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Outro elemento fundamental dentro deste princípio é o respeito pelos direitos da pessoa
humana. Respeito que o poder público tem que ter pela pessoa humana, singular ou
colectivamente, e vice-versa
versa, regulado por normas, disciplinares,
disciplinares reconhecidas
democraticamente, pelo quadro normativo interno.
interno. Não são normas impostas, daí ser um
Estado Democrático de Direito.
Ex.: Políticos são responsabilizados pelos seus actos ou omissões. Neste sentido surgiu o TPI
(Tribunal Penal Internacional) – Especializado em matéria de Direitos Humanos, julgamento de
crimes contra a paz, contra a humanidade. Um aspecto importante é o facto da irrelevância da
d
imunidade constitucional,, que permite que qualquer chefe de estado que cometa crimes contra
a humanidade e contra a paz não possa invocar a sua imunidade ou privilégios especiais.
Também se aplica, de acordo com a convenção
convenção de Viena de 1963 (sobre relações diplomáticas
e consulares), os representantes de um país perante uma organização internacional, perante o
TPI, não podem reclamar a imunidade ou privilégios especiais consagrados nessa convenção.
limitar o poder do soberano, através de um quadro normativo preciso. Limitar a sua actuação
através das leis. A lei disciplina relações inter-subjectivas,
inter limita – estabelece fronteiras – a
actuação do poder.
Segundo a CRP, a validade das normas depende da sua conformidade com a constituição. Por
outras palavras, uma norma contrária à lei fundamental é ferida de ineficácia jurídica, ou seja,
uma norma ordinária contrária
contrár à constituição é inválida,, por conseguinte a validade das
normas depende da sua conformidade com a constituição.
A pessoa humana de que estamos a falar é uma pessoa humana concreta, não é uma pessoa
ideal, fora da história. É uma pessoa
pesso humana dentro da sociedade onde mais pessoas a
integram. É uma pessoa como fim do Estado, como essência, não é uma pessoa que dependa
de situações ocasionais1, a doutrina defende a pessoa humana contra situações de
arbitrariedade.
Por outro
ro lado, a pessoa humana encontra garantias constitucionais contra abusos do poder
Outros direitos pessoais”;
por exemplo no Artº 26º, “Outros pessoais
1
Se tivermos um bom
m presidente, temos bons direitos, mas, se ele for mau teremos maus direitos. Não é
assim.
Porque
rque a actuação do Estado deve ter em conta as leis. E estas devem ser abstractas,
genéricas, imperativas, etc.…
Este princípio é indissoluvelmente ligado ao Estado de Direito, ou seja, inseparável, surgiu nos
séculos XIX e XX, o primeiro autor deste princípio foi John Locke. Segundo Locke, o poder do
Estado ou poder politico tem três funções;
1. Poder Legislativo;
2. Poder Executivo;
3. Poder Federativo;
Implica a certeza de Direito! Quer dizer que no quadro jurídico tem que ser um quadro certo,
bem definido. Não pode ser caótico ou arbitrário, onde hoje é uma lei amanhã é outra. Assim
A falta de publicação de uma norma provoca a ineficácia da mesma, antes falava-se falava de
inexistência, mas hoje falamos de ineficácia.
ineficácia. De acordo com o estudo, anteriormente feito,
sobre as fontes de direito tínhamos a fonte da produção da norma jurídica e também a fonte
de revelação da norma jurídica. Esta fonte de revelação ou de conhecimento da norma
jurídica, é feita através da sua publicação,
publicação em Diário da República, é este o instrumento para
conhecermos as normas jurídicas que fazem parte do nosso sistema jurídico. Esta é a fonte
autêntica.
5. Principio da Igualdade;
Tratar por igual o que é igual e desigual o que é desigual. Hoje todas as constituições do
mundo prevêem este princípio, a dois níveis: Interno e Externo ou Internacional.
Interno: Relativamente aos cidadãos onde todos são iguais perante a lei, não pode haver
discriminação.
6. Principio da Proporcionalidade;
Significa basicamente que, quando o poder público tem que intervir de forma discricionária
deve ter emm conta a proporcionalidade.
Ex.: Supondo que existe uma lei que diz: “todo aquele que mata é condenado a pena de prisão
entre 5 e 20 anos”, – O juiz tem que ter em conta vários elementos para fixar a pena justa, com
equilíbrio, com equidade. Nem todos matam
matam nas mesmas circunstâncias. Tem que haver uma
ponderação de vários factores e a sua conjugação dentro do quadro jurídico e a partir daí
aplicar a medida mais correcta. Este principio tem como objectivo evitar desequilíbrios, tudo ou
nada, nem 8, nem 80.. Tem que existir razoabilidade, equidade, bom senso, a ponderação.
A forma como é exercida o poder público, tendo em conta a sua relação com o exercício dos
cargos públicos, mais concretamente a magistratura suprema do Estado. Por outras palavras,
podemos dizer que se trata
rata da
d relação entre governantes e governados por um lado e por
outro entre os diferentes poderes que compõem o Estado: Órgãos Públicos.
Tudo isto tem a ver com a relação de separação de poderes sem prejuízo de cooperação entre
os diferentes órgãos referidos. Esta relação sofreu uma evolução em termos históricos e o
conceito teve vários significados ao longo da história.
A sua segunda distinção feita por Platão é entre Aristocracia e Oligarquia, conforme o exercício
do poder fosse feito por mais pessoas ou não, de acordo ou não com a lei.
A terceira distinção
ão é entre a Democracia e a Demagogia conforme o exercício do poder fosse
concentrado nas mãos de mais pessoas ou não, de acordo ou não com a lei.
Outro pensador que teve o mérito de estudar esta matéria foi Aristóteles, que basicamente
seguia o raciocínio
o platónico.
