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Partes

Partes são os sujeitos parciais do processo: autor (aquele que formula pedido em
juízo, relativo a pretensão de que se diz titular) e réu (aquele contra quem se pede a
tutela jurisdicional), ou seja, é o sujeito que intervém no contraditório ou que se expõe
às suas conseqüências dentro da relação processual.
Parte pode ser: sujeito da lide (parte em sentido material) ou sujeito do processo
(parte em sentido processual).
Os sujeitos processuais devem ser partes legitimas, porém há casos em que não há
identidade entre aquele que formula pedido em juízo e o titular da afirmação de direito
deduzida em juízo.
Sem a provocação da parte, o juiz não pode instaurar o processo, e se esta não cuida
de fornecer ou indicar os meios de prova necessários à tutela de sua pretensão ou não
exercitar as faculdades de defesa ou resposta, a solução a que será conduzido o juiz
poderá não ser aquela a que corresponderia a verdadeira situação jurídica material.
Capacidade processual
Deve-se diferenciar a capacidade processual da capacidade de ser parte.
Capacidade de ser parte (de ser autor ou réu) liga-se ao conceito de capacidade de
direito.
Capacidade processual (capacidade de estar em juízo) liga-se a capacidade de fato, e
consiste na aptidão de participar da relação processual, em nome próprio ou alheio.
Em caso de representação ou assistência, o representante/assistente não é considerado
parte, mas gestor de interesses alheios.
Podem ser parte as pessoas naturais e jurídicas, regularmente constituídas, de direito
público ou privado; ou ainda massas patrimoniais necessárias (espólio, massa falida,
herança jacente, etc), sem personalidade jurídica, podem ser parte ativa ou passiva.
A capacidade é pressuposto processual positivo de validade, tanto que se proferida a
sentença de mérito apesar de uma das partes não ser capaz, se estará diante de sentença
rescindível.
Nas ações que versem sobre direito reais imobiliários é que o cônjuge dependerá do
assentimento de seu consorte para ingressar em juízo. Esse assentimento poderá ser
suprido judicialmente, quando houver recusa sem motivo justo, ou lhe seja impossível
dá-la.
Ambos os cônjuges são citados para as ações, formando litisconsórcio passivo
necessário:
a) que versem sobre direitos reais imobiliários;
b) resultantes de fatos que digam respeito a ambos os cônjuges ou de atos praticado
por eles;
c) fundadas em dívidas contraídas pelo marido a bem da família, mas cuja execução
tenha de recair sobre o produto do trabalho da mulher ou seus bens reservados;
d) que tenham por objeto o reconhecimento, constituição ou extinção de ônus sobre
o imóvel de um ou ambos os cônjuges.
Legitimidade
A legitimidade é condição da ação.
A legitimidade ad causam (para a causa) é a legitimidade processual, e decorre de
uma simetria que deve haver entre os titulares da relação jurídica de direito material
subjacente à demanda e da relação jurídica de direito processual.
Regra: quem tem legitimidade ad causam tem legitimidade ad processum.
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Sucessão e Substituição

Sucessão ocorre quando alguém passa a ocupar, sucessivamente no tempo, o lugar de


outrem. Pode ser:
a) inter vivos: deve haver admissibilidade da lei e a aceitação da parte contrária
b) mortis causa: a vontade da parte contrária é irrelevante e esta pode se dar
sucessivamente em dois momentos: espólio e depois pelos sucessores.
Substituição significa alguém estar ocupando um lugar que, segundo algum outro
critério, poderia ser de outrem, concomitantemente no tempo.
Por causa da perpetuatio legitimationis é que existe o instituto da substituição.
Qualquer alteração no direito material não modificará a legitimação das partes no
processo.
A lei autoriza a dissociação da legitimidade ad causam com a legitimidade ad
processum, permitindo que aquele que permanece no processo tenha exclusivamente
legitimidade ad processum, sendo que aquele a quem a bem/direito foi cedido tem tanto
uma como a outra.
Para que a legitimidade das partes não seja alterada a alienação há de ser inter vivos
O adquirente não pode ingressar em juízo substituindo o alienante sem o
consentimento da parte contrária.
Caso a parte contrária não consentir, poderá o adquirente integrar o processo como
assistente litisconsorcial.

Litisconsórcio

Apesar de, geralmente, as partes do processo serem um autor e um réu; há casos em


que em um dos pólos da relação jurídica há mais de uma pessoa, o que chama-se de
litisconsórcio, ou seja, é a possibilidade de que exista no processo cumulação de
sujeitos.
Adota-se o litisconsórcio devido ao princípio da economia processual, evitando-se o
desperdício de recursos, e da segurança jurídica, evitando a prolação de decisões
conflitantes.
Os litisconsórcio, quanto à cumulação de sujeitos do processo, pode ser:
a) ativo: há vários autores que propõem uma ação contra um mesmo réu;
b) passivo: quando um só autor propõe ação contra vários réus;
c) misto: quando vários autores propõem uma ação contra vários réus.
Quanto ao tempo de sua formação, pode ser:
a) inicial: é formado logo na propositura da ação, quando vários são os autores que a
intentam, ou quando vários réus são convocados pela citação inicial;
b) ulterior ou incidental: é constituído posteriormente, mediante qualquer das
formas de intervenção de terceiros, ou no caso de se tratar de litisconsórcio
necessário, posteriormente formado.
Quanto a sua obrigatoriedade, divide-se em:
a) necessário: é aquele que não pode ser dispensado, mesmo com o acordo geral dos
litigantes, visto que a sorte do processo depende da presença dos litisconsortes,
sob pena de vício bastante grave, inexistência da sentença, já que o processo
inexistiu devido a falta de um pressuposto processual;
A lide deve ser decidida da mesma forma, no plano do direito material, já
que decorre da relação jurídica material
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Via de regra, litisconsórcio necessário é também unitário, salvo dispositivo


