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MAIO Nº 7 2007 

#7 2007
G L O BAL SOLUTIONS FOR LOCAL C U S T O M E R S – E V E RY W H E R E

ESAB oferece
soluções completas
na fabricação de
torres eólicas

Lançamentos 2006
e 2007 serão
apresentados
na 11ª FEIMAFE
MAIO Nº 7 2007 

#7 2007

Editorial
Maio chega trazendo bons ventos! Apesar de o Brasil continuar
amargando os mesmos e velhos problemas conjunturais – que
tanto amarram e impedem o necessário crescimento do país – os
indicadores da economia dão sinais alentadores, mostrando que
o ciclo de crescimento que hoje atravessamos está se fortalecen-
do, mesmo num ritmo mais lento do que todos gostaríamos.
A manutenção da inflação em níveis civilizados já há muitos Expediente
anos (o bastante para começarmos a perder a memória daqueles
Publicação institucional da ESAB Brasil
nefastos tempos) nos permite, hoje, planejar com mais confian-
Rua Zezé Camargos, 117
ça os investimentos e o crescimento dos nossos negócios. Por Cidade Industrial
todo o país, diversos setores industriais apresentam significativo CEP. 32210-080 – Contagem – MG
movimento ascendente nos negócios, destacando-se os setores marketing@esab.com.br
automobilístico, construção naval, petróleo e gás, açúcar e álco- www.esab.com.br

ol, mineração e siderurgia, todos eles em acelerada expansão.


• Diretor Presidente
Nós, da ESAB, estamos atentos a este momento e podemos,
Dante de Matos
hoje, colher os frutos de decisões estratégicas e investimentos • Diretor de Vendas e Marketing
tomados anos atrás. Oferecemos aos nossos clientes uma com- Newton de Andrade e Silva
pleta linha de consumíveis para soldagem, equipamentos para • Diretor Industrial
soldagem e corte, sistemas automatizados de soldagem e corte Luís Cláudio Assis de Mattos
• Diretor Financeiro
CNC, soluções para controle ambiental, enfim, produtos, tecno-
Luís Fernando Velasco
logia e serviços que lhes permitem crescer com segurança, sa-
• Gerente de Marketing
bendo que podem contar com o suporte de uma das maiores Antonio Plais
empresas mundiais em soldagem e corte e líder inconteste no
Brasil e na América do Sul. • Produção
Para maio, a ESAB preparou, também, um dos maiores lan- Prefácio Comunicação
(31) 3372-4027
çamentos de produtos da sua história, durante a FEIMAFE, em
• Editora
São Paulo: são novos consumíveis para manutenção ferroviária,
Celuta Utsch – MTr. 4667
novos equipamentos nas linhas de transformadores, retificadores, • Redação
conjuntos para soldagem MIG e TIG, colunas, viradores e outros Adriana do Carmo e Alexandre Asquini
equipamentos para automatização de soldagem e oxicorte, enfim, • Estagiária
um amplo leque de produtos que, com certeza, virão a contribuir Débora Santana
• Revisão
ainda mais para o crescimento das empresas brasileiras.
Cibele Silva
Visite-nos na FEIMAFE 2007, de 21 a 26 de maio, no Parque
• Editoração
de Exposições do Anhembi, em SP. Aguardamos sua visita. Tércio Lemos
• Fotografias
Arquivo da ESAB
Antonio Plais • Revisão técnica
Antonio Plais
 MAIO Nº 7 2007

índice
ESAB prepara novidades
para 2007 e 2008 página 5

Fonte de energia multiprocesso


página 7

DUAL SHIELD 7100 ULTRA LH página 8

ESAB investe no mercado de


consumíveis para aços de alta
resistência página 9
página 5

Fabricação de torres eólicas com


processos eficientes de soldagem página 11

Uma solução completa para


soldagem circular de peças
com grandes dimensões página 14

Seguidor eletrônico de juntas GMD


página 16

Soluções ESAB para o reparo de


trilhos em campo por soldagem página 18

ESAB busca excelência e foca


esforços no cliente página 23

página 11
OHSAS é meta para 2007
página 25

Marco para a ESAB Brasil: desen-


volvimento de projeto tecnológico página 26

O que é o diagrama de Schaeffler


e qual a sua utilidade? página 29

Novos produtos ESAB para a


soldagem de reparo e manutenção página 30

Como goivar utilizando eletrodo


revestido? página 33

Demovan: demonstrações in loco,


com flexibilidade e eficiência página 34
página 18
MAIO Nº 7 2007 

Produtos

ESAB prepara novidades


para 2007 e 2008

B
uscando acompanhar a de- quando a Empresa promoveu a mudança
manda do cliente e, principal- de organização no processo de fabrica-
mente, se antecipar na oferta ção e desenvolvimento dos produtos, re-
de inovações ao mercado, a forçando o foco na demanda, qualidade e
ESAB preparou para 2007 o lançamento custo adequado. Com esta metodologia,
de diversas linhas de produtos que aten- a ESAB conquistou a adequação de suas
dam os vários segmentos do mercado. máquinas ao que o mercado e os clientes
Segundo o engenheiro Flávio dos desejam, uma vez que podem manter um
Santos, esta postura é o resultado da im- maior controle dos processos, impedindo
plantação do Puma, há cerca de um ano, que estudos inviáveis tenham continuida-
 MAIO Nº 7 2007

de e, conseqüentemente, protegendo os ma única, que reduz o número de com-


recursos que seriam investidos. ponentes.
Uma das ferramentas desse acom-
panhamento é o software para desen- Retificadores convencionais: Linha
volvimento de equipamentos em 3D, OrigoArc
utilizado pela Empresa, que tem a pos- Uma nova linha completa, mais eficiente,
sibilidade de promover uma pré-visuali- que vai de 250 a 425A, em plataforma úni-
zação do modelo da máquina antes de ca, reduzindo gastos com manutenção.
se fazer o primeiro protótipo. “Com esse
programa, conseguimos evitar possíveis Inversores: OrigoArc 286i
problemas de encaixe, tamanho e peso, Equipamentos de ótima soldabilidade,
reduzindo tempo, retrabalho e, inevita- alta tecnologia, portabilidade, economia
velmente, aumentando a produção”, ex- de energia e confiabilidade. Este produ-
plica Flávio. to marca a entrada e evolução da ESAB
Mesmo ressaltando o alto padrão em tecnologia com relação às máquinas
de qualidade e desempenho dos equi- fabricadas no Brasil. É o único inversor
pamentos da ESAB, Flávio acredita que nacional que pode ser conectado em mul-
sempre há espaço para melhorias. Desta titensão.
forma, o principal foco da Empresa para
esses lançamentos foi a elaboração de MIG: LAI 407
linhas de máquinas que atendessem às Ótimo desempenho, melhor soldabilidade
necessidades dos clientes com relação utilizando CO2 como gás de projeção. Equi-
a tecnologia, desenvolvimento, facilida- pamento validado pelo cliente. Exaustiva-
de de operação, baixa necessidade de mente testado em condições reais de traba-
manutenção e confiabilidade. Para isso, lho, já nasce maduro para o mercado.
a ESAB trabalha intensamente no aper-
feiçoamento dos produtos, mexendo nas ESAB 653 CV/CC e OrigoFeed 484
fontes, na robustez do processo, acom- Alta tecnologia, máquina multiprocesso, de
panhando de perto todas as etapas de excelente performance e robusta. Equipa-
desenvolvimento. “Não foi uma melhoria mento para trabalho pesado e automatizado.
aleatória. Buscamos desenvolver melho-
Nova máquina de corte: LPH 37
res soluções de acordo com que o clien- MIGs Compactas: Linha Smashwel
te espera”, completa Flávio. Design moderno, mantendo a confiabilidade,
No Brasil, a ESAB é a Empresa que a performance e o sucesso no mercado.
possui a maior gama de equipamentos de
solda (MIG, TIG, MMA) e arco submerso, Automação
dispositivos de automatização, máquinas Linha completa de cabeçotes, tratores, vira-
de corte manual e mesas para corte auto- dores, posicionadores e colunas para auto-
matizado. Para cada uma dessas linhas, o mação de grande porte. Seguidor de juntas
cliente pode conferir os lançamentos ESAB GMD para otimização do processo. Fácil
em 2007 e início de 2008. aplicação e alta confiabilidade.
Além disso, diversas novidades es-
tarão expostas durante a 11ª FEIMAFE Corte: LPH 37
– Feira Internacional de Máquinas-Ferra- Mais competitivo no mercado. Excelente
menta e Sistemas Integrados de Manufa- qualidade e de fácil manutenção.
tura –, a realizar-se entre os dias 21 e 26
de maio, no Anhembi, São Paulo. Lançamentos 2008: LAI 408 e 558
Nova geração de máquinas tiristorizadas.
Nova linha de transformadores: Bantam Novo design, plataforma única, excelente
250 Serralheiro e Super Bantam 256 performance e fácil manutenção. Unificação
Transformador Bantam 250 Equipamentos mais simples e confiá- de todos os recursos existentes nos atuais
Serralheiro veis, de fácil manutenção, em platafor- modelos ESAB.
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Produtos

Fonte de energia multiprocesso


Conheça este lançamento da ESAB
Eng° Cristiano Ferreira
Engenharia de Desenvolvimento de Máquinas

A
ESAB 653
tenta à demanda do mercado, CV/CC
a ESAB está lançando uma
fonte de energia que possibilita
a soldagem de diversos tipos
de materiais, tanto no processo MIG como
ao arco submerso, eletrodo revestido e a
goivagem com eletrodos de grafite. Este
equipamento chega para atender às apli-
cações dos clientes ESAB, cujas os princi-
pais exigências são ótima estabilidade de
arco e alto fator de trabalho. Trata-se da
fonte ESAB 653 CV/CC, um equipamen-
to que é capaz de fornecer correntes de
750A com um ciclo de trabalho de 60% ou
650A @ 100%. Para acompanhar um ciclo
de trabalho tão elevado, a ESAB também
desenvolveu um novo alimentador de ara-
me com dupla motorização (OrigoFeed
484 P5) para trabalhar com arames com
bitola de até 2,6mm.

