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A Bruxaria não deve desculpas por envolver magia sexual. São as outras
religiões que devem desculpas pela miséria da repressão puritana que
impingiram à humanidade.
Em tempos remotos, a energia sexual era a mais poderosa energia que os humanos
podiam experimentar através de seus próprios sentidos físicos. A habilidade
aparentemente mágica dessa energia de criar outros humanos deve ter tido um efeito
profundo sobre a psique dos antigos. Na Tradição Misteriosa, esse aspecto da magia
envolve o uso de energia sexual como fonte de poder. O conceito pagão da atividade
sexual é totalmente diferente do conceito judaico-cristão. O sexo é visto como uma
experiência natural e prazerosa. Pode ser parte da expressão amorosa de um indivíduo
ou simplesmente o compartilhar de prazer e desejo com outra pessoa. Com fins rituais e
de magia, ele pode simplesmente ser a fonte de energia que fortalece os ritos.
O altar sagrado é formado por uma mulher escolhida que se deita de costas, nua,
com as pernas dobradas e afastadas (os calcanhares tocando, ou quase, as nádegas). Um
vaso ou cálice é colocado diretamente sobre seu umbigo, ligando o vaso ao cordão
umbilical etéreo da Deusa, a qual é invocada em seu corpo. Derrama-se o vinho sobre o
vaso ou cálice, enquanto a mulher-altar segura esse vaso. O Sumo Sacerdote então
mergulha com três gotas de vinho em cada. A isso segue-se um beijo em cada ponto,
enquanto a invocação é recitada. Quando praticado com reverência, esse rito é muito
belo.
Massagem Psíquica
Na Magia Sexual, e arte de criar cargas bioletromagnéticas para estimular e
ativar vários centros psíquicos do corpo é chamada de massagem psíquica. Recebeu esse
nome por fortalecer os Chakras onde as habilidades psíquicas são geradas e mantidas.
Durante a massagem psíquica, correntes ódicas são transmitidas através de cada Chakra,
do mesmo modo que isso ocorre na arte da informação. Ao combinar a respiração ódica
com passes magnéticos, a massagem psíquica também se torna etérea. Portanto, tanto o
corpo astral como o físico são renovados e revigorados.
Na pessoa comum, atualmente, apenas uma das correntes de energia está aberta
e fluindo. A contra-corrente está normalmente inibida e suprimida, gerando desarmonia
(desconforto) no corpo físico. Isso também causa uma influência negativa no equilíbrio
endócrino. Na mulher não treinada, apenas a corrente lunar flui desimpedida, e no homem
não treinado apenas a corrente solar está realmente livre. No caso dos homossexuais,
essa situação está invertida. O fluxo harmonioso das correntes no corpo é simbolizado
pelo antigo símbolo do Caduceu. Esse estado natural elimina a desarmonia (desconforto)
no corpo, e é por isso que o Caduceu simboliza a saúde em nossa sociedade atual.
As secreções vaginais são fluidos igualmente valiosos para fins de magia sexual.
Contêm secreções das glândulas endócrinas que estão carregadas pelas correntes lunar e
solar ativadas sexualmente. Essas secreções possuem elementos do fluido cérebro-
espinhal e das glândulas endócrinas. As trilhas nervosas associadas ao funcionamento da
bexiga através do terceiro ventrículo podem iniciar várias secreções. Uma vez ativadas,
essas correntes fluindo para a área genital estimulam nevos, os quais causam reações em
todo o corpo. As glândulas pituitárias e a glândula pineal são estimuladas, assim como os
nervos que afetam a urina. A energia das secreções vaginais carrega (em diversos graus)
um pouco de cada um desses aspectos. Os fluidos vaginais podem ser utilizados de modo
semelhante ao sêmen, ou podem ser a ele misturados com finalidade mágicas.
O estado mental de consciência estabelecido durante a magia sexual forma um
portal para o subconsciente e, portanto, ao plano astral. Imagens ou conceitos
visualizados (e/ou sigilados) são vitalizados e se tornam vivos (fortalecidos). É
fundamental que o praticante tenha desenvolvido a arte da concentração/visualização e
que tenha um controle firme sobre sua força de vontade pessoal. Não pode haver nada
mais na mente no momento do orgasmo além da imagem (ou sigilo) da criança que se
deseja ver criada. Se a imagem mental não estiver completa ou for distorcida por
interrupções da imaginação mental, é possível que formas de pensamento muito negativas
se manifestem. O perigo interente nessa situação é de que essas formas passem a possuir
seu criador e aumentem seu apetite sexual. Em tais eventos, o indivíduo pode ficar
obcecado por sexo, pois a entidade exige mais e mais energia sexual para que se
alimente. Essa é a base das lendas dos íncubos e súcubos.
