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INMETRO
MONOGRAFIA
DEZEMBRO 2011
i
Juan Valani Marques de Sousa
____________________________________________________
ii
Estudo sobre movimento em regime de baixo número de Reynolds
MONOGRAFIA
Apresentada ao corpo docente do Curso Técnico em Metrologia do Instituto
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro, Secretaria Estadual
de Educação do Estado do Rio de Janeiro – SEEDUC/RJ e Colégio Estadual
Círculo Operário – CECO, para obtenção do título de:
TÉCNICO EM METROLOGIA
por
Juan Valani Marques de Sousa
BANCA EXAMINADORA
Orientador:
Juliana Braga Rodrigues Loureiro
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Co-orientador:
Avaliador:
Vitor Neves Hartmann
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização
e Tecnologia
NOTA: ( )
iii
FICHA CATALOGRÁFICA
iv
Sumário
......................................................................................................................................................................... i
DEZEMBRO 2011 ............................................................................................................................................. i
MONOGRAFIA .................................................................................................. Erro! Indicador não definido.
Agradecimentos .......................................................................................................................................... viii
Dedicatória .................................................................................................................................................... ix
1. Introdução ............................................................................................................................................. - 1 -
2. Objetivo ................................................................................................................................................. - 2 -
3.Conceitos teóricos .................................................................................................................................. - 3 -
3.1 Número de Reynolds ........................................................................................................................... - 3 -
3.1.4 Massa especifica............................................................................................................................... - 4 -
3.1.5 Viscosidade....................................................................................................................................... - 4 -
3.1.3 Velocidade equivalente .................................................................................................................... - 5 -
3.1.2 Comprimento equivalente ............................................................................................................... - 6 -
3.2 Tipos de escoamento .......................................................................................................................... - 6 -
3.2.1 Escoamento compressível e não compressível ................................................................................ - 6 -
3.2.2 Regimes de escoamento .................................................................................................................. - 6 -
3.2.2.1 Regime laminar ............................................................................................................................. - 6 -
3.2.2.2 Regime Turbulento ........................................................................................................................ - 7 -
3.2.2.3 Regime de Transição ..................................................................................................................... - 7 -
4. Movimento de corpos em regime de baixo Reynolds .......................................................................... - 8 -
4.1 Movimento em baixo Reynolds .......................................................................................................... - 9 -
4.1.1 Efeito das forças viscosas sobre as inerciais .................................................................................... - 9 -
4.1.2 Teorema da concha .......................................................................................................................... - 9 -
5 Dispositivos de medição ....................................................................................................................... - 11 -
5.1 VIP – Velocimetria por imagem de partícula .................................................................................... - 11 -
5.1.1 Principio de Funcionamento .......................................................................................................... - 11 -
5.1. 2 Componentes ................................................................................................................................ - 12 -
5.1.2.1 Lasers........................................................................................................................................... - 12 -
5.1.2.2 Câmeras CCD ............................................................................................................................... - 13 -
5.1.2.3 Profundidade do campo ou Laser ............................................................................................... - 14 -
5.1.2.3 Sincronizador............................................................................................................................... - 15 -
v
5.1.2.4 Tratamento dos cálculos ............................................................................................................. - 15 -
5.1.2.5 Ajuste em 2D ............................................................................................................................... - 15 -
6. Protótipos da espiroqueta................................................................................................................... - 16 -
6.1 Protótipo I – Espiroqueta com corpo liso e espira externa móvel .................................................... - 16 -
6.1.1 Explicação do movimento .............................................................................................................. - 16 -
6.1.2 Construção do protótipo I .............................................................................................................. - 17 -
6.1.2.1 Partes e construção ..................................................................................................................... - 17 -
6.1.2.1.1Corpo ......................................................................................................................................... - 17 -
6.1.2.1.2 Sistema do motor ..................................................................................................................... - 18 -
6.1.2.1.3 Sistema de vedação.................................................................................................................. - 19 -
6.1.2.1.4 Cauda espiralada e Construção ................................................................................................ - 20 -
6.1.2.1.5 Bujão inferior, bujão superior e pilhas ..................................................................................... - 21 -
6.1.2.1. 6 Encaixe das peças .................................................................................................................... - 22 -
6.1.3Protótipo II – Espiroqueta com expira externa móvel e corpo com aletas..................................... - 23 -
6.1.4 Protótipo III – Espiroqueta com espiras internas moveis e corpo com aleta ................................ - 24 -
7.2 Parte experimental............................................................................................................................ - 26 -
7.1 Informações sobre o fluido utilizado ................................................................................................ - 26 -
7.2 Medição da eficiência da cauda espiralada ...................................................................................... - 26 -
7.3 Medição da velocidade ao redor do corpo e medição da velocidade da espira. .............................. - 28 -
7.3.1 Arranjo dos instrumentos e do objeto a ser medido ..................................................................... - 28 -
7.3.2 Problemas ocorridos ...................................................................................................................... - 30 -
7.4. Medição utilizando a câmera ........................................................................................................... - 31 -
7.4.1 Dispositivo e funcionamento da medição ...................................................................................... - 31 -
7.4.1.1 Medição do deslocamento total do protótipo da espiroqueta .................................................. - 31 -
7.4.1.2 Medição da velocidade de rotação da espira e do corpo ........................................................... - 33 -
8. Resultados ........................................................................................................................................... - 34 -
8.1 Velocidade do protótipo I – Espiroqueta com corpo liso e espira externa móvel. ........................... - 34 -
8.2 Velocidade de rotação do corpo da espiroqueta com corpo liso e espira externa móvel. .............. - 35 -
8.3 Velocidade de rotação espira externa móvel do protótipo I ............................................................ - 36 -
8.4 Analise dos resultados....................................................................................................................... - 36 -
9. Conclusão ............................................................................................................................................ - 39 -
10. Referencias bibliográficas ................................................................................................................. - 40 -
Anexo A ................................................................................................................................................... - 42 -
vi
Resumo
Movido pela busca incessante do homem por uma melhor qualidade de vida e longevidade, a
nanotecnologia evolui cada vez mais no ramo da medicina. A busca de um dispositivo que possa
nadar pelo sangue levando remédios está cada vez mais próxima de se tornar realidade. E é
justamente nesse contexto que se consiste o objetivo desta monografia. O presente trabalho tem o
objetivo de começar a estudar o movimento da espiroqueta, um animal que possui nanômetros de
tamanho e é o mais eficiente nadador em líquidos viscosos conhecido na natureza. O trabalho
consiste em construir um protótipo mais simples da espiroqueta, fazer o mesmo se locomover em
um fluido com alta viscosidade e medir as velocidades ao redor do protótipo com a técnica de
velocimetria por imagem de partícula. Isso para começar a entender aos poucos o complexo e
formidável movimento deste ser.
vii
Agradecimentos
Por mais modismo que seja, não posso deixar de falar. Agradeço a ele que estava comigo
o tempo todo, que levantou, que trousse esperança e que acima de tudo se tornou um amigo, um
pai uma coisa maior que tudo. Obrigado meu DEUS por me ajudar.
Esta monografia não representa somente o que eu passei nesse ano, e sim tudo o que eu
vivi ao longo dos meus cinco anos no curso técnico de metrologia.
Primeiro agradeço a todos os meus professores, que com seus ensinamentos e “puxões de orelha”
me ajudaram a melhorar cada vez mais. Deixo aqui agradecimentos especais ao professor
Neivaldo, Valquimar , Raimundo Alves de Rezende e Ricardo. Esse ultimo foi o estopim para
que eu decidisse estudar física até o final da minha vida, e o agradeço muito por isso.
Agradeço aqui também ao curso técnico de metrologia, curso que eu aprendi a amar,
aprendi a me importar e que espero melhore a cada ano, dando mais oportunidade de entrar para
os que estão fora, e melhores cuidados aos que estão dentro. Deixo aqui meus agradecimentos a
todos da administração do curso.
