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Aos Srs.

Procurador- Geral de Justiça


Eduardo Abdon Moura
Edifício-sede do Ministério Público do Estado de Goiás
Rua 23, esq. com Av. B, Qd. A6 Lt. 15/24, 2º andar, sala 224-C
Jardim Goiás
74.805-100 - Goiânia - GO

Procurador
Fabrício Macedo Mota
Procuradoria Geral de Contas
Tribunal de Contas dos Municípios
Rua 68 nº 727
Centro
74.055-100 – Goiânia – GO

Procurador Regional Eleitoral


Cláudio Drewes José de Siqueira
Procuradoria da República em Goiás
Av. Universitária, 644
Setor Leste Universitário
74605-010 – Goiânia – GO

Com cópias para:

Membros do Conselho Superior, Coordenadores dos Centros de Apoio Operacional


e titulares da 8ª Promotoria – Urbanismo, 12ª Promotoria – Consumidor, 50ª
Promotoria - Patrimônio Público, 53ª Promotoria – Comunitária, 57ª Promotoria -
Patrimônio Público, 63ª Promotoria – Comunitária, 64ª Promotoria – Comunitá-
ria, 65ª Promotoria – Cidadão, 70ª Promotoria – Consumidor, 87ª Promotoria –
Cidadania, 88ª Promotoria – Cidadania, 89ª Promotoria – Patrimônio, 90ª Pro-
motoria – Patrimônio, do Ministério Público do Estado de Goiás.

Goiânia, 25 de abril de 2008.

Exmos. Senhores membros do Ministério Público:

Neste documento estamos encaminhando a esse digníssimo órgão, relato de fatos


pertinentes à Concorrência Pública do Governo Municipal de Goiânia para a
construção de 14 (quatorze) viadutos de sistema viário, sendo que o da Praça do
Chafariz já se encontra em processo de licitação.

Vindo a público através da imprensa, a intenção de construção em massa de


viadutos carece de justificativas, sejam elas técnicas ou funcionais, ferindo várias
condutas relativas à administração, gestão e uso dos recursos públicos municipais.

1
O sistema de mobilidade da cidade de Goiânia vem, há muito tempo, registrando
ineficiência, motivada principalmente pela forma de condução dos órgãos
responsáveis.

A interferência em um local de conflito de tráfego, como é o cruzamento da


Avenida 85 com a T-63, e a solução em andamento de construir um viaduto e uma
trincheira, demonstram a visão estreita e pontual com que questões urbanas
relevantes são tratadas, nos motivando a recorrer a este digno Instituto para
apresentar as seguintes considerações:

1 - A mobilidade é uma das condições cruciais de qualquer cidade grande e


necessita de ações fundamentadas, consistentes e responsáveis;

2 - Esta Capital promulgou, na atual gestão municipal, um novo Plano Diretor que
traz diretrizes oriundas de um longo histórico de planejamento e de
amadurecimento de soluções técnicas para várias questões, entre as quais a da
mobilidade.

3 - As diretrizes de mobilidade, exaustivamente debatidas na elaboração do Plano


Diretor, norteadoras das intervenções vitais no uso da malha urbana, simplesmente
não foram realizadas.

4 - A Lei Federal 10.257/2001 - Estatuto da Cidade -, obriga a existência de Plano


Diretor de Transporte integrado e compatível com o Plano Diretor, nas cidades
com mais de 500.000 hab. (Art. 41, § 2º).

5 – A interferência no tráfego viário com obras de grande impacto físico, financeiro


e político, deve estar prevista no Plano Diretor e no sistema de orçamento , além de
ser objeto da gestão democrática levada à discussão em audiências públicas,
conforme preconiza o mesmo Estatuto.

6 – A população tem tomado conhecimento de obras de tal porte pela imprensa, no


momento de licitação e como fato consumado. Já foi noticiada uma seqüência de
outros 23 viadutos na região metropolitana de Goiânia previstos dentro da mesma
perspectiva (Diário da Manhã, 11.04.08).