Depois surge outro pensador: Maquiavel, que traçou o principio de res publica.
publica Res (coisa)
Publica (de todos) = República.
República Contrapondo este principio à monarquia. Segundo ele, este
princípio de República é o poder que não é concentrado nas mãos
mãos de determinadas classes
monárquicas (sangue azul). A monarquia era o poder reservado a uma determinada categoria
de pessoas por via hereditária.
hereditária
Montesquieu também faz a mesma distinção entre monarquia e o exercício do poder por
republicana, destacando
o o disputismo político como por exemplo o governo de uma só pessoa
que governa de forma arbitrária.
O titular supremo do Estado (chefe de Estado) era escolhido de forma hereditária, tendo em
conta os laços familiares, de acordo com uma certa linha de relação
rel familiar.
Formas de monarquias ao longo da história:
1. Monarquia Romana: Conforme se depreende facilmente ocorreu durante o
período romano. O chefe de Estado era o Rei. Escolhido de forma hierárquica (da (
forma já atrás referida).
referid No entanto, o exercício do poder permitia a existência de
outros órgãos, nomeadamente o poder legislativo e o poder judicial. Esta
monarquia não suprimia outros poderes, antes,
antes permitia a existência desses outros
poderes mas, subordinados ao monarca;
2. Monarquia Feudal: O monarca ou o Rei governava permitindo a existência de
outros poderes dentro da ratio ou lógica do feudalismo.. Tinham que prestar alguns
serviços ao próprio monarca;
3. Monarquia limitada: A existência de outros órgãos era permitida mas a sua
actuação era bastante limitada.
limitada. Os outros órgãos eram meramente decorativos,
simbólicos;
4. Monarquia Absoluta: Mais ou menos na fase da idade moderna. Este tipo de
monarquia suprimiu outros poderes. Extinguiu outros poderes, daí ser absoluta;
5. Monarquia Cesarista (César): Aqui temos uma mudança revolucionária, dando-sedando
uma ruptura com o princípio da hereditariedade,
her revogando-o;
6. Monarquia Constitucional: Consensualidade entre a antiga e a moderna
monarquia. A limitação do poder era feita por via de um texto constitucional, uma
lei fundamental – A Constituição;
7. Monarquia Parlamentar: Permitia a existência de um parlamento como órgão
representativo o dos cidadãos (populus,
( o povo aproxima-se se do poder). Nesta
monarquia temos a existência do parlamento onde os cidadãos tinham acento no
sentido
ido de controlar o poder exercido pelo monarca, ou seja além do parlamento
ter o poder legislativo, também tinha o poder de fiscalização;
8. Monarquia simbólica: Contrapondo com a anterior esta tem uma posição
meramente simbólica, decorativa. Não tinha qualquerqualquer competência que lhe
permitisse exercer o controlo político sobre o monarca;
Significa que a Chefia do Estado é atribuída a um órgão, não a uma pessoa, mas um órgão
unipessoal. Não é uma pessoa considerado
considerado em termos de pessoa em sentido individual, mas
sim como titular de um órgão de soberania, ou seja, é o Presidente da República.
Na República
blica vamos ver o relacionamento entre a chefia
chefia do Estado, entre os órgãos do Estado.
Estado
Portanto,, entre os governantes e os governados, entre os vários órgãos que compõem um
Estado e como é encarado o fenómeno religioso na res pública.. A seguir, seguir analisaremos
também a relação entre
tre os diferentes órgãos do Estado.
No contexto republicano podemos ter, digamos, uma fusão entre o poder político e o
fenómeno religioso, uma fusão que pode fazer prevalecer o fenómeno religioso.
religioso Assim sendo
temos a Teocracia. Teocracia é uma forma de governo onde o povo é controlado
cont por um
sacerdote ou líder religioso que governa, supostamente, segundo o desejo de uma divindade.
Exemplos actuais de regimes desse tipo são o Vaticano, regido pela Igreja Católica e tendo
como chefe-de-Estado
Estado um sacerdote (o Papa), e o Irão, que é controlado pelos Aiatolas, lideres
politico temos o Cesaropapísmo.
religiosos islâmicos. E, quando prevalece o poder politico, Cesaropapísmo “Dar a
Deus – Pode-se
César o que é de César e a Deus o que é de Deus” se concluir que Deus já falava de
separação de poderes, entre os poderes políticos
p e os poderes religiosos. Cesaropapísmo foi
um sistema de relações entre a Igreja e o Estado em que ao chefe de Estado cabia a
competência de regular a doutrina, a disciplina e a organização da sociedade cristã, exercendo
poderes tradicionalmente reservados
reservados a suprema autoridade religiosa, unificando
tendencialmente as funções imperiais e pontifícias na sua pessoa. Daí decorre o traço
característico do cesaropapísmo que é a subordinação da Igreja ao Estado que chegou a
atingir, por vezes, formas tão extremas que levou a Igreja a ser considerada um órgão de
Estado.
Esse fenómeno é tipicamente cristão dado que o evangelho distingue política de religião, não
se aplicando a outras civilizações como a islâmica, chinesa, indiana, japonesa em que no
passado e/ou no presente nunca houve tanta
t distinção. O cesaropapísmo apenas existiu em
ambientes históricos onde havia o Império e a Igreja em cena, e após o século XVI nos países
protestantes.
Ex.: O Casamento Católico produz efeitos civis. O casamento civil não produz efeitos
canónicos. O contrário sim, ou seja,
seja, o casamento religioso é reconhecido por ser causador de
efeitos civis. A igreja não reconhece o casamento civil porque este permite o divórcio.