legal em contrário.
O litisconsórcio necessário ativo é sempre fruto de exigência da lei.
quanto a citação dos litisconsortes necessários há duas correntes:
I. só a admite perante litisconsortes passivos, já que, segundo Celso
Barbi, citação é chamamento que se faz ao réu para defender-se em
juízo;
II. defende a possibilidade tanto com relação a sujeitos ativos como
passivos da relação processual.
Se houver recusa dos litisconsortes ativos necessários, permite-se ao
condômino ou co-herdeiro defender sozinho o direito comum.
b) facultativo: não há a necessidade de sua formação, se estabelecendo pela vontade
das partes, já que se poderia propor ações isoladas, e subdividem-se em (segundo
Humberto Theodoro Jr.):
I – irrecusáveis: requerido pelos autores, não pode ser recusado pelos réus;
II – recusáveis: admite rejeição pelos demandados, desde que haja fundamento
para tanto.
A regra geral é que o litisconsórcio facultativo seja, também, simples, embora
possam existir casos, expressamente previstos em lei, em que o litisconsórcio
facultativo seja unitário.
O litisconsórcio facultativo pode formar-se quando:
III. houver comunhão de direitos ou de obrigações em relação à lide. Ex:
solidariedade;
IV. os direitos e obrigações decorrem de idêntico fundamento de fato ou
de direito;
V. os titulares de ações conexas, em razão do objeto ou da causa de pedir
(quando duas pretensões contra pessoas diferentes se fundam num só
fato jurídico).
VI. as ações tem fundamento comum (ainda que apenas parcial), seja de
fato ou de direito.
Quanto a uniformidade da sentença:
a) unitário: a sentença proferida pelo juiz é idêntica para todos os que estejam no
mesmo pólo do processo;
b) simples: dá-se quando a decisão, embora proferida no mesmo processo, pode ser
diferente para cada um dos litisconsortes.
Como regra geral, no litisconsórcio facultativo ou necessário, ambos simples, tem-se
que a atividade ou omissão de qualquer dos litisconsortes não beneficia nem prejudica
os demais, salvo no litisconsórcio unitário, onde a inércia de qualquer dos litisconsortes
não prejudica nenhum deles, nem o inerte, e os atos benéfico de um favorece todos.
Em caso de disposição de direito, não há aproveitamento de atos entre os
litisconsortes, tanto que a confissão de um não prejudica os demais.
Se os advogados dos litisconsortes forem diferentes, eles terão prazo em dobro para
contestar e recorrer.
As provas não se consideram como pertinentes apenas ao litisconsorte que as tenha
promovido, sejam favoráveis ou contrárias ao interesse comum do litisconsórcio,
prevalecendo o princípio da comunhão da prova.
O recurso interposto por um dos litisconsortes (litisconsórcio unitário) a todos
aproveita, salvo se distinto ou oposto os seus interesses, não importando se necessário
ou simples.
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Ainda que o litisconsórcio seja unitário, cada litisconsorte tem direito de promover o
andamento do processo e todos devem ser intimados dos respectivos atos.
Limitação do litisconsórcio facultativo
O juiz pode limitar o litisconsórcio, quando o excesso de litisconsortes possa
comprometer a rápida solução da lide ou dificultar a defesa.

Intervenção de Terceiros

Ocorre intervenção de terceiros quando alguém ingressa, como parte ou coadjuvante


da parte, em processo pendente entre outras partes.
Há terceiros que permanecem terceiros mesmo após integrar o processo, e há terceiros
que no momento em que passam a integrar o processo, assumem a condição de parte.
A intervenção de terceiros é sempre voluntária.
Não se comina pena alguma ao terceiro, porém suporta o ônus de sujeitar-se aos
efeitos da sentença.
Os terceiros desinteressados são aqueles que não podem ser atingidos pela sentença,
visto que não tem nada há ver com o processo, e neste caso podem utilizar o embargo
de terceiros.
Classificação
Conforme o terceiro vise a ampliar ou modificar subjetivamente a relação processual,
a intervenção pode ser:
a) ad coadiuvandum: quando prestam cooperação a uma das partes primitivas
(assistência);
b) ad excludendum: quando procuram excluir uma ou ambas as partes primitivas
(oposição e nomeação à autoria).
Conforme a iniciativa da medida, divide-se em:
a) espontânea: quando a iniciativa é do terceiro (oposição e assistência);
b) provocada: quando, embora voluntária a medida adotada pelo terceiro, foi ela
procedida por citação promovida pela parte primitiva (nomeação à autoria,
denunciação da lide e chamamento ao processo).