Nenhuma pessoa consegue nada sozinho e antes de falar dos meus amigos de sala quero
agradecer a todos os outros, que me ajudaram varias e varias vezes em torno do curso. Ficam aqui
meus sinceros pedidos de obrigado a Agostino e a todos os outros funcionários da Biblioteca, e
da cantina.
Não posso esquecer-me das pessoas do meu laboratório todos tiveram papel fundamental
para essa realização. Obrigado Keila e Marillia por sempre me ajudarem quando eu precisei.
Obrigado Marcos (Marcão), Filipe e Maria Helena pelos conselhos. Obrigado também ao José
Zotin ,ao Fabio e ao Marcos Aquino por terem tanta paciência comigo me ensinado e me
ajudando com os meus estudos. A Aibe e Juliana por me falaram não cada vez mais me fazendo
melhorar sempre e sempre. Ao José Mauricio, Douglas Garcia e a Estela. Esses últimos foram os
que eu dividi maior parte do meu tempo de estágio e marcaram muito bem esse tempo com varias
horas de felicidades, algumas broncas, mas muito aprendizado. José Mauricio Gomes Gouveia,
seu o quanto você não gosta que divulguem seu nome, mas agradeço muito pela ajuda.Agradeço
aqui também ao Daniel.
Uma família não se caracteriza pelas pessoas que possuem algum parentesco e sim por
aqueles que estão sempre perto de você para ajudá-lo, para animá-lo e que às vezes precisa que
você faça o mesmo. Em suma uma família se define pelos laços de amizade e esses laços eu
encontrei em uma quantidade incontável na metrologia.
Essas pessoas eu vi crescendo e eles me viram crescendo. Estávamos juntos em todos os
momentos, nas situações tensas (que não foram poucas) e principalmente nas situações boas (que
em modéstia parte poucas pessoas terão tantas quanto nos tivemos). Devido a esses momentos
não vejo lógica nenhuma em chamá-los de amigos. Vocês serão sempre meus irmãos. Obrigado
Thais Adiala (a Irmã mais ciumenta da face da terra), Gian Barbosa, Jhoantan Lopô, Leonardo
Reis, Dayanne Caroline, Fillipe Maia, Igor monteiro, Hygor Iglesias, Bruno Gomes, Rebecca,
Thiago Silva, Bruna Thomaz,Thiago Henrique (Serta), José Ferreira, Guilherme Serafim e a
todos os outros.
Nenhuma família é fixa sempre podemos adicionar mais pessoas, e agradeço muito ao
Amsterdan Marques, Diego Sandora, Carolin Verdan, Lívia de Abreu, Alexia Couto, Anna
Dandara, Lucas Lima, Suellen, Luiz Pinto, Amanda Vasconcelos, Gabriella Pinheiro, Luan
Almeida, Rebecca Guilherme, Joel Silva, Jessica Romero, Celso Ricardo e a todos os outros.
viii
Dedicatória
Agradecer, não posso da lhes o luxo disto, eles merecem mais, muito mais. Por isso dedico esse
trabalho e todos os outros da minha vida a Minha mãe, Elisete Valani, Meu Pai, Marcio Alencar,
Meu irmão, Renan Valani.
Dedico também a minha namorada e principalmente melhor amiga Bianca Macedo Guimarães
que sempre me incentivou e acredita mais em mim que eu mesmo.
Mas dedico Principalmente esse trabalho aos meus avôs, João Valani e José Natividade e avós
Josefa Marques e Maria Batalha. Os senhores são à base da minha vida, AMO VOCÊS.
ix
1. Introdução
Figura 1 - Imagem do filme: “Fantastic Voyage”; “Em uma viagem submarina através do
corpo humano em direção ao cérebro para a realização de uma delicada operação. Para
combater os organismos sabotadores, a equipe é miniaturizada antes de iniciar esta
aventura fantástica”- Tirado de 7;
-1-
2. Objetivo
Figura 2 – Espirocheta Coli, um tipo de bactéria que se locomove em fluidos com baixo
número de Reynolds - Tirada de 7
-2-
3.Conceitos teóricos
Osborne Reynolds em seus estudos descobriu uma das mais importantes relações em
mecânica de fluidos. A mesma é dada pela seguinte equação:
[1]
-3-
A figura 3 ilustra o experimento de Osborne Reynolds, no qual ele demonstrou os
tipos de escoamento. A experiência consiste basicamente em um tubo de vidro, com uma seringa
que injeta corante no interior do tubo e uma válvula para controle da vazão da água dentro do
tubo de vidro.
É a relação entre a massa de uma determinada substância e o volume ocupado por ela.
A massa específica é expressa pela equação abaixo, que a define como a razão entre a massa de
um objeto e seu volume (no S.I.: quilograma por metro cúbico – kg/m³):
[2]
3.1.5 Viscosidade
Diferente dos sólidos, em relação ao movimento, existe nos líquido a ação de forças
dissipativas geradas pelo atrito interno entre as moléculas. Essa força é característica de cada
fluido, uma propriedade do mesmo e é denominada viscosidade.
A viscosidade é, em suma, uma propriedade do fluido que caracteriza o atrito interno, e é
expresso pelo coeficiente de viscosidade η (dado no S.I. em N.s/m²).
-4-
A força viscosidade foi estudada e sua fórmula foi enunciada por Newton.
“A tensão de cisalhamento é diretamente proporcional à variação da velocidade ao longo da
direção normal às placas”
[3]
Sendo η o coeficiente de viscosidade dinâmica. A, a área da placa que se move no fluido e
X a direção perpendicular a V (vetor que indica a velocidade da placa) e perpendicular a A.
Existe outro tipo de viscosidade, a chamada viscosidade cinemática (ν), que é o resultado da
razão entre a viscosidade dinâmica (η) e a massa especifica do fluido(ρ).
[4]
[5]
A vazão volumétrica é definida, como sendo o volume de um fluido que escoa através de uma
seção qualquer, em um determinado intervalo de tempo.
-5-
3.1.2 Comprimento equivalente
Como foi dito, em 3.1, o número de Reynolds depende das constantes associadas ao
fluido, que são: a viscosidade, a massa especifica, a velocidade equivalente e o comprimento
equivalente.
Em relação ao comprimento, no caso mais simples possível (água escoando em um
tubo), ocorre que o mesmo escoamento terá vários tipos de comprimento dependendo do tubo. O
comprimento que se leva em conta em um tubo quadrado é diferente do que se leva em conta em
um tubo circular. E a esse comprimento se dá nome de comprimento equivalente, que é dado por:
Onde RH è chamado de raio hidráulico, que por sua vez é dado por:
RH= [7]
Perímetro molhado é definido como á região onde o fluido escoa. Por exemplo, no caso de um
tubo circular, onde um fluido escoa em todo o seu interior, o perímetro molhado será 2πR (
perímetro interno do tubo). Já se o escoamento só ocorrer na metade do tubo, o perímetro
molhado será somente πR (metade do perímetro interno do fluido)
-6-
macroscópica de partículas, caracteriza-se pela prevalência das forças viscosas em relação às
forças inerciais e possui um número de Reynolds de até 2300.
-7-
Na maioria das situações, onde o regime encontrado é o de transição, opta-se por
mudar o tipo de regime. Adicionando mais velocidade para passar para o turbulento ou menos
para voltar ao laminar.
-8-
4.1 Movimento em baixo Reynolds
De acordo com a primeira lei de Newton, um corpo, livre da ação de forças, pode estar
com velocidade constante ou parado. Isso implica que se um corpo estiver parado livre da ação de
forças e for aplicada uma força no mesmo, ele entrará em movimento. Por exemplo, um bloco
deslizando livre da ação de forças sobre um plano sem atrito. Independente da força feita (mais
ou menos) ele será sempre acelerado, se a força for aplicada no mesmo ponto e na mesma
direção.