Significa o exercício do poder público baseado em escolhas livres, periódicas, com mandatos
limitados no tempo, as escolhas
escolh têm em conta o critério maioritário. A forma politica de
Governo pode ser Ditadura ou Democracia. Estes são dois regimes, ou sistemas, políticos
completamente distintos. Se bem que possa haver em democracia uma ditadura, embora
disfarçada;
3º - Não existe uma limitação temporal do poder. O ditador é sempre reeleito com maiorias
assustadoras 80% ou 90%, ou até mesmo por aclamação.
O caudilhismo pode ser de índole militar, quando o ascendente ao poder é líder de grupos
armados. Acredita-sese que a primeira geração de caudilhos se originou na época da
independência das colónias hispano-americanas
hispano americanas em torno de 1820, devido à mudança de
poder sobre povos envolvidos, que deixavam de ser colónias das potências europeias.
Presume-se que as instituições políticas recém iniciadas foram inspiradas na filosofia
republicana por influência dos Estados Unidos.
Nas relações humanas o autoritarismo pode se manifestar da vida nacional onde um déspota
ou ditador age sobre milhões de cidadãos, até a vida familiar, onde existe a dominação de
uma pessoa sobre outra através poder financeiro, económico ou pelo terror e pela coação.
Totalitarismo politico: Não há nenhuma liberdade individual, o que conta é o Estado, como
se pudesse existir Estado sem pessoas!?. Em nome do Estado podia--se assassinar os
opositores. Condená-los
los por congelamento na Sibéria, por exemplo. Deportações políticas.
odos os que incomodassem tinham que ser afastados, quem não fosse a favor era contra o
Todos
regime. O amigo do inimigo era inimigo. Totalitarismo é um regime político baseado
b na
extensão do poder do Estado a todos os níveis e aspectos da sociedade (“Estado
( Total”,
“Estado Máximo”).
As semelhanças que estes extremos reúnem entre si são justamente os aspectos definidores
do regime totalitário. As diferenças que guardam, no entanto, são muitas, e dizem respeito
aos seus fins; o totalitarismo de esquerda (Estalinismo,
( alinismo, Maoísmo e variações) representa o
controle do poder político por um representante imposto dos trabalhadores,
trabalhadores mas pressupõe
uma revolução de facto to no regime de propriedades, colectivizando os bens de produção e as
terras, enquanto o de direita (Fascismo, Nazismo e variações) é essencialmente um artifício
do grande capital para assegurar os seus interesses de forma
ma violenta. As semelhanças entre
os regimes de Estaline ou Mao Tse Tung com os de Hitler ou Mussolini limitam-se
limitam aos
métodos — por isso não se pode de forma alguma confundir os dois modelos:
respectivamente, um colectiviza a propriedade, o outro a mantém para a classe burguesa.
O politólogo especialista no Islão Bassam Tibi propôs nos seus livros mais recentes a tese de
que o Fundamentalismo islâmico (em alemão "Islamismus") é também um totalitarismo.
A Democracia tem origem Grega e tem dois conceitos fundamentais “DEMOS DEMOS” (Povo) e
“KRATOS” (Poder Público). ). A Democracia é fruto da “Res
“ Publica” (Coisa
Coisa de Todos).
Todos O antigo
Presidente Norte-Americano
Americano definiu a democracia como sendo governo do povo. O elemento
fundamental na democracia
ocracia é a tomada de decisões por maioria, as maiorias são reconhecidas
como sendo parte integrantes do sistema político. As maiorias não podem ser destruídas
em democracia e participam no jogo democrático através de critérios, manifestações, réplicas
e outras formas de luta pacífica.
Há outra definição de democracia além da que foi dada acima, embora seja menos
comummente usada. De acordo com essa definição, a palavra democracia se refere somente à
representativa é conhecida como república.
democracia directa,, enquanto a democracia representativa
As primeiras origens desta definição podem ser encontradas no trabalho do antigo filósofo
grego Aristóteles. Aristóteles distinguiu-se,
distinguiu no seu livro Política,, seis formas de governo,
dependendo de que forma era governado,
governado, por poucos ou muitos, e se seu governo era justo
ou injusto. Ele chamou de demokratia (democracia) um governo injusto governado por muitos,
e a um sistema justo governado por muitos chamou politeia,, normalmente traduzido como
república (do latim res publica
ica, “coisa pública”). A demokratia de Aristóteles chegou mais perto
do que hoje podemos chamar democracia directa, e politeia chegou mais perto do que
podemos chamar democracia representativa, embora a demokratia ainda tenha executivos
eleitos.
Nem a definição de Aristóteles nem a dos Pais Fundadores americanos é normalmente usada
hoje – a maioria dos cientistas políticos hoje (e ainda mais
mais do que o povo em geral) usa o
termo “democracia” para se referir a um governo pelo povo, seja directo ou representativo. O
termo “república” normalmente significa hoje um sistema político onde um chefe de estado é
eleito por um tempo limitado, ao oposto de uma monarquia constitucional.
Note, no entanto, que os termos mais antigos ainda são usados algumas vezes em discussões
de teoria política, especialmente quando considerando o trabalho de Aristóteles ou dos “Pais
Fundadores” americanos. Essa terminologia
terminologia antiga também tem alguma popularidade entre
políticos conservadores e liberais nos Estados Unidos.
Dentro desse artigo, a definição de democracia dada no início do artigo (isto é, democracia
inclui democracia directa e indirecta)
indirecta será usada.
ísticas da Democracia:
Características
1. Há intervenção dos Governados na escolha dos Governantes;
Governantes
Directa – estamos perante o sufrágio universal directo ou referendo:
Indirecta – através dos próprios representantes (ex.: Governo, na negociação
de uma convenção internacional)
internacio
2. Separação de Poderes e o Respeito;
3. Respeito pelos Direitos da Pessoa Humana;
4. Fiscalização dos actos dos governantes, através de órgãos próprios (ex.: Parlamento
e os Tribunais);
5. Possibilidade de renovação ou não do mandato político, o povo tem a possibilidade
possi
de limitar o mandato dos governantes;
6. O Sistema Republicano nunca pode ser posto em causa, em democracia não é
possível modificar a Constituição até um regime que não seja republicano.
