Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
RECURSO ESPECIAL N 1.225.901 - MG (2010/0209619-8) RELATOR RECORRENTE RECORRIDO ADVOGADO INTERES. ADVOGADO INTERES. INTERES. INTERES. INTERES. : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES : MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS : COMPANHIA ENERGTICA DE MINAS GERAIS CEMIG E OUTRO : DCIO FLAVIO GONALVES TORRES FREIRE E OUTRO(S) : IRANI VIEIRA BARBOSA : EUSTAQUIO PEREIRA DE MOURA JUNIOR E OUTRO(S) : DJALMA BASTOS DE MORAES : FLVIO DECAT DE MOURA : ELMAR DE OLIVEIRA SANTANA : MUNICPIO DE ALTO RIO DOCE RELATRIO
O EXMO. SR. MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES (Relator): Trata-se de recurso especial interposto pelo Ministrio Pblico do Estado de Minas Gerais, com fundamento na alnea "a" do permissivo constitucional, contra acrdo do Tribunal de Justia do mesmo ente federativo assim ementado:
AO POPULAR. REQUISITOS. REVISO DE CLUSULA CONTRATUAL E CONDENAO A DEVOLUO DE PAGAMENTO. ILEGITIMIDADE ATIVA. -Ao popular objetiva a anulao ou declarao de nulidade de ato lesivo ao patrimnio pblico, no tendo o autor popular legitimidade para pleitear reviso de clusula contratual nem condenao a devoluo de valores pagos, sendo inepta a inicial, com tal orientao.
Os embargos de declarao opostos foram rejeitados. Alega o recorrente que o acrdo recorrido violou os arts. 295, inciso I, 535, inciso I, do Cdigo de Processo Civil - CPC e 1 da Lei n. 4.765. Aduz omisso do Tribunal a quo quanto a questo imprescindvel para o deslinde da controvrsia. Sustenta a
possibilidade/legalidade de pedir a anulao parcial de contrato, ou seja, de clusula contratual em virtude de leso ao patrimnio pblico. Contrarrazes s fls. 1189/1204. Admitido o recurso especial na origem, subiram-me os autos. o relatrio.
Pgina 1 de 4
VOTO
O EXMO. SR. MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES (Relator): Trata-se de ao popular intentada contra companhia energtica em razo de suposta ilegalidade no contrato realizado entre esta e o Municpio Alto Rio Doce, em que alegadamente leva-se em conta errnea estimativa para a cobrana de energia eltrica, lesionando os muncipes. Pretende-se, na ao popular, que se declare a nulidade de clusula de previso de consumo e condene-se a r a devolver em dobro os valores cobrados indevidamente. O acrdo recorrido, ao fundamento de que s cabe ao popular para desconstituir o contrato por inteiro, e no de clusula contratual, extinguiu o processo por inpcia da petio inicial.
Documento: 14860842 - RELATRIO, EMENTA E VOTO - Site certificado Pgina 2 de 4
Pgina 4 de 4