geral, a todos


que possam se interessar pelas informações que aparecem nos livros encimadas pela
legenda "(Dados Internacionais da Catalogação-na-Publicação CIP)".

5. Finalidades

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Catalogação na fonte

Todos os programas de catalogação elaborados pela UNESCO e pela FIAB


(Federação Internacional de Associações de Bibliotecários) tinham como objetivo final
um controle bibliográfico, em âmbito universal. No entanto, esses programas também
apresentam seus objetivos específicos. Segundo Carneiro (1977, p.148):
"A catalogação na fonte tem por objetivo o fornecimento de dados que permitam
a identificação e a descrição bibliográfica de determinada publicação,
preparados antecipadamente e impressos na própria publicação."

Podemos dizer que as finalidades precípuas da CIP são:

• Auxiliar as editoras e livrarias na divulgação e comercialização de livros;


• Auxiliar as bibliotecas no processo de catalogação de livros.

Frota (1973, p.129) acrescenta outros objetivos da Catalogação- na -Publicação:

• Facilitar sua encomenda e, consequentemente, acelerar sua aquisição;


• Uniformizar os catálogos das bibliotecas;
• Promover a interiorização de bibliotecas, onde há carência de mão-de-obra
qualificada;
• Propiciar a transferência de informações bibliográficas em nível nacional e
internacional.

6. Vantagens da CIP

Dentro da bibliografia consultada sobre Catalogação-na-Publicação, vários


autores citam as vantagens que são oferecidas por este programa, dentre as quais,
segundo a CBL (2000):

Primeira e imediata: permite a identificação do livro por ele próprio. Em


decorrência do processo antecipado, CIP torna-se elemento integrante do livro, útil a sua
auto-identificação e individuação. Reúne num único lugar, geralmente o verso da página
de rosto (frontispício), dados que aparecem dispersos na publicação, importantes para a
descrição e apreensão do campo abrangido pela mesma.

Destacamos entre outras vantagens:

• Facilita o registro bibliográfico em qualquer suporte, contribuindo para a


uniformaização de catálogos e outras listas, até para as que visam à venda
antecipada. Por exemplo: "Catalogação-na-Publicação" (CIP), que transcreve o
registro das novas publicações catalogadas em seu Centro de Catalogação-na-Fonte
e no Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) no mês correspondente;

• Propicia a uniformização da citação bibliográfica, facilitando o intercâmbio entre


editores, livreiros, bibliotecários e eleitores em geral, principalmente no que
concerne à comercialização de livros, inclusive pela menção do ISBN nos dados
bibliográficos. O ISBN é a Numeração Internacional para livro (International
Standard Book Number). Tem por finalidade identificar, em termos internacionais, o
país, a editora, o título ou determinada edição de um título, facilitando a
comercialização nacional e internacional;

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Catalogação na fonte

• Auxilia as bibliotecas na seleção e compras de livros, facilitando e acelerando a


catalogação e, consequentemente, sua divulgação entre usuários;

• Permite às editoras a organização de seus próprios arquivos, catálogos comerciais e


matéria abordada nos livros, facilitando seu agrupamento por assunto e favorecendo
sua veiculação;

Para Barbosa (1978, p.119), as vantagens da CIP são as seguintes:

• Reduz o custo da catalogação e economiza na verba destinada ao contrato de


catalogadores;

• Reduz, o número de obras catalogadas nas bibliotecas (a ficha impressa no livro


auxilia o bibliotecário, a fazer, apenas, as adaptações necessárias);

• Soluciona o problema constante de haver sempre um número maior de livros a


catalogar do que catalogadores;

• Facilita a citação bibliográfica, na encomenda de fichas às centrais de catalogação e


na organização de pequenas bibliotecas sem catalogadores;

• Melhora a qualidade das catalogações, uniformizando: entradas, parte descritiva,


cabeçalhos de assunto e números de classificação (este de maneira restrita, pois nem
todas as bibliotecas adotam um mesmo sistema;

E ainda, de acordo com a Biblioteca Nacional (2000) no “âmbito do Controle


Bibliográfico Nacional, o programa CIP tem uma enorme importância, não só pela recolha da informação
prévia, mas também pela normalização e descrição da produção bibliográfica nacional."