Em termos do direito
to autárquico em Portugal é possível o exercício desse direito por pessoas
que não sejam portuguesas, desde que haja reciprocidade (ex.: se um Português pode votar
em Cabo Verde, um Cabo-verdiano
verdiano poderá votar em Portugal). A seguir às eleições os eleitos
são
ão investidos para os cargos que foram eleitos.
eleitos Com a investidura titular, o político encontra-
encontra
se munido de todos os elementos necessários para cumprir o cargo.
Os Sistemas eleitorais:
1. De representação proporcional;
2. De representação
resentação maioritária;
3. De representação das minorias;
4. Direito eleitoral português e dos PALOP;
O que é o sufrágio?
É a manifestação de vontade no sentido de eleger, ou não. É a forma democrática de escolher
os titulares de cargos políticos de acordo
a com a CRP e as leis.
As eleições devem ser antecipadamente marcadas, não podem provocar efeito de surpresa. A
sua marcação deverá ser prévia
via e de acordo com as leis.
lei
Nos PALOP por inspiração do direito eleitoral português é possível encontrarmos traços atrás
sublinhados.
2. Partidos de Massas ou Militantes: são partidos com ampla base popular, com
dispensa dos critérios académicos. Qualquer decisão é submetida
submetida à consideração das
bases. As bases são consultadas. Estes partidos podem ser especializados em razão da
matéria ou totalitários.
totalitários
Especializados são socialistas (dedicam-se
(dedicam à acção social);
Totalitários são fascistas, comunistas;
Sistema de Partidos:
1. Monopartidário: estes regimes têm um único partido que assume o protagonismo
total na vida económica, social, etc;
2. Multipartidarismo: existem praticamente em todos os países. Permite a existência de
muitos partidos;
3. Bipartidarismo: alternância no poder entre dois partidos. Ex.: Inglaterra, França, EUA.
É difícil
cil os pequenos partidos chegarem ao poder.
Nos países PALOP a partir dos anos 90 aconteceu a grande abertura politica com a queda
do comunismo e o advento da democracia, realizando-se
realizando se as primeiras eleições, levando a que
estes países adaptassem o sistema multipartidário.
multipartidário
Cronologia do surgimento dos partidos políticos em Portugal de acordo com o registo do
Tribunal Constitucional:
Data Partido Símbolo Sigla Observações
1. Direitos Fundamentais
2. A importância constitucional dos Direitos Fundamentais.
Outro direito fundamental é a integridade das pessoas, que é inviolável. A nível interno,
destacamos o direito civil que protege os direitos da personalidade das pessoas.
Outro importante elemento é a Carta das Nações Unidas, os pactos das Nações Unidas sobre
os direitos civis e políticos de 1966 e sobre os direitos económicos sociais e culturais de 1966.
A Carta da União Europeia também consagra disposições sobre os direitos humanos, a
Carta da Organização de Estados Americanos (OEA), a Carta Africana dos Direitos do Homem e
dos Povos, o Tratado ou Estatuto da CPLP, a SADEC (Estados da África Austral), como podemos
podem
destacar, os direitos fundamentais têm hoje protecção internacional precisamente como a
protecção das pessoas contra abusos cometidos pelas autoridades estaduais.
Não vale a pena falar da protecção de direitos fundamentais de um órgão para outro órgão,
falamos de direitos fundamentais enquanto protecção das pessoas em relação ao poder
público.
Os direitos fundamentais são de carácter jus racionalista. De acordo com esta doutrina os
direitos fundamentais são direitos que o Estado stado não cria, mas simplesmente os declara (a (
existência). Estes direitos resultam da ratio,, são direitos que existem como fruto da razão, não
é o estado que os cria tem é de reconhecê-los.
reconhecê São direitos de carácter negativo,
negativo reconhecem
a autonomia e separação da pessoa em relação ao estado.
Também são direitos de natureza constitucional,
constitucional, têm uma consagração formal constitucional.
Desta definição
o destacamos três elementos constitutivos dos direitos fundamentais:
1. Elemento subjectivo – as pessoas integradas no estado sociedade, ou seja, os titulares
dos direitos podem exercê-los
exercê los em contraposição ao estado poder. É a faculdade que cada
um de nós tem de exercer os seus direitos fundamentais perante o estado. O estado não
pode ignorar esses direitos.
3. Elemento formal – tem a haver com a consagração com os direitos fundamentais na lei
fundamental. Os direitos fundamentais sofreram evolução ao longo dos últimos dois
séculos. Podemos fazer outra classificação dos direitos fundamentais tendo em conta a
evolução histórica:
- Direitos fundamentais individuais – inerentes à pessoa singular;
- Direitos fundamentais institucionais – inerentes à pessoa enquanto titular de cargos
públicos. Exemplo, o presidente da República tem imunidade, …
- Direitos fundamentais comuns – inerentes a toda a comunidade, política, por
exemplo.
- Direitos fundamentais particulares – inerentes a uma determinada categoria de
pessoas. Exemplo, nesta sala, a redução de propinas, outro é de cidadania.
As figuras afins são por exemplo – as garantias institucionais – quando a instituição pública é
obrigada a reconhecer realidade económica e social e adoptar mecanismos para o seu
reconhecimento formal.
Outro elemento é do assim dito interesses difusos – tem a haver com o aspecto processual de
reconhecimento e defesa dos direitos fundamentais. Por exemplo a nível dos tribunais.