7 – Estas atuações têm sido questionadas por diversas instituições técnicas, de


ensino e de profissionais da área, pela sua ineficácia a médio e longo prazos, pelo
seu custo e pelo seu uso político (anexo 1).

O Plano Diretor de Goiânia define, entre as diretrizes para a política de


mobilidade, acessibilidade e transporte, as seguintes prioridades nos
deslocamentos (Lei complementar 171/2007 art. 17, I):

• não motorizados sobre os motorizados;


• coletivos sobre os individuais;
• das pessoas sobre os dos bens e mercadorias.

2
O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), não elaborado para o caso em questão,
preconiza (Res. Conama 001/86 art. 9º):

• objetivos, justificativa e compatibilidade do projeto com os demais


programas e projetos governamentais;
• alternativas tecnológicas e locacionais para o projeto;
• previsão da qualidade ambiental futura em decorrência das
alterações ocasionadas;
• recomendação da alternativa mais favorável;
• apresentação clara das vantagens e desvantagens do projeto;
• transparência, divulgando e colocando os projetos à disposição do
público.

Nenhuma das prerrogativas é visível no caso dos viadutos.

A obra na Praça do Chafariz e a da Praça do Ratinho (antiga Latif Sebba) foram


objetos da seguinte costura orçamentária: a LDO de 2008 incluiu as obra na LDO
de 2007 ! Em agosto de 2007 a obra da Praça do Ratinho já estava em andamento.
Registre-se que as demais obras deste tipo previstas na LDO 2007 se referiam a
regiões periféricas, no contorno viário da cidade, e que o PPA 2006-2009 já
definira a priorização do pedestre e do transporte coletivo e a implantação de
ciclovias (anexo 1).

Foi divulgado que a licitação da obra da Praça do Chafariz seria aberta


concomitantemente à inauguração do Viaduto da Praça do Ratinho, esta levada a
cabo a despeito da intensa discussão que provocou, mormente na seção de Cartas
do Leitor de O Popular. A despeito disso, a sociedade mostrou as restrições técnicas
a essas intervenções, levando a Prefeitura a um recuo momentâneo, encerrado com
a abertura da licitação da praça do Chafariz sem que se tenha notícia do
atendimento a qualquer das exigências citadas (anexo 2).

Como se vê, há uma evidente contradição entre o processo de elaboração da obra e


as diretrizes emanadas por instrumentos aprovados pelo próprio governo
municipal, tais como o Plano Diretor, o PPA e as LDOs.

É flagrante o intuito de tornar esta obra um marco político, com a introdução de


um discutível monumento sobre o viaduto, cuja localização está flagrantemente em
desacordo com as condutas relacionadas ao trânsito que, por questões de
segurança, faz a recomendação básica de que obras viárias não desviem a atenção
do motorista (anexo 3).

Trata-se de obra que, até o momento não apresenta consistência que a fundamente,
a despeito do montante de recursos públicos envolvidos, estimado em R$
20.000.000,00 (vinte milhões de reais), e cujo interesse é notoriamente eleitoral,
atropelando todo um referencial técnico de planejamento da cidade construído ao
longo dos anos, bem como a legislação pertinente, em especial no que concerne à

3
participação da população na sua discussão, como, por exemplo, a Agenda 21 -
Goiânia –Subsídios 2002-2003, elaborada pela UCG/SEPLAM/ARCA ( anexo 4 ).

Do ponto de vista da Legislação, é oportuno considerar que:

1. Os acontecimentos que precederam a licitação em curso ferem o modelo de


planejamento orçamentário e a participação popular preconizados pela nossa
Constituição e asseverados na legislação específica.