Porém a catalogação-na-fonte não apresenta somente vantagens, ela pode


apresentar alguns problemas, relacionados principalmente com erros de data de
publicação e de outros elementos que sofrem modificações na edição final, além da
demora na divulgação da ficha completa. Apesar disso, o serviço tem crescido e os
responsáveis buscam formas mais eficientes de gerenciamento, principalmente no que
diz respeito a seu custo-benefício.

7. Histórico - CIP

Por volta de 1850, o norte americano Charles Jewett percebeu a importância da


catalogação de um documento uma única vez no seu país de origem. Também por volta
dessa data surgiram as primeiras tentativas de se colocar a informação bibliográfica no
livro com intenção de divulgar seus dados na época de sua venda.
Mas somente um século depois, por volta de 1948, surgiu a Catalogação- na-
Fonte pelo bibliotecário indiano Ranganathan, sendo esta, exposta, em uma reunião
realizada na Library of Congress, na qual foi convidado a discutir sobre
Biblioteconomia na Índia.

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Catalogação na fonte

O problema que o levou a pensar nas vantagens dos dados bibliográficos foi a
necessidade de uma redução de tempo entre a impressão do livro e a disponibilidade
deste, ao usuário.
Sua proposta era que os editores enviassem as provas finais das obras a serem
publicadas para a Biblioteca Nacional Central onde seria feita a catalogação e, na
impressão ela seria incluída no verso da página de rosto, contendo: autor, título e
número de chamada. Esse processo inicial foi denominado Catalogação “Pré- Natal”,
não sendo ainda Catalogacão-na-Fonte, que viria a ser adotada mais tarde.

7.1 Austrália

Entre 1945 e 1950, a Biblioteca Nacional da Austrália juntamente com uma


editora, resolveram de comum acordo, tentar uma experiência de catalogação-na-fonte
através de provas tipográficas das obras publicadas por aquela firma. A Biblioteca se
encarregaria de preparar a entrada catalográfica, e a firma se responsabilizaria pela
impressão e distribuição das fichas a qualquer biblioteca interessada em adquiri-las.
Entretando essa tentativa fracassou, devido a demora no recebimento pela
editora das provas tipográficas, à má qualidade das fichas, e o interesse decrescente pelo
serviço.
Depois de mais uma tentativa frustrada, finalmente em 1974, a Biblioteca
Nacional da Austrália retomou o programa para todas as publicações australianas,
depois de um teste feito com trinta editoras. Em todas as catalogações deveria figurar a
legenda “National Library for Australia Cataloguing in Publication Data”. Em maio de
1976, noventa e quatro editoras cooperavam com este programa.
O código adotado é o AACR (Código de Catalogação Anglo-Americano),
utilizando para a parte descritiva as normas da ISBD(M) (Descrição Bibliográfica
Internacional Normalizada para Monografias). O ISBN é incluído. O sistema de
classificação usado é o Dewey (Sistema de Classificação Decimal de Dewey). As
indicações de autor, edição, imprenta e colação são omitidas.

7.2 Estados Unidos

Com uma subvenção do “Council on Library Resources” e com o auxílio da


Biblioteca do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, a LC (Library of
Congress) iniciou, entre 1958 e 1959, um projeto piloto que recebeu de “Cataloging-in-
source” ou, simplesmente, CIS. No entanto esse programa teve pouca duração, devido a
fatores técnicos e financeiros.
W. Carl Jackson sugeriu, com agrado geral, que um novo estudo fosse feito
sobre a CIS. Foi eleita uma comissão, sob a direção de Vernon Clapp, para apresentat
um novo projeto a ser discutido no próximo encontro que se realizaria em janeiro de
1970.
Finalmente em junho de 1971, a LC anunciou que tinha recebido uma subvenção
de entidades patrocinadoras, para iniciar por um período experimental de dois anos a
“Cataloging-in-Publication”, ou simplesmente CIP (catalogação-na-publicação). De
início contou com a calaboração de vinte e sete editoras. Tendo alcançado o êxito, a CIP
continua sendo desenvolvida com os recursos da própria LC. Atualmente cooperam no
programa mais de mil editoras, inclusive alguns órgãos oficiais e de universidades.

7.3 Ex – URSS

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Catalogação na fonte

Na ex- URSS a catalogação-na-fonte é largamente difundida desde 1959, quando


foi publicada a primeira regulamentação sobre o assunto. Chama-se “Pré-publicação da
catalogação” e aplica-se não só a livros como a qualquer outro tipo de material
bibliográfico.

