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Twilight

Crítica por: Joshua Starnes


Classificação: 6 de 10
Detalhes do filme: Veja aqui

Elenco:
Kristen Stewart como Bella Swan
Robert Pattinson como Edward Cullen
Billy Burke como Charlie Swan
Ashley Greene como Alice Cullen
Nikki Reed como Rosalie Hale
Jackson Rathbone como Jasper Hale
Kellan Lutz como Emmet Cullen
Peter Facinelli como Dr. Carlisle Cullen
Cam Gigandet como James
Taylor Lautner como Jacob Black
Anna Kendrick como Jessica Stanley
Michael Welch como Mike Newton
Justin Chon como Eric Yorkie
Christian Serratos como Angela Weber
Gil Birmingham como Billy Black
Elizabeth Reaser como Esme Cullen
Edi Gathegi como Laurent
Rachelle Lefevre como Victoria
Sarah Clarke como Renee
Ned Bellamy como Waylon Forge
Gregory Tyree Boyce como Tyler
Matt Bushell como Phil
José Zúñiga como Mr. Molina

Dirigido por Catherine Hardwicke

Crítica:
Por muito, muitos anos, Hollywood tem feito a maioria dos dólares da bilheteria com as
fantasias de poder dos adolescentes fracamente veladas; pintando os sonhos de garotos de
treze anos na tela grande e trazendo junto toda a sutileza e profundidade que você pode
esperar disso. É apenas uma prática de bons negócios, eu acho, eles compram mesmo a maior
parte dos ingressos, especialmente quando menos e menos alternativas podem ser feitas.
Felizmente para nós, Summit Enterteinment chegou para combater o insípido monopólio dos
garotos adolescentes com insípidas fantasias de garotas adolescentes.

A fantasia escolhida foi a série insanamente popular “Twilight”, de Stephenie Meyer, sobre o
amor maldito da humana Bella Swan (Kristen Stewart) pelo vampiro Edward Cullen (Robert
Patinson). Sua popularidade é certamente compreensível. Bella é introvertida e deslocada em
Phoenix, mas quando ela se muda para a chuvosa Forks, Washington, ela de repente se
encontra como o foco de atenção popular. Particularmente para Edward – mostrado no filme
como um tipo de modelo da Calvin Klein gótico – a fantasia de ‘bad boy’ suprema. Ele tem
impulsos perigosos, assassinos, mas tem vergonha deles – embaixo da violência, ele é
sensível – e a garota certa pode dar a ele o incentivo para controlá-los. Esse tipo de coisa
praticamente convida ao drama e, como vocês sabem, drama é o que nós conseguimos. É tudo
muito adolescentemente feminino, e provavelmente insuportável para qualquer um com um
cromossomo Y.

Mas justo é justo. Personagens como Edward tem tanta probabilidade de existir na natureza
como o elusivo supermodelo/geek/colecionador de gibis, mas isso não nos impede de olhar.
Todo mundo tem direito às suas próprias fantasias, embora o quão interessante seja a sua
fantasia usualmente é inversamente proporcional ao quão interessante você a considera.

Contudo, um escritor ou diretor que está disposto e tem capacidade pode exceder as
convenções da fantasia adolescente em que se acha trabalhando. Isso é ainda mais essencial
em adaptações, onde um cineasta pode fazer ao material original mais favores sendo
verdadeiro ao espírito do que à palavra escrita. Infelizmente, a diretora Catherine Hardicke (“Os
Reis de Dogtown”) e a roteirista Melissa Rosenberg decidiram grudar de maneira escrava ao
livro, exceto por personagens auxiliares e elementos da história de fundo que tiveram que ser
cortados para que o livro coubesse num filme de 120 minutos de duração. O resultado é um
pouco vazio. Edward e Bella são tão clichês quanto parecem ser, embora Pattinson seja com
freqüência hábil para sair da camisa de força da introspecção em que ele foi enfiado e mostrar
alguns vislumbres de personalidade real.

