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De que medicina necessitamos?

Homeopatia

22/01/2008

Por Hylton Sarcinelli Luz

Certamente, a grande maioria dos cidadãos do mundo não leu nem


lerá o editorial da revista científica The Lancet (Vol 366 August 27,
2005), uma vez que a publicação é principalmente dirigida aos
médicos e pesquisadores interessados na área da saúde.

Trata-se do editorial intitulado “O fim da Homeopatia” que afirma,


entre outras declarações negativas, que a Homeopatia não tem
fundamentos científicos. Argumentações como essas são perigosas
e necessitam ser esclarecidas, uma vez que foram revividas pelo
colunista Rogério Tuma, da revista Carta Capital (n° 473, de
5/12/07), dirigida ao público leigo.

Ao requentar uma pauta de 2005 da Lancet, o colunista ignorou a


Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
(PNPIC), editada em 2006 para o setor de saúde do Brasil, que
integra a Homeopatia, Acupuntura e Fitoterapia às práticas do SUS.
Também desconsiderou a informação pública e notória que, há mais
de 30 anos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda
que os países incluam a Homeopatia em suas políticas de saúde.
Esta decisão representa tanto um marco mundial para as políticas
públicas de saúde quanto à consolidação do processo democrático
na saúde. Neste último aspecto, destacamos o respeito à liberdade
de escolha terapêutica dos cidadãos, bem como o compromisso
com mecanismos decisórios que têm origem na participação da
sociedade.

Alto custo

O permanente questionamento acerca da cientificidade da


Homeopatia, e dos efeitos que produz na saúde, decorre de
diferenças existentes nas concepções de doença de cada medicina.
Qualquer parâmetro de medida só faz sentido quando utilizado
corretamente. O termômetro é um excelente instrumento para medir
temperatura, mas absolutamente ineficaz para medir distâncias.
Este último fato, constatável e consensual a todos, não o
desqualifica como um instrumento útil.

Assim, a maneira diversa como a Homeopatia observa a saúde,


razão de sua abordagem individualizada, voltada para as
expressões da vitalidade e do sofrimento humano, implica
obrigatoriamente parâmetros de observação e avaliação que são
particulares e não estão contemplados nos protocolos científicos da
medicina tecnológica.

Este fato não significa ausência de uma metodologia de


investigação e procedimentos precisos de intervenção, os quais são
avaliados por parâmetros justos, todos relacionados a uma
concepção de saúde que lhe é própria e que a distingue de outras
medicinas. O mesmo se dá com todas as Medicinas Tradicionais,
cada uma com sua lógica própria que constitui uma racionalidade
médica complexa, com seus próprios conceitos e parâmetros para
orientar e avaliar a efetividade de seus procedimentos.

Tanto o editor da Lancet quanto o colunista da CartaCapital deixam


claro, por meio de critérios duvidosos, que população erra quando
escolhe aquilo que não se enquadra nos cânones científicos que
defendem.

Incluir as Medicinas Tradicionais, também conhecidas como


Medicinas Alternativas – ou, na nomenclatura adotada em nosso
país, Medicinas Naturais – é investir para que a diversidade das
práticas de saúde, que não dependem de importação de insumos e
tecnologia de alto custo, possam contribuir para otimizar os
recursos, sempre limitados, para ampliar a assistência.

Fosso social

Estima-se que o investimento anual total em Medicinas Naturais,


em todo o mundo ocidental, nas áreas da pesquisa, formação de
recursos humanos e promoção, não ultrapassa algumas centenas
de milhares de dólares por ano. No entanto, em Medicina
Tecnológica são investidos muitos bilhões de dólares para os
mesmos fins.

Portanto, compete aos gestores públicos – e aos cidadãos que


almejam por justiça social – se posicionarem a favor de medidas
que estabeleçam como prioritário o investimento nas Medicinas
Naturais, para que estas possam alcançar o nível de
desenvolvimento necessário para suprir, juntamente com as demais
formas de medicinas e práticas de saúde, as necessidades dos
países e do mundo.

Será ainda possível conceber, como conduta em favor da


humanidade, comportamentos que contrariam a liberdade de
escolha das populações? É evidente, para todo o mundo que uma
das causas da violência contemporânea é a justa revolta contra a
progressiva ampliação do fosso social e da exclusão de direitos
básicos que separam populações de uma mesma nação e de
nações no mundo.

Fonte:
http://saudealternativa.org/2008/01/de-que-medicina-necessitamos/

este artigo também está em:


http://www.agenciario.com.br/colunistas/opiniaoView.asp?cod=3799
0
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=469FD
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