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Mantida pela
Fundação de Ensino e Pesquisa do Sul de Minas - FEPESMIG
Varginha/MG
GESTOR
Prof. Ms. Tomás Dias Sant’ Ana
Supervisor Técnico
Prof. Ms. Wanderson Gomes de Souza
Design/diagramação
Prof. César dos Santos Pereira
Autor
TOMÁS DIAS SANT’ ANA, Ms
Pense. Indica que você deve refletir sobre o assunto abordado para
responder a um questionamento.
Prezado(a) aluno(a):
1. INTRODUÇÃO
1.1. Conceito
Segundo Nunes (2007), as primeiras abordagens conceituais qualificavam a
educação a distância pelo que ela não era e estabeleciam comparação imediata
com a educação presencial, também denominada educação convencional, direta ou
face-a-face, na qual o professor, presente em sala de aula, era a figura central. No
Brasil, até hoje, muitos preferem tratar a educação a distância a partir da
comparação com a modalidade presencial. Esse comportamento não é de todo
incorreto, mas promove um entendimento parcial do que é educação a distância e,
em alguns casos, estabelece termos de comparação pouco científicos.
1.2. Histórico
Na sua história, a EaD teve diferentes estágios ou gerações. A primeira geração
caracterizou-se pelo estudo por correspondência. As primeiras escolas na Suécia
(1833), Inglaterra (1840), Alemanha (1856), Estados Unidos da América (1874) e
Brasil (1904) adotaram, por ser a única opção, os correios, que transportavam pelas
formas possíveis (carruagens, trens, embarcações marítimas, lacustres e fluviais) os
materiais escritos à máquina de escrever manual, e traziam os exercícios feitos
normalmente à mão. Muitos dos cursos à distância espalhados pelo mundo ainda
são conduzidos por correspondência.
A segunda geração da EaD iniciou-se nos anos 1970 com a criação das primeiras
Universidades Abertas e a utilização de uma visão sistêmica na implementação do
projeto de educação a distância. Usavam recursos de instrução por correspondência
e transmissão de material gravado através de rádio e televisão e envio de fitas de
vídeo cassete.
Geração digital
A terceira geração traz novos paradigmas para a educação. Caracteriza-
se pela inserção das novas tecnologias de informação e comunicação
baseadas em redes de computadores.
O baixo custo e o alto grau de interatividade dos computadores ligados em
redes possibilitam diferentes formas de distribuição e acesso às
informações, imprimindo um novo ritmo à educação. É cada vez mais
comum a utilização de recursos interativos - como correio eletrônico, bate-
papo e videoconferência – para promover encontros virtuais entre os
professores e os alunos.
Essas novas tecnologias possibilitam ao indivíduo acesso a uma educação
global, em que a inovação e a descoberta são etapas fundamentais do
processo de aprendizagem.
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O interesse pela EaD no Brasil também se destacou quando, no início dos anos de
1960, o Bispo D. Fernandes do Paraná convidou a Professora Eda de Souza para
elaborar um projeto para EaD destinado à zona rural paranaense segundo os
moldes de um outro projeto.
A história da EaD no Brasil registra que, nas décadas de 60 a 80, novas entidades
foram criadas visando ao desenvolvimento da educação, especialmente via
correspondência. Um levantamento feito pelo Ministério da Educação, em fins dos
anos 70, apontava a existência de 31 estabelecimentos de ensino, sendo a
predominância no eixo Rio de Janeiro – São Paulo.
O primeiro programa de nível superior oferecido por meio de EaD existente no Brasil
se deu graças à ABT – Associação Brasileira de Tecnologia Educacional que, em
1981, recebeu do Conselho Federal de Educação o credenciamento pioneiro para
ministrar cursos de pós-graduação lato sensu por correspondência em parceria com
a CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior do
Ministério da Educação.
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2.2. Modelos
Não há um modelo único de educação a distância! Existem diferentes desenhos e
múltiplas combinações de linguagens e recursos educacionais e tecnológicos. A
natureza do curso e as reais condições e necessidades dos alunos são os
elementos que irão definir a melhor tecnologia e metodologia a ser utilizada,
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receber o “The Regents’ External Degree”1. Há também uma versão chinesa desse
modelo, chamada de auto-instrução para a preparação para um diploma
universitário. Esse modelo já diplomou mais de um milhão e oitocentos mil
estudantes (PETTERS, 2004, p. 74).
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Grau conferido pela universidade a aluno que não estudou nela ou estudou em outra instituição
afiliada ou aprovada pela universidade.