Os interesses
nteresses difusos são variados, por exemplo a questão
questão do meio ambiente, a saúde pública,
a gripe das aves;
Os deveres fundamentais:
A cada direito fundamental corresponde um dever fundamental. Direito sem dever, é um
estado sem fronteiras. O equilíbrio consiste no equilíbrio entra direitos e deveres.
O conceito de globalização – não podem ser banalizados dentro da globalização, não pode por
em causa os direitos fundamentais. Exemplo na União Europeia, estamos a assistir a um
processo de adesão cada vez mais
mais forte, mas não pode espezinhar esses direitos.
O valor dos direitos fundamentais – tem a haver com o nível civilizacional dos titulares de
cargos públicos, onde há maior civilização haverá maior leque de reconhecimento e garantia
dos direitos fundamentais.
1 – Teoria liberal – caracterizada pelos direitos de liberdade e pelas liberdades públicas, nesse
contexto, segundo a teoria liberal,
liberal, o estado não podia intervir na sociedade e na
economia;
2 – Teoria socialista – de matriz soviética, que colocou os direitos fundamentais de carácter
social e económico ao serviço de uma ideologia marxista-leninista,, caracterizada por uma
ditadura colectivista de esquerda;
3 – Teoria fascista – tem que os direitos fundamentais assumiram uma relevância cooperativa
social com ausência de pluralismo político, caracterizado por ditadura de direita;
4 – Teoria social – surgiu em defesa da questão social, colocando o estado numa posição de
árbitro da sociedade;
5 – Teoria democrática – surgiu na Alemanha após a II Grande Guerra. Segundo esta teoria, o
estado pode funcionar como árbitro, mas coabitando com outras instituições.
Em Portugal, os direitos fundamentais
fundamentais consagrados na constituição… são os que
encontramos na constituição, nas leis e no direito internacional (declaração dos direitos do
homem…);
Outros sujeitos membros da comunidade, fazendo brotar e renascer a relação direito – dever.
Vamos ver o quadro dos direitos fundamentais. Direitos fundamentais típicos – estes direitos
estão consagrados na constituição nos títulos II e III, quais
q são?
Direito:
À vida; À integridade
ntegridade pessoal; à identidade pessoal; à palavra; ao desenvolvimento da
personalidade; à capacidade civil; à cidadania; ao bom-nome; à imagem; à reputação; à
reserva de…; à liberdade e segurança…;
segurança… à proibição da retroactividade das penas criminais;
criminais de
asilo; de constituição de família e ao casamento; à educação; à liberdade de expressão; à
informação; à imprensa; de antena; à resposta e réplica; de objecção de consciência; greve;
Habeas corpus;
Garantia;
Da defesa democrática; à inocência até…;
até… dee nunca perder os direitos civis; de proibição de
extradição por crimes com condenação de pena de morte;
Liberdade:
De religião e de culto; de criação cultural e artística; de aprender e ensinar; de circulação; de
associação; profissional; de acesso à função pública; de participação da vida política; de
sufrágio; de acesso a cargos públicos; de criação de partidos políticos; sindical;
cal;
Direito:
À igualdade; à tutela jurisdicional; ao patrocínio judiciário; de resistência; de queixa ao
provedor de justiça; de participação na gestão das unidades de produção do sector público;
dos trabalhadores rurais e dos agricultores de participar na definição da política agrícola;
agrícola de
não pagar impostos inconstitucionais; de propaganda eleitoral itoral e apresentação de
candidaturas; de oposição democrática; de participação na gestão da administração pública; à
informação administrativa; ded acesso aos arquivos administrativos; à impugnação dos actos
administrativos; de acesso à justiça; de audiência ia e defesa em processo disciplinar; de
desobediência a ordens ou instruções que impliquem a prática de um crime; à defesa da
pátria; a não ser prejudicado por ter cumprido o serviço militar obrigatório;
Temos outros direitos fundamentais extra documentais – são os que encontramos por força
da vinculação portuguesa a instrumentos jurídico internacionais – por exemplo a Declaração
Universal dos Direitos do Homem, a Convenção das Nações Unidas contra a tortura, a Carta
das Nações Unidas, o estatuto do T. P. I., a Carta Europeia, o estatuto da CPLP e demais
instrumentos internacionais. Podemos destacar os pactos das Nações Unidas sobre os direitos
civis e políticos e sobre os direitos económicos, sociais e culturais.
Os Direitos
ireitos Fundamentais (DF);
1. O exercício jurídico – relação e limites;
2. A tutela jurisdicional;
3. A tutela não jurisdicional;
1. Conceito de exercícios fundamentais tem a ver com a forma como os DF são praticados, ou
seja, a concretização dos DF nas relações inter-subjectivas,
inter subjectivas, entre mais sujeitos. Quando se
fala do exercício significa o modo como os DF são vividos no seio dos Estados. Assim,
podemos destacar dois aspectos fundamentais, nomeadamente a regulação do exercício e
os limites do exercício:
Regulação do exercício dos DF:DF: significa que não é suficiente a sua consagração formal nos
textos constitucionais. É importante mas não suficiente. Porque os seres humanos estão em
relação, portanto, os DF têm que ser regulamentados.