Principais características da fonte


de energia ESAB 653 CV/CC: Principais características
• Totalmente compatível com toda linha de do OrigoFeed 484 P5:
alimentadores OrigoFeed e tratores para • Dupla motorização.
arco submerso A2T. • Design moderno, com alça que facilita o Conjunto: Kit de Interface +
• Equipamento robusto e de fácil operação. transporte. Alimentadores + Fonte
• Sistema de ventilação por demanda, ou • Mecanismo de alimentação de arame ro-
seja, o ventilador somente é acionado quan- busto, utiliza roldanas de 48mm de diâmetro.
do se inicia a soldagem e se desliga automa- • Realimentação da velocidade do motor
ticamente 6,5 minutos ao final. Isto garante através de encoder, ou seja, maior confia-
redução no consumo de energia quando a bilidade na alimentação de arame durante
máquina não está sendo utilizada. a solda.
• Sistema de proteção contra fuga de ten-
são para a carcaça, em conformidade com Aliando alta capacidade de trabalho e
padrões internacionais de segurança. agilidade durante o processo de solda, a
• Circuitos eletrônicos totalmente protegi- ESAB desenvolveu também um kit de inter-
dos contra acúmulo de poeira, localizados face que possibilita a utilização de dois ali-
num gabinete de fácil acesso. mentadores de arame na mesma fonte. Isto
• Possui dois níveis de indutância. diminui os tempos de parada para adequa-
• Possui tomada auxiliar 110 VAC. ção a novos parâmetros e processos.
OrigoFeed 484 P5
 MAIO Nº 7 2007

Produtos

DUAL SHIELD 7100 ULTRA LH


O mais novo arame tubular
ESAB para soldagem em
todas as posições

O
Dual Shield 7100 Ultra e molhabilidade em soldas de filete
LH representa a última em ângulo. Forma escória frágil e de
geração de arames tu- fácil remoção. Descontinuidades tí-
bulares rutílicos baixo picas da soldagem fora de posição
hidrogênio para soldagem em to- como, por exemplo, falta de fusão e
das as posições. Esse novo arame inclusões de escória, são evitadas,
tubular é o mais produtivo consu- devido à transferência spray arc.
mível disponível atualmente para Esse arame apresenta excelente to-
soldagens manuais e mecanizadas lerância a juntas mal preparadas e
fora de posição, incluindo vertical performance na soldagem de cha-
descendente, proporcionando ex- pas oxidadas e sobre primer do tipo
celente aspecto visual do cordão. silicato de zinco.
Ele é desenvolvido para soldagem A formulação desse arame tu-
utilizando tanto CO 2 puro quan- bular proporciona a formação de
to misturas Ar/CO2 como gás de uma escória com alta taxa de res-
proteção. É aplicado em todos os friamento que suporta a poça de fu-
segmentos onde são realizadas são nas soldagens fora de posição,
soldagens fora de posição de aços garantindo, assim, taxas de depo-
carbono, tais como, naval, offsho- sição que não podem ser atingidas
re, construção civil e máquinas na soldagem com eletrodos revesti-
pesadas, como vagões, tratores, dos e arames sólidos. Na soldagem
escavadeiras e caminhões, entre vertical ascendente, podem-se al-
outros. cançar taxas de 4 a 5kg/hora (ciclo
de trabalho 100%), o que o torna o
• Alta taxa de deposição mais produtivo consumível para sol-
• Todas as posições dagem fora de posição. Os parâme-
• Excelente soldabilidade tros de soldagem são geralmente
• Soldagem com CO2 ajustados para cada posição, mas
ou misturas Ar/CO2 um único ajuste (230A) pode ser se-
• Excelente qualidade da solda lecionado para todas as posições,
• Baixo hidrogênio tornando esse arame ideal para
aplicações em geral.
O Dual Shield 7100 Ultra LH é O teor de hidrogênio difusível
um arame que apresenta excelen- da solda produzida com esse ara-
te soldabilidade com arco suave e me tubular é abaixo de 8ml/100g
livre de respingos em uma transfe- de metal depositado quando sol-
rência do tipo spray arc. Pode-se dado utilizando tanto CO2 quanto
obter facilmente cordões de solda misturas Ar/15-25%CO 2 como gás
planos com excelente penetração de proteção.
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Produtos

ESAB investe no mercado


de consumíveis para aços
de alta resistência

E
m função do constante crescimen- a mesma condição de projeto, componentes
to da utilização dos aços de alta re- com menores dimensões. No caso de carro-
sistência no Brasil, relacionado ao cerias de veículos pesados, como caminhões,
aumento da oferta dessa classe de pode-se proporcionar um aumento na capa-
aço no país e à difusão de sua utilização em cidade de carga útil, mantendo-se o mesmo
diversos setores da indústria pesada (como a peso total. “Embora os aços com graus de
automobilística, ferroviária e até mesmo naval), resistência mais elevados sejam mais caros,
a ESAB acompanha um proporcional aumen- o aumento no custo pode ser compensado
to do número de consultas sobre materiais pelo menor peso do aço requerido para o
aplicáveis a essas estruturas. componente”, completa Turani.
Esses são aços nos quais ocorre a adição Como a soldagem também é um proces-
de pequenos teores de elementos químicos so que envolve ciclo térmico, alguns cuidados
(elementos de liga) para que seja possível, na aplicação da solda nesse tipo de material
através de processos termomecânicos, du- se fazem necessários, pois a alta resistência
rante a fabricação, obter altos limites de es- precisa ser assegurada. O aporte térmico
coamento e resistência. Os tratamentos térmi- aplicado na soldagem deve ser o mais baixo
cos usualmente empregados são a têmpera e possível para que não haja queda no limite de
o revenimento. escoamento e resistência na ZTA (Zona Termi-
O consultor técnico Cláudio Turani explica camente Afetada). Além disso, deve ser sem-
que essas particularidades fazem com que pre observada a compatibilidade do metal de
o aço adquira propriedades extremamente solda com o metal de base.
atrativas, uma vez que se pode utilizar, para Buscando acompanhar a crescente de-
10 MAIO Nº 7 2007

manda dos clientes, a ESAB produz atualmen- E620T5-K2C(M) – Arame tubular do tipo flux
te uma gama completa de consumíveis para cored básico, designado para aplicações em
soldagem (eletrodos, arames tubulares e com- aços de média/alta resistência até 700 MPa.
binações de arames e fluxos aglomerados), O OK Tubrod 95 K2 produz depósito resisten-
especialmente desenvolvida para aços de alta te à trinca em sessões espessas ou sob alta
resistência, sendo a única Empresa brasileira restrição de junta. Apresenta-se com boa sol-
realmente atuante nesse segmento de consu- dabilidade, com mínima quantidade de respin-
míveis. go e fácil remoção de escória. Pode ser usado
em aplicação onde é requerida propriedade
Consumíveis produzidos pela ESAB com- de impacto até -50°C. O diâmetro 1,20 mm
patíveis com o aço de alta resistência pode ser usado em modo de transferência
Eletrodos Revestidos globular para soldagem fora de posição.
OK 74.75 – E9018-D1 – Soldagem de grande
responsabilidade em aços estruturais de bai- OK Tubrod 110MC – E110C-G – Arame
xa liga com mesma composição ou proprie- tubular do tipo metal cored de baixa emis-
dades mecânicas; também para certos aços são de fumos. Apresenta alta eficiência (90-
resistentes ao calor, aços sujeitos a tratamen- 95%), bem como elevada taxa de deposi-
to térmico após soldagem; especialmente in- ção, resultando em um cordão de excelente
dicado para soldagem de trilhos. aspecto, com pequenas ilhas de escória,
minimizando a limpeza entre os passes. O
OK 75.75 – E11018-G – Soldagem de grande OK Tubrod 110 MC contém Ni e Mo, sendo
responsabilidade em aços de construção de designado para soldagem de aços de alta
altíssima resistência e baixa liga, com ou sem resistência, bem como em aços tempera-
pré-aquecimento; especialmente indicado em dos com limite de escoamento mínimo de
aços USS T-1 e similares; o metal depositado 690 MPa. Este arame também é destinado
é insensível à fragilidade do revenido. para aplicações onde se requer propriedade
de impacto até -29°C.
Arames Tubulares
OK Tubrod 90MC – E90C-G – Arame tubular OK Tubrod 115 – E110T5-G / E760T5-G – Ara-
do tipo metal cored de baixa emissão de fu- me tubular do tipo flux cored básico designa-
mos. Apresenta alta eficiência (90-95%), bem do para aplicações em aços de alta resistência
como elevada taxa de deposição, resultando até 800 MPa. O OK Tubrod 115 produz depó-
em um cordão de excelente aspecto, com pe- sito resistente à trinca em sessões espessas
quenas ilhas de escória, minimizando limpeza ou sob alta restrição de junta. Apresenta-se
entre os passes. O OK Tubrod 90MC contém com boa soldabilidade, com mínima quanti-
Ni e Mo, sendo designado para soldagem de dade de respingo e fácil remoção de escória.
aços de média/alta resistência, bem como em Este pode ser usado em aplicações onde a
aços temperados com limite de escoamento propriedade de impacto a -50° C é requeri-
mínimo de 550 MPa. Este arame também é da. O diâmetro 1,20 mm pode ser usado em
destinado para aplicações onde se requer modo de transferência globular para solda-
propriedade de impacto até -40°C. gem fora de posição.
OK Tubrod 95K2 – E90T5-K2C(M) /

Processos térmicos de fabricação do aço de alta resistência


Têmpera – O tratamento térmico de minantemente de martensita, uma fase resultam em modificação da estrutura
têmpera nos aços tem como objetivo que apresenta elevada dureza. Durante obtida na têmpera. A alteração melhora
a obtenção de uma microestrutura que o processo de resfriamento, a queda da a ductilidade, reduzindo os valores de
proporcione propriedades de dureza e temperatura promove transformações dureza e resistência à tração, ao mesmo
resistência mecânica elevadas. Neste estruturais, que acarretam o surgimento tempo em que as tensões internas são
processo, a região a ser temperada é de tensões internas. aliviadas ou eliminadas. Dependendo da
inicialmente aquecida à temperatura de Revenimento – Tratamento térmico que temperatura em que se processa o re-
austenitização e, em seguida, é subme- objetiva reduzir o nível de tensões residu- venido, a modificação estrutural é tão in-
tida a um resfriamento rápido. A micro- ais. Aplicado imediatamente após a têm- tensa que determinados aços adquirem
estrutura resultante é composta predo- pera, as temperaturas inferiores à crítica melhor condição de usinabilidade.
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Energia