7.4 Alemanha

Em novembro de 1973, a Deutsche Bibliothek, impressionada com o progresso


da CIP na LC (Library of Congress), iniciou um projeto piloto contando, apenas, com a
participação de uma editora. Seis meses depois no entanto, os resultados apresentados
eram positivos, e foi estabelecida paulatinamente, a catalogação-na-fonte.
Durante o primeiro estágio do projeto participaram vinte e sete editoras, na
segunda fase, já no início de 1975, foram convocadas todas as editoras interessadas em
integrar o programa, aumentando consideravelmente o número de participantes. A
descrição bibliográfica é feita de acordo com as normas da ISBD(M), incluindo o ISBN.

7.5 Canadá

A catalogação-na-fonte tornou-se operacional em janeiro de 1976, através de um


projeto-piloto estabelecido pelo período de dois anos (1975-1977).
A Biblioteca Nacional do Canadá, inicialmente, em vez de encarregar-se de todo
o programa, coordena as atividades da York University of British Columbia.
A York University é responsável – dentro dos requisitos exigidos pelo Controle
Bibliográfico Universal – pela produção canadense em língua inglesa, auxiliada pela
Biblioteca Nacional que se encarrega da catalogação-na-fonte para alguns editores
comerciais, principalmente os da cidade de Ottawa.
Embora os programas americano e australiano sejam centralizados, a Biblioteca
Nacional foi motivada a seguir o modelo brasileiro de uma catalogação-na-fonte
descentralizada e cooperativa, devido aos problemas existentes no Canadá, de grande
extensão territorial e população esparsa, e conseqüentemente de transporte e
comunicação.

7.6 China

O programa de catalogação-na-fonte na China representa a cooperação entre a


PPA (Information Anter of the Press and Publication Administration) e a ALCP
(Archives Library of Chinese Publications) e a imprementação da norma nacional
chinesa, por volta de 1970.
Atualmente, depois do ótimo progresso a CIP apresenta muitos problemas: a
estimativa é de que 50% dos editores não tem envolvimento na programa e no controle
de qualidade, acompanhado pela falta de pessoas interessadas na área e suporte
financeiro. Apesar disso a CIP teve um tremendo impacto no desenvolvimento da
biblioteca chinesa, serviços de informação e o serviço das editoras.

8. CIP Internacional

Após encontros internacionais mantidos pelos países que operam o sistema,


inclusive o nosso, foram estabelecidos alguns padrões mínimos a serem adotados nos
países participantes, tais como o uso da sigla CIP e a indicação da origem dos dados
(país, agência, etc.), um modelo de formulário para editoras (adaptável às necessidades

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Catalogação na fonte

de cada país), assim como a indicação de alguns dados que devem constar,
obrigatoriamente, da CIP.
A padronização obtida por consenso desses vários países torna possível que:

• A descrição bibliográfica produzida em um país possa ser entendida em outros,


eliminando-se as barreiras linguísticas;
• A informação bibliográfica de um país possa integrar os catálogos e listagens de
outros países;
• Os dados possam ser facilmente convertidos em forma legível por computador, com
um mínimo de editoração.

A normalização da descrição bibliográfica é alcançada mediante o uso de uma


pontuação específica, em que cada sinal represente um símbolo, nem sempre de acordo
com o uso gramatical da língua.
Esta pontuação prescrita tem um significado próprio, separando as diversas
informações bibliográficas em áreas, constituídas estas de vários elementos.