Primeiro a regulamentação tem como objectivo objectivo o esclarecimento e
aclaramento do conteúdo e do objecto fundamental;
fundamental
O aspecto importante na regulamentação é que torna mais fácil a
compreensão dos DF;
Aspecto positivo, em termos de regulamentação é o objectivo de prevenir o
abuso de exercício.
exercício
A Fronteira – A regulamentação estabelece fronteiras para evitar choque
entre DF;
Dentro do catálogo dos DF vamos ver a hierarquia entre as leis, que versam a matéria dos DF:
A revisão constitucional de 1997 consagrou “Leis de Valor Reforçado (LVR)” – estas,
são as que versam sobre os DF que ocupam um patamar mais elevado, elevado
comparativamente a outras, que versam sobre as mesmas matérias.
matérias As LVR têm três
realidades distintas;
a) Leis Orgânicas;
b) Leis aprovadas por maioria de ⅔;
c) Leis cujo conteúdo se impõe a outras leis;
Leis Orgânica são leis que versam sobre dos DF quando prevêem as seguintes matérias;
i) Direito de sufrágio;
ii) Eleições e os Referendos;
iii) Direito de Cidadania portuguesa;
iv) Liberdade associativa e de partidos políticos;
polític
Quando nas leis que carecem de ser aprovadas por maioria de ⅔ dos deputados presentes,
desde que superior à maioria absoluta dos deputados em efectividade de funções. Essas Leis
são;
i) Atribuição de direitos de sufrágio aos cidadãos portugueses residentes
resident no
estrangeiro para eleição do Presidente da Republica;
Nos restantes casos não abrangidos pelas especificas intervenções que constitucionalmente se
prevêem na categoria de LVR verifica-se
verifica se a adopção de um esquema dualista quanto ao tipo de
intervenção legislativa reguladora dos DF em razão da diferenciação entre os Direitos,
Liberdades e Garantias (DLG) por um lado e por outro entre os Direitos Económicos, Sociais e
Culturais (DESC).
Entretanto podemos destacar outros esquemas em que podem ser incluídos DLG e DESC,
DESC
exemplos,, do primeiro esquema;
esquema
A limitação dos DF não foi consensual ao longo dos dois séculos do constitucionalismo. Alguns
autores defendem o exercício absoluto
absoluto e ilimitado dos DF, enquanto que para outros esses
direitos estão sujeitos a certos limites.
Os limites podem ser impostos pela própria constituição e assim falamos de limites internos.
Outros limites são os ditos limites externos em situação de colisão de DF.
Qual é o critério para fazer prevalecer um DF sobre outro DF em caso de colisão? (Atenção
que temos uma situação de choque entre dois DF)
DF
Quando estamos perante uma situação concreta, pois a CRP não prevê, por exemplo;
exemplo
1. Se existir um incêndio pode ocorrer a violação de domicílio;
2. Se ocorrer uma inundação pode criar-se
criar se uma barreira ou até danificar uma
propriedade para socorrer uma situação em que tenha o objectivo de salvar
um bem maior em detrimento de outro bem;
Os Direitos
os Fundamentais (DF); continuação e conclusão
1. A tutela jurisdicional;
2. A tutela não jurisdicional;
3. Regime especial dos DLG;
O importante é depois a tutela, os mecanismos que nós temos para nos defender. Esses
mecanismos de defesa podem ser basicamente dois:
1. O mecanismo de tutela não jurisdicional: Tutela que é feita através avés de documentos
fora do tribunal, ou seja, a tutela não contenciosa. Ou por outras palavras um conjunto
de mecanismos não contenciosos, por exemplo os actos de bons ofícios, dialogo, a
conversação acordo com vista a por termo a um litígio entres as partes.
partes.
2. O mecanismo de tutela jurisdicional: Conjunto de mecanismos postos à nossa
disposição com vista à defesa dos nossos direitos junto dos tribunais, ou seja, a tutela
contenciosa.
nos com o facto de estarem a ser violados os nossos DF fazemos uma queixa
Ao depararmo-nos
junto dos tribunais que após a entrada da mesma faz uma apreciação liminar
l minar com o objectivo
de antes de avançar com o processo o juiz faça uma avaliação liminar para ver se há ou não
fundamentos que possam permitir um avanço do processo. Se existirem fundamentos o juiz
avança com o processo, caso contrário o juiz indefere liminarmente. Quando
manifestamente não existem fundamentos para se avançar com o processo dá-se dá o
indeferimento liminar.
Se houver elementos para avançar com o processo, ou seja, fundamentos, avança o processo e
entra na fase de instrução,, significa, avaliar todoss os mecanismos de prova,
prova através de
inquéritos,, fazer o levantamento de elementos probatórios (provas) que possam fundamentar
o avanço do próprio processo. Depois terá uma fase de decisão.. Esta pode ser de condenação
ou absolvição,, conforme os casos, e a condenação pode consistir numa indemnização ou
reparação de danos provocados.
Por exemplo, no direito à vida, se uma mulher grávida chegar a uma maternidade para “dar à
luz”, não carecee que o parlamento ou o governo decretem por meio de legislação para que ela
possa, naquele momento, ver nascer o seu filho e que lhes sejam prestados os cuidados
adequados de saúde. Este direito impõe-se
impõe sobre os outros direitos.
Por outras palavras estess direitos não dependem de nenhuma lei ordinária para efeitos da sua
aplicabilidade,, a sua concretização em sociedade.
sociedade Quando a CRP diz que esses direitos têm
uma aplicabilidade directa e imediata significa que do ponto de vista hermenêutica,
hermenêutica
interpretativo, não é possível chegarmos a outra conclusão. Só pode conduzir a um único
significado que é este mesmo da aplicabilidade directa e imediata.
Essa vinculação pode ser na esfera estadual ou fora dela. Na esfera estadual quando todas as
entidades que existem nos limites fronteiriços de um Estado estão subordinadas a este
imediat Fora do Estado,, nas suas relações internacionais,
conceito de vinculação directa e imediata.
esta vinculação mantém-se se vigente, pois os órgãos dotados de legitimidade de intervenção
internacional, fora do espaço geográfico estadual, devem conformar os seus actos, jurídicos ou
políticos, a esses princípios constitucionais fundamentais.
Estes podem suspender, limitar, o gozo dos DF. É possível nestes casos, suspender,
comprimir de forma parcial ou até total.