Utilizando uma situação parecida, um bloco esta no fundo de um tanque cheio de um
liquido bastante viscoso (o tanque tem comprimento infinito e possui paredes sem atrito). No
momento que se aplicar a força, o bloco entrará em movimento, porem como as forças viscosas
são maiores que as inerciais, esse corpo se moverá muito pouco. Para que ele possa ter uma
velocidade é preciso que esta força seja constante.
Isso explica muito bem uma característica do movimento em baixo numero de Reynolds.
Para haver uma variação de velocidade precisa que haja uma força sempre sendo aplicada no
corpo e que a mesma varie, caso ao contrário o movimento terá velocidade constante.
-9-
naquele momento. Se ele nadasse “estilo livre”, por exemplo, quando movesse o braço para
frente iria se mover para frente, porém quando esse braço voltar o atleta retornaria ao mesmo
lugar.
Ou seja, não importa quantas vezes o atleta mova o braço e se ele for muito rápido
(não o suficiente para sair do regime de escoamento), o movimento sempre será o mesmo, ele
sempre irá para frente e depois voltará para o lugar de inicio. E isso gera um paradoxo que
Purcell chamou de: paradoxo da concha ou Paradoxo da Videira.
Uma concha se move da seguinte forma, ela se abre lentamente deixando o máximo
de água entrar e depois fecha rapidamente expelindo essa água e se movendo. Como comentado
acima, tudo em baixo Reynolds é mutuo. As medidas serão aproximadas tomado as medidas da
abertura da concha como retas. Assim fica fácil perceber que a área no interior da concha é dada
por:
L= . [9]
1°Parte
[10]
Nesta equação todas as incógnitas são constantes da concha analisada, exceto os ângulos
de abertura. O que implica que quando o ângulo inicial for menor que o final a velocidade será
positiva.
[11]
- 10 -
2° Parte
Temos a mesma situação no segundo caso, porém a variação do ângulo de abertura é
negativa. O que faz com que o resultado da velocidade fique com mesmo módulo, porém em
sentido contrário.
[12]
Ou seja, a concha não se moveu. O fato é que para nadar é preciso fazer movimentos com
pelo menos 2 graus de liberdade, se isso não acontecer, não importa a força, não importa a
velocidade o objeto não irá sair do lugar.
5 Dispositivos de medição
Com o método de velocimetria por imagem de partícula (VIP ou, em inglês, PIV) é
possível conseguir ótimos resultados das velocidades no campo de escoamento. Devido a esses
resultados e a sua capacidade de medir em campo (entenda campo como área no espaço), o VIP
(de acordo com 11) vem se consolidando cada vez mais no mundo cientifico.
- 11 -
Figura 10 – Figura esquemática do funcionamento do VIP– tirado de [12]
Com tudo a VIP ainda possui fatores que precisam de evolução. Se analisarmos, por
exemplo, a taxa de aquisição deste método, percebemos que encontramos um valor muito baixo
(da ordem de 15 Hz) quando comparado com outros dispositivos que medem escoamento, pois
com facilidade chegam a taxas da ordem de kHz.
Outro problema com a VIP é em relação ao valor de aquisição, pois além deste
equipamento ser considerado de custo elevado, é necessário que se tenham trabalhando em
conjunto outros equipamentos auxiliares como, por exemplo, os dispositivos de segurança como
o no-break além de lasers, câmeras e computador.
5.1. 2 Componentes
5.1.2.1 Lasers
O laser é uma das principais partes da VIP. Devido não realização de medições com o
campo do laser ligado constantemente, só se emite o campo no momento em que as câmeras irão
tirar a foto. O que é muito mais vantajoso, já que a CCD (Charge-coupled device – Dispositivo de
carga acoplada) captura imagens em tempo reduzidas o laser sendo constante, poderia ser mais
uma fonte de incerteza. Outra implicação do fato da CCD adquirir imagens em uma faixa de
tempo reduzida é que a mesma remete a utilização de lasers de Nd:YAG (neodymium-doped
yttrium aluminium garnet; Nd:Y3Al5O12). O laser Nd:YAG é um cristal, responsável por
armazenar a energia da lâmpada, produzindo assim um feixe de luz. O sistema Q-switch é
responsável por abrir e fechar a cavidade onde se encontra o cristal Nd:YAG, permitindo o
armazenamento da energia entre um disparo e outro. O Q-switch é ligado juntamente com a
câmera a um sincronizador.
O laser possui duas cavidades emissoras permitindo que o tempo de disparo entre os
feixes seja mais facilmente ajustado. Na figura 11, pode ser observado o desenho esquemático do
funcionamento do laser.
- 12 -
Figura 11 – Exemplificação do funcionamento do laser do sistema PIV – tirado de 12
A luz proveniente das duas cavidades do laser é direcionada por espelhos para o
Beam combiner, o que garante que eles sejam emitidos no mesmo plano do espaço. Um
empecilho dos lasers tipo Nd:YAG é que a sua emissão de luz ocorre na faixa do infravermelho
(com 1064 nm), o que dificulta as medições. Isso ocorre devido ao fato de que as câmeras têm
melhor resposta na faixa que vai do azul ao verde (440 nm á 565 nm). Para isso o sistema conta
com o Harmonic generator, dispositivo que duplica a frequência do laser reduzindo o
comprimento de onda pela metade, colocando-o na faixa da luz verde. Contudo o Harmonic
generator não é totalmente eficiente, tornando necessária a utilização do Harmonic separator –
dispositivo para retirar a luz infravermelha ainda existente, desviando – a para o IR-Dump.
- 13 -
Figura 12 – Modelo simplificado de um pixel – tirado de 13
A quantidade de luz que incidente nas câmeras não deve ser muito alta, pois o CCD é
extremamente sensível à luz, e uma quantidade excessiva desta pode queimar os pixels. As
técnicas de VIP’s mais modernas, como a utilizada aqui, já possuem mecanismos que impedem a
ocorrência deste fenômeno.
[13]
- 14 -
Como pode ser observada, a profundidade de campo é inversamente proporcional à
abertura da lente e proporcional ao número-f da lente.
5.1.2.3 Sincronizador
Como a foi visto a VIP é uma técnica composta de varias partes. Cabe ao
sincronizador coordenar o tempo de cada tarefa e quando ela deve acontecer. Ele é parte
integrada do computador que é ligado simultaneamente a todas as outras partes da VIP, fazendo
com que as mesmas funcionem no tempo correto.
Como já dito anteriormente, após a fotografia das imagens acontece o processamento das
mesmas, ou seja, a obtenção do deslocamento das partículas baseado no deslocamento da
partícula de uma imagem para outra.
Considerando somente a medição em 2D, as imagens obtidas são divididas em pequenos
pedaços chamados de “janelas de interrogação”. As janelas de interrogação podem possuir vários
tamanhos esse tamanho é referente a quantidade de pixels que cada uma possui (dependendo das
dimensões partículas utilizadas e da quantidade de partículas utilizadas). Sendo assim podem ser
lidas como uma mapa de intensidade, correspondendo cada pixel a uma posição x e y na janela e
um valor numérico correspondente a intensidade luminosa por ele representada na imagem, sendo
este sendo 0 para a ausência ou1 para o branco (correspondente a saturação de luz nessa posição,
as imagens são consideras em uma escala de cinza).
Com os mapas de intensidades das duas imagens, tenta-se compará-las para encontrar os
incrementos dx e dy, a variação do deslocamento das partículas de uma imagem para outra.Essa
comparação como já fui dita anteriormente pode acontecer de varias maneiras as principais são a
correlação cruzada e a auto correção.
