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A modernidade e a comunicação.
O Homem pré – moderno não aceita a fatalidade; é marcado pela revolução científica.
Coloca no lugar de Deus ele próprio. Coloca o seu destino nas suas próprias mãos.
Objectivo: Formular leis universais; Descobrir a verdade através da ciência (e não da religião).
O Homem Moderno já não acredita em Deus e irá materializar a felicidade terrena. Para a
via da transformação leva o Mundo para melhor.
Sociologia da Comunicação
Prof. Filipa Subtil
*Michel Chevalier (engenheiro): crente na paz perpétua. Redes dos caminhos-de-ferro; comparação
com as redes da internet.
Fenómeno dos jornais, livros, salões rococós, sociedades científicas, sociedades secretas –
maçonaria – partidos políticos, etc. Democratização do saber (extensão a todos) e da
comunicação.
Nas classes sociais a ideia de secretismo é posta em causa – passa a haver a ideia de
transparência – tudo o que se passa no mundo é divulgado nos jornais (domínios da vida social
e a ideia de segredo eram típicas do antigo regime).
Salões rococó: instituição constituída a partir do Século XVII; acontecem nas casa das mulheres
(primeiras participações públicas da mulher), pela primeira vez aristocracia e burguesia
funcionam em conjunto.
Sociologia da Comunicação
Prof. Filipa Subtil
Cafés em Londres: espaços da mesma natureza que os salões rococó; mais democrático que os
salões; leitura de jornais em voz alta e posterior discurso.
Sociedades científicas: mais convencida, Royal Society em Londres (1660); curiosos, cientistas
têm oportunidade de manter as suas intervenções – primeiro espaço onde cientistas
especializados se encontram e discutem.
Mercado do livro e mercado de Arte: grandes editoras; possibilidade de um escritor viver dos
frutos da sua obra. Necessidade de vender a grande escala.
Primeiros críticos dos media na altura: descartam problemas na imprensa; viam a informação
como uma liberdade de expressão e um bem público e dizem que o mundo do jornalismo se
tornou num negócio pensado pelo mundo comercial e económico, perdendo assim a sua
função pública.
Albert Schättle
Karl K.
Karl Büncher
Propõem:
Análise do Schättle: os jornalistas são cada vez menos intelectuais; são meros transmissores
de conteúdos/informação.
- Corrupção: a imprensa controlada
- Dependência dos jornais relativamente à publicidade;
Imprensa condicionada por estas variáveis e não pelo interesse
colectivo. (Jornalistas como operários do pensamento)
Análise do Büncher: o jornalismo moderno foi transformado numa fábrica de notícias.
Transformou-se em operários, em escala/em série. No final têm um salário (sob o comando
de uma administração).
(Influência marxista:)
Difusão de ideias;
A imprensa não pode estar transformada numa indústria: concepção de comunicação pública.
Uma sociedade democrática tem que ter fluxos de informação livres.
August Comte; Emile Durkheim; Max Webber; Ferdinand Tönnies; Gabriel Torde;
George Simmel; Gustave Le Bon.
Max Webber: alerta para a necessidade de intervenção dos jornalistas; relação entre
jornalistas e políticos.
Está baseada em laços de afectos, baseada no artesanato; vinculo social baseado em laços
familiares. Numa pequena comunidade o que me liga ao outro são os afectos que não
posso escolher – são naturais – são laços de sangue (não escolho a avó, a mãe, etc.)
Albian Small
Edward Ross
William Sumner
Introduzem pela primeira vez na sociedade a temática da comunicação. Primeira análise crítica
à imprensa, aos jornais americanos – imprensa estava a ser cada vez mais pressionada
economicamente para produzir em maior quantidade e com menor qualidade – defendiam
liberdade e expressão, de opinião e de imprensa. Se houver reforma na imprensa ainda há
salvação – Small e Ross eram reformistas, enquanto para Sumner não havia solução possível.
Escola de Chicago
O comportamento que eu tenho é ditado por aquilo que os outros esperam. Como a sociedade
constrange o indivíduo; a vida social é um teatro. Jogo permanente de interacção com o outro
(forjar laços com o outro).