9. Catalogação-na-fonte no Brasil

A idéia de catalogação-na-fonte foi divulgada em 1940 por Lídia Queiroz


Sambaquy, na época diretora da Biblioteca do DASP (Departamento Administrativo do
Serviço Público), que incluía em grande parte das publicações editadas por este orgão o
modelo de ficha catalográfica impressa no verso da página de rosto.
Mas a relevância foi dada pela bibliotecária paulista Regina Carneiro na
apresentação de seu projeto, do qual obteve mérito, na assembléia do III Encontro de
Editores e Livreiros em agosto de 1970 em Serra Negra – SP, propondo que a
catalogação de cada obra fosse feita antes da publicação, e as informações
catalográficas seriam impressas no verso da página de rosto, agilizando assim, o
processo de catalogação.
Ferreira (1979, p.73), comenta que nos meados do século passado o
bibliotecário americano Jewet aput Alice Principe Barbosa afirmou sobre “o absurdo de
cada biblioteca trabalhar independentemente e ao mesmo tempo na catalogação do
mesmo livro”. Então , o intuito da catalogação-na-fonte é de racionalizar os gastos da
catalogação, catalogando a obra uma única vez em seu país de origem, buscando assim,
atingir os objetivos do Controle Bibliográfico Universal, que segundo Barbosa (1978,
p.45) é o de “promover um sistema mundial de controle e permuta de informações
bibliográficas, de modo a facilitar, rapidamente, em forma internacionalmente aceita ,
dados bibliográficos sobre todas as publicações editadas em todos os países” Barbosa
(1978, p.45), portanto a catalogação-na-fonte também surge como fiscalizadora que
regula o cumprimento do decreto do depósito legal, existente no Brasil desde 1907, pois
deveria garantir à Biblioteca Nacional um exemplar de todo e qualquer documento
publicado. (Ferreira, 1979)
Em 1973 estava tramitando no Congresso um Projeto de Lei, realizado pelo
deputado José Roberto Faria Lima, que buscava a obrigatoriedade da inclusão da ficha
catalográfica nos livros publicados no Estado de São Paulo e em todo o país. Faria Lima
citado por Frota (1973, p.129-130) chegou a conclusão que “para a realização do
projeto de catalogação-na-fonte, em âmbito nacional, será indispensável um trabalho
coordenado de bibliotecários e editores”. Em 1975 esse Projeto de Lei ainda buscava
ser obrigatória, entretando a tentativa da concretização deste não foi bem sucedida, uma
vez que o projeto foi rejeitado em 1979, após quatro anos de tramitação.

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Catalogação na fonte

Existem atualmente duas centrais de catalogação-na-fonte que congregam a


maioria de editores e livreiros do Brasil, a CBL (Câmara Brasileira do Livro) que
abrange os estados de São Paulo e Sul e o SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de
Livro) aos demais estados do Brasil, possuem o apoio do INL (Instituto Nacional do
Livro) e a Editora da Universidade de São Paulo. Iniciaram suas atividades
respectivamente em julho e novembro de 1971, no mesmo ano em que a CIP
(cataloguing-in-publication) iniciava-se nos Estados Unidos, ambas seguem a mesma
metodologia. As editoras que quiserem participar do Programa de Catalogação-na-Fonte
entram em contato com as centrais de catalogação e solicitam via telefone ou
pessoalmente o formulário (anexo) que é preenchido pelo editor e autor ou tradutor,
cujas informações intrínsecas e extrínsecas são consederadas importantes para o auxílio
dos catalogadores na determinação dos assuntos , da classificação, das palavras-chave
de assunto e do resumo. Junto ao formulário deve ser enviado às centrais uma prova
completa da obra ou, a edição anterior acompanhada da página de rosto da nova edição
e alterações efetuadas ou, o primeiro capítulo da obra acompanhado da página de
rosto(frontispício) e verso, prefácio e/ou introdução, conteúdo, já impressas ou
reproduzidas. O catalogador elabora a ficha catalográfica de acordo com as normas e
códigos vigentes, e enviam aos editores uma folha contento os dados catalogados sob a
forma em que devem ser transcritos, no prazo de 5 a 7 dias, juntamente com o material
enviado. Qualquer modificação que o editor faça depois da remessa dos dados, deve ser
comunicado as centrais de catalogação para que sejam feitas as correções necessárias e
seja providenciada a substituição. Assim, o editor imprime a ficha catalográfica no
verso da página de rosto, e após a impressão por completa da obra, é enviada uma cópia
para a Biblioteca Nacional como forma de preservar a memória do país.
As centrais de catalogação fazem a divulgação das obras antes mesmo de serem
comercializadas, editando um volume contendo o conjunto dessas fichas, facilitando a
seleção e aquisição dos livros e também o trabalho dos bibliotecários que apenas
adaptam a ficha catalográfica às necessidades da instituição a que pertencem.
A CBL (Câmara Brasileira do Livro) começou a publicar em 1974 a Oficina de
Livro: Novidades Catalogadas na Fonte enquanto o SNEL publica o Resumo
Bibliográfico, ambas não conseguiram se manter com periodicidade regular, mas ainda
hoje são utilizadas como fonte de consulta. A CBL, o SNEL e as editoras enviam cópias
das fichas catalográficas às bibliotecas e a todos que a solicitam. As editoras
desenvolvem esse trabalho de impressão e envio das fichas como forma de divulgação
das novas obras lançadas no mercado.
Monte-Mór (1981, p.6) afirma que “A catalogação na fonte, embora já
represente um instrumento expressivo, ainda é pouco significativa, em comparação com
a produção bibliográfica brasileira, ou mesmo, em comparação com o acervo
arrecadado pela B.N.”.
Apesar de Monte-Mór ter relatado a situação acima no ano de 1981, após se
passado 19 anos, continuamos enfrentando os mesmos problemas, é claro que hoje
existem um maior número de editores que vêem a importância da catalogação na fonte,
mas isso ainda não é suficiente para que o programa tenha êxito, para isso é necessário
que todos os editores participem.