Fabricação de torres eólicas


com processos eficientes
de soldagem
A energia eólica

D
iversos governos têm A World Wind Energy Association Eng° Pedro Muniz
feito investimentos em (WWEA), associação que represen- Consultor do Segmento de Energia Eólica
fontes de energia reno- ta todas as organizações de energia
váveis. A redução na eólica ao redor do mundo, prevê
emissão de gases para a atmosfera uma taxa de crescimento anual para
é a principal responsável pela procu- o segmento de 21%, o que permiti-
ra de fontes de energia renováveis rá, em 2010, uma capacidade insta-
como a energia eólica. Não há dúvi- lada de geração mundial de 160.000
da de que o custo de produção des- MW de energia eólica.
te tipo de energia, hoje, é maior que
o de outras fontes, como a hidráuli- O Brasil e a energia eólica
ca e a térmica. Mas, apesar disso, O mercado brasileiro foi, em 2006, o
a energia eólica possui aspectos que teve maior taxa de crescimen-
muito importantes, como segurança to: 729,6%, saindo dos 29 MW, em
e limpeza, além de ser uma energia 2005, para 237 MW. Este aumento
renovável “verde”. concedeu ao Brasil a 20ª posição
A energia eólica continuou com no ranking de maiores produtores
o crescimento dinâmico ao redor do de energia eólica do mundo, sendo
mundo durante o ano passado. Em que, em 2005, estava na 34ª posi-
2006, 14.900 MW foram instalados, ção.
o que representa uma taxa de cres- Hoje, apenas 0,23% da matriz
cimento de 25%. Em 2005, o cresci- energética brasileira é proveniente
mento foi de 24% e, atualmente, são deste tipo de energia. O Brasil tem Alemanha (20.622MW), Espanha
gerados 73.904 MW. um potencial real de geração, des- (11.615MW), Estados Unidos da América
Assim, as instalações de energia considerando as áreas urbanas e de (11.603MW), Índia (6.270MW) e Dinamarca
(3.136MW) são os maiores produtores e os
eólica geram, hoje, mais de 1% do proteção ambiental, de 30,0 GW em responsáveis por mais de 70% da geração
consumo da eletricidade mundial. terra. de energia eólica do mundo.
12 MAIO Nº 7 2007

O Ministério de Minas e Energia (MME) chapas para construção de torres eólicas


coordena o Programa de Incentivo às Fon- metálicas com larguras de corte variando
tes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), de 4 a 10 m. Os equipamentos de corte
que é um importante instrumento para di- CNC da ESAB garantem altíssima precisão
versificação da matriz energética brasileira. dimensional e de chanfro em todos os lados
Os 208 MW instalados em 2006 fazem par- da peça cortada.
te do programa que, nos próximos anos, irá Para chapas até 32 mm, a ESAB dispõe
acrescentar mais 1.215 MW de energia eó- de uma cabeça automática para o processo
lica à matriz energética brasileira. Estima-se plasma de corte de chanfro em contorno,
que a geração de energia eólica dos parques que permite realizar o biselamento das jun-
do Proinfa gere uma redução na emissão de tas com precisão e elevadas velocidades.
CO2 para a atmosfera de aproximadamente Para espessuras acima de 32 mm, em que
Calandragem, conformação e
ponteamento manual da virola 1,2 milhões de toneladas por ano. o chanfro duplo é recomendado, a ESAB
Além dos empreendimentos relaciona- desenvolveu um sistema automático de
dos ao Proinfa, existem, hoje, mais de 60 corte, com três maçaricos de oxicorte, que
empreendimentos outorgados na Agência permite o corte preciso de peças com chan-
Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que so- fro com duplo V.
mam quase 3.500 MW de energia elétrica Após serem cortadas, as peças têm a
provenientes da força dos ventos no Brasil. camada de proteção (primer) removida na
área próxima ao chanfro, onde a soldagem
Construção de torres eólicas será realizada. As peças são calandradas
Uma torre eólica de aço é constituída de em forma de virolas cilíndricas ou cônicas.
duas, três ou até quatro seções, podendo ter As virolas são ponteadas manualmente e
de 40 a 120 m de altura e pesar de 40 a 300 carregadas na estação automática de sol-
ton. As seções têm diâmetros de 2 a 6 m, dagem, em posicionadores tipo viradores.
Sistema Rounding Jig – sistema comprimento de 15 a 30 m e peso de até 80 Um sistema de arco submerso Tandem
hidráulico de ajuste da forma
ton. A faixa típica de espessura das chapas DC/AC, com múltiplos arames de alta pro-
circunferencial durante o ponteamento
é de 8 a 65 mm. dutividade, montado em um manipulador
Para fabricação de torres eólicas, a tipo viga-coluna, realiza a soldagem longitu-
ESAB desenvolveu um sistema de posi- dinal interna e externa.
cionamento e montagem automatizado de Os flanges de montagem também são
elevada produtividade. Ele inclui um siste- soldados na mesma estação. Eles são sol-
ma de fixação e posicionamento tipo Head dados na extremidade das virolas que fica-
e TailStock, com um sistema hidráulico de ram no início e fim de cada seção. Um con-
ajuste para eliminação da ovalização que trolador microprocessado completamente
permite a montagem das seções da torre integrado opera a cabeça de soldagem, o
de forma precisa, rápida e seriada. manipulador, o alimentador de arame e o
Além da linha de montagem, a ESAB sistema de recuperação de fluxo, oferecen-
também conta com outros sistemas avan- do uma sinergia completa entre as soluções
çados desenvolvidos para a construção que compõem o sistema.
Sistema de posicionamento e montagem
automatizada de elevada produtividade dessas torres. São sistemas de plasma/ A virola, então, é carregada no sistema
com Head e TailStock oxicorte de grande porte, controlados por automatizado de posicionamento e mon-
CNC, equipamentos de posicionamento tagem tipo Head e TailStock, com rotação
e manipuladores de solda especializados, motorizada e ajuste de altura hidráulico. A
além de consumíveis de soldagem e uma primeira virola é fixada no TailStock. A próxi-
completa gama de equipamentos para sol- ma virola é fixada no Headstock da mesma
dagem manual e semi-automática. forma. As virolas são posicionadas utilizan-
O corte é um processo-chave na fabri- do os viradores de suporte. Um sistema de
cação de torres de alta qualidade, pois deve ajuste com sete pares de rolos com contro-
produzir peças dimensionais que atendam le hidráulico (rounding jig) mantém a forma
às especificações severas do projeto e com circunferencial da seção durante o pontea-
preparação do chanfro em todos os lados mento. Dessa forma, a consistência estru-
das peças. tural é estabelecida, atendendo, assim, as
A ESAB dispõe da mais completa linha exigências de qualidade dos fabricantes.
Soldagem do flange com Arco Sub-
merso utilizando manipuladores de de sistemas de corte mecanizado CNC de As duas virolas são, então, perfeitamen-
soldagem e posicionadores tipo virador grande porte e para aplicações de corte de te alinhadas e ponteadas antes da solda-
MAIO Nº 7 2007 13

gem automática circunferencial com arco


submerso.
Um sistema de viga coluna realiza a sol-
dagem circunferencial externa com múltiplos
arames e um trator de soldagem realiza a
soldagem circunferencial interna com arame
simples (passe de selagem). Virola por virola,
a seção cresce até alcançar seu tamanho
final entre 15 a 30 m.
Como na soldagem longitudinal, a solda-
gem circunferencial utiliza o mesmo sistema
de controle integrado. Um sistema óptico re- Sistema de vídeo para monitoramento da soldagem Corte plasma CNC
ferencia a posição da cabeça de soldagem e
auxilia o operador, que monitora a soldagem
através de um sistema de vídeo e realiza ajus-
tes de posição por controle remoto.
A soldagem também pode ser realizada
com sistemas de guia tipo apalpador auto-
mático, que compensa possíveis irregulari-
dades do chanfro, ajustando a cabeça de
soldagem durante o processo.
A integração desses componentes per-
mite um elevado ciclo de operação para o
processo de soldagem. O funcionamento
de todo o sistema necessita de um número
Soldagem de virola interna com o trator de Cabeça de soldagem Tandem com dois
restrito de funcionários bem treinados e pro-
soldagem com Arco Submerso arames e sistema de guia tipo apalpador
dutivos, devido ao alto nível de automação
de todo o processo.
Para o caso específico da soldagem do
batente da porta de acesso interno na virola
da base, a ESAB desenvolveu um sistema
mecanizado com trator de soldagem pelo
processo de proteção gasosa, que desliza
sobre a estrutura da porta.
Após a fabricação, todos os equipamen-
tos elétricos, escadas, iluminação, controles
e plataformas são adicionados às seções da
torre, que ficam prontas para serem instala-
das no campo. Sistema tipo trator para soldagem do batente da Corte de chanfro em duplo V
porta de acesso da torre

ESAB e torres eólicas


A ESAB não fornece apenas uma de altas taxas de deposição é comple- com um único fornecedor e com um úni-
planta completa de fabricação de tamente perdido se a preparação e/ou co prazo de entrega. Isto resulta em um
torres eólicas eficiente; ela também manipulação dos componentes em qual- grande projeto organizado com eficiên-
auxilia no desenvolvimento de proce- quer área do sistema seja falho ou opere cia, com um custo fixo e um único prazo
dimentos de soldagem, no projeto do com tempos fora da especificação. acertado. O fluxo contínuo de produção
layout e no detalhamento do fluxo de A ESAB pode atuar tanto para o é parte do fornecimento completo.
fabricação. processo de corte como para o de sol- Por tudo isso, a ESAB é reconhecida
O segredo por trás de uma produ- dagem para a fabricação dessas torres, mundialmente como fornecedora de so-
ção de torres eólicas eficientes está no e fornece soluções de ajuste fino para luções de corte, montagem e soldagem
fluxo contínuo de produção na fábrica. cada etapa da produção. rápidas e eficientes para o segmento de
O benefício de processos de soldagem O pacote completo da ESAB conta soldagem de torres eólicas de aço.
14 MAIO Nº 7 2007