2. Pela Constituição Federal, o Plano Diretor é o instrumento básico na política


de desenvolvimento urbano.i

3. O Estatuto da Cidade reforça o uso deste instrumento no planejamento


urbano, juntamente àqueles que compõem o ciclo orçamentário. Preconiza,
entre as diretrizes gerais para a política urbana, a gestão democrática, com a
participação da sociedade na formulação, execução e acompanhamento desses
planos, através de debates, audiências e consultas públicas obrigatórias; sua
audiência pelo poder público no processo de implantação de empreendimentos
de grande impacto; a isonomia entre as iniciativas oriundas do poder público e
as da iniciativa privada; a realização de estudo prévio de impacto de vizinhança
(EIV) e estudo prévio de impacto ambiental (EIA). Em especial, determina que
em cidades com mais de 500 mil habitantes deve ser elaborado plano de
transporte urbano integrado, compatível com o plano diretor . ii

4. O Plano Diretor de Goiânia foi promulgado em 29 de maio de 2007 e


publicado no Diário Oficial do Município de 26 de junho de 2007. E se existe
um plano de transporte urbano integrado, este não foi adequado e muito
menos inserido naquele, pois envolve o serviço de transporte coletivo de massa
que atua em interconexão com outros modos de deslocamento como o ciclismo
e o sistema viário metropolitano

5. A atribuição de verificar a compatibilidade de planos e programas, inclusive


da legislação que integra o ciclo orçamentário, com o Plano Diretor é do
COMPUR (Conselho de Política Urbana).iii

6. A Lei Orgânica do Município de Goiânia também estabelece a necessidade


de aprovação de Relatório de Impacto Ambiental para intervenções que causem
alteração ambiental significativa.iv

7. No Plano diretor de Goiânia, o transporte coletivo é a modalidade


preferencial de deslocamento motorizado.v

4
8. São diretrizes do Estudo de Impacto Ambiental (EIA): a confrontação com
alternativas tecnológicas e de localização, mesmo com a não-execução do
projeto; a compatibilidade com outros planos e programas governamentais;
sua elaboração por equipe multidisciplinar e não dependente do proponente do
projeto.vi

9. O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), elaborado a partir do EIA,


deverá conter: os objetivos, justificativas e compatibilidade dos projetos
com os demais programas e projetos governamentais; as alternativas
tecnológicas e locacionais ao projeto; prever a qualidade ambiental futura em
decorrência das alterações ocasionadas; recomendar a alternativa mais
favorável; ser apresentado de forma a deixar claras as vantagens e
desvantagens do projeto; ser colocado à disposição do público. Há ainda
previsão de audiência pública para apresentação do projeto e seus impactos e
discussão do RIMA.vii

Com o acima exposto, recorremos a esta digna Instituição, detentora da


incumbência de defender a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses
sociais indisponíveis. viii

É necessário e imprescindível que uma ação neste campo seja


urgentemente conduzida, dada a irreversibilidade, das intervenções
previstas.

Assim, solicitamos a imediata intervenção de V. Sas. a fim de coibir esse abuso,


fazendo com que se interrompa esse ato de arbítrio e se implemente a política
preconizada nas diretrizes do Plano Diretor e demais instrumentos legais
mencionados.

Ao fazermos este pedido, temos em mente dois momentos históricos para o


Ministério Público:

- a atuação conjunta de vários membros do Ministério Público Estadual, em


conjunto com o Ministério Público Federal, na celebração do TAC que
interrompeu as ilegalidades cometidas pela Agência Ambiental no
licenciamento de Usinas Hidrelétricas; e
- a Ação Civil Pública contra dirigentes do mesmo órgão, na qual atuaram
várias promotorias.

5
Sem mais, confiando na atuação do Ministério Público do Estado de Goiás, em prol
do cidadão, despedimo-nos

Atenciosamente,

Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas –FNA – Goiás

Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado de Goiás –SARQ-GO

Instituto de Arquitetos do Brasil –IAB – Departamento de Goiás

Câmara de Arquitetura do CREA – GO

Conselho Superior do Instituto de Arquitetos do Brasil –Representação de Goiás

ARCA – Associação para Recuperação e Conservação do Ambiente

Conselho Municipal de Política Urbana –COMPUR – Representação da UCG

6
Oficina de Planejamento Urbano e Ambiental da UCG

Centro Cultural Eldorado dos Carajás

Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Publico Federal – SINTSEP

Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde-GO)

