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Decreto-Lei nº3/2008, de 7 de

Janeiro
Revoga:
Decreto-Lei nº319/91, de 23 de Agosto;
Artigo 10.º, do Decreto-Lei nº6/2001, de 18 de Janeiro;
Portaria nº611/93, de 29 de Junho;
Artigo 6.º da Portaria nº1102/97, de 3 de Novembro;
Artigo 6.º da Portaria nº1103/97, de 3 de Novembro;
Nºs 51 e 52 do Despacho Normativo nº30/2001, de 22 de
Junho (pub. D.R. 1ª série-B, nº166, de 19 de Julho de 2001;
Despacho nº173/99, de 23 de Outubro;
Despacho nº7520/98, de 6 de Maio
Conceito associados a este DL
A Educação Inclusiva

A Escola é entendida como:

• Espaço de garantia de • O sistema e as práticas


igualdade no acesso e nos educativas devem assegurar a
resultados; gestão da diversidade, através
de estratégias que respondam
• Visa desenvolver às necessidades educativas
competências de autonomia e especiais individuais dos
factores de estabilidade alunos (pressupõe a
emocional conducentes à individualização e
plena cidadania, apoiando o personificação das
aluno até à fase da transição estratégias).
para a vida activa.
Definição de Necessidades Educativas Especiais,
que justificam a mobilização de apoios especializados

• … alterações estruturais e funcionais de carácter permanente


…[remete para a componente Funções e Estruturas do corpo, da
CIF]

• … que causem limitações significativas ao nível da actividade e


participação…

• … resultando em dificuldades continuadas ao nível da


comunicação, da aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, de
.
relacionamento interpessoal e da participação social
Princípios orientadores
• As escolas ou agrupamentos, os estabelecimentos de ensino
particular com paralelismo pedagógico, e as escolas profissionais
directa ou indirectamente financiadas pelo ME não podem recusar a
matrícula ou inscrição de alunos com nee, com base na sua
incapacidade ou nas necessidades educativas especiais;
• As crianças e jovens com nee de carácter permanente…
- gozam de prioridade na matrícula, desde o jardim-de-
infância;
- têm direito ao reconhecimento da sua singularidade e à
oferta de respostas educativas adequadas;
- toda a informação (em especial a pessoal e familiar) é
confidencial, para além dos limites e necessidades ditadas pela
intervenção técnica e educativa;
• Os membros da comunidade educativa com acesso aos dados do
aluno estão vinculados ao dever de sigilo.
Participação dos pais e Encarregados de Educação - Art 3º

• Os pais são participantes em todo o processo de resposta às


necessidades educativas especiais do seu filho;

• Caso não exerçam o seu direito de participação, cabe à escola


desencadear as respostas educativas necessárias;

• Sempre que os pais ou Encarregados de Educação discordarem


das medidas educativas propostas, podem recorrer aos serviços
competentes do ME (apresentando fundamentação escrita).
Organização - Art 4º

• Os projectos educativos de escola devem incluir as adequações relativas


ao processo de ensino e de aprendizagem, de carácter organizativo e de
funcionamento, necessárias à resposta educativa às nee, com vista à maior
participação destes alunos nas actividades de cada grupo, da turma ou da
comunidade;
• No sentido de criar estruturas que permitam adequação organizativa e
funcional, o ME cria:
- Escolas de referência para a educação bilingue de alunos surdos;
- Escolas de referência para a educação de alunos cegos e com baixa
visão;

• As escolas ou agrupamentos podem criar, sempre que o número de alunos


e a concentração de meios o justificar, e por deliberação do Conselho
Executivo, após consulta do Conselho Pedagógico[1]:
- unidades de ensino estruturado para alunos com perturbações do
espectro do autismo;
- unidades de apoio especializado para a educação de alunos com
multideficiência e surdocegueira congénita.