Assistência

Mesmo a sentença não podendo prejudicar ou beneficiar terceiros, há casos em que a


situação resultante da sentença para uma das partes tem conseqüências e reflexos sobre
outras relações jurídicas existentes entre a parte e terceiros.
Há assistência quando o terceiro, na pendência de uma causa entre outras pessoas,
tendo interesse jurídico que a sentença seja favorável a uma das partes, intervém no
processo para prestar-lhe colaboração.
O ingresso do assistente é caso típico de intervenção voluntária de terceiro, mesmo
quando considerado litisconsorte da parte principal.
O assistente tem os mesmos poderes e mesmos ônus processuais do assistido.
Se a assistência se der em favor do demandado revel, o assistente será considerado
seu “gestor de negócios”, e os prazos dependerão da ciência a ser dada ao assistente.
Pressupostos da assistência:
a) existência de uma relação jurídica entre uma das partes e o terceiro;
b) possibilidade de vir a sentença a influir na referida relação.
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A assistência pode ocorrer em qualquer procedimento do processo de conhecimento e


cautelar e em todos os graus de jurisdição, porém o assistente recebe o processo no
estado que se encontra.
O processo de execução não admite assistência, visto que não se destina a uma
sentença.
A assistência simples não pode impedir que:
a) o autor desista da ação e provoque a extinção do processo;
b) o réu reconheça a procedência do pedido, provocando julgamento de mérito
contrária a parte assistida;
c) as partes ponham fim ao litígio mediante transação.
Procedimento
A assistência deve ser requerida por petição do terceiro interessado, dentro dos autos
em curso
As partes primitiva serão ouvidas, e poderão impugnar o pedido em cinco dias, após a
intimação. Caso não haja impugnação, o juiz aceitará o assistência. Havendo
impugnação, o juiz:
a) determinará o desentranhamento do pedido e da impugnação;
b) as peças serão autuadas em apenso aos autos principais;
c) autorizará a produção de provas no prazo que julgar conveniente;
d) encerrada a instrução, o juiz, em até cinco dias, julgará o incidente, deferindo ou
não o pedido de assistência.
A assistência divide-se em simples e litisconsorcial.
Assistência simples
É a forma mais autêntica de intervenção de terceiros, já que é o único caso em que o
terceiro permanece terceiro até o fim.
O terceiro intervém somente para ajudar uma das partes a obter sentença favorável,
sem defender direito próprio, visto que não tem qualquer relação jurídica controvertida
com o adversário do assistido.
O assistente não pode assumir posição diversa do assistido.
Cessa nos casos em que o processo termina por vontade do assistido.
Os assistentes simples dividem-se em, quanto aos efeitos da sentença:
a) os que são atingidos no momento da prolação da sentença;
b) os que correm o risco de serem atingidos póla decisão proferida em processo
posterior, que eventualmente seja movido pelo vencedor da demanda, em que este
poderia ter sido assistente.
O assistente fica impedido de voltar a discutir, em outros processos, sobre “a justiça
da decisão”, salvo essas duas exceções:
a) pelo estado em que recebera o processo, ou pelas declarações e atos do assistido,
fora impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença;
b) desconhecia a existência de alegações ou de provas de que o assistido, por dolo
ou culpa, não se valeu.
Assistência litisconsorcial
Ocorre quando o terceiro assume a posição de assistente na defesa direta de direito
próprio contra uma das partes, passando a ser litisconsorte, e não mais terceiro.
O litisconsorte mantém uma relação jurídica própria com o adversário do assistido,
podendo, desde o inicio da causa, figurar como litisconsorte facultativo, mas ingressa
posteriormente como assistente.
O litisconsorte pode assumir posição diversa do assistido.
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Mesmo que o processo termine por vontade do assistido, pode o assistente prosseguir
com o processo para defender o seu direito, ou seja, o litisconsorte pode recorrer mesmo
que o assistido não o faça.
Há duas espécies de assistentes litisconsorcial:
a) aquele que poderia ser litisconsorte facultativo (unitário);
b) tem legitimidade ad causam, mas não pode ser parte.
Assistência provocada
Ocorre quando se inclui o terceiro no processo preventivo (cautelar), sem submete-lo
desde logo aos efeitos da ação regressiva ainda não manejável.
Funciona como medida preparatória da denunciação da lide ou do chamamento ao
processo.

Oposição

É o instituto por meio do qual o terceiro ingressa em processo alheio, visando excluir
autor e réu, exercendo direito de ação contra as partes primitivas, que passam a figurar
como litisconsortes necessários passivo (devido a imposição de lei, e ao fato da
sentença ser unitária), tendo por objetivo defender o que é seu e que está sendo
disputado em juízo por outrem.
A oposição é facultativa, podendo o opoente esperar para propor outra ação contra o
vencedor da primeira demanda.
O nexo de prejudicialidade salienta que a oposição deve ser decidida em primeiro
lugar e depois a ação originária, embora, segundo Wambier, Correia de Almeida e
Talamini, deva-se decidir ambas simultaneamente.
A oposição pode ser:
a) total: refere-se a toda a coisa ou direito litigioso;
b) parcial: refere-se apenas a parte desta coisa ou direito.
É admissível em todos os procedimentos, sejam as ações reais ou pessoais, e até
mesmo no processo de execução.
O limite temporal de admissibilidade da oposição é o trânsito em julgado da sentença
da causa principal.
O opoente não pode interpor exceção de incompetência relativa do juízo, mas poderá
argüir a suspeição, a incompetência absoluta, a coisa julgada e a litispendência.
Se o processo principal já estiver em grau de recurso, a oposição será proposta em
primeiro grau de jurisdição.
A oposição pode ocorrer de duas formas:
a) intervenção no processo: é a oposição propriamente dita, e ocorre quando
oferecida antes da audiência de instrução e julgamento, sendo apensada nos autos
principais;
b) ação autônoma: oferecida depois da audiência, mas antes do trânsito em julgado
da sentença, só que não haverá unidade procedimental nem decisória. Caso o juiz
achar que conseguirá julgar a oposição em 90 dias, a ação principal será suspensa,
caso contrário, correrá como uma ação independente.
Sendo deferido o pedido de oposição, os opostos terão 15 dias para contestarem a
nova ação.
Mesmo que o réu seja revel na causa originária, deverá ser citado para a ação de
oposição.
Se apenas uma das partes reconhecer a procedência do pedido, a ação de oposição
continuará seu curso normal contra o outro litigante.
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O recurso interponível é o de apelação.