Nudez e Wicca
Um dos aspectos da religião que mais vêm sofrendo ataques é o uso, de certo
modo comum, da nudez ritual. Ou seja, rituais religiosos praticados sem vestes. Essa é a
antítese do costume de usar a melhor roupa aos domingos, uma liberação das vestes
rituais elaboradas normalmente e usadas em outras religiões.
Muitos Wiccanos – talvez a maior deles, usam robes durante rituais. Alguns ainda
ingressam no círculo trajando roupas comuns. Outros mais não usam nada.
Estudo sociológicos de povos ao redor do globo afirmam que o uso ou não de trajes
é determinado por costumes regionais. O que nós (ou outras sociedades) julgamos um
traje decente pode ser considerado ultrajantemente indecente por outra sociedade.
Por que isso ocorre? Culturas pré-cristãs como as do Antigo Egito, da Grécia e de
Roma, aceitavam a nudez social. Quando o cristianismo surgiu, seus primeiros líderes
associaram a nudez a antigas religiões (pagãs). Desse modo, a nudez – até mesmo durante
o banho – foi fortemente ligada ao inimigo da nova religião e completamente banida. Por
vezes, mesmo indivíduos que estivessem na privacidade de suas casas não podiam remover
suas roupas.
Mas qualquer pessoa racional, bem ajustada, que tenha visitado uma praia de
nudismo, um retiro onde as roupas sejam opcionais ou um campo de nudismo sabe que a
nudez logo deixa de ser novidade. Quando as pessoas ficam nuas por outros motivos que
não o sexo, o quociente estimulativo desse estado logo desaparece.
Alguns Wiccanos praticam a nudez ritual por verem nisso um estado natural, que
os leva o mais próximo possível à Deusa e ao Deus. Outros não tiram a roupa por uma
questão de preferência. Longe de ser um requisito da Wicca, a nudez é condenada por
muitos Wiccanos. Quando utilizada, a nudez ritual possui propósitos específicos, que não
os estímulos que povoam as mentes dos não-praticantes.
Algumas – não muitas, mas algumas – tradições Wiccanas utilizam o sexo por suas
propriedades místicas e mágicas e para alterar a consciência.
Mais tais ritos – por mais raros que sejam – são apenas praticados em
privacidade, por dois adultos que consentem. O sexo ritual jamais é praticado diante de
outros Wiccanos ou de que quer que seja. Não existem orgias em covens. A Wicca não é
um clube de swing; os Sabbats e os Esbats não são desculpas para a prática de sexo.
Afinal, a maioria de nós tem boas desculpas nesses moldes. Os Wiccanos
certamente não precisam se esconder por trás de sua religião para se divertir.
Os Wiccanos (e eles são minoria) que usam sexo não precisam de desculpas para
isso. Eles vêem a Wicca como um religião da fertilidade, e portanto consideram o sexo
um componente natural de seus rituais. Séculos de repressão cristã, dizem, são
responsáveis pelo horror público ao sexo ritual, bem como ao sexo em si, em qualquer de
suas várias formas.
Os Wiccanos podem argumentar que nada têm a ver com isso, mas isso não levaria
a nada.
O que a maioria das pessoas parece não compreender é que há elementos sexuais
em todas as religiões, até mesmo no cristianismo. A Bíblia é repleta de estupros e sexo
ritual. A própria palavra “testamento” é derivada de uma prática bastante comum em
tempos bíblicos. Quando um homem prestava juramento a outro, ele apertava seus
testículos. A maior parte dos aspectos sexuais do cristianismo foi, obviamente, encoberta
por traduções confusas ou convenientemente omitida das versões autorizadas da Bíblia.
Mas eles estão lá.
Assim, alguns Wiccanos podem utilizar o sexo como uma experiência prazerosa e
geradora de energia durante rituais. Mas eles apenas o fazem com seu parceiro –
geralmente num relacionamento emocional estabelecido, como o que existe entre marido e
esposa. A Wicca não é uma religião sexual, e a maioria dos Wiccanos não integram sexo
em seus rituais.