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Analisando esse modelo criticamente, poderíamos dizer que não é realmente uma
forma de educação a distância, embora seja verdade dizer que grupos de
estudantes são ensinados a distância. Na realidade, é uma forma convencional
tecnicamente estendida; as aulas transmitidas são as mesmas que as dadas em
uma sala de aula.
Como vimos, podemos afirmar que esse modelo não é uma forma de
educação a distância, pois simplesmente estende o modelo
convencional com o uso da tecnologia de transmissão de imagem e
voz. Quais são as vantagens e as desvantagens da aplicação desse
modelo? Vamos discutir no fórum!
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Como é o foco de nossos estudos, esse modelo será apresentado, com detalhes, na
unidade 4.
Além disso, nessa era de mudanças constantes, devemos ter sempre em mente o
modelo de uma possível universidade do futuro quando desenvolvermos novos
cursos de ensino a distância.
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Nos próximos tópicos, veremos como deve ser esse planejamento de maneira
efetiva. O planejamento de cursos (disciplinas) que utilizam recursos de EaD é
desenvolvido em duas fases: fase de análise (levantamento de informações sobre a
natureza do curso a ser desenvolvido - item 3.1) e a identificação da abordagem
do projeto (as informações levantadas na fase de análise resultam na produção de
um esboço contendo uma descrição sucinta do curso e sua estrutura - item 3.2).
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Segundo FRANCO (2007), as razões pelas quais é preciso especificar objetivos são:
• Se você souber quais os objetivos está tentando alcançar, poderá avaliar
melhor o seu próprio progresso e alcançará maior satisfação quando atingi-
los.
• Uma tarefa ou meta torna-se exeqüível quando removidas todas as
ambigüidades e dificuldades de interpretação.
• Os objetivos fazem com que seja possível que, à medida que os estudantes
aprendem, o desempenho seja monitorado e avaliado em intervalos
apropriados.
• Uma declaração de objetivos informa ao aluno o que ele será capaz de fazer
ao completar uma tarefa de aprendizado.
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1. Elaboração do projeto
O projeto pode ser um esboço, ou um diagrama comentado, com a definição do que
se pretende desenvolver no curso. Em síntese, devem ser relacionadas no esboço:
• Informações gerais.
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• Estratégias metodológicas.
• Planejamento do conteúdo.
• Implementação da comunicação.
• Recursos tecnológicos e humanos.
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Planejamento da avaliação
O planejamento da avaliação será realizado a partir dos dados levantados
na análise. Deve-se considerar seus propósitos, quem são as pessoas
envolvidas, os instrumentos (métodos) utilizados e o momento de
realização da avaliação.
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2. Desenvolvimento do Curso
Segundo Franco (2007), a fase de desenvolvimento do curso divide-se entre a
elaboração dos arquivos de informações gerais, a elaboração dos arquivos de
conteúdo do curso, publicação na web e a implementação da comunicação. A
avaliação é desenvolvida em conjunto com o conteúdo.
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1.2. Aluno
Em um curso a distância, os objetivos em relação à interação social
dos alunos são tão importantes quanto os objetivos específicos do
curso, os quais orientam o conteúdo a ser abordado.
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2.4. Participação
A confiança dos participantes é essencial. A fim de conduzirem com
sucesso as atividades em aulas, reuniões, oficinas e seminários
realizados no ambiente virtual de aprendizagem, é necessário
buscar a concordância dos alunos quanto à forma de sua
participação, bem como o entendimento das regras do curso com o
qual estão se comprometendo. Deve-se estabelecer um nível
mínimo de participação, de modo que se crie um alto nível de
discussão.
3. Elaboração do Projeto
A criação de um curso virtual envolve uma mudança referente ao
modo de apresentação do material do curso, o qual deve ser o mais
claro e objetivo possível. Nesta fase de elaboração do projeto,
destacam-se três itens fundamentais:
• Diretrizes gerais do curso
• Informações gerais
• Plano de ensino
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4. Desenvolvimento do curso
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4.2.1 Perfil
Trata-se de um espaço onde os alunos se apresentam. Lá o aluno
pode, por exemplo, colocar sua fotografia, um link para sua página
pessoal (quando esta estiver fora do ambiente virtual de
aprendizagem), desenvolver sua página pessoal e colocar
informações que julgue necessárias para sua apresentação.
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REFERÊNCIAS
PETERS, Otto. Didática do Ensino a Distância. São Leopoldo: Ed. Unisinos, 2001.
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