Nomeação à autoria

Ocorre quando se introduz no processo aquele que deveria ter sido originalmente
demandado, deixando, então, de ser terceiro e passando a ser parte se aceitar a
nomeação. O primeiro demandado sai do processo.
A nomeação à autoria é um dever do demandado, já que caso não o faça, ou nomeie
pessoa diversa, responderá por perdas e danos.
Tem por finalidade a correção da legitimação passiva da ação, configurando-se numa
exceção ao já mencionado princípio da perpetuatio legitimationis.
Hipóteses
Há nomeação à autoria nos seguintes casos:
a) quando o detentor da coisa que é demandado, e tem que nomear o possuidor ou
proprietário.
Propriedade – se traduz no domínio (direito de propriedade) sobre a coisa
Posse – é a exteriorização da propriedade, e divide-se em direta (aquele que
efetivamente está na coisa, o locatário, por exemplo) e indireta (quem tem a posse,
mas não está em contato com a coisa, ex, o usufrutuário que loca o imóvel).
Detenção – semelhante a posse, porém exige o contato físico com a coisa e a
subordinação ao possuidor.
b) quando o dano provocado pelo réu foi devido a ordem ou instrução recebida para
a prática do ato danoso.
Procedimento
O demandado deve fazer a nomeação no prazo da defesa (15 dias), porém não
necessariamente junto com a contestação, até porque quem contesta é o réu.
Após a nomeação, se o juiz deferi-la, suspende-se o processo, ouve-se o autor no
prazo de 5 dias, que poderá: 1°) aceitar expressamente a nomeação; 2°) abster-se de
manifestar, caso em que se presume a aceitação; 3°) recusar a nomeação (tem que ser
expressa).
Se o autor aceitar a nomeação citará o nomeado, que pode aceitar (expressa ou tácita
– em caso de não aparecer para se manifestar) ou recusar (expressamente) a nomeação
em até 5 dias, salvo deliberação contrária do juiz, e, em recusando-se, abre-se o prazo
para a defesa do demandado.
Se o nomeado aceitar, o processo passa a correr com este no pólo passivo, e o
primitivo demandado será excluído do processo.
Se o autor recusar a nomeação ficará sem efeito, e reabre-se o prazo para a
contestação.
O recurso manejável contra a solução do pedido de nomeação é o agravo.

Denunciação da lide

Tem por como objetivo de, levando a efeito o princípio da economia processual,
inserir num só procedimento duas lides, interligadas, uma de que se diz principal e outra
de que se diz eventual, já que só será julgada a depender do resultado da lide principal.
Chama-se o terceiro que mantém um vinculo de direito com a parte, para vir
responder pela garantia do negócio jurídico, caso o denunciante saia vencido no
processo.
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Tanto o autor como o réu podem denunciar alguém a lide, e até mesmo o denunciado
(o que chama-se de denunciação coletiva)
Após a denunciação, e sua aceitação, forma-se um litisconsórcio necessário, porém
não unitário, já que poderá haver decisão diversa, entre o denunciado e o denunciante.
Aceita a denunciação, ordena-se a citação, e há a suspensão do processo.
Hipóteses
a) garantia de evicção: que significa a perda de um direito material em função de
uma decisão judicial, ou seja, quando na alienação a título oneroso o adquirente
sofre reivindicação da coisa alienada por terceiro. A o denunciado entra na ação
para garantir ao denunciante o exercício dos direitos que lhe advém da evicção.
Só neste caso é obrigatório, já que se não denunciar o alienante perderá o direito a
indenização.
b) posse indireta: o possuidor indireto tem que garantir ao possuidor direto o
exercício normal da posse. Impõe-se a denunciação para que o possuidor direto,
no caso de procedência da ação, possa exigir perdas e danos pela não garantia da
posse cedida ao possuidor indireto, porém a obrigatoriedade liga-se à perda da
i]oportunidade de resolver dois problemas ao mesmo tempo.
c) Direito regressivo de indenização: é o caso das companhias de seguro que,
acionada por aquele que sofreu o prejuízo, denuncia a lide ao causador, ou o
sofredor do dano que denuncia a seguradora caso não seja indenizado pelo
causador do dano. A falta da denunciação, segundo Celso Barbi, leva à perda do
direito de regresso.
Há discussão sobre a possibilidade de se denunciar o funcionário do Estado, que é
demandado por um dano causado por seu funcionário.
Os que defendem que não há a possibilidade alegam que as ações de responsabilidade
civil contra o Estado, já que este responde objetivamente, e o direito regressivo contra o
funcionário depende do elemento subjetivo culpa.
O STF já decidiu que não cabe a obrigatória denunciação da lide ao funcionário
causador do dano, quando a ação de responsabilidade civil é dirigida contra o Poder
Público, mas, uma vez exercitada, não pode ser recusada pelo juiz, até porque a CF
afirma que o Estado tem ação regressiva contra o funcionário responsável.
A denunciação abrange cabe no processo de conhecimento de procedimento ordinário,
havendo no procedimento sumário em ação fundada em contrato de seguro.
Procedimento
Denunciação feita pelo autor
Dá-se na Petição Inicial o pedido de citação do denunciado, que será de 10 dias se
morar na comarca e de 30 se morar em outra comarca.
O prazo de resposta do denunciado é de 15 dias, em regra, para responder, e durante
esse momento suspende-se o processo.
Em caso de inércia do denunciado nesses 15 dias o processo seguirá com o autor e o
réu.
Se o denunciante assumir a posição de litisconsorte, poderá mexer na Petição Inicial.
Se negar, o processo continua entre autor é réu, mas o autor não perde o direito de ver
solucionado na sentença final o direito decorrente de evicção, ou responsabilidade por
perdas e danos.
Denunciação feita pelo réu
Será feita no prazo da contestação, mas não é necessário a apresentação da mesma, e
os prazos de citação e resposta do denunciado é o mesmo da denunciação feita pelo
autor.
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Se o denunciante aceitar a denunciação, terá o prazo de 15 dias para contestar o