[1] Criadas por despacho do Director Regional de Educação competente.
Procedimentos de referenciação e avaliação

Referenciação - Art 5º

• A referenciação deve ser feita o mais precocemente possível,


pelos pais ou Encarregados de Educação, pelos serviços de
intervenção precoce, por docentes ou outros técnicos ou serviços
que intervêm com a criança ou que tenham conhecimento de
eventuais nee;

• A referenciação é feita ao órgão de administração e gestão das


escolas ou agrupamentos (ficha de referenciação com
documentação anexa).
Procedimentos de referenciação e avaliação

Avaliação - Art 6º
• O Conselho Executivo solicita…
• … ao Departamento de Educação Especial e ao Serviço de Psicologia e
Orientação, o relatório técnico-pedagógico conjunto, envolvendo outros
intervenientes necessários (Centros de Saúde, Centros de Recursos
Especializados, Escolas ou Unidades de Referência), descrevendo as
razões que determinam as nee e a sua tipologia (condições de saúde,
doença ou incapacidade);
Este relatório é elaborado por referência à Classificação
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade de Saúde, da
Organização Mundial de Saúde, e serve de base à elaboração do
Programa Educativo Individual, aliás, deve fazer parte do PEI
• … ao Departamento de Educação Especial, a determinação dos apoios
especializados, do processo de ensino e de aprendizagem de que o
aluno deva beneficiar e das tecnologias de apoio;
Continuação das competências do Conselho Executivo no
processo de avaliação das nee

• Assegura a participação e a anuência dos pais ou Encarregados de


Educação.
• Homologa o relatório técnico-pedagógico e determina as suas aplicações;
• Caso o relatório não conclua a presença de nee, devem o SPO e o
Departamento de Educação Especial proceder ao encaminhamento dos
alunos para os apoios disponibilizados pela escola que melhor se adeqúem;
• Caso o Conselho Executivo decida pela não aprovação do PEI, fá-lo
através de um despacho justificativo, podendo reenviá-lo à entidade
responsável, solicitando melhor justificação ou enquadramento.
• O serviço no âmbito do processo de referenciação e avaliação:
- assume carácter prioritário, sobre toda a actividade docente e não-
docente, à excepção da lectiva, e deve realizar-se no menor espaço de
tempo possível – Todo o processo tem de ser concluído em 60 dias;
- É sempre realizado na componente não lectiva e é de aceitação
obrigatória;
Programa Educativo Individual - Art 8º
O modelo do Programa Educativo Individual - Art 9º
• O Programa Educativo Individual é arquivado no PIA;
• O modelo do Programa Educativo Individual é aprovado por
deliberação do Conselho Pedagógico;
• Campos obrigatórios na elaboração do Programa Educativo
Individual:
- Identificação do aluno;
- Resumo da história escolar e outros antecedentes relevantes;
- Caracterização dos indicadores de funcionalidade e do nível de aquisições
e dificuldades do aluno;
- Factores ambientais que funcionam como barreira ou facilitadores à
participação e aprendizagem;
- Definição das medidas educativas a implementar;
- Discriminação dos conteúdos, objectivos gerais e específicos a atingir e
das estratégias e recursos humanos e materiais a utilizar;
- Nível de participação do aluno nas actividades educativas da escola;
- Distribuição horária das diferentes actividades previstas;
- Identificação dos técnicos responsáveis;
- Definição do processo de avaliação da implementação do Programa
Educativo Individual;
- Data e assinatura dos participantes na sua elaboração e dos responsáveis
pelas respostas educativas a aplicar.
Art 10º Elaboração do PEI
• O Programa Educativo Individual é elaborado, no 3º ciclo e ensino
secundário, pelo Director de Turma, pelo docente de Educação Especial,
pelo Encarregados de Educação, e por outros técnicos ou serviços
envolvidos (serviço de psicologia e orientação, centros de saúde, escolas e
de referência, docente de LGP, outros técnicos…);
• O PEI deve ser submetido à aprovação do Conselho Pedagógico e
homologado pelo Conselho Pedagógico.

Art 11º Coordenação do PEI


• O coordenador do Programa Educativo Individual é o Director de Turma;
• A aplicação das medidas previstas no Programa Educativo Individual
carece da autorização expressa do Encarregado de Educação, excepto se
este não exercer o seu direito de participação.

Art 13º Acompanhamento do Programa Educativo Individual


• O PEI deve ser revisto:
- sempre que se detecte uma inadequação das medidas educativas;
- no final de cada nível ou de cada ciclo do ensino básico (obrigatório);
• A avaliação das medidas implementadas deve ser feita em qualquer altura,
mas é obrigatória nos momentos de avaliação sumativa interna.
Acompanhamento do Programa Educativo Individual (cont.)