Associação dos Auxiliares e Técnicos em Odontologia do Estado de Goiás (AATC/GO)

Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência no Estado de Goiás e Tocantins –

SINTFESP-GO/TO

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químico-farmacêuticas no Estado de Goiás

7
Notas:
i
C.F. Art. 182, §1º: “O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades
com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de
expansão urbana”.

ii
Lei 10.257/2001 (Estatuto da Cidade):

Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da
cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
...
II – gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos
vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos,
programas e projetos de desenvolvimento urbano;
...
XIII – audiência do Poder Público municipal e da população interessada nos processos de
implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos sobre o meio
ambiente natural ou construído, o conforto ou a segurança da população;
...
XVI – isonomia de condições para os agentes públicos e privados na promoção de
empreendimentos e atividades relativos ao processo de urbanização, atendido o interesse social.
...
Art. 4o Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos:
...
III – planejamento municipal, em especial:

a) plano diretor;
...
d) plano plurianual;

e) diretrizes orçamentárias e orçamento anual;

f) gestão orçamentária participativa;

g) planos, programas e projetos setoriais;


...
V – institutos jurídicos e políticos:
...
VI – estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV).
...
§ 3o Os instrumentos previstos neste artigo que demandam dispêndio de recursos por parte do
Poder Público municipal devem ser objeto de controle social, garantida a participação de
comunidades, movimentos e entidades da sociedade civil.

Art. 38. A elaboração do EIV não substitui a elaboração e a aprovação de estudo prévio de impacto
ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislação ambiental.
Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades:
...
§ 2o No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, deverá ser elaborado um plano de
transporte urbano integrado, compatível com o plano diretor ou nele inserido.
...

8
Art. 43. Para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, entre outros, os
seguintes instrumentos:

I – órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal;

II – debates, audiências e consultas públicas;

III – conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal;

IV – iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento


urbano;

V – (VETADO)

Art. 44. No âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa de que trata a alínea f do inciso
III do art. 4o desta Lei incluirá a realização de debates, audiências e consultas públicas sobre as
propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual, como
condição obrigatória para sua aprovação pela Câmara Municipal.

Art. 45. Os organismos gestores das regiões metropolitanas e aglomerações urbanas incluirão
obrigatória e significativa participação da população e de associações representativas dos vários
segmentos da comunidade, de modo a garantir o controle direto de suas atividades e o pleno
exercício da cidadania.

iii
Lei do COMPUR - Lei complementar nº 10/1991

Art. 2º - O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais, assim como os


planos, programas e projetos setoriais deverão estar compatibilizados com as diretrizes do Plano
Diretor.

Art. 7º - Compete ao Conselho Municipal de Política Urbana:

II - examinar a compatibilidade entre planos e programas setoriais, de responsabilidade de órgãos


da administração direta, indireta ou fundacional, de qualquer nível de governo, e as diretrizes do
Plano Diretor, assim como propor as medidas necessárias para sustar ações incompatíveis com o
referido Plano;

III - examinar a compatibilidade entre o Plano Plurianual e as diretrizes constantes do Plano


Diretor;

iv
Lei Orgânica do Município de Goiânia

Art. 206 - O Município, através do órgão competente, destinado a formular, avaliar e executar a
política ambiental apreciará:
...

§ 2º - Todo projeto, programa ou obra, público ou privado, bem como a urbanização de


qualquer área, de cuja implantação decorrer significativa alteração do ambiente, está sujeito à
aprovação prévia do Relatório de Impacto Ambiental, de conformidade com a lei estadual,
bem como à análise e aprovação do órgão municipal próprio.

v
Art. 26. O transporte coletivo é a modalidade preferencial de deslocamento motorizado no
Município, devendo ser organizado, planejado, implementado e gerenciado em observância do
modelo institucional metropolitano em vigor e dar-se-á por meio das seguintes diretrizes gerais:

9
IV – estabelecer soluções de planejamento e operação que priorizem a circulação do transporte
coletivo sobre o transporte individual, em especial, mediante a adoção de soluções de infraes-
trutura viária que lhe garanta prioridade e primazia na circulação;
V – promover ações que permitam universalizar o serviço de transporte coletivo, considerando as
necessidades específicas dos distintos segmentos da população e dos setores da cidade nos
deslocamentos urbanos;
VIII – adotar instrumentos permanentes de planejamento estratégico para as ações da gestão do
transporte, como o Plano Diretor Setorial de Transporte Coletivo, de forma a adequar a estru-
tura do serviço de transporte coletivo às modificações demográficas, econômicas e urbanas futuras,
em especial às que decorram desta Lei;
XI – oferecer, à população usuária, o transporte noturno 24 horas, com a implantação de linhas
regulares, mantendo a circulação dos veículos do sistema, no período compreendido entre
0:00 (zero) hora a 06:00 (seis) horas;
Art. 29. O Sistema de Transporte Coletivo é formado pela rede estrutural de transporte Coletivo,
composto pelos corredores exclusivos, corredores preferenciais, estações de integração, esta-
ção de conexão, integração de modais, ciclovias, bicicletários e estacionamentos, conforme constam
da FIG. 2 – Sistema de Transporte Coletivo e do Anexo VI – Do Sistema de Transporte Coleti-
vo, integrante desta Lei.
Art. 35. A implementação dos Programas Estratégicos de Gerenciamento do Trânsito dar-se-á por
meio de diretrizes que consistirão em:
IV – garantir que, prioritariamente, a acessibilidade e a mobilidade destinem-se ao ser humano e
não aos veículos e, que todos os demais usuários da via pública sejam respeitados, princi-
palmente os pedestres, ciclistas, idosos, pessoas com limitações locomotoras e outras;

vi
Resolução Conama 001/86:
Art. 5º - O estudo de impacto ambiental, além de atender à legislação, em especial os princípios e
objetivos expressos na Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, obedecerá às seguintes diretrizes
gerais:
I - Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de projeto, confrontando-as com a
hipótese de não execução do projeto;
...
IV - Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em implantação na área de
influência do projeto, e sua compatibilidade.
Art. 7º - O estudo de impacto ambiental será realizado por equipe multidisciplinar habilitada, não
dependente direta ou indiretamente do proponente do projeto e que será responsável tecnicamente
pelos resultados apresentados.

vii
Resolução Conama 001/86
Art. 9º - O relatório de impacto ambiental (RIMA) refletirá as conclusões do estudo de impacto
ambiental e conterá, no mínimo:
I - Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas setoriais,
planos e programas governamentais;
II - A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando para cada um
deles, nas fases de construção e operação a área de influência, as matérias primas, e mão-de-obra, as
fontes de energia, os processos e técnica operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos de
energia, os empregos diretos e indiretos a serem gerados;
IV - A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da atividade,
considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e
indicando os métodos, técnicas e critérios adotados para sua identificação, quantificação e
interpretação;
V - A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando as diferentes
situações da adoção do projeto e suas alternativas, bem como com a hipótese de sua não realização;
VIII - Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem
geral).

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Parágrafo único - O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua compreensão.
As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas,
quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender as
vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as conseqüências ambientais de sua
implementação.
Art. 11 - Respeitado o sigilo industrial, assim solicitando e demonstrando pelo interessado o RIMA
será acessível ao público. Suas cópias permanecerão à disposição dos interessados, nos centros de
documentação ou bibliotecas da SEMA e do órgão estadual de controle ambiental correspondente,
inclusive o período de análise técnica,
§ 2º - Ao determinar a execução do estudo de impacto ambiental e apresentação do RIMA, o órgão
estadual competente ou o IBAMA ou, quando couber o Município, determinará o prazo para
recebimento dos comentários a serem feitos pelos órgãos públicos e demais interessados e, sempre
que julgar necessário, promoverá a realização de audiência pública para informação sobre o projeto
e seus impactos ambientais e discussão do RIMA

viii
C.F. Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis.

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