pedido do autor.
Em caso de revelia do denunciado ou negação da denunciação, o processo continua
com autor e réu, que terá reaberto o prazo para contestação caso não o tenha feito.
Se aceitar e confessar os fatos alegados pelo autor, poderá o denunciante prosseguir
na defesa, com reabertura do prazo de resposta.

Chamamento ao processo

É o meio de formação de litisconsórcio passivo facultativo simples, por iniciativa do


réu, que é devedor e chama os coobrigados pela dívida, e modo a faze-los também
responsáveis pelo resultado do feito.
Tem por objetivo favorecer o devedor que foi acionado, ao permitir a condenação
também dos demais devedores, além de lhe fornecer, no mesmo processo, título
executivo judicial para cobrar deles aquilo pagar.
É facultativo.
Leva-se a efeito o princípio da economia processual.
Só ocorre em processo de conhecimento e de natureza condenatória.
O chamado pode negar a qualidade que lhe é atribuída, porém ficará vinculado ao
processo, de modo que a sentença que condenar o réu terá força de coisa julgada contra
o chamado.
O autor pode recusar o chamamento.
O chamamento é feito no prazo de contestação, mas tem-se entendido que deve ser
apresentado junto a contestação, havendo, após, suspensão do processo. O prazo de
citação e resposta são os mesmos da denunciação à lide
Hipóteses
O fiador pode chamar o devedor quando for demandado.
Um fiador pode chamar os demais quando somente ele for citado.
O chamamento dos demais devedores solidários quando somente um ou alguns forem
demandado.
Não se aplica aos coobrigados cambiários, já que não há entre eles os diversos vinculo
de responsabilidade.
É cabível em qualquer processo de conhecimento de procedimento ordinário.

Ministério Público

O Ministério Público é a personificação do interesse coletivo ante os órgãos


jurisdicionais, ou seja, o representante da ação do Poder Social do Estado junto ao
Poder Judiciário.
Pode ser conceituado, ainda, como o órgão através do qual o Estado procura tutelar,
com atuação militante, o interesse público e a ordem jurídica, na relação processual e
nos procedimentos de jurisdição voluntária.
É o representante dos interesses da sociedade, incumbido da defesa dos interesses
sociais e individuais indisponíveis.
Na Defesa do Consumidor defende em juízo interesses coletivos e difusos.
Goza de autonomia e independência diante do Poder Judiciário, junto ao qual exerce
suas funções sem que, entretanto, com ele guarde qualquer relação de dependência ou
subordinação.
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O MP não é órgão do Poder Judiciário, nem um poder da soberania nacional. Figura