• No final do ano, deve ser elaborado um relatório circunstanciado, sobre os


resultados obtidos pelo aluno;

• Este relatório é elaborado pelo Director de Turma, pelo DEE, pelo SPO, por
outros docentes e técnicos, e aprovado pelo Conselho Pedagógico e pelo
Encarregado de Educação);

• O relatório de final de ano (que ficará arquivado do PIA e anexado ao PEI)


deve responder às seguintes questões:
- É necessário continuar a aplicar adequações no processo de
aprendizagem?
- Que alterações devem ser introduzidas no PEI?

• Caso o aluno mude de estabelecimento de ensino, o PEI e estes relatórios


transitam com a restante documentação.
Art 14º Plano Individual de Transição

• Deve ser elaborado sempre que o aluno apresente nee de carácter


permanente que o impeçam de adquirir as aprendizagens e competências
definidas no currículo comum;
• Deve centrar-se no desenvolvimento de competências necessárias ao
exercício de uma actividade profissional e à futura inserção social, familiar,
ou numa instituição de carácter ocupacional);
• Deve iniciar-se 3 anos antes da idade limite da escolaridade obrigatória.

O Plano deve ser datado por todos os intervenientes na sua elaboração, pelos
pais ou Encarregados de Educação, e, se possível, pelo aluno.

Art 15º Certificação


• As normas de emissão e formulários a utilizar são os determinados por lei;
• Os instrumentos normalizados de certificação devem identificar as
adequações do processo de ensino e de aprendizagem aplicadas.
Art 16º Medidas Educativas

a) Apoio pedagógico personalizado;


b) Adequações curriculares individuais*;
c) Adequações no processo de matrícula;
d) Adequações no processo de avaliação;
e) Currículo específico individual*;
f) Tecnologias de apoio.
* Não são cumuláveis entre si, ao contrário das restantes.

• Estas alíneas constituem medidas de apoio especializado aos alunos com


nee de carácter permanente, e integram obrigatoriamente o Plano de
Actividades de Escola, de acordo com o Proj. Educ. Escola, que deve
conter:
- as metas e as estratégias para assegurar o apoio a estes alunos;
- a identificação das respostas específicas a disponibilizar para alunos
com cegueira ou baixa visão, com perturbações do espectro do autismo, e
com multideficiência.
Art 17º Apoio pedagógico personalizado

• a) Reforço das estratégias utilizadas no grupo ou turma, quanto à


organização, ao espaço e às actividades;
• b) Estímulo e reforço das competências e aptidões envolvidas na
aprendizagem;
• c) Antecipação e reforço da aprendizagem de conteúdos leccionados na
turma;
• e) Reforço e desenvolvimento de competências específicas.

• Alíneas a), b) e c) são asseguradas pelo Professor da turma ou da


disciplina;
• Alínea d) é assegurada pelo Professor da turma ou da disciplina, ou pelo
Professor de Educação Especial.
Art 18º - Adequações curriculares individuais

- Não põem em causa a aquisição das competências finais de ciclo (até ao 3º


ciclo) as competências essenciais das disciplinas (no ensino secundário);
- Têm por padrão o currículo comum;
- Resultam da apreciação e parecer do Conselho de Turma;
• Nº2 – (visão) Permite a introdução de áreas disciplinares curriculares
específicas (não constantes no currículo comum – leitura e escrita em
Braille, orientação e mobilidade, treino de visão e actividade motora
adaptada,…);
• Nº3 – (audição) Permite aplicação da modalidade de ensino bilingue, com a
introdução das áreas curriculares específicas para as línguas L1, L2 e L3,
passando a ser leccionada LGP como L1, o Português como L2 (do ensino
pré-escolar ao secundário), uma língua estrangeira como L3 (do 3º ciclo do
ensino básico ao ensino secundário);
• Nº4 –Introdução de objectivos e conteúdos intermédios, de acordo com as
competências terminais de ciclo ou curso, as características de
aprendizagem e dificuldades específicas dos alunos;
• Nº5- Dispensa das actividades que se revelem impossíveis de realizar, em
função da incapacidade do aluno, e não sendo ultrapassável através do
recurso às tecnologias de apoio.
Art 19º - Adequações no processo de matrícula
- Frequência de estabelecimentos de ensino mesmo não correspondente à
sua área de residência;
- Adiamento da matrícula de 1 ano na escolaridade obrigatória, medida não
renovável e com necessidade de fundamentação (só para pré-escolar e 1º
ciclo?);
- Matrícula por disciplinas, desde que seguindo sequencialidade do regime
educativo comum, no 2º e 3º ciclos e ensino secundário;
- Frequência de escolas de referência para necessidades na área da
audição e visão, bem como em situações de multideficiência, ou espectro
do autismo, independentemente da sua área de residência.