Independente da maneira os resultados são obtidos sobrepondo os campos de intensidade
de uma imagem em outra, para todos os tipos de deslocamento possíveis. Isso será capaz de
fornecer um valor de deslocamento para qual foi atingindo o maior grau de sobreposição, este
correspondendo ao deslocamento médio da janela de interrogação considerada.
Possuindo as variações das distancias e com o conhecimento do tempo de disparo do
laser, se determina a velocidade.
5.1.2.5 Ajuste em 2D
- 15 -
se comparado a outros dispositivos. Necessita-se somente para o mesmo um objeto no qual se
saiba as dimensões, como por exemplo um esquadro.
Para o ajuste basta inserir objeto no espaço de medição de tal forma o mesmo fique
alinhado com a câmera (o objeto tem que estar no foco da câmera) e sobreposto ao plano do laser.
Obtendo a imagem apos disso.
Com um programa de auxílio do próprio VIP, são marcados dois pontos no objeto, a
distancia entre as marcações deve ser conhecida. Feito isso, o programa irá relacionar o número
de pixels existentes entre os dois pontos com a distância física real obtida pela distancia dos dois
pontos marcados no objeto.
6. Protótipos da espiroqueta
Nesta seção será descrita como se construiu o protótipo com corpo liso e espira
externa móvel e também como pretende que ocorra o movimento deste.
Sendo uma experiência diversos fatores podem contribuir para que o mesmo ocorra
diferente no que está descrito em 4.1. Os acontecimentos em geral serão analisados na conclusão.
Em 6.1.4 e 6.1.6, este descrito dois outros possíveis modelos e o funcionamento
respectivos. Devido à falta de tempo e outras problemáticas não houve a construção dos mesmos.
Fica aqui como uma oportunidade para futuros trabalhos.
Figura 13- Desenho aproximado da espiroqueta, o mesmo tem objetivo simplesmente de dar
uma idéia de como deverá ser a espiroqueta.
O primeiro protótipo (que pode ser visto na figura 13) é o mais simples, porem de
suma importância. Isso porque, por ser o primeiro ele será responsável por dar informações do
comportamento do liquido quando algo tiver em movimento no mesmo, também melhor modo de
se efetuar as medições, entre outras informações que só podem ser obtidas a partir do momento
que se realiza o experimento.
Esse modelo possui basicamente uma espira, situado na região externa do corpo,
diretamente em contado com o fluido. A mesma estará conectada a um motor elétrico dentro do
corpo. A tensão será gerada por quatro pilhas.
O movimento esperado é que quando ligarmos o motor, irá se observar torques da
espira no fluido, outra abordagem, conforme a espira girar o seu entorno empurrará o fluido a sua
volta e pela terceira lei de Newton (ação e reação) a mesma será empurrada.
- 16 -
No ambiente onde está sendo realizado o experimento o regime de escoamento
pretendido é o laminar por consequência, se espera que às forças viscosas se sobreponham sobre
as inerciais fazendo o movimento se tornar sempre uniforme, sem aceleração na direção do
deslocamento da espiroqueta.
Outro fenômeno que irá acontecer, é que como irá ser gerado torques no motor o
corpo do protótipo irá girar para contrabalancear.
Com o VIP irá se medir não somente a velocidade do fluido em volta, mas também a
da espira propriamente dita.
A construção do primeiro modelo foi pensada da maneira mais simples possível tanto
para a montagem das peças tanto quanto para a desmontagem das mesmas. Todas as peças estão
indicadas na figura 14.
Figura 14– Desenho esquemático do modelo de espiroqueta com corpo liso e espira externa
móvel simplificado -A figura acima tenta demonstrar uma visão do protótipo, não
especificamente como ele será montado, mas sim o arranjo e a disposição das peças.
O corpo da espiroqueta pode ser visualizado na figura 15. Trata-se de um tubo de PVC de
comprimento de 196.05 mm e diâmetro interno de 27.5 mm pintado de preto fosco para evitar
reflexões. Dentro dele será colocado o sistema do motor e as pilhas.
- 17 -
Figura 15– Foto do corpo da espiroqueta.
O sistema do motor é o conjunto eixo, motor e barco. O mesmo foi feito para que os três
ficassem juntos a todo o momento facilitando a desmontagem e diminuindo as vibrações.
Barco
Na figura 16, pode se visto o barco do motor já com os componentes no seu interior e com o
papel emborrachado colocado.
A função do barco é manter todas as peças juntas e paradas dentro do corpo, visto que se o
mesmo não existisse o motor ficaria solto e vibrando. O que alem de tornar o alinhamento com a cauda
praticamente impossível, o torque que o motor gera na cauda, iria girar o próprio motor em vez da cauda.
Manter o motor fixo facilita a ligação elétrica.
O barco foi feito com um elétroduto de PVC de 168.5 cm de comprimento e 18.75 mm de
diâmetro. Há uma diferença de 2.5 mm entre o diâmetro externo do barco e o diâmetro interno do corpo.
Para remover essa diferença de espaço e também diminuir as vibrações do motor no corpo, foi colado
papel emborrachado na carcaça do barco. O mesmo se mostrou muito eficiente nisto, alem de impedir o
barco de girar pelo atrito feito contra a parede. Foi utilizado fita isolante ao redor do barco para pressionar
as o motor dentro do tubo, mantendo o motor fixo.
- 18 -
Motor
O motor possui comprimento de 32 mm e largura de 20 mm, ele tem um torque de 0.036 N.m
e com 1.5 volts de ddp tem uma freqüência de rotação de cerca de 10 rotações por segundo. Sua corrente
de entrada é 0.035 A.h. Peso de 16 gramas. O mesmo foi alimentado com uma diferença de potencial de
5.5 volts.
Figura 17– Foto do motor utilizado, as dimensões do motor estão indicadas na mesma.
Eixo
A união espira motor foi feito com o eixo que pode ser visualizado na figura 18. Para evitar
problemas de excentricidade a união foi feita de um material bem flexível, mas que tem uma boa
resistência à torção. Nas pontas foram colocados fixadores para melhorar ainda mais as conexões. O eixo
mede cerca de 32 mm e o seu diâmetro interno é o mesmo que o diâmetro da espira.
O material flexível utilizado foi capa de fio elétrico residencial.
Figura 18– Foto eixo, pode se observar os fixadores nas pontas que funcionam com base na
pressão.
- 19 -
Figura 19– Carcaça do protótipo de corpo liso e espira externa móvel com os elementos de
vedação indicados. Imagem feita antes da pintura e colocação do Epox para melhorar a
hidrodinâmica.
Figura 20– foto da construção da espira. Mostra o fio de alumínio rígido já enrolado em um
tubo de uma ¾ de polegada (diâmetro externo de 26,3 mm ).
- 20 -
resultado do processo, a espira colocada no protótipo foi à mesma porem foi cortada para
melhorar sua eficiência (ver 7.2) e pintada de preto para não interferir nas medições com o VIP.
Bujão inferior
O bujão inferior tem o fator especial, o eixo deve passar pelo seu inteiro. O que
aumenta substancialmente problema de vedação. Para evitar vazamentos na sua ponta (indicado
como “A” na figura 22) foi colocado serva de 7 mm de cola de silicone. Após foi colocado 13
mm de Epox (essa distancia corresponde a “B” na figura 22) para dar sustentabilidade na para o
eixo da cauda. No centro foi feito um furo de 2.5 mm, como o eixo da cauda mede 2.3 mm o
espaço excedente foi preenchido com vaselina que alem de lubrificar ajudou na vedação.
Figura 22 – Foto do bujão inferior, contendo indicações. A foto foi tirada antes de pintar
propositalmente para facilitar o entendimento.
- 21 -
Bujão superior
No bujão inferior foi colocado o interruptor, que liga e desliga a espiroqueta. Para
vedar a abertura feita pela colocação do botão foi colocado 2.5 mm de Epox.