entre os órgãos da Administração Pública, pois realiza a tutela sobre direitos e
interesses, não no exercício da jurisdição, mas sim sob forma administrativa, ou seja,
vendo, fiscalizando, etc.
O MP poderá propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e
serviços auxiliares, provendo-os por concurso.
O MP tem alguns privilégios:
a) não se sujeita ao pagamento antecipado de custas;
b) prazo de contestação em quádruplo, e em dobro para recorrer, salvo quando atua
como custos legis.
Em todos os casos que a lei considerar obrigatória a presença do MP, a falta de sua
intimação para acompanhar o feito é causa de nulidade do processo.
O MP pode atuar de duas maneiras:
Ministério Público como Parte
Sua atuação como parte no processo civil ocorre nos casos em que, agindo autorizado
por expressa determinação legal, o MP está legitimado a requerer a prestação da tutela
jurisdicional do Estado.
Ministério Público como custos legis (fiscal da lei)
O MP está autorizado a atuar no processo civil na tarefa de fiscalizar o correto
cumprimento da lei.
Sua atuação se dá como interveniente.
Atua nas ações que:
a) versarem sobre interesses de incapazes;
b) sobre o estado da pessoa
c) sobre litígios coletivos pela posse da terra rural
d) versarem, em razão da qualidade da parte ou da natureza da lide, exista interesse
público.
Deve a parte promover-lhe a intimação.
O MP tem direitos e deveres correlatos, como ser intimado pessoalmente de todos os
atos do processo; ter vistas dos autos depois das partes.
Haverá responsabilidade civil do órgão do MP sempre que, no exercício de qualquer
uma de suas funções, proceder com dolo ou fraudulentamente.
Estrutura do Ministério Público
O MP divide-se em:
a) Da União: compõe-se de:
• MP federal (justiça federal);
• MP militar;
• MP do tabalho;
• MP eleitoral;
• Mp do Distrito Federal e territórios.
Órgão Máximo: Procurador-Geral da República
Primeiro e Segundo Grau de Jurisdição: Procurador da República
b) Estadual: compreende a organização institucional do MP em cada um dos estados
da Federação.
Órgão Máximo: Procurador Geral.
Primeiro Grau de Jurisdição: Promotor de Justiça;
Segundo Grau de Jurisdição: Procurador de Justiça.
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Princípios
Unidade: seus membros integram uma só corporação, para efeito institucional;
Indivisibilidade: a atuação do MP é corporativa, podendo ser substituído seus
membros, um por outro, sem que exista qualquer alteração subjetiva nos processos em
que o MP atua;
Independência: cada um dos membros age segundo sua própria consciência jurídica,
sem se submeter à ingerência do Poder Executivo, nem dos juízes, nem dos órgão
superiores da própria instituição.
Garantias
Autonomia funcional e administrativa;
estruturação em carreira
ingresso na carreira mediante concurso público de provas e títulos;
vitaliciedade após dois anos;
inamovibilidade, salvo interesse público;
irredutibilidade de vencimentos.

Petição Inicial

A função jurisdicional só é exercida mediante provocação da parte interessada, e é


através da demanda que se pede a prestação jurisdicional do Estado, e o veículo da
manifestação formal da demanda é o petição inicial, que, portanto, é a iniciativa do
processo.
A Petição Inicial se outorga unicamente à parte ou ao interessado.
Petição inicial é o ato processual escrito, pelo qual se exerce o direito de ação, dando
início à atividade jurisdicional, porém a relação jurídica processual só se completará
com a citação válida do réu, mas a distribuição da petição inicial vincula autor e juiz em
uma única relação linear.
Na petição inicial o autor poderá fazer duas manifestações:
a) demanda da tutela jurisdicional do Estado, que causará a instauração do processo;
b) pedido de uma providência contra o réu, que será objeto do julgamento final da
sentença de mérito.
Requisitos
A petição inicial tem que ser elaborado por escrito, e, salvo exceção do art. 36, tem
que ser firmada por advogado legalmente habilitado.
O CPC, no art. 282, exige os requisitos essencial, já que traz-se ao conhecimento do
juiz todos os elementos necessários para a delimitação daquilo que irá julgar e, também,
traças os exatos parâmetros do julgamento
Os requisitos essenciais são exigidos no rito ordinário e no especial, que devem ser
adaptados ao padrão.
Os requisitos são:
 juiz ou tribunal a que é dirigida
Ao fazer isto estabelece-se a competência, porém não é necessário o nome da
autoridade, mas sim o cargo.
Se for indicado juízo relativamente incompetente, poderá se tornar competente se o
réu não reclamar.
Quando for competência originária do tribunal, endereça-se a petição inicial sempre
para seu presidente.
 Qualificação das partes
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É necessário para a perfeita individualização dos sujeitos da relação processual e para