Energia

Uma solução completa para


soldagem circular de peças
com grandes dimensões
Eng° Igor Alberto de Souza Aarão Lima
Engenharia de Desenvolvimento de Máquinas

A
soldagem de peças de grandes
dimensões exige equipamen-
tos com um maior grau de pre-
cisão de posicionamento e um
maior sincronismo de sistemas. O perfeito
conhecimento do produto, do processo
a ser utilizado e do equipamento faz com
Vasos de pressão
que este tipo de trabalho se torne o mais
preciso possível.
Na soldagem de torres eólicas ou de
vasos de pressão, por exemplo, pode-se
ter peças cilíndricas de grandes dimen-
sões, em que a soldagem longitudinal e
circular devem ser executadas por equi-
pamentos de automação que atendam
às especificações de projeto. Para estes
casos, a ESAB possui uma linha completa
de equipamentos para posicionamento e
soldagem desses diferentes tipos de pe-
ças e produtos.
Sistema automatizado de posicionamento e
montagem Head e TailStock
Equipamentos para soldagem de
peças de grandes dimensões
A ESAB possui, dentro de sua linha para
soldagem de peças circulares de grandes
dimensões, equipamentos como viradores,
mesas posicionadoras e colunas manipu-
ladoras, que possuem uma construção ro-
busta, compacta e simples. Todos os equi-
pamentos possuem controle remoto com
display digital, o que permite um comando
a distância do equipamento e um controle
total do processo. Também no controle re-
moto, há uma função que permite interligar
Virolas para torres eólicas os equipamentos para movimentação com
MAIO Nº 7 2007 15

o cabeçote de soldagem, para que o início


da movimentação seja feito com o start-up
do cabeçote de soldagem.

Virador ESAB ZT – O virador auto-ali-


nhável ZT é utilizado para auxiliar em sol-
dagem de peças circulares. Possui rolos
de apoio revestidos em borracha para a
tração correta da peça de trabalho. Esses
rolos também possibilitam o alinhamento
em ângulo da peça de trabalho, a partir
do diâmetro do cilindro a ser soldado, sem
necessidade de ajuste manual. Os virado-
res ESAB ZT podem movimentar peças de Virador ESAB ZT 10
10 até 80 ton., de acordo com o modelo
escolhido e atendendo a uma gama de
grandes dimensões.

Mesa posicionadora ESAB HB – A mesa


posicionadora ESAB HB é utilizada para o
posicionamento e soldagem de peças cir-
culares, como tubulações e caldeiras, com
possibilidade de ajuste para soldagens na
vertical, na horizontal ou em ângulo. As
mesas posicionadoras ESAB HB podem
movimentar peças de 500 Kg até 20 ton.,
de acordo com o modelo escolhido.

Coluna manipuladora ESAB CaB – As


colunas manipuladoras ESAB CaB são
indicadas para o posicionamento das ca-
beças de soldagem A2S e A6S, ou outros
modelos de cabeçotes para soldagem. Mesa posicionadora ESAB HB
Consiste de uma coluna para elevação e
um braço, em cuja extremidade é fixada
a cabeça de soldagem. Permitem o po-
sicionamento vertical e o deslocamento
horizontal motorizado da cabeça de sol-
dagem. Associados aos viradores ESAB
ZT ou às mesas posicionadoras ESAB
HB, constituem a solução perfeita para a
soldagem de peças com grandes dimen-
sões. As colunas manipuladoras ESAB
CaB possuem altura útil de trabalho de 3
a 6m e alcance útil do braço de 3 a 7m, de
acordo com o modelo.
Montada sobre um carro que se des-
loca sobre trilhos, que conta com sistema
de fixação anti-tombamento do conjunto,
a coluna pode, ainda, ser rotacionada em
360º manualmente.
As colunas manipuladoras ESAB CaB
também possuem uma ampla gama de
acessórios, a fim de atender a todas as Coluna manipuladora ESAB CaB
necessidades de trabalho.
16 MAIO Nº 7 2007

Energia

Seguidor eletrônico de juntas GMD


Precisão, qualidade e velocidade
são essenciais
Eng° Igor Alberto de Souza Aarão Lima
Engenharia de Desenvolvimento de Máquinas

A
soldagem automatizada substituiu
a solda manual consideravelmente
nos últimos anos. A flexibilidade e
o custo da soldagem automatizada
melhoraram muito com o desenvolvimento rá-
pido de sistemas modulares em equipamentos
de soldagem e colunas manipuladoras.
Equipamentos para soldagem automatizada
são utilizados para a produção de soldas curtas,
médias e longas. Com a evolução dos processos
e equipamentos, o tempo para a abertura de arco
reduziu drasticamente nos últimos anos.
As características da solda são geralmente
excelentes, quando se utilizam equipamentos de
automatização em soldagem. O desafio, às vezes,
pode ser o tipo de junta a ser seguido. O maior pro-
blema é fazer com que o equipamento se ajuste à
Equipamentos de soldagem automatizada junta a ser soldada para sobrepor e acompanhá-la
precisamente. Com a introdução do sistema GMD
da ESAB, todos esses problemas se tornaram coi-
sa do passado.

Processos SAW / GMAW para a maioria dos


tipos de junta
O sistema de posicionamento de juntas GMD,
quando utilizado nos processos SAW e GMAW, é
aplicável a quase todos os tipos de soldas, des-
de que as juntas tenham uma borda que o sensor
possa apalpar. O posicionamento é fácil, com o
controle joystick.
Após o set-up do posicionamento da tocha,
tem-se uma alta repetibilidade dos cordões de sol-
da, bastando que a peça seja colocada sempre na
mesma posição. Os cursores motorizados em con-
junto com o sensor e a caixa de comando fazem
todo o posicionamento e correção durante a solda,
independente do processo de soldagem que se
está aplicando.

Rápido e preciso
Tipos de ponteiras para seguimento e
de juntas que podem ser rastreadas Sensor – O sistema GMD é projetado para fazer a
compensação de todas as irregularidades da junta
MAIO Nº 7 2007 17

a ser soldada, para rastrear formas geométricas simples


na peça de trabalho e evitar problemas de paralaxe. Isto
requer que a ponta sensora seja colocada alinhada com
o arame / tocha, para possibilitar o rastreamento de des-
vios abruptos da junta.

Cursor de ajuste fino – O cursor para ajuste fino


transversal está conectado ao sensor e possibilita
posicionar a tocha corretamente na junta e ajustar a
posição de soldagem.

Unidade de comando – A unidade de comando GMD


O operador apenas garante a posição do GMD
está conectada aos cursores motorizados de forma a
guiar a tocha precisamente, de acordo com o sinal do
sensor. A maioria dos tipos de configurações de juntas
pode ser rastreada. O GMD pode ser utilizado em juntas
de filete ou de topo.
Todos os interruptores e tomadas para a conexão do
motor do cursor vertical e horizontal, sensor e controle
remoto estão localizados no painel traseiro da unidade
de comando.

Controle remoto – O controle remoto do GMD é equi-


pado com joystick de fácil manuseio, o que possibilita a
operação manual e o controle de movimento do cursor
motorizado na vertical e na horizontal.
Possui uma lâmpada de advertência que indica
Unidade de comando
quando a ponta sensora está fora de alcance da área
de contato vertical (acontece o bloqueio das funções au-
tomáticas e é possível fazer operações manuais). Sob
circunstâncias normais, a caixa de comando cancela a
operação manual. Uma chave seletora de cinco posições
permite a escolha da junta e os módulos de rastreamen-
to. Ainda no controle, existe a opção de movimentação
rápida ou lenta dos cursores para posicionamento ma-
nual. Além disso, o ajuste da ponta sensora e da tocha é
rápido e oferece grande flexibilidade.

Cursor motorizado – O cursor motorizado faz o movi-


mento da cabeça de soldagem. Possui uma construção
extremamente robusta, com eixos-guia e design com-
pacto, que facilita a montagem e o ajuste de posiciona- Controle remoto
mento da tocha na vertical ou na horizontal.
O cursor de precisão assegura um rastreamento de
junta rápido e preciso, graças à sua extensa faixa de velo-
cidade. O cursor possui um comprimento útil de trabalho
máximo de 1030 mm e pode ser utilizado em trabalhos
de soldagem realizados com os cabeçotes A2S e A6S.
O cursor pode ser carregado com até 150 Kg, in-
dependente da posição de montagem. Para um cursor
montado na vertical, o torque máximo é de 400 Nm, e
para um cursor montado na horizontal, o torque máximo
é de 280 Nm. O cursor possui um comprimento útil de
trabalho que varia de 60 a 1030 mm. Para um cursor
padrão, a velocidade máxima é de 70 cm/min, mas isso
pode ser modificado para 175 cm/min, trocando-se o
conjunto de engrenagens de acionamento. Cursor motorizado
18 MAIO Nº 7 2007

Manutenção

Soluções ESAB para o reparo de


trilhos em campo por soldagem
Eng° Bernardo Hermont B. Gonçalves
Consultor Técnico – Segmento de Reparo e Manutenção