Concepção da Sociedade:
*Charles Cooley;
*Robert Park
+
Escola de Chicago – institucionalizou a sociologia como disciplina científica.
Sociologia da Comunicação
Prof. Filipa Subtil
A sociedade para o ser não é apenas uma organização de indivíduos, é necessário interagir e
comunicar.
Concepção da comunicação;
Papel da comunicação na sociedade americana.
Em 1940 começam os primeiros estudos sobre as funções dos media (Laswell, etc.).
A partir de 1940/50: (HertaHerzog) o que é que fazemos com os media; usos dos media.
Sociedade como um todo que possui múltiplos subsistemas, que têm uma função na
sociedade para o bom funcionamento do sistema social
Relação sistemática entre subsistemas – promove o sistema social.
Subsistemas organizam-se segundo as funções que desempenham. Saber como a acção
social contribui para a sociedade.
Analogia da sociedade ao corpo humano e dos subsistemas aos vários órgãos e elementos
para a sobrevivência humana.
Relação entre subsistemas e meios para comunicar entre sistemas, importância dos meios, dos
media, para a manutenção das normas, por exemplo.
Harold Lasswell escreve um texto sobre as funções dos media no qual afirma que o sujeito
passa a ser objecto de estudo na teoria fundamentalista, uma vez que a sociedade age como
um corpo humano no qual tudo funciona.
Escola de Frankfurt
(1923)
Max Horkheimer
Theodor Adorno
Teoria crítica da Escola de Frankfurt
Herbert Marcuse
Tópicos de Reflexão: crítica à sociedade Moderna – Indústria
Leo Lowenthal Cultural
Jünrgen Habermas
Axel Honneth
“Quais são as consequências para a transmissão cultural por esta já não ser feita pela família,
mas sim pela instrumentalização?”
Cultura de Massas
Difunde as ideias das classes dominantes
Indústria Cultural
Indústria cultural produz coisas iguais; indústria cultural marcada pela semelhança;
transformou toda a cultura em entretenimento e consumo; o modo de produção é menos
importante que o valor estético. A cultura perde o valor simbólico – vem atrofiar a criatividade
e a imaginação; expressão artística autónoma – refém da indústria cultural.
Na Industria Cultural, quanto mais valor de troca tiver uma peça, mas se produz.
Conceito de “alienação”: ajuda das tecnologias – modo de alcançar lucro mais rapidamente.
Mais do mesmo produto (reproduções em série).
A reter / Síntese:
A visão da Escola de Frankfurt é mais radical: olhar pautado por uma ideologia marxista;
relações pautadas pelas relações económicas – dominação.
O sistema social é posto em causa: não é isso que os dominadores pretendem. As ideias
reproduzidas são as da classe dominante (pressão cultural).
J. Habermas (1962)
1ª Fase: definição do conceito normativo de esfera pública (ideal) – o que deveria ser a esfera
pública?
2ª Fase: trabalha o conceito histórico – sociológico de esfera pública – o que é? O que foi?
Onde se verificou?
Esfera Pública: espaço onde pessoas privadas forjam uma ideia sobre determinado assunto e
depois apresentam ao público aquilo que pensam – espaço físico de discussão
Situação ideal de discurso: exercício de discurso no qual todas as pessoas partilham – ideia de
consenso. Cada participante tem igual direito de partilhar a sua ideia (ideia do conhecimento
adquirido).
Pela primeira vez as mulheres têm um papel muito importante na vida pública;
Sociologia da Comunicação
Prof. Filipa Subtil
Por outro lado, com a difusão das tecnologias de comunicação e dos transportes, a informação
chega a outros lados, permitindo a um maior número de cidadãos formularem opiniões e
discutirem publicamente.
Mas isto, na prática, não aconteceu: na verdade, com a difusão dos meios de
comunicação, o espaço público tendeu para a refeudalização – as esferas
públicas não se alargaram: o público passou de um público leitor pensante,
para um público que consome cultura – raciocínio converte-se em consumo.