a prática dos atos de comunicação que a marcha do processo reclama.
Serve para analisar a legitimidade.
Todos os que devem integrar a relação processual devem ser nominados e
qualificados.
Quanto a pessoa jurídica a citação é feita na pessoa de seu representante, tanto que se
na petição inicial não trouxer a individualização da pessoa em que a citação se realizará,
a petição será nula.
Em relação ao incapaz, tanto ele quanto seu representante/assistente deverão ser
qualificados
Exige-se que contenha o estado civil para verificar se há a necessidade da autorização
marital, e se, sendo o réu casado, irá haver litisconsórcio.
A profissão é necessário porque alguns casos há limitação da atividade probatória,
definir aspectos da citação, etc.
O domicílio e residência deverão ser apresentados na petição inicial para viabilizar a
citação, e intimação dos atos processuais.
 Fatos e fundamentos do pedido
O autor tem que indicar o direito subjetivo que pretende exercitar contra o réu e
apontar o fato de onde ele provém.
A causa de pedir é o elemento identificador da ação, mostrando-se como
indispensável delimitador da atividade jurisdicional que se seguirá.
A descrição do fato e dos fundamentos jurídicos faz-se necessário porque adota-se o
princípio da substanciação da causa de pedir, ou seja, a relação jurídica é emergente de
fatos, sendo necessária a análise deste para a compreensão daquela, por isso que os fatos
devem ser pertinentes e relevantes.
A lei não exige que o autor mencione o artigo de lei que baseia seu pedido, e mesmo
que a menção seja errônea não impede que o juiz aprecie a pretensão do autor. Também
não é necessário o nome da ação.
 Pedido
É o pedido que demonstra o objeto litigioso, já que expressa o provimento
jurisdicional que o autor espera obter.
O pedido pode ser:
a) mediato: é o anseio de concretização do direito reclamado, capaz de interferir nas
relações entre os sujeitos, restaurando o equilíbrio abalado pelo agir das pessoas;
b) imediato: é o desejo de um provimento jurisdicional, ou seja, a sentença.
 Valor da causa
O valor da causa deve ser expressado mesmo que não tenha conteúdo econômico
imediato.
O valor da causa influi no procedimento a ser adotado; no rito sumário o valor não
pode exceder vinte vezes o salário mínimo.
Tem reflexos nas custas, já que são em função da causa que as custas são calculadas,
bem como os honorários advocatícios, caso não haja condenação.
Se o réu achar que o valor da causa está incorreto poderá impugná-lo, no prazo da
contestação.
 As provas que serão produzidas
Cabe ao autor o ônus da prova, portanto deve indicar os meios de prova de que vai se
valer, porém, não quer dizer que deva requerer medidas probatórias concretas.
Não é compulsório o elenco das testemunhas.
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A falta da enumeração dos meios de prova ocasiona preclusão, não sendo lícito o
deferimento de provas requeridas em outro momento processual.
 Citação do réu
Cabe ao autor requerer a citação do réu e especificar o meio da citação, que poderá
ser:
a) correio: é a regra;
b) oficial de justiça;
c) por edital.
Se por acaso o juiz determinar no despacho que recebe a petição inicial e que seja
citado o réu, entende a jurisprudência que mesmo o réu alegue a falta do requisito, este
está suprido e não cabe o indeferimento, mormente porque não há prejuízo para a
defesa.
 Encerramento
No fim da petição deve ter o nome da localidade e a data de realização (não ocasiona
nenhuma conseqüência prática) e a assinatura do subscritos (que é um requisito de
validade).
Despacho da petição inicial
Onde há mais de um juiz com igual competência, a petição deve ser submetida à
distribuição perante a repartição adequado do juízo.
Quando o juiz receber a petição, deverá examinar os requisitos intrínsecos e
extrínsecos antes de despachá-la.
Após o exame acima, a decisão poderá ser:
a) deferimento da citação: quando a petição estiver certa, o juiz ordenará a citação
do réu;
b) saneamento da petição (emenda): quando a petição tiver lacunas, imperfeições ou
omissões, que forem sanáveis, o juiz determinará, no prazo de 10 dias, a emenda
da petição.
O magistrado poderá mandar que a petição seja emendada mais de uma vez.
c) indeferimento da petição: ocorrerá quando a petição apresentar vício que
impossibilite a outorga da tutela jurisdicional.
Não impede que o autor volte a propor a mesma ação, evitando os defeitos.
Há casos em que proferindo o indeferimento da petição, o juiz já julga o mérito da
ação, como, por exemplo, quando declara prescrição ou decadência.
A petição poderá ser indeferida quando:
I. for inepta: faltar pedido, causa de pedir, pedido juridicamente
impossível, pedidos incompatíveis, ou os fatos não decorrem
logicamente do pedido.
II. Ilegitimidade da partes;
III. Falta de interesse processual:
IV. Houver prescrição ou decadência;
V. Procedimento escolhido não é adequado: é lícito o juiz determinar a
emenda;
VI. Não constar o endereço do advogado;
VII. O autor não cumprir a determinação de emenda.
O indeferimento poderá ser:
a) total: o indeferimento tranca o processo no nascimento, impedindo a
subsistência da relação processual;
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b) parcial: quando há vários pedidos manifestados pelo autor, e o despacho de


indeferimento relacionar apenas um ou alguns deles, podendo os demais
prosseguir.