O
setor ferroviário brasileiro tos. Devem ser considerados também os
está em fase de crescimen- custos adicionais, como atrasos e traba-
to acelerado desde que as lhos não programados, caso haja falhas.
malhas federais tiveram suas Manter os trilhos de forma que a viagem
concessões de uso assumidas pelas con- seja a mais suave possível reduz a ne-
cessionárias privadas. Cada vez mais, cessidade de manutenção do material
as administradoras das ferrovias estão rodante e, conseqüentemente, os danos
buscando soluções melhores e menos futuros aos trilhos e aos cruzamentos. O
dispendiosas para a manutenção da via desgaste começa logo após sua instala-
permanente, visando maior disponibilida- ção na linha, independentemente do tipo
de para o tráfego e, conseqüentemente, de tráfego. O barulho repetitivo nas juntas
maiores lucros. dos trilhos que os passageiros ouvem du-
O reparo e a substituição de compo- rante a viagem é a manifestação sonora
nentes de uma ferrovia geram altos cus- do impacto, que resulta na deformação
MAIO Nº 7 2007 19

das pontas dos trilhos. Fenômeno similar metal de solda de alta qualidade, quan- Soldagem de União de Trilhos
ocorre quando o trem passa sobre cruza- do comparado ao processo de solda-
mentos. O tempo de serviço do trilho até gem alumino-térmica, também utilizado
que ele necessite de manutenção poderá no Brasil. A soldagem é feita com auxí-
variar entre alguns meses ou mesmo lon- lio de um cobre-juntas colocado abaixo
gos anos, dependendo do tipo de tráfego das pontas dos trilhos, os quais são pré-
daquela via. aquecidos de 350 a 400°C, dependendo
Esse tempo de serviço poderá ser do tipo. A solda do patim é feita. Duas
substancialmente prolongado através da sapatas de cobre, moldadas de acordo
soldagem dos componentes dos trilhos, com o perfil dos trilhos a serem soldados,
dos jacarés, das agulhas etc., que são são montadas, como apoio lateral para a
propensos a um maior desgaste. Esse escória e a solda. A soldagem da alma
Aplicação do cobre-juntas
procedimento é bem menos dispendioso é feita em uma seqüência espiral, sendo
do que a substituição desses componen- que a escória só é removida pouco após
tes desgastados por novos. Por exem- a solda ter atingido a região do boleto
plo, o custo de reparo de um cruzamento do trilho. A camada superficial do trilho é
através de soldagem é de cerca de 20%, soldada com um eletrodo de maior dure-
se comparado à instalação de um novo. za e resistência ao desgaste.
Em geral, pode-se dizer que 40% dos O eletrodo revestido para a soldagem
custos totais dos materiais por quilôme- do patim, da alma e do boleto é o OK
tro de via é o próprio trilho. Essa alta par- 74.75 Ø 5 mm. O eletrodo utilizado para
ticipação nos custos indica que qualquer os últimos 8 mm superficiais do boleto é
coisa que seja feita com o intuito de pro- o OK 83.26 Ø 5 mm.
longar a vida útil dos trilhos contribuirá O cobre-juntas utilizado como supor- Soldagem do patim
para uma economia considerável. te para a soldagem do patim é o OK Ba-
A ESAB sempre incentivou as dis- cking 21.21.
cussões técnicas e a cooperação com
usuários em potencial no que diz respeito Reparo de trilhos e componentes de
aos problemas de soldagem e suas so- cruzamentos ferroviários
luções. O conhecimento e a experiência Os componentes de cruzamentos ferrovi-
adquiridos nessa cooperação vêm sendo ários são muito susceptíveis a desgastes.
incorporados ao pacote de produtos e Cada um requer uma técnica específica
soluções ESAB, os quais têm assegura- de reparo, sendo de extrema importância
do benefícios substanciais na diminuição a utilização dos procedimentos, eletro-
dos custos. No caso da soldagem de tri- dos revestidos e arames tubulares cor- Solda completa, antes do
lhos, o resultado é a disponibilidade de retos em cada caso. Os “jacarés”, por esmerilhamento
um pacote completo de produtos e solu- exemplo, podem ter seu núcleo em aço
ções para reparos da via permanente, os C/Mn ou aço manganês austenítico. A
quais foram desenvolvidos no intuito de identificação do tipo é simples, visto que
atender o maior número possível de con- o segundo tipo não é ferromagnético, ou
dições de serviço, independentemente seja, não é atraído por ímãs. Para este
do tipo de tráfego, velocidade e carga. tipo de jacaré, a soldagem deve ser fei-
As técnicas para a soldagem de repa- ta sem pré-aquecimento, sendo que a
ro e de união de trilhos descritas breve- temperatura entre passes não deve ul-
mente a seguir, foram desenvolvidas pela trapassar 200°C. No caso dos núcleos
ESAB, em conjunto com administradoras de jacarés de aço C/Mn, o pré-aqueci-
de ferrovias e metrôs na Europa, e são mento necessário pode variar entre 300 e
aprovadas e aplicadas em várias partes 400°C, dependendo do tipo. A seqüência
do mundo com sucesso. de passes e os consumíveis recomenda-
dos são diferentes para cada caso. Tri-
União de trilhos lhos, pontas de trilhos, agulhas e trilhos
A união de trilhos através de soldagem de encosto também podem ser recupe-
com eletrodos revestidos é um proces- rados em campo, cada um exigindo um
so que possui diversas vantagens, como procedimento específico, de forma a ga-
praticidade, baixo custo e geração de um rantir um reparo de alta qualidade. Reparação de Jacarés
20 MAIO Nº 7 2007

Consumíveis utilizados no reparo e na união de trilhos


MAIO Nº 7 2007 21

Consumíveis utilizados no reparo e na união de trilhos (cont.)


22 MAIO Nº 7 2007

Equipamentos utilizados no reparo e na união de trilhos

Equipamentos Railtrac BV / BVR1000


OrigoArc 286i: É uma fonte inverso- O Railtrac BV ou BVR 1000 é um equi-
ra leve e portátil para a soldagem pelos pamento automático que visa mecanizar
processos eletrodo revestido (SMAW) e a soldagem de revestimento e reparo
TIG (GTAW). Possui design prático e ro- de trilhos e cruzamentos ferroviários, de
busto, garantindo confiabilidade e ótima forma simples e eficiente. Desenvolvido
performance em soldagens de trilhos em para a soldagem com arames tubulares
campo. É fabricada com a classe de pro- autoprotegidos (FCAW), ele é resultado
teção IP23, o que significa que pode ser de uma colaboração mútua com várias
utilizada em ambientes abertos de forma administradoras de ferrovias ao redor do
OrigoArc 286i: segura. Permite a utilização de eletrodos mundo, durante a qual foram impostas
revestidos com diâmetros de até 5mm e exigências verdadeiramente rigorosas,
vem equipada com os recursos Hot Start após uma análise profunda das dificul-
e Arc Force, que oferecem características dades envolvidas na soldagem de tri-
de soldagem ainda melhores, simplifican- lhos. Proporciona diversas vantagens,
do o trabalho e assegurando a qualidade. tais como flexibilidade e versatilidade de
O design moderno com alça para levan- uso, potencial de programação para di-
tamento possibilita um fácil manuseio e versos tipos de aços, estrutura robusta e
transporte. resistente ao tempo, trabalho ergonome-
tricamente correto, economia de tempo
AristoMIG U500W / AristoPower 460 de soldagem e de esmerilhamento, peso
/ AristoFeed 30-4W MA6: Fontes de reduzido, segurança, redução de custos,
corrente constante (CC) e tensão cons- alta qualidade e repetibilidade.
tante (CV), trifásicas, projetadas com
tecnologia inversora sem contator, apre-
sentando a mais moderna tecnologia em
matéria de soldagem a arco elétrico. São
AristoPower 460 / equipamentos robustos e multiproces-
AristoFeed 30-4W MA6
so, ideais para a soldagem em campo,
projetadas para fornecer a característica
volt-ampere para a soldagem MIG/MAG
convencional (GMAW) e arames tubula-
res (FCAW) no modo tensão constante
(CV), MIG Pulsado (GMAW-P), Eletrodos
revestidos (SMAW) e TIG LiftArc/HF. To-
das as funções estão em idioma portu-
guês e são facilmente programáveis atra-
vés de botões no painel de controle do
alimentador de arame MA6. Esse painel
apresenta visualização em tempo real da
tensão, corrente e velocidade do arame,
podendo ser carregado com até 30 linhas Para maiores informações sobre solda-
de sinergismo diferentes, dentre as mais gem de trilhos e componentes ferroviá-
de 200 disponíveis no sistema Aristo para rios, entre em contato com o seu repre-
os diversos materiais, bitolas e gases uti- sentante ESAB local ou acesse www.
AristoMIG U500W /
AristoFeed 30-4W MA6 lizados. esab.com.br.
MAIO Nº 7 2007 23

Ao lado do cliente

ESAB busca excelência e foca


esforços no cliente

C
om o desafio de satisfazer as representar redução de empregos. A Empresa
exigências do cliente e fornecer aprende a oferecer aos clientes exatamente o
produtos cada vez mais competi- que eles desejam, no tempo certo.
tivos, a ESAB implantou, no início Para isso, a ESAB redimensionou seus
de 2005, a filosofia e os princípios do Lean processos de produção, eliminando todo o
Manufacturing. Adaptado a partir de metodo- estoque. “O trabalho é realizado no ritmo do
logias pioneiras adotadas pela Toyota Motor cliente. Produzimos de acordo com a deman-
Company, este sistema representa um elemen- da. Além disso, a robustez faz com que nosso
to-chave para as empresas de manufatura, processo seja confiável, diminuindo a margem
uma vez que contribui para o desenvolvimento de problemas com retrabalho, desperdício e
Pelo bom trabalho
da produtividade e melhoria da qualidade dos erros”, complementa.
desempenhado na ESAB
produtos oferecidos. Segundo Luiz Cláudio, o processo se inicia Brasil, Luiz Cláudio Mattos
De acordo com o Lean Champion e tam- no fornecedor. A matéria-prima é analisada, foi transferido para a planta
bém diretor industrial da ESAB, Luiz Cláudio assegurando-se que esteja dentro das espe- da ESAB China, onde atua
como diretor industrial
Mattos, a Empresa vivia num contexto em que cificações exigidas, que chegue a tempo de
era necessário encontrar uma filosofia que a atender aos pedidos e que não gere desper-
levasse estrategicamente a uma maior compe- dícios. A partir daí, o controle passa a ser feito
titividade no mercado. “Nosso grande objetivo dentro da fábrica. Toda a rotina de produção é
é tornar a ESAB mais competitiva, trabalhando padronizada e os funcionários são constante-
fortemente na robustez do processo de pro- mente treinados, a fim de minimizar a existên-
dução e, conseqüentemente, na melhoria da cia e a recorrência de problemas.
qualidade, na redução de custos do produto Um dos grandes facilitadores da imple-
final e, principalmente, no atendimento às de- mentação e desenvolvimento do Lean é jus-
mandas do nosso cliente”, afirma Luiz Cláu- tamente o apoio do quadro de funcionários.
dio. Com todas as mudanças exigidas pelo novo
Um dos principais pontos abordados pela sistema, a Empresa assiste a uma conseqüen-
filosofia Lean é a diminuição de qualquer fon- te transformação no perfil do seu profissional.
te de desperdício, seja ela de tempo, espaço, “É um processo de mão dupla. A ESAB con-
produção, trabalho, equipamentos ou, até quista seus objetivos, enquanto eles aumen-
mesmo, esforço humano. É a transformação tam sua empregabilidade e a bagagem ad-
desde desperdício em novas formas de tra- quirida. É um processo de mudança cultural,
balho que efetivamente agreguem valor, sem uma evolução crescente, contínua e positiva.
24 MAIO Nº 7 2007

