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O meu diário

Nome: Dominique Martinho


Nº:9
Ano e turma: 8ºD
Docente: Rosalina Simão Nunes
Disciplina: Língua portuguesa
12/11/1970
• O meu nome é Zebedee, a verdade é que acho
isto dos diários ridículo, mas a verdade é o que
mundo está atravessar uma fase espectacular
que eu tenho de descrever, e a verdade é que
também sinto mágoas.
• Moro em Newcastle, Inglaterra, e é neste país
que por esta altura se está a desenvolver o
NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal).
É algo completamente novo, não se consegue
perceber ao certo o que é. Parece Rock’N Roll
mais pesado. Amanhã vai haver um concerto de
metal em massa ali na praça e eu vou assistir.
13/11/1970
• WOW! Desde o ano passado a desenvolver este
novo estilo, o Heavy Metal e já há “carradas de
fãs”. Os anfitriões do concerto foram os Led
Zeppelin, claro… Eles começaram isto tudo.
Tocaram os anfitriões, os Iron Maiden, os Black
Sabbath, os Deep Purple, os Budgie, os Guns’N
Roses, os Judas Priest… Enfim, o Heavy Metal
veio para reinar, e está a espalhar-se pela
Europa inteira.
14/11/1970
• Acabou-se o fim-de-semana. Agora são as aulas.
Acordei tarde e por isso cheguei atrasado, fui para a
escola com um casaco de cabedal, umas calças de
cabedal, umas botas, com umas correntes nas calças,
uma bracelete de picos, e decidi deixar crescer o cabelo,
apesar de ele já não estar muito curto.
• Quando cheguei à escola, fui discriminado pela roupa, e
como a escola é muito conservadora e respeita muito
uma tradição própria levei com a palmatória… Foi um
mau dia, enfim… Dias melhores virão. Deviam ter visto a
reacção dos meus pais.
15/11/1970
• Hoje comecei a ter aulas de guitarra
eléctrica. Não tendo desistido do estilo
que estava a usar, fui de novo
discriminado e também expulso. Os meus
pais ralharam-me e puseram-me numa
escola pública. Amanhã verei como é.
• Esquecendo a minha mágoa… Estou a
dominar a guitarra eléctrica.
16/11/1970
• A verdade é que estou a adorar a escola pública. Há
mais gente igual a mim, aceitam-me por gostar de heavy
metal, até criei um grupo e estamos a pensar formar
uma banda. Temos o Zachary na guitarra solo, o
Keating no baixo e o Zeek na bateria. Estamos a pensar
em dar o nome há banda Orphans of Hell. Porque os
pais dos meus novos amigos simplesmente não
existiam, desapareceram por coisas que nem eles
sabem. Talvez tivessem fugido ou morrido, não se sabe.
Eu cá tenho pais, mas são quase como se não fossem
meus pais, passam o tempo todo a trabalhar, a única
coisa que me dão é disciplina, nunca amor, carinho e
afecto. É sempre disciplina desde os meus 3 anos.
17/11/1970
• Hoje na escola eu e a minha banda demos um mini-
show. Organizámo-nos, demos um pequeno concerto: 3
músicas que inventámos ontem, pois nós ontem
formámos a banda e fomos logo praticar.
• Não estamos a fazer o som novo que anda por aí, é
parecido mas diferente e é um bocado mais forte. É
estranho, mas fixe.
• Nós na escola somos quase como que reis, somos os
mais “estilosos” temos as raparigas, uma banda, os
cabelos longos ao vento, o ar de polícia corrupto, não é
nada como na outra escola onde era constantemente
vítima de bulling por parte dos tipos do futebol.
18/11/1970
• Hoje foi último dia de semana e está a haver uma manifestação na
porta da escola para que se mantenha o director actual, pois
querem pôr agora no poder um director muito conservador, é
apenas, MAU!
• No final das aulas, a minha banda e eu estávamos a ensaiar,
criámos 20 músicas hoje, estávamos simplesmente inspirados.
Umas misturas de riffs e de batidas, depois umas letras que tinha
inventado, encaixamos tudo e assim foi, tínhamos músicas
suficientes para apresentar num concerto.
• Um concerto… Depois do ensaio fui ver a caixa de correio da nossa
garagem e adivinhem, numa carta, vinha um selo com um “A” de
anarquia e dentro da carta diz que tínhamos sido convidados para
tocar no concerto do movimento punk amanhã! Escolhemos as oito
melhores músicas que tínhamos, porque só tínhamos direito a tocar
8 músicas e esperamos ansiosamente pelo dia seguinte.
19/11/1970
• Hoje foi o grande dia! Que máximo mesmo, participámos
num banquete com a Rainha e os outros membros de
outras bandas. Às 19:00 horas o espectáculo começou.
Fomos os primeiros a tocar. Primeiro, tocámos a
Mediocrity seguindo-se, My Spirit, Corn and Cheese,
This smells like a feet, About a relationship, I don’t like
my parents, Eat Meat e Destruction Song. Fomos um
sucesso o público adorou. Acharam estranho o estilo,
porque fomos os primeiros a tocar e ainda não se sabia
o que era o punk. Acabamos por saber o que somos.
Tocaram também os Ramones, os Sex Pistols, os The
Clash, Dead Kennedys, Exploited, Black Flag… entre
outros…
• Foi o melhor dia da minha vida, porque no fim de tudo
ainda me pediram que fosse tocar um solo.
20/11/1970
• Bom, este foi um dia ”cool”. Passei-o com a minha
família, pois os meus pais decidiram que necessito de
mais afecto. Fiz coisas que nunca tinha feito em família
com os meus pais, e, às tantas, o meu pai descobriu
que também gosta de Heavy Metal, e está a mostrar
grande interesse em Led Zeppelin. Acho que não
necessito mais deste diário.
• A grande época está no auge e a desenvolver-se, mas
os movimentos e o resto das emoções já acabaram, e
para mim acabou-se a mágoa, até porque me disseram
que na minha escola se vai manter o mesmo director.
• E quanto às minhas cenas de ser fanático pelo Heavy
Metal é apenas um reflexo do Dominique, não façam
isto em casa como ele. Ele é doido e aqui na Inglaterra o
nome dele aceita-se como nome de rapariga, ele deve
pensar que está na França!

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