Pedido

Pedido é o objeto da ação, é aquilo que o autor pretende do Estado frente ao réu.
O pedido delimita o objeto do litígio, limitando também a atuação do juiz, já que
o pedido demonstra o modelo de sentença que o autor aguarda.
O pedido divide-se em:
a) pedido imediato: é a solicitação de tutela jurisdicional, é a espécie de
provid~encia que o autor deseja obter;
É dirigido ao poder judiciário, e refere-se ao direito processual.
b) pedido mediato: é o bem da vida que o autor procura proteger com a
sentença, portanto refere-se ao direito material;
Como o pedido delimita a sentença, esta, em relação ao pedido divide-se em:
a) extra petita: a sentença decide sobre pedido diverso daquilo que consta da petição
inicial;
b) ultra petita: a sentença além do que foi pleiteado;
c) infra petita: a sentença versa sobre parte do pedido.
O pedido (imediato e mediato) tem que ser:
a) certo: o pedido deve ser expresso e deve ser claro; e
b) determinado: refere-se aos limites daquilo que o autor pretende
Tanto a certeza como a determinação são decorrentes da causa de pedir, sendo
inepta a petição inicial, cujo pedido não contenha uma correlação lógica com os fatos
narrados.
Pedido genérico
O pedido imediato deve ser sempre determinado, portanto, não pode ser genérico.
O pedido mediato deverá ser determinado quando a extensão do bem da vida
postulado puder, desde logo, ser delimitado, admitindo, portanto, que o pedido mediato
seja genérico:
a) ações universais, se o autor não puder individualizar os bens demandados na
petição, ex. herança;
b) nas conseqüência de ato ou fato ilícito, quando não se puder determinar, de modo
definitivo, os danos sofridos, ex. indenização por um atropelamento;
c) quando a determinação depender de ato a ser praticado pelo réu, ex. ação de
prestação de contas.
A indeterminação nunca poderá ser total ou absoluta.
Pedido cominatório
Há dois expediente que são utilizados para aplicar a sanção ao devedor: sub-rogação e
os meios de coação.
Na obrigação por quantia certa e nas obrigações de dar, a sub-rogação consiste em o
Estado agredir o patrimônio do devedor para dele extrair o bem ou valor que o credor
tem direito.
Na condenação do réu a não praticar algum ato, ou tolerar alguma atividade
(obrigação de não-fazer), ou na prestação de uma obrigação de fazer personalíssima, a
sub-rogação torna-se impraticável, portanto, converte-se a dívida em indenização.
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A lei permite que o credor, antes de pedir o ressarcimento econômico, utilize a pena
pecuniária com meio indireto de pressão ou coação sobre o devedor, não só nas
obrigações de fazer e não-fazer, mas também nas de entregar coisa.
Cabe ao credor solicitar a aplicação da pena pecuniária.
O juiz pode de ofício incluir a multa como meio de coerção nas sentenças e nas
decisões de antecipação de tutela.
Pedido alternativo
Ocorre quando a obrigação seja alternativa, podendo o devedor cumpri-la de mais de
uma maneira.
A alternatividade refere-se ao pedido mediato.
Se a alternatividade for a benefício do credor, este poderá dispensá-la e pedir a
condenação do devedor apenas a uma prestação fixa. Mas se a escolha couber ao
devedor, ente pode optar por qual prestação quer cumprir, mesmo que o autor não tenha
formulado pedido alternativo.
Pedido sucessivos
Também chamado de cumulação eventual, podendo o autor expressar uma seqüência
de pedidos, uma escala de interesses.
Contém um pedido principal e após uma ordem sucessivas de pedidos, caso o
primeiro não seja acolhido.
O juiz deverá examinar o pedido principal, e só se não acolher este é que deverá
analisar os subsidiários.
Pedido de prestações periódicas
Ocorre nas obrigações de trato sucessivo.
Neste caso admite-se pedidos implícitos, pois, se o autor só pedir as prestações
vencidas, a sentença trará, também, as prestações que vencerão no decorrer do processo,
como as prestações vincendas (que irão vencer)
Pedido de prestação indivisível
Ocorre quando a obrigação é indivisível, neste caso não há litisconsórcio, podendo
qualquer dos credores exigir a prestação.
O credor que não promover a ação também receberá a sua parte, devendo, porém,
reembolsar ao autor as despesas feitas no processo, na proporção de sua parcela do
crédito.
O autor só estará legitimado a levantar, na execução, a parte que lhe couber no crédito
indivisível.
Pedidos cumulados
A cumulação é plena e simultânea, representando a soma de várias pretensões a serem
satisfeitas cumulativamente, num só processo.
Existirão tantas ações quantos forem os pedidos, ainda que entre eles não haja relação.
Não há necessidade de conexão entre os pedidos para justificar a cumulação, contudo:
a) os pedidos devem ser compatíveis entre si: ou seja, que um não exclua o outro;
b) o juízo deve ser competente para todos os pedidos: se se tratar de competência
absoluta, a cumulação está vedada, se for relativa, é possível a cumulação;
c) o tipo procedimento deve ser adequado para todos os pedidos: se os diversos
pedidos tiverem que seguir procedimento distintos, não haverá cumulação, salvo
se o autor optar, quando possível, pelo rito ordinário.
Não haverá cumulação de processos diferentes, como o de execução e de
conhecimento.
A cumulação poderá ser:
a) simples: o acolhimento ou rejeição de um não afeta o outro pedido;
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b) sucessivo: o acolhimento de um pedido pressupõe o do pedido anterior;


c) incidental: quando ocorre após a propositura da ação, por meio do pedido de
declaração incidental.
Interpretação do pedido
Os pedidos são interpretados restritivamente. Portanto, o pedido é tão-somente o que
nele expressamente estiver contido.
Há a possibilidade de haver pedidos implícito:
a) os juros legais moratórios (e somente esses, não abarcando os convencionais);
Ainda que a sentença seja omissa, será possível ao credor fazer incluir na sua
liquidação os juros moratórios, implicitamente pedidos na inicial.
b) correção monetária.
Aditamento do pedido
A petição inicial deve trazer todos os pedidos, porém o autor poderá corrigir (aditar) a
petição, e colocar mais pedidos, desde que o réu ainda não tenha sido citado, e as custas
acrescidas ficam a encargo do autor.
Se, porém, o réu já foi citado, poderá haver acréscimo de pedido se o réu concordar,
que poderá ser:
a) expressa:
b) tácita: o réu não impugna a modificação.
Antecipação de tutela do processo de Conhecimento
As medidas provisórios do processo podem ser de natureza cautelar (cunho
preventivo) e antecipatória (cunha satisfativo).
A tutela antecipatório, que poderá ser total ou parcial, dependerá dos seguinte
requisitos:
a) requerimento da parte;
b) produção de prova inequívoca dos fatos arrolados na inicial;
c) convencimento do juiz em torno da verdade da alegação;
d) receio de dano irreparável ou de difícil reparação, ou abuso de direito.
e) Possibilidade de reverter a medida antecipada, caso o resultado da ação venha a
ser contrário à pretensão da parte que requereu a antecipação.
A antecipação de tutela só é possível dentro da ação principal. Tanto que o melhor
momento para pedir a medida antecipatória é a petição inicial, mas nada impede que a
parte a postule em outros estágios do curso processual.

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