9.1 Catalogação na Publicação Atualmente

Atualmente, a catalogação na Publicação vem se impondo em vários países e


suas centrais estão geralmente localizadas nas bibliotecas nacionais (E.U.A, U.R.R.S,

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Catalogação na fonte

Brasil), sendo a Library of Congress , o maior centro de catalogação na publicação do


mundo, que visa assegurar a aquisição de todas as publicações editadas no mundo
inteiro, divulgando em seguida, os dados catalográficos relativos à essas publicações.
No Brasil, a catalogação na fonte tem como finalidades ativar a divulgação da
publicação, antes mesmo de impressa, acelerando sua aquisição, uniformizando os
catálogos das bibliotecas, fazendo assim , a transferência de informações bibliográficas
em nível nacional e internacional.
A Library of Congress, no princípio dos anos 60, foi a primeira instituição a se
preocupar com a padronização e o intercâmbio de informações bibliográficas, tendo
instituído inicialmente um programa de intercâmbio de fichas e posteriormente
integrando as facilidades da automação aos trabalhos de representação descritiva.
Nascia então, um projeto piloto denominado MARC (Machine Readable Cataloging)
que iniciou a padronização conhecida como formato MARC de intercâmbio de registros
bibliográficos em meio magnético.
Podemos inferir que a catalogação na publicação, está voltada par a busca de
cooperação entre editoras e a agência bibliográfica nacional, procurando divulgar a
produção bibliográfica nacional.

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Catalogação na fonte

10. Conclusão

Entende-se então que catalogação-na-publicação surge como necessidade para o


auxílio de profissionais bibliotecários no processo de catalogação, agilizando seu
trabalho ao resgatar as informações bibliográficas adaptando-as de acordo com os
procedimentos técnicos de sua instituição, economizando assim o seu tempo, podendo
se ocupar com outras atividades.
A catalogação-na-publicação, é muito importante para a normalização e
descrição da produção bibliográfica nacional e também no âmbito do controle
bibliográfico nacional, e universal mas os benefícios do programa não são utilizados por
todos os editores, pois estes não participam com as Centrais e acabam fazendo a sua
própria catalogação sem estar embasados em regras, deixando muitas vezes de inserir
informações necessárias, desestruturando vantagens que a catalogação-na-publicação
oferece.
É necessário portanto a participação das editoras e a ampliação do número de
livros processados na CIP (Catalogação-na-Publicação). A divulgação dos livros novos
catalogados na CBL e no SNEL, se apresentados semestralmente, poderiam ser
verdadeiros catálogos gerais de pré-publicações.
A catalogação-na-publicação, no Brasil é um procedimento dos programas de
catalogação centralizada e cooperativa, pois para realizá-la temos duas Centrais que
catalogam e distribuem as obras aos seus associados, de modo cooperativo e
centralizado.

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12. Referência Bibliográfica

BARBOSA, A. P. Novos Rumos da Catalogação. Rio de Janeiro: BMG/Brasiliense,


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Bibliografia Consultada

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Catalogação na fonte

ZAMBEL, M. M. Glossário de termos usuais em biblioteconomia e documentação. São


Carlos: Fundação “Theodoro Souto”, 1978. p.12-13.

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