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N REFLEXOES SOBRE 0 ROMANCE MODERNO. ry ‘A hip6tese béica em que nov apoiamos & & supo- ! ; * igo de" que em cada fase hiatérica exists certo Zeligelst, um espfrito uniticador que s¢ comunica 8 anifestagdes de culturas em contato, natu- ralmente com variagSes nacionais, Feldmos nesta: ‘ 5 CCVCVUGVTSOUGUSTCVSOUVCUFTVGUSVVGBUUVULYY +p RD ad) péginas da “cultura ocidental”, nfo tomando em con- ta af diversificagdes nacionais. Supomos, pois, que ‘mesmo numa cultura muito complexa como a nossa, com alta especializagio ¢ autonomia das vérias esferas — tais como ciéncias, artes, filosofia — nfo 46 haja interdependéncia ¢ mitua influencia Entre ‘esses cam- mas, além disso, certa unidade de espirito © sen- timento de vida, que impregna, em certa medida, todas, estas atividades. A segunda hi ct que se deva conside. at, 0 campo das_artes..como de excepeional irpar-. Uncia © fendmeno da “desrealizagto” que se observa a pualya¢ que, Wi_mais_de-meia_século, yem sus- fee Pouco amAveis no grande“piblico, _O termo "dedreallzagio"-se-refere-aer tito de-que 3 pisly- sends’ evideate no figurative, inclui também correntes fig © cubismo, exprestionismo ou surrealism, Mesmo estas correntes deixarain de visar a reprodugio mais ‘ou menos fiel da fealidade empirica. Esta, no expres- -sionismo;-$- apenas. de emogbes © visées subjetivas que Ihe deformam a aparéncia; no surrealismo, fornece apenas elementos isolados, cm coatexto insélito, para apresentar a {gem onfrica de um mundo dissociado © absurdo; no eubismo, & apenas ponto de partida de uma redugio 4 suns configuragées geométricas subjacentes. Em todos esses casos podemos falar de uma negaglo do realis- ‘Mo, 46 usarmos este termo no sentido mais lato, de- signando a tend8acia de reproduzir, de uma forma es- tilizada ou nfo, idealizada ou néo, a realidade apreen- dida pelos nossos sentidos. Hi interpretagées diame- talmente opostas deste fendmeno, Marcel Bric exemplo, baseado nas tcorias de Worringer, considera 4 abstrasio (¢ o anti-realismo) como manifestagio cor- 76 Figueira, frequente na hist6ria, de um sentimento de propria esséncia € néo-figurativo: a um estado psiqui- 0.” 54 0 catblico Hans Sedimayr considera a arte abstrata (e moderna em geral) um fendmeno tisico n: histéria, uma revolugdo “como antes nunca E além disso julga esta arte profundamente irteligio~ sa por nela ndo se vislumbrarem outros valores que (03 puramente estéticos € por tornar-se assim a prépria arte em idolo. Abstendo-nos de tais interpretagées mos apenas o fato da ‘grande importancia. Desse fou eliminado (no néo-figurat sapareceu. Ademais, 2 perspecti freu, no surrealismo, distorgées € inada pela pintura moderna, surgiv a perspectiva grega, diversa da re- nascentista, foi introduzida na época dos sofistas, no século V aC. Como se sabe, a pintura egipcia ou a pintura européia medieval — para dar s6 éstes exem- pectiva. As hipoteses sobre esse curioso fen6meno t dem a considerar provavel que a perspectiva seja um de épocas em que se acentua a emancipaso do in- dividuo, fenémeno fundamental da época sofista ¢ re- nascentista, A perspectiva cria a ilusdo do espaco tando © mundo a 1. © mundo € rel FOCCUUGVVUGUUUUTVUUUUVVUUVEeMUUVULUY & uma visio antropocéntrica do mundo, rel conseiti humana surge pela pri- homem é 9 medida de . A visto perspectivica s-renascentista com Des- cartes que pelo menos parte do cogito, supondo como tinica certeza inabalével a do eu existente (é a partir dele que Descartes reconstr6i o mundo desfei- to pela divida), E encontrou sua expressio mi em Kant que projeta o mundo dos isto é, 0 mundo como nos aparece, mos acesso — a partir da cor neste contexto, que no se individual E evidente que a visio perspectivica seria impos- sivel na Idade Média. Como a Terra & imével, fixa no centro do mundo, assim o homem tem uma fo fixa no mundo e nfo uma posicho em face dele. A ordem depende da mente divina ¢ nfo da humana. Nio cabe ao homem projetar a partir de si um mundo de Guja ordem diving ele faz parte integral, que ele ape- nas apreende ( ‘cuja constituiglo nfo de- pende das formas subj ja sua conscitncia. No momento em que a Terra comeca a mover-se, essa ‘ordem parece fadada a dissolugio. A reviravolta co- pemiciana € seguida de outra, no dizer de Kant: jf no € 0 mundo que prescreve as leis & nossa cons- citncia, ¢ esta que prescreve as leis a0 mundo, Antes de tudo, prescreve-lhe as perspéctivas de espaco e tem- po, formas subjetivas da nossa conscitncia, mercé das ‘quals projeta a realidade sensivel dos fenbmenot. de uma consciéncia 78 Melchinger ressalta com preciso que, da mesma { ma como 0 desenvolvimento da pintura levou do némeno individual “érvore” a organizagto abstrata da #1 volvimento do teatro conduz seus fendmenos especificos: do ludus precisamente nfo é a realidade, da peca, que ndo & a Vida, da cena, que nfo & 0 mundo. profundas, verificadss (e também nas-outras artes); devem; de 79

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