Criticas a Habermas:
Descuidou a construção social dos indivíduos – reacção passiva (mudança nos estudos
sobre os efeitos) – hipótese dos usos e gratificações que os receptores retiram face à
utilização dos media (estudos dos efeitos desenvolvem outra linha de pensamento – o
que é que as pessoas fazem com os media?)
Sociologia da Comunicação
Prof. Filipa Subtil
Habermas toma consciência que houve uma grande transformação devido aos meios
tecnológicos. Os fóruns perdem a importância; observa-se uma crescente
comercialização dos meios tecnológicos: sector das telecomunicações, media, etc.
Torna-se quase impossível falar em espaço público sem falarmos dos media.
- Assume que não faz sentido falar só de um público, pois há diferentes formas de
consumo cultural; diferentes públicos.
- Efeitos cognitivos /usos e gratificações: “O que é que nós fazemos com os media?” –
vai alterar a questão de forças (vai deixar de ser: “O que é que os media fazem
connosco?”) enquadra-se na Teoria Fundamentalista da comunicação de massas.
- A fronteira entre a cultura e vulgar e a cultura erudita está cada vez mais esbatida;
- Não teve em conta os efeitos sociais da TV, pois ainda se baseava nos estudos de
Lazarsfeld.
- Para perceber os efeitos mediáticos, é necessário perceber o contexto cultural dos
receptores;
- Não é possível ignorar a acção dos mass media no espaço público;
- Interacção entre o sistema político e os media; a política faz-se por via dos media.
Sociologia da Comunicação
Prof. Filipa Subtil
1. “A tirania do acontecimento”
2. “O expositor mediático”
3. “Uma comunicação sem tabus”
4. “A estandardização”
5. “A personalização”
6. “A identificação: acção – comunicação”
7. “O tema da transparência”
8. “O irenismo comunicacional”.
Efeitos totais
Propaganda
Efeitos directos, unidireccionais e uniformes
Estímulo – resposta
Audiência passiva e manipulada
Teorias dos efeitos limitados: tipos de variáveis que afectam a exposição aos media:
líderes de opinião…
Teorias de percepção selectiva: persuasão
Revisão do modelo estímulo – resposta: porque passa a ter em conta o contexto social
e individual – idades, sexo, etc. (causa – efeito)
Audiência colectiva e não uniforme;
Indivíduo está sujeito a outras formas de influência que não apenas aos media;
Influência selectiva
Importância dos grupos primários e dos líderes de opinião – no campo político, na teoria dos
efeitos limitados de Lazesfeld.
Nova orientação:
Os media satisfazem:
Necessidades cognitivas
Necessidades afectivas
Necessidade de interpelação
Necessidades de realçar os contactos inter sociais
Necessidades de evasão, de relaxamento , descontração…
Globalização /Planeterização
Sociologia da Comunicação
Prof. Filipa Subtil
Para Innis, a sociedade é o que é por causa dos meios de comunicação. Predominantemente
através das tecnologias da informação – cada sociedade está moldada pelas tecnologias
usadas durante aquele período histórico
Formas de comunicação nãos construídas pelo homem (rios, cavalos…)
Meios de comunicação com origem na actividade humana (estradas, pontes, canais,
automóveis…)
Extracções de recursos naturais – porque não são para consumo autónomo, mas sim
para trocar com outras comunidades, incitando o contrato.
Todos eles afectam e alteram a organização das sociedades;
Meios de comunicação criam novos ambientes – todos estes ecossistemas vão alterar a
percepção e as formas de vida dos indivíduos;
Tecnologias permitem o comércio e o contrato com outras civilizações.
Ideia de que o meio é a mensagem é tratada no pensamento de Innis, mas fica célebre pelo
trabalho de McLuhan.
Innis: não pretende fazer um juízo de valores da tecnologia mas sim apelar a que os meios
tecnológicos não se imponham aos outros (linguagem, pinturas rupestres – meios que ligam o
tempo histórico) – opera ao paradoxo relacionado com as tecnologias de comunicação –
aspectos positivos e negativos tem uma visão histórica das tecnologias de informação.