O comprometimento, a vontade de apren- mas surgem por causa de uma incorreção


der e participar dos treinamentos é grande”, no processo de trabalho do cliente. “Nesses
analisa Luiz Cláudio. casos, oferecemos apoio e orientação para
Além dos workshops e treinamentos in- que não continuem ocorrendo. Se a proce-
ternos, a ESAB realiza, bimestralmente, au- dência do problema é de nossa responsabi-
ditorias que visam monitorar não só o pro- lidade direta, fazemos a reposição imediata
cesso, mas também o resultado alcançado do produto.”
com a implantação do Lean Manufacturing. Além disso, a ESAB realiza mensalmente
Segundo Cláudia Capanema, o Lean Cham- uma reunião de qualidade com todas as pes-
pion está se transformando em uma filosofia soas envolvidas no processo de manufatura.
e uma cultura no ‘chão de fábrica’. Nesse momento, é feita uma análise crítica de
como foi o desempenho de qualidade no mer-
Melhoria contínua e resultados cado e, de acordo com esse resultado, são
O ESAB Way, modo de aplicação das fer- criadas diversas ações, a fim de resolver os
ramentas do Lean Manufacturing dentro da problemas anteriormente apontados. Esses
Empresa, tem como um de seus princípios a planos de ações de melhoria são repassados
busca constante da integração do clien- às células de trabalho multifuncionais – técni-
te com a fábrica. Isso ocorre por meio de ca, de desenvolvimento, gerencial e piso da
feedbacks sobre o desempenho dos equi- fábrica –, onde é discutida a melhor forma de
pamentos e consumíveis no mercado. “É com resolver tecnicamente as deficiências. Em se-
base no desenvolvimento dos produtos que guida, chega-se à linha de produção, onde é
trabalhamos a melhoria contínua deles. Para criada uma padronização do processo.
garantir que os problemas detectados sejam Após a padronização, as rotinas de
resolvidos, a ESAB conta com uma equipe de produção são atualizadas e os funcionários
melhoria contínua, na área de Pesquisa e De- são treinados em novas práticas, que visam
senvolvimento”, explica Luiz Cláudio. evitar que os problemas se repitam. “Com
Essa análise das performances chega isso, conseguimos alcançar um de nossos
até a fábrica por meio de um sistema de co- principais objetivos. que é a consolidação
municação, via computador. Os problemas da marca ESAB, uma vez que, com a baixa
existentes são informados à assistência téc- necessidade de reparos e manutenção, a
nica que, por sua vez, analisa a procedência confiabilidade se torna mais alta. E o clien-
e toma as providências imediatas e necessá- te, por sua vez, enxerga nessa segurança, a
rias junto ao cliente. Muitas vezes, os proble- garantia e a melhoria do seu resultado”.

Algumas ferramentas do Lean utilizadas pelo ESAB Way


O ESAB Way reúne, além de uma ministração das linhas de produção, prontidão nos serviços prestados e
filosofia de gestão, princípios que nor- onde cada área tem a indicação da a melhoria da qualidade de vida dos
teiam os caminhos a serem percorri- sua necessidade de produção, redu- funcionários. Os objetivos são fazer
dos dentro do Lean Manufacturing, ção de material em processo e au- do ambiente de trabalho um lugar
alinhados aos princípios de missão e mento da produtividade. mais agradável (organização, limpe-
visão da Empresa, e uma série de fer- Kaizen: Programa de melhoria contí- za, autodisciplina); reduzir os índices
ramentas que otimizam a implantação nua que busca a excelência. Sua meto- de perdas, devolução e problemas
e o desenvolvimento do sistema. Den- dologia traz resultados concretos, tanto com manutenção; proteger o meio
tre elas, podemos destacar o Kanban, qualitativamente, quanto quantitativa, ambiente; melhorar a comunicação
o Kaizen e o programa 5 S – Progra- em um curto espaço de tempo e a um interpessoal. Todos os meses, o pro-
ma SOLDA. baixo custo, apoiados na sinergia gera- grama SOLDA realiza auditoria, com a
Kanban: Método que controla a pro- da por uma equipe reunida para alcan- participação dos multiplicadores, su-
dução a partir da procura. Isto é, o rit- çar metas estabelecidas. pervisores e gerentes. Após a análise
mo de produção é determinado pelo Programa SOLDA: Baseada na filo- dos resultados obtidos, são traçados
ritmo de consumo dos produtos, pela sofia 5 S (housekeeping), é uma fer- planos de ações corretivas, para mi-
demanda do cliente. Dentre as van- ramenta que visa assegurar a implan- nimizar as deficiências e fraquezas de
tagens do Kanban, estão a auto-ad- tação da qualidade, produtividade e cada setor.
MAIO Nº 7 2007 25

Ao lado do cliente

OHSAS é meta para 2007

A
ESAB no Brasil colocou em prá-
tica um plano de ações com o
objetivo de, até o fim deste ano,
obter a certificação na norma in-
ternacional OHSAS 18001, reconhecimento
que irá atestar que a Empresa protege a saú-
de e a segurança dos seus empregados.
A nova certificação reforça as ações da
ESAB nas áreas de responsabilidade social
e desenvolvimento sustentável e vai se jun-
tar a outras duas, já conquistadas pela Em-
presa: a ISO 9001, de qualidade; e a ISO
14001, de meio ambiente. A certificação na
OSHAS 18001 será a evidência de que os
processos de produção respeitam e preser-
vam a integridade dos trabalhadores envol-
vidos, uma vez que a norma dá ênfase aos
aspectos de prevenção a acidentes e riscos
em geral.
Os novos sistemas de gestão referentes
à saúde e segurança serão adotados de for-
ma integrada aos sistemas que já controlam
as questões de meio ambiente e sustentam
a certificação ISO 14001. De acordo com
o gerente de Qualidade, Meio Ambien-
te, Saúde e Segurança da ESAB, Rodrigo
Montnegro Mesquita, a incorporação de
práticas reconhecidas, que contribuam para
o desenvolvimento sustentável, já virou uma
cultura dentro da Empresa. “Estamos tendo
muita aceitação e colaboração dos empre-
gados na implantação de normas como es-
sas, e, ao mesmo tempo, total apoio da alta
direção”, disse.

Responsabilidade com o meio ambiente reconhecida


Como resultado da adoção de que meio ambiente e produtividade incentivo dado à cadeia produtiva, por
uma cultura ambiental, voltada para a andam juntas. meio da exigência de critérios ambien-
redução dos impactos e à preservação Na auditoria realizada em janeiro, tais na escolha dos fornecedores.
do meio ambiente, a ESAB, em mar- os auditores da DNV (Det Norske Ve- A importância da norma ISO 14001
ço, conquistou a recertificação da ISO ritas) identificaram oportunidades de está relacionada ao fato de gerar maior
14001. A manutenção da certificação melhorias nos processos, todas sana- confiança para os clientes, mostrando
adquirida em 2005 atesta, nacional e das ainda no transcurso da auditoria. que o processo de produção desenvolvi-
internacionalmente, a excelente ade- O desempenho da ESAB no Brasil de- do pela ESAB tem a capacidade de asse-
quação das práticas ambientais ado- veu-se principalmente ao bom geren- gurar o cumprimento legal, em níveis mais
tadas e mostra que a Empresa sabe ciamento dos resíduos gerados e ao elevados, de desempenho ambiental.
26 MAIO Nº 7 2007

Puma

Marco para a ESAB Brasil:


desenvolvimento de
projeto tecnológico
Eng° Cristiano Ferreira
Engenharia de Desenvolvimento de Máquinas

A
pós recentemente comemorar no campo para a realização de testes em con-
50 anos de sólida presença dições reais de trabalho, resultando, então,
no mercado brasileiro, a ESAB após a aprovação de cada fase anterior, na
está lançando um produto que liberação técnica para a fabricação.
mostra a evolução tecnológica presente Este equipamento desenvolvido pela
nos equipamentos de solda por ela desen- equipe da Engenharia da ESAB Brasil come-
volvidos e fabricados. çará a ser produzido com tecnologia total-
A Empresa está colocando no mercado mente nacional a partir do mês de maio, na
uma fonte de energia inversora para soldagem unidade de fabricação de equipamentos, em
com eletrodos revestidos e TIG DC, equipa- Contagem – MG.
mento de fácil operação, compacto e robusto. Com o avanço da eletrônica de potência,
Fornece até 280A de corrente na saída, o que a ESAB passa a disponibilizar para o mercado
possibilita a soldagem com diversas bitolas de de solda um produto que apresenta a robus-
eletrodo, num regime severo de utilização, pois tez dos equipamentos convencionais, aliado à
possui um alto fator de trabalho: 200A@100% excelente performance de solda obtida com
e 250A@60%. os inversores de freqüência.
Antes de chegar ao mercado, este mais
novo integrante da linha de equipamentos Principais resultados do projeto:
para soldagem ESAB passou por uma série • Desenvolvimento de tecnologia própria para
de fases delimitadas pelo método de desen- construção da máquina de solda baseada em
volvimento de novos produtos adotado na inversor de freqüência, ou seja, primeiro inver-
empresa – Puma. sor de solda desenvolvido pela ESAB Brasil
Desde a concepção da idéia do produto, com tecnologia 100% nacional.
há cerca de dois anos, passando pela fabri- • Desenvolvimento de um equipamento
cação da Série Zero, em dezembro do ano que atende às exigências de normas inter-
passado, dez equipamentos foram colocados nacionais.
MAIO Nº 7 2007 27