Exemplos;
Direito à livre circulação pode ser suspenso parcialmente entre as 19H00 e as 7H00, ou por
alguns dias, por exemplo em caso de guerra.
Por hierarquia das normas, já vimos que, a CRP ocupa o lugar cimeiro,
cimeiro, o plano principal.
principal
Não há Constituição fora dos Estados, estes é que adoptam esses documentos fundamentais
onde estão consagrados esses DF.
Pergunta-se:
se: Qual é o fim de um Estado?
É o de garantir a realização dos DF, que são os Direitos Humanos. Um Estado que não
consegue garantir os DF não é Estado. Será um Estado fracassado.
Artigo 1.º
(República Portuguesa)
Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na
vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.
Artigo 2.º
(Estado de direito democrático)
A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania
popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na
garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e
interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural
e o aprofundamento da democracia participativa.
Artigo 9.º
(Tarefas fundamentais do Estado)
São tarefas fundamentais do Estado:
a) Garantir a independência nacional e criar as condições políticas, económicas, sociais e
culturais que a promovam;
b) Garantir os direitos e liberdades fundamentais e o respeito pelos princípios
princípio do Estado de
direito democrático;
c) Defender a democracia política, assegurar e incentivar a participação democrática dos
cidadãos na resolução dos problemas nacionais;
d) Promover o bem-estar estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os
portugueses, bem como a efectivação dos direitos económicos, sociais, culturais e
ambientais, mediante a transformação e modernização das estruturas económicas e
sociais;
e) Proteger e valorizar o património cultural do povo português, defender a natureza e o
ambiente, preservar os recursos naturais e assegurar um correcto ordenamento do
território;
f) Assegurar o ensino e a valorização permanente, defender o uso e promover a difusão
internacional da língua portuguesa;
g) Promover o desenvolvimento harmonioso
harmonioso de todo o território nacional, tendo em conta,
designadamente, o carácter ultraperiférico dos arquipélagos dos Açores e da Madeira;
h) Promover a igualdade entre homens e mulheres.
Quando se fala de um Estado Social nos CPLP falamos nos países africanos que fazem uma
fotocópia do direito consagrado na CRP,
CRP nãoo sendo assim considerado direito comparado,
antes, direito copiado.
O Estado responde
onde em juízo dentro e fora da sua esfera geográfica. Pode ser responsabilizado
perante tribunais internos, mas também, no ponto de vista político, judicial, por actos
praticados em violação de leis internas ou internacionais.
O Estado é pessoa colectiva mas há órgãos competentes que o vinculam, porque o Estado está
estruturado em instituições, tem a sua estrutura orgânica, os seus órgãos próprios.
Assim,
sim, podemos falar de representação politica quando existe uma ligação de confiança
politica entre representantes e representados, com vista à realização de interesses supremos
do Estado.
A representação
epresentação também pode ser voluntária, baseada na voluntas,, através dela o
representante age em nome de outrem e neste caso é como se fosse o representado a agir.
Mas, também pode haver delegação de poderes para que a pessoa possa fazer representar-se.
representar
Para ser representante de alguém e agir como tal a pessoa tem que estar investida de poderes
legalmente estabelecidos e conferidos. A falta de competência
competência pode provocar a nulidade do
acto praticado. Outro elemento importante na representação é, sem dúvida, a titularidade: o
titular de determinado órgão, essa pessoa, tem um título que o vincula. O cargo é também
relevante. Este cargo é a missão que a pessoa
pessoa investida desempenha. Missão ou função dentro
de uma determinada instituição.
São simples se não tiverem outra configuração, e complexos quando têm outros órgãos no seu
seio. Por exemplo: AR = Presidente da AR, comissões especializadas, etc.).
Quantos ao acto dos órgãos: Estes poderes têm natureza ou politica. Por exemplo;
exempl
- Acto jurídico: Lei, Decreto-lei,
Decreto Decreto, …
- Acto politico: Declarações, moções, solidariedade com os outros povos, …
As vicissitudes são objectivas quando estamos perante uma impossibilidade objectiva do poder
público.
Exemplo: Golpe de Estado – o poder público pode estar impedido de praticar actos. Isto é uma
situação fáctica, concreta.
O órgão colegial para funcionar tem que se reunir, não é possível pôr em funcionamento um
órgão sem reuniões.
Antes da tomada de decisão o órgão deve ser dada a possibilidade a todos os membros de se
pronunciarem sobre o acto (garantia de participação
participação da maioria dos membros).
Os titulares dos órgãos públicos assumem a titularidade do órgão através de eleições, mas não
só porque podem ser através de nomeação, herança (monarquias, laços de sangue),
sangue por via
revolucionária (corte constitucional – auto proclamação),
), por inerência (o Chefe de Estado é,
é
por este meio, Comandante Supremo das Forças Armadas (Cfr. Alínea a) do Artigo 134º da
CRP).
Os órgãos de soberania são órgãos dotados de poderes constitucionais para a prática de actos
de jus imperi (actos soberanos). Estes são previstos constitucionalmente, por isso,
isso quando há
um golpe de estado o militar que assume o poder não se pode dizer que o fez legalmente, não
está previsto tal acto na constituição.
Mas há outros órgãos constitucionais que não são soberanos. O Conselho de Estado é um
órgão constitucional mas não é de soberania. Todos os órgãos de soberania são órgãos
públicos, mas nem todos os órgãos públicos são órgão de soberania. Isto depende da
consagração constitucional.
Em resumo
umo onde existe um funcionamento justo das instituições, sejam elas soberanas,
constitucionais ou do Estado,, estamos perante a garantia efectiva dos DF.