Pilhas
Foram utilizadas quatro pilhas para alimentar o motor deste protótipo. A diferença de
potencial delas varia entorno de 1.38v á 1.5v. Elas foram soldadas em paralelo e depois apertadas
com fita isolante a fim de dar maior resistência às mesmas.
Figura 24 – Foto do sistema do motor já com o eixo acoplado na cauda e a mesma passando
por dentro do bujão inferior.
- 22 -
Como pode ser observada na figura 24 a montagem. Nesta parte a vaselina já foi
colocada e a cauda também já foi cortada.
O eixo fica totalmente dentro do barco, isso foi pensado para que o sistema do
motor se mova o menos possível na montagem. A força para encaixar essa parte no corpo é feita
somente no bujão.
Um dos fios da bateria foi conectado a o botão e o outro será ligado ao motor. No
botão também sai um fio que será ligado no motor fechando o sistema. A ligação foi feita com a
ajuda de uma barra sindal. Após isto todos os dispositivos foram colocados dentro do corpo.
Segue na imagem 25 a foto do protótipo já montado.
Figura 25 – Foto do protótipo de corpo liso e espira externa móvel já montado pronto para
ser utilizado.
- 23 -
Figura 26– Desenho do segundo modelo da espiroqueta, espiroqueta com expira externa e
aletas
6.1.4 Protótipo III – Espiroqueta com espiras internas moveis e corpo com
aleta
- 24 -
Figura 27–Desenho do terceiro modelo de espiroqueta, espiroqueta com espiras internas e
corpo com aleta.
- 25 -
7.2 Parte experimental
O fluido utilizado neste trabalho foi a glicerina. Sua forma primordial é o glicerol ou
propano-1,2,3-triol. È um composto orgânico cuja à função e o álcool. O produto comercial que é
a glicerina tem cerca de 95% de pureza.
O glicerol é transparente, o que permite a utilização do VIP para realizar as medições
e também bastante viscoso com cerca de 1.5 Pa s-1, a vinte graus Celsius. Sua massa especifica é
igual á 1.26 g/cm³.
Um problema grave da glicerina é que a mesma é extremamente higroscópica. Por
mais que essa característica afete a massa especifica a principio, não se encontrou na literatura
informações sobre a variação da viscosidade em função disto.
Foram tomados todos os cuidados para tentar utilizar à menor quantidade de tempo
possível a glicerina em contato com o ambiente. Alem dos cuidados com a vedação dos
recipientes que a guardava.
Antes de colocar o protótipo para nadar no fluido, a cauda espiralada dele foi posta no fluido
viscoso para se ter noção de como ocorreria o movimento (o recipiente que continha o fluido viscoso
estava em cima de uma balança, desse modo podia se quantificar a força que o movimento estava
realizando). Nesta fase do experimento a espira utilizada era a de 25 mm de raio.
Quando a mesma começou a girar na glicerina observou-se que o motor não tinha capacidade
de realizar o movimento e que o mesmo não teria força para movimentar o protótipo. Com isto se colocou
a mesma cauda espiralada, mas somente com uma espira submersa na glicerina, o resultado foi um
movimento mais rápido e mais forte.
Baseado nisto, pode ser interpretar que a velocidade da rotação da cauda tem influencia no
impulso gerado pela mesma. A questão se tornou saber qual seria o melhor tamanho de calda espiralada
para que se tenha uma boa velocidade. Porem que não perdesse as dimensões capazes de gerar a força para
o protótipo se mover.
Para decidir esse tamanho foi feito um teste para identificar as dimensões aproximadas da
cauda mais eficiente. Essa eficiência é relacionada entre a força gerada pelo motor e a força feita pela
espira empurrando o liquido viscoso (neste caso a glicerina).
Essa força foi medida baseada na variação da indicação dada pela balança. Em suma as
medições ocorreram colocando a calda ligada ao motor. Fazendo a mesma se movimentar dentro de um
béquer com glicerina. E esse sistema (béquer, glicerina e espira) foi colocado em cima de uma balança
(ver figura 28).
- 26 -
Figura 28 – Mostra arranjo do sistema para a medição da eficiência da cauda espiralada.
Após o sistema ter ficado em repouso o motor foi ligado, e então começou a variação da
indicação na balança. Primeiro foi medido a variação com cinco espiras imersas no fluido tirando uma
espira por vez sendo a ultima feita com uma única espira. Foram realizadas três repetições para cada
espira. Segue na tabela 1 com o resultado das variações. Encontra-se no anexo A o registro de medição,
que contem informações mais detalhadas como os intervalos de tempo de cada medição.
O modo com que a eficiência foi medida aqui não serve para obter informações muito
precisas, isso porque esse processo possui muitas incertezas e erros embutidos. Porem como neste caso se
deseja somente obter uma noção de qual seria a melhor dimensão de espira, essas medições são
extremamente validas. Porque pode nos revelar que para as condições na qual será utilizado e com a força
feita pelo motor a melhor dimensão da cauda espiralada se encontra em algo com passo de
aproximadamente 2 mm e raio entorno de 18.75mm.
Esse teste foi feito somente com a espira de 18,75mm (“mais ou menos ¾ de polegada), isso
porque como visto a calda de 25 mm (uma polegada) apresentou anteriormente baixo desempenho.
Também foi feito aumentando o paço da espira em 2 mm, o resultado obtido nessa configuração também
foi menor , 1.51 de variação na indicação.
Não foram feitos testes com espessuras menores de espira nem com menores raios. A não
realização deste ultimo foi devido ao fato, de que geralmente os seres encontrados na natureza e realizam
esse tipo de locomoção possuem suas caudas com o tamanho (raio) próximo ao seu corpo.
- 27 -
Variação das indicações - Feita com os valores já corrigidos
5 espiras
Variação da indicação (g)
0,81
0,82
0,80
4 Espiras
Variação da indicação (g)
1,27
1,04
1,23
3 Espiras
Variação da indicação (g)
1,65
1,72
1,46
2 Espiras
Variação da indicação (g)
1,88
2,04
1,97
1 Espiras
Variação da indicação (g)
2,01
2,08
2,10
Tabela 1 – Valores da variação da indicação da balança pelo numero de espiras dentro do liquido.
A disposição dos equipamentos pode ser vista na figura 29. Sinalizados o laser, a câmera
e o tanque de vidro onde será posto a glicerina e o modelo.
Antes de medição propriamente dita é preciso realizar os ajustes dos equipamentos em si.
São eles:
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Ajuste das medidas do equipamento
Antes de realizar qualquer medição com o sistema de velocimetria por imagem de partícula,
precisa–se realizar o ajuste das suas medidas. Ou seja, estabelecer quanto que vale naquela
distancia na qual a lente esta focada, o tamanho em pixels de cada unidade de espaço (neste caso
milímetros).
O ajuste se dá colocado uma régua bem no ponto onde a câmera está focada (uma
explicação mais completa do funcionamento foi colocada em 5.1.2.5),
Com auxilio de perfis de metal foi possível colocar a régua parada na profundidade
focada.
Dos fatores de que podem contribuir para a incerteza, o não alinhamento do objeto com a
câmera e o laser é o maior. Isso porque como a velocidade dos modelos da espiroqueta são muito
baixas um simples desalinhamento para fora do campo, já seria o bastante para destorcer o valor
real da velocidade.
Para que o mesmo esteja em equilíbrio, não basta fazer somente com que a massa
especifica do modelo seja igual à massa especifica da glicerina. È necessário assegurar que em
toda extensão do seu comprimento, essa igualdade exista.