OrigoTM Arc 286i ce completa a vasta gama de recursos do


Dentre as várias características deste equipa- Origo Arc 286i. Em algumas aplicações, o
mento, podemos destacar: soldador pode cotar por uma maior agres-
• Equipamento multitensão, ou seja, pode ser sividade do arco, obtendo assim uma maior
alimentado com 220/380/440V trifásico ou penetração e evitando que o eletrodo cole
monofásico. na peça a ser soldada.
• Fabricado de acordo com a classe de prote- O recurso de controle a distância tam-
ção IP23, permite a operação ao ar livre com bém está disponível através da tomada ins-
segurança. talada no painel frontal. O soldador pode
• Design moderno, possui alça para levanta- regular no pedal ou controle remoto valores
mento que facilita o manuseio e o transporte. percentuais do que fica ajustado no poten-
• Resistente a impactos, estrutura rígida, fabri- ciômetro de ajuste de corrente no painel da
cada toda em alumínio. máquina.
• Possui sistema de proteção contra ligações Para a realização de soldagem no pro-
incorretas na tensão de entrada, aumentando cesso TIG DC, o Origo Arc 286i possui o
a confiabilidade. recurso LiftArcTM. Este desenvolvimento da
• Sistema de refrigeração forçada, permite a ESAB garante uma baixa corrente de solda
manutenção da temperatura interna dentro no momento do pressionamento do gatilho
da faixa especificada para os componentes da tocha e, logo em seguida, com o levan-
de potência. tamento do eletrodo de tungstênio, eleva a
• Sistema de monitoramento de falha, exces- corrente até o valor ajustado, fazendo com
so de temperatura ou problemas nos módu- que se obtenha uma soldagem sem conta-
los de potência. minação da peça.
Pensando ainda em proporcionar
Um ponto relevante que o Origo Arc conforto e segurança aos seus clientes,
286i possui é o seu painel de controle, sim- a ESAB desenvolveu um visor de acríli-
ples de regular e que proporciona diversas co transparente, para que seja possível
combinações de parâmetros na soldagem. visualizar a posição em que se encontra
Através da chave seletora de processo, a chave seletora de tensão de entrada
o soldador pode escolher entre soldagem (220/380/440V). Evitam-se, assim, liga-
com eletrodos convencionais, celulósicos ções incorretas no sistema de alimentação
e TIG, sendo que esta seleção otimiza os de tensão. No caso de necessitar alterar a
parâmetros de saída do equipamento, pro- tensão de alimentação, deve-se somente
porcionando uma estabilidade de arco du- retirar a janela lateral.
rante a solda nunca vista em outros equi-
pamentos. Aplicações:
Com o potenciômetro de Hot Start, é • Oficinas de reparo e manutenção.
• Calderaria.
possível ajustar um acréscimo no valor de
• Indústria naval.
corrente no momento da abertura do arco,
• Soldagem de tubulações.
permitindo maior facilidade no início do
• Fábricas.
cordão de solda. • Serviços de campo.
O potenciômetro de ajuste de Arc For-

Características Técnicas – Origo Arc 286i

Tensão de Entrada V/Hz 220/380/440 - 1/3 50/60 Hz


Cargas Permitidas
60% 250A / 30V
100% 200A / 28V
Faixa de Corrente DC (A) 5-280
Vso (V) 55-70
Peso 24Kg
28 MAIO Nº 7 2007

Puma: metodologia que garante Bantam 250


sucesso e produtividade Serralheiro e Super
A adoção de uma metodologia de tividade no setor, graças à diminuição Bantam 256
gerenciamento de projetos tem sido de atrasos nos projetos, maior controle
cada vez mais necessária nas empresas de custos e aprimoramento dos pro-
que atuam em mercados de tecnologia. cessos internos. Hoje, cada um sabe
A ESAB, que trabalha simultaneamente o seu papel e, ao mesmo tempo, tem
com diversos projetos, consciente da uma visão ampla do projeto. Assim, “o
necessidade de atender com qualidade ganho do Puma foi principalmente na
ao time-to-market das novas soluções organização”.
apresentadas aos clientes, implantou
metodologias que permitem um ade- Implantação
quado gerenciamento de projetos, au- O Puma veio da ESAB inglesa, no
mentado significativamente as probabi- final de 2005. Já em janeiro de 2006,
lidades de sucesso e produtividade. a equipe do Desenvolvimento passou
O Puma, testado e utilizado em to- a implantá-lo. Os profissionais foram
dos os centros de desenvolvimento de treinados por um instrutor enviado
máquinas das fábricas ESAB no mun- da Inglaterra e, depois, durante cinco
Eng° Daniel Costa Monteiro
do (Estados Unidos, Suécia, Polônia, meses, foram mudando a forma como Engenharia de Desenvolvimento
Alemanha e Brasil) e reportado men- trabalhavam, até atenderem às regras de Máquinas
salmente para a matriz, em Londres, é da nova metodologia.
uma metodologia da ESAB usada no O setor de Desenvolvimento de
Para acompanhar o desenvolvimento
gerenciamento de projetos de novos Máquinas conta hoje com 12 profis-
do projeto dos transformadores em to-
equipamentos, que busca a adequa- sionais, das áreas elétrica, mecânica e
das as suas fases, a metodologia Puma
ção dessas máquinas ao que o merca- eletrônica. A cada ano, de 10 a 15 pro-
também foi utilizada.
do e os clientes querem. jetos de novos produtos são executa-
O Bantam 250 Serralheiro e o Super
Uma de suas principais caracte- dos por eles, todos com a metodologia Bantam 256 são máquinas próprias para
rísticas é proporcionar maior controle Puma. O tempo de execução de cada a soldagem de eletrodo revestido. São
dos processos, pois, a cada fase, o projeto varia de acordo com a com- equipamentos compactos, resistentes e
projeto passa por rigorosas avaliações plexidade de cada máquina, podendo de excelente desempenho, as ferramen-
antes de prosseguir para a fase seguin- variar de quatro meses a dois anos. tas ideais e indispensáveis para uso em
te. Isso impede que estudos inviáveis A ESAB no Brasil investe significativa- serralherias, montagens de estruturas
sejam continuados e, conseqüente- mente em desenvolvimento e pesqui- leves, manutenção e hobby.
mente, protege os recursos que seriam sa, o que a torna, hoje, uma Empresa Como se trata de dois equipamentos
investidos nele. referência em soluções para processos de alto volume de vendas, a Engenharia
O setor de Desenvolvimento de de soldagem. de Máquinas, juntamente com a Produ-
Máquinas da ESAB no Brasil, localiza- ção, buscou, no desenvolvimento dos
do em Contagem (MG), comemora os As sete fases do Puma equipamentos, utilizar uma plataforma
primeiros resultados da metodologia Quando surge a idéia de um novo equi- para a montagem dos diferentes trans-
Puma. Desde o ano passado, a área pamento, muitas vezes a partir das ne- formadores, e que fossem equipamentos
adotou o procedimento na criação de cessidades apontadas pelos clientes, simples de serem produzidos.
novos equipamentos para solda e cor- são cumpridas sete fases de desenvol- Para ganhar agilidade, algumas par-
tes elétricos. E, recentemente, em mar- vimento: tes do processo de produção foram au-
ço, teve seu primeiro produto auditado, 1ª – Investigação da idéia; tomatizadas: novas ferramentas foram
o que corresponde à conclusão da sé- 2ª – Desenvolvimento do desenho; adquiridas, novas etapas foram elabo-
tima e última fase de desenvolvimento 3ª – Desenvolvimento do protótipo; radas e foi definida a maneira como as
da metodologia. Para a analista de pro- 4ª – Verificação do sistema de produ- tarefas deveriam ser realizadas, de forma
jetos Vanessa Viana Torres, “o Puma ção: fabricação do lote zero; a ganhar produtividade.
trouxe melhorias ao planejamento”. 5ª – Verificação do produto: avaliação Desde fevereiro de 2007, as máqui-
Os profissionais da área afirmaram de campo nas filiais e clientes; nas Bantam 250 Serralheiro já estão sen-
que o processo de criação do retifica- 6ª – Produção: em caráter de teste; do comercializadas; a Super Bantam 256
dor OrigoArc demonstrou que o uso do 7ª – Auditoria: após três meses de pro- está em fase final de implementação na
Puma foi capaz de aumentar a produ- dução, é feita uma avaliação final. produção.
MAIO Nº 7 2007 29

Correio técnico I

O que é o diagrama de Schaeffler


e qual a sua utilidade?

Eng° Cláudio Turani Vaz


Consultor Técnico ESAB Brasil

A
ços inoxidáveis são as ligas da de 1940, Schaeffler desenvolveu um
Ferro-Cromo ou Ferro-Cromo- diagrama constitucional para aços inoxi-
Níquel, com pelo menos 10 a dáveis. Pela composição química típica
12%Cr, resistentes à corrosão dos metais de base e de adição, pode-se
em contato com a atmosfera ou outro determinar, através do cálculo do Níquel
meio oxidante. Esse grupo de ligas, de- e Cromo equivalentes, os constituintes fi-
senvolvido no início do século XX, é am- nais do metal de solda e detectar a pos-
plamente empregado em equipamentos sibilidade de ocorrência de problemas du-
para indústria alimentícia, petroquímica, rante a soldagem. Sendo, assim, torna-se
papel/celulose e geração de energia. possível adotar antecipadamente medidas
O conhecimento de metalurgia dos visando reduzir a possibilidade de ocor-
aços inoxidáveis é essencial àqueles que rência desses problemas.
trabalham com sua soldagem, já que os A figura apresenta esse diagrama, in-
aços inoxidáveis apresentam soldabilidade dicando os diferentes constituintes e os
variável que depende, entre outros fato- problemas associados à presença deles.
res, das transformações microestruturais Desde seu levantamento, esse diagrama é
que sofrem em função da temperatura. o mais conhecido e utilizado e seu empre-
Com o intuito de facilitar o dia-a-dia go é amplamente difundido nas soldagens
de projetistas, técnicos e engenheiros de aços inoxidáveis dissimilares, auxilian-
de processo, ferramentas práticas são do na determinação do melhor consumível
desenvolvidas e aperfeiçoadas. Na déca- de soldagem a ser empregado.
30 MAIO Nº 7 2007

Correio técnico II

Novos produtos ESAB para a


soldagem de reparo e manutenção
Eng° Bernardo Hermont B. Gonçalves
Consultor Técnico – Segmento de Reparo e Manutenção