A Cláusula de não retrocesso,, essencial em matéria dos DF em DESC – que nada têm t a ver com
os direitos sob reserva do possível –,, significa que o Estado quando garante as condições para
o gozo pleno dos DFF não pode colocar os cidadãos perante uma situação anterior.
Onde há maior preocupação ou consagração em termo de limites é sinal que o Estado é pouco
p
democrático. Onde há democracia não pode haver limitações (em grande escala).
- Órgãos de Soberania.
O Presidente da República é eleito por sufrágio universal, directo e secreto dos cidadãos
cid
portugueses eleitores recenseados no território nacional, bem como dos cidadãos portugueses
residentes no estrangeiro.
A sua composição é feita por deputados eleitos em listas apresentadas a sufrágio pelos
partidos políticos.
A AR tem 3 funções;
1. De natureza jurídica (legislativa);
2. Fiscalização dos actos de governação;
3. Administrativa: porque tem funcionários administrativos, motoristas, jardineiros,
etc.
Tribunais
- Função Jurisdicional (Artº 202º, CRP);
- Categorias de tribunais (Artº 209º e seguintes);
seguintes)
- Organização dos tribunais (Artº 209º e seguintes);
Os tribunais militares julgam os crimes, essencialmente militares, querem sejam
praticados por civisis ou por militares, desde que se enquadrem no tipo de “crimes
essencialmente militares”.
Ex.: Golpe de estado: seja civil ou militar o causador do acto é sempre julgado em tribunal
militar. Dado o enquadramento jurídico.
Os regimes políticos:
- Sistema de governo semi-presidencialista;
semi
- As funções e os actos jurídico-políticos;
jurídico
O governo estadual é em primeiro lugar um órgão soberano, um òrgão que exerce uma função
executiva.
Em relação ao nosso sistema, mais os PALOP e ainda Timor, menos o Brasil (federal), o semi-
presidencialista representa uma conjugação e equilíbrio entre os dois sistemas.
Podemos ter leis, estamos a falar de actos emanados pelo parlamento, podemos ter também
decretos pelo governo, decretos lei do governo ou do parlamento conforme con matéria
concorrencial, podemos ter resoluções da Assembleia da República, pode ter uma deliberação,
por exemplo, uma reunião de Conselho de estado, òrgão de consulta do Presidente da
República.
Funções do estado:
A função primária do estado é de natureza constitucional. O estado surge por via de uma
constituição
ção que é adoptada numa assembleia constituinte. Pode ser articulada em actos
constituintes quando é reunida uma assembleia constituinte para adoptar uma constituição.
Podemos ter uma revisão constitucional que resulta de uma função constitucional.
Função legislativa dos actos administrativos é levada ao parlamento, mas também a outro
órgão como o governo e as instituições das regiões autónomas. A função legislativa pode ser
exercida na generalidade e na especialidade,, também pode ser de forma horizontal ou
vertical.
A horizontal depende da partilha dessa função entre alguns órgãos,, a Assembleia da República
e o governo.
A vertical depende da relação entre os òrgãos centrais de estado e os òrgãos das regiões
autónomas.
Função legislativa
O Processo Legislativo
Imaginemos que a Assembleia da República aprova uma lei, esta é submetida ao chefe de
estado, este não aprova, há duas saídas:
- aprovação – Assembleia da República;
- promulgação – Presidente da República;
- Referenda ministerial – Primeiro Ministro só para saber que teve conhecimento;
A assembleia legislativa é o único órgão regional eleito por sufrágio universal, directo e secreto
dos eleitores residentes nas regiões autónomas.
A assembleia é o órgão que monopoliza toda a função legislativa e exerce também funções
políticas e administrativas.
2.º Não pode legislar nas matérias que constituem reservas da constituição, ou seja, não pode
legislar em matérias da competência reservada de outros
outros órgãos soberanos (limites
impostos pela constituição);
3.º É a forma unitária do Estado, ou seja, não podem esses órgãos legislar contra a forma
unitária doa estado (não podem reivindicar a independência);
4.º Ao legislarem nas matérias da sua competência,
competência, tem que respeitar as leis gerais emanadas
pela Assembleia da República, que vinculam todos os Portugueses (Tráfico de
Estupefacientes, o Serviço Militar Obrigatório);
AUTARQUIAS LOCAIS
FREGUESIAS
GARANTIA DA CONSTITUIÇÃO
Assim, todos os partidos inconstitucionais na sua existência, surgimento e prática politica, não
podem existir. É uma protecção contra movimentos associativos totalitários.
O que é a constitucionalidade?
É a conformidade dos actos / leis com a constituição.
constituição
A CRP pode ser violada dee várias formas, pode ser violada explicitamente (de forma clara) ou
implicitamente (por violação de uma das suas normas ou regra).
Violação por acção – O órgão público praticou um acto que viola a CRP.
Violação por omissão – O órgão público, por omissão (consciente ou não) não praticou ou
deixou de praticar um acto que estava obrigado.
A violação da CRP: pode ser formal – O PR emite decretos presidenciais não pode emitir
decretos do governo, porque são reservados ao governo.
Também podemos ter a fiscalização concreta e difusa por via dos Tribunais. O Tribunal, num
caso concreto, ao aplicar uma determinada norma, duvida da constitucionalidade dessa
norma, como tal pode requerer a fiscalização da constitucionalidade dessa norma através do
Ministério Público e se for declarada inconstitucional pode ser expurgada da ordem jurídica.
Exemplo: Decorre uma acção ou um processo num determinado Tribunal e o Juiz adstrito ao
processo aplica uma norma inconstitucional ao caso concreto, nesse caso pode ser suscitado
um incidente que subirá ao Tribunal Constitucional. No TC se a norma for declarada
inconstitucional, o processo
o baixa ao Tribunal Constitucional e o Juiz tem que conformar a sua
decisão com a do Tribunal Constitucional.