Caso ao contrario mante-lo na horizontal (sem ajuda de pesos para o ajuste fino) é
impossível. Por exemplo, se a parte em que o motor foi colocado (aqui se chamará de cauda)
estiver com a massa especifica maior que a da glicerina, ela irá ganhar uma aceleração para
baixo. Por conta da força peso ser maior que a força do empuxo neste ponto. Outra analise do
mesmo acontecimento, é que a partir do momento que a parte da cauda começar a descer, pelo
liquido ser bem viscoso, essa parte fará uma alavanca levantando a frente do modelo. Fazendo-o
ficar na vertical ou em algum ponto entre a vertical e a horizontal.
Uma das alternativas utilizadas para não haver esse problema. Foi construir o protótipo
ligeiramente menos denso que a glicerina (sendo assim ele ficaria boiando no fluido) e aos
poucos foram sendo colocadas pequenas quantidades de peso nas pontas, de maneira que o
mesmo fique parado dentro do fluido.
Outro problema que também poderia gerar desvio da posição da espiroqueta é a não
centralização do eixo. Esse erro de construção faria a espiroqueta oscilar. Porem como a
viscosidade trabalhada é muito alta precisaria de uma descentralização muito grande no eixo. E o
mesmo não ocorreu.
- 29 -
Figura 29 – Mostra arranjo do sistema para a medição da velocidade ao redor do protótipo
I, as partes do sistema estão indicadas em vermelho
Foram dias tentando estabilizar, colocando pesos em varias posições diferentes, sempre o
modelo tendia para um lado. Foi gravado um vídeo do modelo (e do mesmo que irá ser retirado
os valores utilizados em 7.4) em pleno funcionamento dentro do Inmetro. Mas ao se tentar
realizar as medições na UFRJ a estabilidade do mesmo não foi alcançada.
A principio não se pensava que pode-se ocorrer esse problema, porem ao final de dias de
tentativa foi constatado que o fluido não estava homogêneo. Havia nele camadas com diferentes
massas especifica que sempre ao colocar o modelo se misturavam e pouco tempo depois tendiam
a voltar para o lugar de principio, o que torno a estabilização impossível.
Não se esperava que a glicerina tivesse esse comportamento, porem o mesmo ocorreu. A
principio, não foi encontrado nenhuma literatura que discutisse esse assunto. O fato de a glicerina
ser extremamente higroscópica não é o total motivo deste problema, caso ao contrario a
estabilidade seria conseguida nas primeiras horas da tentativa de medição.
- 30 -
Outro empecilho, que pode ter haver ou não com o fato da massa especifica da glicerina
não ser homogenia é a não estabilidade horizontal. Colocando o modelo no recipiente e olhando
na direção dx (indicada na figura 29) a espiroqueta tendia para a parede do recipiente no lado
onde se encontrava a câmera. Independente da posição da espiroqueta ela tendia para o mesmo
lado. Não foi encontrados motivos para esse fenômeno ter ocorrido.
Em suma pela falta de estabilidade gerada pelos fatores descritos acima não foi realizar
as medições de como se comporta o escoamento ao redor do modelo. Uma maneira que
possivelmente resolveria o problema seria trocar o liquido viscoso utilizado, mas o mesmo
acarretaria numa mudança física dos modelos aumentando ou diminuindo os mesmo. Para
poderem ser capazes de se estabilizar no líquido.
Contudo isso levaria tempo, tanto para encontrar outro liquido compatível com as
necessidades apresentadas nesse trabalho quanto para construir um modelo para esse novo tipo de
fluido.
Afim de apresentar resultados, foi feito uma serie de medições com a finalidade de medir
não a velocidade do liquido ao redor do protótipo mas sim as diferentes velocidades das partes do
modelo (velocidade da espira, velocidade do corpo e velocidade do protótipo de corpo liso como
um todo).
O modo como foi feito as medições de velocidade, não é um modelo testado onde as suas
incertezas foram estudadas. É baseado no principio de funcionamento de um dispositivo chamado
Shadow Size. Devido a estes motivos os resultados apresentados servirão para dar uma estimativa
das velocidades, o que não deixa de ser um estudo sobre as velocidades do protótipo da
espiroqueta.
- 31 -
Pela pouca quantidade de glicerina nesta situação o modelo se estabilizou. Após a
filmagem do movimento o arquivo de vídeo foi convertido para um conjunto de fotos. Cada
segundo possui uma determinada quantidade de imagens (neste caso cada segundo possui 15
imagens). Essas imagens baseado na resolução da câmera tem uma quantidade de pixels. Sabendo
essa quantidade é possível determinar o tamanho em pixels de cada objeto. Essa informação não
é útil, se não for possível determinar a razão de quantos milímetros existe em uma determinada
quantidade de pixels, contudo se sabe o tamanho do protótipo da espiroqueta em milímetros e
com base nas imagens é possível determinar o tamanho dela em pixels.
Nesse procedimento foi encontrado quantos pixels corresponde a uma distancia real (no
caso milímetros).
Possuindo essas informações é possível determinar o deslocamento ocorrido entre duas
imagens. Na primeira imagem coloca-se um ponto qualquer como referencial e um ponto em
qualquer ponto que se determinar o deslocamento, no caso o modelo da espiroqueta. Com o
programa “DigXY” é possível determinar as coordenadas x e y em pixels, desses pontos Na
próxima imagem colocasse um ponto como referencial e um ponto no modelo, nos mesmos
lugares da primeira imagem.(ver figura 30).
Utilizando o programa da mesma forma para contar a quantidade de pixels como foi feito
anteriormente, se obtém os valores dx e dy. Em outros termos, pode encontrar o deslocamento
feito pelo modelo. Multiplicando o valor encontrado dessa forma pela razão milímetro por pixel
já obtido, o resultado será o deslocamento real em milímetros.
Agora pegando o tempo e dividindo pela quantidade de imagens é possível descobrir a
variação de tempo de cada imagem. Tendo a variação de imagens entre a primeira e a segunda
fotografia e multiplicando essa variação pelo tempo de cada imagem, pode se obter a variação do
instante de tempo entre a primeira fotografia e a segunda. Dividindo o deslocamento encontrado
por esse tempo, se obtêm a velocidade média da espiroqueta neste instante de tempo.
- 32 -
Figura 30.a– Mostra o protótipo em uma posição
Figura 30.b– Mostra o protótipo em uma outra posição algum tempo depois. Demonstra
como se realizou as medições de distância
Para medir a quantidade de ciclos irá se pegar a posição da cauda ou do corpo na primeira
imagem, e passar foto em foto contando quantas voltas realizou cada uma. Como explicado em
7.4.1.1 obtêm-se o tempo. Dividindo a quantidade de ciclos pelo tempo se obtém a velocidade de
rotação.
A medição da velocidade de rotação da cauda será medida nos mesmos pontos que forem
medidos a velocidade do protótipo. Já a velocidade de rotação do corpo será medida como uma
média geral, devido a velocidade da mesma ser bem pequena e a incerteza não permitir dar
valores de velocidade para pequenas variações de tempo.
- 33 -
8. Resultados
Segue abaixo as tabelas com os resultados obtidos pelas medições, como um estudo de incertezas
não foi possível, a incertezas foram estimadas baseadas no numero de algarismos significativos.
Sendo a régua utilizada capaz de estimar resultados com precisão de 0.5 mm, o relógio da câmera
uma precisão de 0.5 segundos e o programa tendo precisão de 1 pixel.
Dados Gerais
Tabela 2 - Mostra os dados gerais da medição, essas informações serão utilizadas para
calcular a velocidade.
Medição 1° ponto
Coordenadas X y
761,00 242,00
922,00 364,00 Imagem 109
Coordenadas X Y
750,00 368,00
922,00 503,00 Imagem 155
Medição 2° ponto
Coordenadas X y
753,00 363,00
923,00 496,00 Imagem 157
Coordenadas X y
753,00 319,00
939,00 443,00 Imagem 195
Medição 3° ponto
Coordenadas X y
755,00 308,00
944,00 430,00 Imagem 210
Coordenadas X y
748,00 334,00
948,00 434,00 Imagem 255
- 34 -
Tabela 3 – Indica os pontos obtidos na imagem. O primeiro ponto de cada medição é a
referencia.