Seleção de Consumíveis – Revestimento Duro Classificação – NORMA DIN 8555


Dureza
HB 25
BAIXA ---------------- RESISTÊNCIA À ABRASÃO ------------------ ALTA HRc -3/+2
DIN 8555 E X UM YYY Z
Processo de soldagem
30-50 HRc > 50 HRc OK Tubrodur TiC BAIXA G soldagem a gás
OK 86.08* OK 83.26 E soldagem manual
OK 83.45
MF soldagem com arames tubulares
OK 86.18* OK 83.28 OK 83.55 TIG soldagem TIG Método de Produção
OK 83.25 MSG soldagem com gás de proteção GW laminado
OK 86.31* OK 83.58 UP soldagem ao arco submerso GO fundido
OK Tubrodur 350
GZ trefilado
OK Tubrodur Cromang* OK Tubrodur 400 OK 83.65 Grupo GS sinterizado
OK Tubrodur 500 OK 84.60
RESISTÊNCIA de liga Tipo de metal de adição ou de metal de solda GF tubular
AO CALOR E À 1 Não ligado até 0,4%C ou baixa liga até 0,4%C e até um máximo
UM revestido
total de 5% de Cr, Mn ,Mo ,Ni
OK 84.56 OK 84.78 CORROSÃO Propriedades do metal de solda
2 Não ligado com mais de 0,4%C ou baixa liga com mais de 0,4%C
OK 84.75 e até um máximo total de 5% de Cr, Mn, Mo ,Ni
C resistente à corrosão
G resistente à abrasão
OK Tubrodur 1400 3 Ligado, com as propriedades dos aços para trabalho a quente K capaz de encruar
N não magnetizável
4 Ligado, com as propriedades dos aços rápidos P resistente ao impacto
OK 68.81* OK 85.65 5 Ligado com mais de 5%Cr, com no máximo 0,2%C R resistente à carepa
OK 67.45*
OK 68.84* S para corte (aços rápidos)
OK 67.42* 6 Ligado com mais de 5%Cr com 0,2 a 2,0%C
OK 68.85* OK 84.85 ALTA 7 Aços austeníticos com 11 a 18%Mn, mais de 0,5%C de até 3%Ni
T resistência a alta temperatura
(aços ferramenta para trabalho a quente)
Z resistente ao calor (sem carepa) para
8 Aços austeníticos ao Cr-Ni-Mn temperaturas > 600ºC
ALTA ---------------- RESISTÊNCIA AO IMPACTO ------------------ BAIXA 9 Aços ao Cr-Ni (resistentes à carepa, aos ácidos e ao calor)

* Resistência à abrasão aumentada quando trabalhado a frio 10 Com alto %C e %Cr e sem elementos adicionais formadores
de carbonetos

A
soldagem de reparo e manu- processo eletrodo revestido, porém a taxa ficial requerido. Quanto às técnicas de sol-
tenção é uma tarefa comple- de deposição proporcionada é bem maior dagem, alguns aspectos devem ser levados
xa, se comparada, por exem- e, conseqüentemente, maior é a velocidade em consideração, tais como a necessidade
plo, à soldagem de produção de soldagem. de camadas de “almofada”, de emprego de
de um novo componente. Geralmente, tem Soldas de revestimento duro têm como pré-aquecimento e de controle da tempera-
como aplicações a união de componentes objetivo proteger o componente que esta- tura entre passes, de controle do aporte de
fraturados, revestimento de peças desgas- rá exposto a diferentes tipos de desgas- calor e da diluição com o metal de base.
tadas e recuperação de trincas através de te, de forma a se obter uma determinada O quadro acima, à esquerda, traz as
enchimento. O metal de base a ser solda- propriedade específica ou, simplesmente, recomendações dos consumíveis OK de
do nem sempre é normalizado, ou mesmo resistência a este desgaste. O desgaste acordo com o tipo de desgaste ao qual o
conhecido, e as técnicas de soldagem são é a degradação progressiva de uma peça componente revestido será submetido.
baseadas em conhecimento empírico, ou ou componente durante seu uso, podendo A ESAB está ampliando sua linha de
seja, em testes práticos. O processo de sol- ocorrer por ações mecânicas, químicas, consumíveis para soldagem de reparo e
dagem escolhido será aquele que trouxer térmicas ou eletro-químicas. Existem di- manutenção, com novos eletrodos reves-
os melhores resultados práticos, atendendo versos mecanismos causadores, dentre os tidos e arames tubulares autoprotegidos
às necessidades específicas daquela apli- quais podemos citar a fricção metal-metal, para revestimento duro, aumentando desta
cação. impacto, abrasão, abrasão+pressão, corro- forma o leque de opções. A nova linha conta
O processo com eletrodos revestidos são, oxidação, fadiga térmica e cavitação. com mais cinco arames tubulares autopro-
(SMAW) proporciona a mais completa op- Para selecionar o melhor consumível tegidos, além de uma nova opção de diâ-
ção de ligas, um baixo custo inicial e versati- para a soldagem de revestimento duro, o metro para o OK Tubrodur 350 em 1,6mm
lidade para aplicações em campo, inclusive conhecimento do mecanismo de desgaste e seis novos eletrodos revestidos, além da
para soldagem fora de posição. No proces- que o componente irá sofrer é fundamental. nova fórmula do OK 86.08 e do novo ele-
so com arames tubulares autoprotegidos Além disso, outros fatores a serem conside- trodo para goivagem com menor geração
(FCAW), também não há a necessidade rados são o processo de soldagem deseja- de fumos, OK 21.01. A classificação dos
de uso de gases de proteção, sendo este do, a classificação do consumível requerido, eletrodos segue a norma DIN 8555, a qual
também ideal para a soldagem em campo. a dureza final desejada, o tipo de material de é explicada esquematicamente no quadro
A variedade de ligas é quase a mesma do base a ser revestido e o acabamento super- acima, à direita.
MAIO Nº 7 2007 31
32 MAIO Nº 7 2007
MAIO Nº 7 2007 33

Correio técnico III

Como goivar utilizando


eletrodo revestido?
Eng° Cláudio Turani Vaz
Consultor Técnico ESAB Brasil

O
s eletrodos revestidos OK proporcionar a remoção de contaminantes e
21.01 e OK 21.03 foram es- grafite, reduzindo, assim, a possibilidade de
pecialmente desenvolvidos ocorrência de trincas ou porosidade durante
para goivagem e corte de aços a soldagem. Pode ser também empregado
carbono, inoxidáveis e ferros fundidos, en- na goivagem de aços manganês (Hadfield).
tre outras ligas metálicas. O revestimento
desses eletrodos forma um forte jato de Sugestão de procedimento:
gás, durante a soldagem, que é responsá- Na utilização do OK 21.01 ou OK
vel por “expulsar” o metal fundido. Em seu 21.03, pode ser empregada corrente alter-
emprego, não é necessária a utilização de nada (CA), sendo mais recomendável, en-
ar comprimido ou de alicate porta-eletrodo tretanto, a utilização de corrente contínua
especial. Basta uma fonte de soldagem si- na polaridade negativa (CC-). Na goiva-
milar à utilizada na soldagem com eletrodos gem, deve-se abrir o arco elétrico através
revestidos. Entretanto, devem ser observa- do contato do eletrodo perpendicularmente
das as características técnicas da fonte a à peça. Logo em seguida, o eletrodo deve
ser utilizada. Na utilização do OK 21.01 e ser inclinado até um ângulo de 5 a 10° com
OK 21.03, não é necessária a realização de relação à peça. Para facilitar a remoção de
preparação antes da goivagem, exceto no material, o eletrodo deve ser empurrado e
caso de aços inoxidáveis e manganês, em puxado contra a peça repetidas vezes, de
que é necessária a realização de lixamento maneira similar ao movimento de corte reali-
antes da realização do trabalho. zado com uma serra. Se for necessária a
goivagem em maior profundidade, essa
Aplicações: operação deve ser repetida. Para furar a
O OK 21.01 e OK21.03 são adequados peça, o eletrodo deve ser mantido perpen-
para utilização em campo ou quando não dicular após a abertura do arco e empur-
existe disponibilidade de equipamentos/ rado contra a mesma. O aumento do furo
acessórios para goivagem utilizando eletro- pode ser obtido utilizando a mesma técnica
do de grafite. É excelente para emprego na empregada na remoção de material duran-
remoção de trincas em ferros fundidos, por te a goivagem.
34 MAIO Nº 7 2007

Curiosidade

Demovan: demonstrações in loco,


com flexibilidade e eficiência

E
m setembro de 2006, a filial Porto principalmente para a Empresa é que, a cada
Alegre da ESAB lançou a Demovan, encontro, a Demovan, devido à versatilidade,
unidade móvel personalizada, com tem capacidade de levar consigo uma linha de
a finalidade de divulgar e expor os produtos focados num segmento específico,
produtos da Empresa de forma mais ativa e podendo ser alterada de acordo com as ne-
pontual. Adaptada numa caminhonete Iveco, cessidades de cada evento.
funciona como um estande móvel, capaz de Segundo Walter, a apresentação teórica
transportar máquinas de corte, soldagem ma- ilustrada com a prática representa outro bene-
nual e semi-automática e máquinas de Arco fício aos clientes, uma vez que podem ver de
Submerso para as diversas feiras regionais, re- perto a realização do que foi dito nas palestras.
vendas e grandes clientes. “Antes da Demovan, muitas vezes dependía-
Nessas oportunidades, são realizadas pa- mos da disponibilidade de um cliente para po-
lestras, workshops e demonstrações que unem dermos mostrar o funcionamento de um equi-
a teoria e a prática num mesmo momento, ge- pamento a outro interessado. Com a Demovan,
rando uma boa repercussão dos serviços e podemos levá-la onde quisermos e apresentar
produtos oferecidos pela ESAB. ali mesmo todo o seu potencial.”
“A Demovan funciona como uma espécie Há seis meses circulando pela região Sul do
de showroom. Possui espaço e condições para país, a Demovan realizou diversos workshops,
a disposição das máquinas que queremos levar em parceria com os distribuidores da ESAB, e já
até determinado local, não apenas para expo- possui um extenso programa para 2007. Esses
sição, mas também para completa demons- encontros são oferecidos a clientes de vários
tração de utilização”, explica o gerente da filial, segmentos e contam com a presença de uma
Walter Mattos Filho. equipe capacitada da ESAB para a exposição
Um dos grandes ganhos para o cliente e de palestras e demonstração dos produtos.

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