Art 20º - Adequações no processo de avaliação


- Tipo de provas e dos instrumentos de avaliação e certificação;
- Condições de avaliação (formas e meios de avaliação, periodicidade,
duração, local);
- Os alunos com Currículo Específico Individual têm critérios de avaliação
definidos no PEI, à parte do regime de transição de ano escolar com outro
processo de avaliação.
Art 21º - Currículo específico individual
• Substitui as competências definidas para cada nível de ensino, de acordo
com o parecer do Conselho de Turma;
• As alterações ao currículo comum podem manifestar-se na introdução,
substituição, ou eliminação de objectivos e conteúdos, em função do perfil
funcional do aluno;
• Visa desenvolver a autonomia pessoal e social do aluno, dá prioridade às
actividades funcionais (centradas nos contextos de vida), à comunicação, e
organização e processo de transição para a vida pós-escolar;
• É da competência co Conselho Executivo e do Departamento de Educação
Especial a orientação e desenvolvimento destes CEI.

Art 22º - Tecnologias de apoio


• São os dispositivos facilitadores que se destinam a melhorar a
funcionalidade do aluno (no âmbito actividade e participação –
aprendizagem, e vida profissional e social), e reduzir a incapacidade.

Seguem-se Artigos referentes ao funcionamento e competências das


modalidades específicas de educação especial (cegueira, baixa visão,
surdez, perturbações do espectro do autismo, multideficiência e
surdocegueira congénita), bem como da intervenção precoce na infância.
Art 28º - Serviço docente
• São leccionados por docentes de educação especial:
• As áreas curriculares definidas no nº2 do Artigo 18.º (áreas
curriculares específicas que não façam parte da estrutura
curricular comum – leitura e escrita em braille, orientação e
mobilidade, treino de visão, actividade motora adequada,
…);
• Os conteúdos mencionados no nº3 do Artigo 18.º (ensino de
alunos surdos – introdução de áreas curriculares específicas
da L1 - LGP, L2 – Português e L3 – língua estrangeira);
• Os conteúdos referidos no nº3 do Art. 21.º (Currículo
Específico Individual).

• São da responsabilidade do docente de educação especial o apoio


à utilização de materiais didácticos adaptados e tecnologias de
apoio.
Art 29º - Serviço não docente

• As actividades de serviço não docente – terapia da fala, terapia


ocupacional, avaliação e acompanhamento psicológico, treino da
visão e interpretes de LGP são desempenhados por técnicos com
formação profissional adequada;
• Sempre que os agrupamentos não disponham desses recursos,
poderão adquirir os referidos serviços nos termos legal e
regularmente fixados.
Art 30º - Cooperação e parceria
• As escolas ou agrupamentos podem desenvolver parcerias com instituições
de solidariedade social, centros de recursos especializados, ou outros,
visando os seguintes fins:
– Referenciação e avaliação de crianças e jovens com nee;
– Execução de actividades de enriquecimento curricular (programas
específicos de actividades físicas e prática de desporto adaptado;
– Execução de respostas educativas de educação especial – ensino do
braille, treino visual, orientação e mobilidade e terapias;
– Desenvolvimento de estratégias de educação adequadas para
responder às necessidades dos alunos com nee;
– Desenvolvimento de actividades de apoio à família;
– Transição para a vida pós-escolar (para local de trabalho);
– Integração em programas de formação profissional;
– Preparação para integração em centros de actividades ocupacionais;
– Aquisição de serviços referidos no Art.29.º.

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