Stewart, por outro lado, diz cada linha do diálogo como se fosse uma pergunta vacilante, como
se ela não tivesse certeza do que está dizendo. Bella é para ser introvertida, alguém que ainda
está lidando com a emersão de sua própria personalidade e incerta sobre ela. Tudo bem,
ótimo. Mas na prática, ela se torna quase autista na sua inaptidão da comunicar o que ela está
pensando e sentido, não só para os outros personagens, mas também para a platéia. A idéia
parece ser que ela é meramente uma capa para emoções tão incomensuráveis que estão além
da capacidade dela de expressá-las, mas devido à falta de qualquer evidência contrária, eu
tenho que presumir que a capa é tudo o que está lá. Como o foco do filme é mover o enredo
para frente, a platéia é deixada com a sua própria capacidade de entender porque ela é da
maneira que é, sem ajuda vindo mais à frente na história. Eu sei tanto sobre ela no fim do filme
quanto eu sabia no início, e, à parte de seu amor por Edward, eu não tenho idéia do que ela
sente sobre qualquer coisa, ou porque ela é do jeito que é. Edward pode mais ou menos sair
desse tipo de coisa. Ele era para ter algo de um homem misterioso. Para começar. Retirando-
se as camadas da sua natureza e porque ele é do jeito que é, é mais ou menos sobre o que a
história é (qual conflito está lá, ou é muito internalizado ou apresentado muito tardiamente).
Mas Bella é o ponto de vista da platéia, então ela precisa ser ao menos alguém com quem se
possa identificar-se, além de apenas o elemento fantasioso do desenvolvimento de uma
relação com o galã do ensino médio.

Mas isso parece ser só o que é oferecido. “Twilight” realmente tem uma paixão por beleza
superficial, especialmente quando se trata de vampiros. Isso leva a um dos poucos momentos,
possivelmente não-intencional, de compreensão do filme, quando Edward confessa a Bella que
os de sua espécie são de uma beleza impossível, mas que é fingimento, um engodo para
pegar presas insuspeitas. Isso resume “Twilight” muito bem. É uma fachada, um atrativo para
aqueles que dividem o apetite certo, mas é só isso.

O filme em si, por outro lado, é de aparência bem tristonha. Hardwicke é uma boa diretora, mas
sua filmagem em um estilo realista, que serviu perfeitamente com o assunto tratado em seus
filmes anteriores, está em sério conflito com a aparência orientada para o tema. Sua idéia
parece ter sido tornar o mundo do filme mais real, mas os personagens são tão falsos que ela
só está se esforçando em vão. Ou batendo contra a parede dos elementos fantasiosos do
filme, que não são muito bem representados. Os efeitos do filme são no mínimo defeituosos; as
partes com vampiros correndo particularmente ruins. Quase cômicas. Está tudo muito além da
habilidade demonstrada por Hardwicke. Não ajuda também o fato de ela não ter o melhor
elenco. Enquanto os outros filmes tinham as presenças de Holly Hunter e Heath Ledger para
basear e guiar o conjunto, “Twilight” tem Peter Facinelli.

E ainda assim, há provavelmente uma boa história lá. Os clichês fáceis de drama escolar foram
facilmente colocados de lado em troca de um grupo de amigos extremamente agradáveis (mais
cativantes, na verdade, que os vampiros) que são apresentados e rapidamente ignorados uma
vez que os vampiros tomam a liderança. Há uma grande quantidade de ajustes da tradição
vampira também e isso é legal de observar (eles não queimam na luz do sol, por exemplo). A
visita de Bella à fantástica, moderna e aberta casa dos Cullen é provavelmente o ponto alto do
filme, quando eles tentam freneticamente aprender a cozinhar pra uma humana. Mas uma boa
cena não faz exatamente toda uma experiência cativante.

Ainda, eu estou fazendo-o parecer muito pior do que é. Parte disso certamente é porque eu sou
um cara, e “Twilight” nem tenta fingir que tem algo a oferecer para mim. Mas sua aparência é
alegremente orientada como qualquer filme de ação de grande orçamento, só que orientada
em uma direção diferente. O enredo é bem leve; “Twilight” é dedicado a apresentar seu mundo
e os personagens que vivem nele, mas não muito mais. Várias idéias e personagens são
trazidos à tona e deixados soltos, com sorte para serem expandidos em um próximo capítulo.
Encontramos, especialmente com sua produção desestimulante, mais um piloto de uma série
de TV “Twilight” do que um filme independente. Nada disso deve importar aos fãs do livro, e os
membros da sua audiência-alvo que não tropeçaram nele ainda. Eles devem amá-lo apesar de
tudo. Mas esse tipo de devoção merece mais do que está recebendo.

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