Como já comentado esse método de medição não tem uma boa precisão. Porém na tabela 3, pode
ser perceber que os pontos de referencia estão mais ou menos próximos.
Resultados
Medição 1° ponto Deslocamento em pixels 17 pixels
Deslocamento em milímetros 3.8 mm
Variação de tempo 3.0 s
Velocidade 1.3 mm/s
Medição 2° ponto Deslocamento em pixels 18 pixels
Deslocamento em milímetros 4.1 mm
Variação de tempo 2.5 s
Velocidade 1.6 mm/s
Medição 3° ponto Deslocamento em pixels 24 pixels
Deslocamento em milímetros 5.5 mm
Variação de tempo 3.0 s
Velocidade 1.8 mm/s
Tabela 4 – Indica os valores obtidos, velocidade, deslocamento e variação de tempo de cada
ponto medido.
Os resultados mostrados estão fora das unidades do S.I. essa opção foi feita para dar sentido aos
resultados. Caso ao contrario as medidas ficariam entorno de 0.0018 m/s o que não representa muito bem
os valores do deslocamento.
Abaixo na tabela 5, pode ser encontrada a velocidade de rotação do corpo do protótipo. Como o
valor foi bem pequeno optou-se por utilizar uma média da rotação entre a figura 109 e a figura 205. Sendo
o intervalo de tempo igual ao total da medição da velocidade do protótipo.
- 35 -
8.3 Velocidade de rotação espira externa móvel do protótipo I
Abaixo na tabela 6 pode ser encontrado as velocidades de rotação da espira. Para os intervalos de
tempo correspondente aos mesmos pontos que foram feito as medições da velocidade da espiroqueta.
Velocidade do protótipo
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Velocidade de Rotação do corpo do protótipo I
Os dados da velocidade de rotação da espira foram deixados por ultimo, isso porque ele
comprova a teoria totalmente. Como pode ser observada na tabela 6, a espira teve uma variação
na velocidade no segundo ponto medido, isso ocorreu porque se tentou fazer, a medição da
velocidade de rotação da espira nos mesmos pontos que a velocidade no corpo. Em função disso
houve uma pequena defasagem da velocidade do segundo ponto.
Se a diferença de tempo fosse aumentada para 3 segundos, a velocidade de rotação da espira
seria igual para todos. O que implica que, a força gerada para movimentar a espiroqueta é
constante (tomando o liquido como homogêneo). Sendo assim, isso confirma o argumento
utilizado na “velocidade do protótipo”, que diz que a velocidade varia devido à ação da força
gravitacional.
Outra característica importante observada nas partes experimentais é que: existe uma força
mínima para acontecer o movimento, e essa força depende das características do fluido em
questão. Sendo o arrasto uma característica importante para esse acontecimento.
Quando se colocou a cauda espiralada (grande) no béquer, a mesma quase não se moveu, com
isso pode se concluir que existe uma força mínima para que aconteça o movimento e essa força
tem que ser no mínimo maior que o arrasto. Ou seja, para o estudo do ser espiroqueta foi provado
que essa propriedade do liquido é extremamente importante.
Já quando colocada à cauda espiralada de menor tamanho, a força feita por ela aumentou
relativamente pouco (em comparação com a segunda de menor tamanho), implicando que existe
um tamanho no qual a eficiência é maior e esse tamanho também depende do fluido. E que existe
- 37 -
uma velocidade máxima de rotação na qual superá-la não implicaria em um aumento da
velocidade e que a mesma também depende das características do fluido.
O protótipo não se moveu mais rápido devido a força do motor, mas sim devido a quantidade
de giros, o que abre as portas para a seguinte questão: “ se o arrasto na espira for menor a
eficiência irá aumentar?”. Por mais que não tenha se testado caudas espiraladas de espessuras
diferentes, pode se observar que se o arrasto for menor a velocidade tende a aumentar, contudo
existe um tamanho mínimo de cauda para que haja movimento. Como não pôde se medir o
escoamento ao redor da espira, não pode se afirmar mais coisas. Se em um próximo trabalho o
mesmo ocorrer poderá se responder mais completamente a pergunta acima.
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9. Conclusão
Foi construído um modelo de espiroqueta que foi capaz de se mover em líquido viscoso.
Foi possível também estimar essa velocidade. Além disto, foram ensaiadas caudas espiraladas
diferentes e chegou-se a informações importantes sobre as dimensões da cauda espiralada que
apresenta mais eficiência.
Conclui-se aqui com base nos resultados e nas observações feitas, que sim a espiroqueta
tem extremas condições de se movimentar utilizando pouca energia em regimes de baixo
Reynolds. O protótipo II –corpo com aletas - é viável para ser testado, visto que nas medições da
espiroqueta com corpo liso, a mesma perde uma quantidade grande de energia girando o corpo
sem se movimentar. E se o tamanho do protótipo for diminuído essa energia perdida irá
aumentar, tornando as aletas uma ótima forma de melhora a eficiência.
Pode ser concluído também que, em relação à velocidade do ser espiroqueta, existe uma
velocidade máxima, na qual superá-la não implica no aumento da velocidade do ser. E uma
velocidade mínima para que o movimento ocorra. Essas velocidades dependem muito das
características do fluido.
Contudo para entender totalmente o movimento da espiroqueta, precisa-se ainda de muito
mais tempo e trabalho.
A espiroqueta usa um sistema de espiras internas que a fazem locomover, sendo assim o
modelo proposto III – modelo com espiras internas moveis e espira externa fixa – precisa ser
testado para se obter mais entendimento sobre o movimento deste incrível ser.
Fica aqui como ideia para trabalhos futuros, a construção dos outros dois protótipos e a
medição do escoamento entorno dos mesmos. Bem, como uma medição de eficiência do
protótipo no seu todo.
- 39 -
10. Referencias bibliográficas
Páginas da internet
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[2] http://www.fem.unicamp.br/~em313/paginas/person/reynolds.htm. Visitado no dia 19 de
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[3] http://www.ufsm.br/gef/Fluidos/fluidos19.pdf . Visitado no dia 19 de agosto de 2011, as 0
horas e 20 minutos.
[4] http://www.perdiamateria.eng.br/nomes/Reynolds.html . Visitado no dia 19 de agosto de
2011, as 1 horas e 20 minutos
[5] http://www.eng.man.ac.uk/historic/reynolds/oreyna.html Visitado no dia 19 de agosto de
2011, as 3 horas e 20 minutos.
[6]http://www.hidro.ufcg.edu.br/twiki/pub/Disciplinas/Fen%F4menosDeTransporte/Exp_Reynol
ds.pdf. Visitado no dia 19 de agosto de 2011, as 3 horas e 31 minutos.
[7]http://interfilmes.com/filme_20242_Viagem.Fantastica-%28Fantastic.Voyage%29.html
Visitado no dia 19 de agosto de 2011, as 4 horas e 38 minutos
[10] http://stoa.usp.br/fap0181. Visitado no dia 19 de agosto de 2011, as 3 horas e 31 minutos.
[11] http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xvi/cd/resumos/t0625-2.pdf. Visitado no dia 19
de setembro de 2011, as 3 horas e 31 minutos.
[21] http://www.revistaanalytica.com.br/ed_anteriores/26/art04.pdf. Visitado no dia 15 de
setembro de 2011, as 3 horas e 31 minutos.
Trabalhos:
[8] SILVA FREIRE, A. P. “Turbulência e seu desenvolvimento histórico”.Programa de
engenharia mecânica (COPPE/UFRJ) C.P. 60503,21945-970,Rio de Janeiro, RJ
[9] COUTO, Sandra Maria. BASTOS, Itaciane Toledo. “Massa especifica aparente e real e
porosidade de grãos de café em função do teor de umidade”. Revista Brasileira de Engenharia
Agrícola e Ambiental, v.3, n.1, p.61-68, 1999.
[12] Da SILVA, Nadja Ferreira. NEVES ROSA, Karla Patrícia. “Modelo pedagógico para
densidade relativa x Massa específica”. XVI Simpósio nacional de ensino de física -
Universidade Federal Rural de Pernambuco – Pernambuco.
[13] BONADIMAM, H. Mecânica dos fluidos: experimento, teoria, cotidiano. Ijuí: Editora
UNIJUÍ,1989.
- 40 -
[14] Gilbert, J. K. E., Boulter, C. J. - Aprendendo ciências através de modelos e modelagem. In
Colinvaux, D. (Org). Modelos e educação em ciências. Rio de Janeiro: Ravil, 1998
[15] Taylor G. “Film notes for Low-Reynolds-number flows”. National Committee for Fluid
Mechanics Films No. 21617, Cambridge Univerity
[16] Tony S. Yu. “Elastic Tail Propulsion at Low Reynolds Number”. B.S. Mechanical
Engineering, Columbia University, 2004
[17] Purcell, E. M. “Life at low Reynolds”. Lyman Laboratory, Harvard University, Cambridge,
Massachusetts 02138, Junho 1976.
[18] Zotin, José Luiz Zanon. Caracterização experimental de um escoamento sobre uma
superfície com transição de rugosidade através da Técnica de velocimetria por imagem de
partícula. M.Sc. UFRJ ,Rio de Janeiro, Brasil,2009
[19] Marins, Luiz Philipe Martinez. Caracterização experimental de um escoamento no interior
de um hidrociclone sem núcleo gasoso. M.Sc. UFRJ ,Rio de Janeiro, Brasil,2008
Livros:
[21] WEBBER, Mecânica de fluidos para engenheiros, Ed. Urmo, Bilbao, 1969
- 41 -
Anexo A
Segue abaixo o registro de medição da eficiência da cauda espiralada, tal como algumas informações
pertinentes e as informações dos instrumentos de medição utilizados
Registro de medição
Informações
Data Hora 5 Espiras ambientais
U P
Indicação sem rotação (gramas) Indicação com rotação (gramas) T(°C) (%) (hPa)
28/11/2011 09:10 1371,30 21,40 64 1014
28/11/2011 09:14 1371,29 1372,10 21,40 64 1014
28/11/2011 09:17 1371,30 1372,12 21,40 64 1014
28/11/2011 09:19 1371,25 1372,05 21,40 64 1014
4 Espiras
U P
Indicação sem rotação (gramas) Indicação com rotação (gramas) T(°C) (%) (hPa)
28/11/2011 09:35 1370,49 21,60 65 1014
28/11/2011 09:38 1370,49 1371,76 21,60 65 1014
28/11/2011 09:41 1370,76 1371,80 21,60 65 1014
28/11/2011 09:45 1370,78 1372,01 21,60 66 1014
3 Espiras
U P
Indicação sem rotação (gramas) Indicação com rotação (gramas) T(°C) (%) (hPa)
28/11/2011 10:04 1369,73 21,60 67 1014
28/11/2011 10:05 1369,73 1371,38 21,30 67 1014
28/11/2011 10:07 1369,78 1371,50 21,30 67 1014
28/11/2011 10:10 1370,04 1371,50 21,40 68 1014
2 Espiras
U P
Indicação sem rotação (gramas) Indicação com rotação (gramas) T(°C) (%) (hPa)
28/11/2011 10:30 1368,84 21,60 72 1014
28/11/2011 10:32 1368,84 1370,72 21,70 71 1014
28/11/2011 10:35 1369,02 1371,06 21,70 71 1014
28/11/2011 10:37 1369,05 1371,02 21,70 71 1014
1 Espiras
U P
Indicação sem rotação (gramas) Indicação com rotação (gramas) T(°C) (%) (hPa)
28/11/2011 10:50 1368,69 21,50 72 1014
28/11/2011 10:53 1368,69 1370,70 21,50 72 1014
28/11/2011 10:56 1368,72 1370,80 21,60 72 1014
28/11/2011 11:00 1368,82 1370,92 21,60 72 1014
28/11/2011 11:30 1368,48 Valor indicado sem a espira
Abaixo segue os valores corrigidos, a correção desta balança, nesta faixa de peso é 0.01g. Segue também
as variações de indicação.
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Correção dos Cálculos Variação das indicações
5 Espiras 5 espiras
Indicação sem rotação
(gramas) Indicação com rotação (gramas) Variação da indicação (g)
1371,29 1371,29
1371,28 1372,09 0,81
1371,29 1372,11 0,82
1371,24 1372,04 0,80
4 Espiras 4 Espiras
Indicação sem rotação
(gramas) Indicação com rotação (gramas) Variação da indicação (g)
1370,48 1370,49
1370,48 1371,75 1,27
1370,75 1371,79 1,04
1370,77 1372,00 1,23
3 Espiras 3 Espiras
Indicação sem rotação
(gramas) Indicação com rotação (gramas) Variação da indicação (g)
1369,72 1369,73
1369,72 1371,37 1,65
1369,77 1371,49 1,72
1370,03 1371,49 1,46
2 Espiras 2 Espiras
Indicação sem rotação
(gramas) Indicação com rotação (gramas) Variação da indicação (g)
1368,83 1368,84
1368,83 1370,71 1,88
1369,01 1371,05 2,04
1369,04 1371,01 1,97
5 Espiras 1 Espiras
Indicação sem rotação
(gramas) Indicação com rotação (gramas) Variação da indicação (g)
1368,68 1368,69
1368,68 1370,69 2,01
1368,71 1370,79 2,08
1368,81 1370,91 2,10
1368,47 Valor indicado sem a espira
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Informações pertinentes Relacionados às Pilhas
Volume inicial no Béquer (ml) 910 Quantidade de pilhas 4
Volume final no Béquer (ml) 910 Tensão inicial (volts) 5,5
Tensão no ponto de 2 espiras
Peso inicial do Béquer com glicerina (g) 1367,52 (volts) 5,2
Peso Final do Béquer com glicerina (g) 1368,48 Tensão final (volts) 5,2
Variação do peso do Béquer com glicerina
(g) 0,96
Resolução da Balança (g) 0,01 Nomenclatura
Horário de inicio 09:00 Temperatura em graus Celsius T(°c)
Horário de termino 11:30 Umidade em porcentagem U(%)
Temperatura Inicial do liquido (°c) 21,492 Pressão em hPa p(hPa)
Temperatura final do liquido (°c) 21,806
Variação da temperatura do sistema (°c) 0,314
Balança
Item: Balança eletrônica 6200g
Fabricante: Sartorius
Modelo/ tipo : LA6200S Certificado de calibração: DIMCI 0161/2008
Numero de Série 18511922 Código de Identificação: Não identificado
Características do item Condições da calibração
Capacidade máxima: 6200g Temperatura 21°C
Resolução: 0.01g Umidade 48%
Erro no ponto utilizado (1300g): 0.01g Pressão 1017 hPa
Incerteza no ponto utilizado (1300g): 0.01g
Termômetro
Item: Termômetro digital Certificado de calibração: DIMCI 1916/2011
Fabricante: Aton Paar
Modelo do Instrumento: CKT 100 Resolução: 0.001
Numero de série: 80390749 Incerteza no ponto utilizado (21°C): 0.011
Fabricante do sensor: Aton Paar Correção no ponto utilizado (21°C): 0.019
Modelo/ tipo: não identificado/ PT - 100
Número de série do sensor: 00941105
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