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AVALIAÇÃO

DE IMPACTOS
AMBIENTAIS
HISTÓRICO
A crescente consciência de que o sistema
de aprovação de projetos não podia
considerar apenas aspectos tecnológicos
e de custo-benefício, excluindo
aspectos relevantes como questões
culturais e sociais e a participação de
comunidades, inclusive daquelas
diretamente afetadas pelo projeto,
levou os EUA a uma legislação ambiental
que culminou com a implantação do
sistema de Estudo de Impacto
Ambiental (EIA).
HISTÓRICO
Através do PL-91-190: “National
Environmental Policy Act” (NEPA) -
Ato Nacional de Política Ambiental
de 1969, que começou a vigorar em
01 de janeiro de 1970.
Esse sistema nasceu, portanto, para monitorar
os conflitos que surgiram entre manter um
ambiente saudável e o tipo de desenvolvimento.

Nasceu da consciência de que era melhor


prevenir os impactos possíveis que seriam
induzidos por um projeto de desenvolvimento do
que, depois, procurar corrigir os danos
ambientais gerados.
O documento elaborado foi denominado de EIS –
“Environmental Impact Statement” (Declaração de
Impacto Ambiental).
Em sua Seção 191a, enuncia:
“... criar e manter condições nas quais homem e natureza podem
coexistir com produtiva harmonia.”
 
Através de todo processo de evolução, desenvolveu-se o
EIA que pode ser dividido em duas fases:
– 1º Fase – Diagnóstico: consideram-se todos os efeitos
positivos e negativos associados ao projeto, como um todo.
– 2º Fase – Prognóstico: estuda-se como o projeto pode ser
desenvolvido, de forma a gerar o menor número possível de
efeitos sociais e ambientais negativos, bem como minimizar a
intensidade de tais efeitos, de modo a serem aceitáveis pela
sociedade que participa da decisão.
LICENCIAMENTO E EIA
A Lei Federal 6938/81 e sua
regulamentação, estabeleceu ligação
entre o licenciamento ambiental e o
estudo de impacto ambiental, de tal
modo que o licenciamento de atividade
poluidora depende da aprovação do RIMA
pelo órgão ambiental estadual competente
(...) o que, se bem conduzido, será um
efetivo sistema de proteção ambiental
OBJETIVOS DO EIA

• Proteger o ambiente para as futuras


gerações;
• Garantir a saúde, a segurança e a
produtividade do meio-ambiente,
assim como seus aspectos estéticos e
culturais;
• Garantir a maior amplitude possível de
usos, benefícios dos ambientes não
degradados, sem riscos ou outras
conseqüências indesejáveis;
OBJETIVOS DO EIA
Preservar importantes aspectos históricos,
culturais e naturais de nossa herança
nacional; manter a diversidade ambiental;
• Garantir a qualidade dos recursos
renováveis; introduzir a reciclagem dos
recursos não renováveis;
• Permitir uma ponderação entre os
benefícios de um projeto e seus custos
ambientais, normalmente não computados
nos seus custos econômicos.
EIA NO BRASIL
(PNMA)
• No Brasil, a lei da Política Nacional do Meio
Ambiente (Lei 6938/81), instituiu o Estudo
de Impacto Ambiental (EIA) como um de
seus instrumentos

• O Decreto 88.351/83 regulamentou aquela


Lei e determinou que o EIA deveria ser
realizado segundo critérios básicos,
estabelecidos pelo CONAMA, o que viria a
ocorrer em 1986, através da sua Resolução
001/86.
DEFINIÇÕES BÁSICAS
• Impacto Ambiental
Alteração das propriedades: físicas, químicas e biológicas do
meio ambiente, causada por atividades humanas, afetando: a saúde, a
segurança e o bem-estar; as atividades sociais e econômicas; a biota;
as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos
recursos ambientais.

• Estudo de Impacto Ambiental - EIA


Atividades científicas e técnicas: diagnóstico ambiental,
identificação, previsão e medição, interpretação e valoração, definição
de medidas mitigadoras e programas de monitoramento.

• Relatório de Impacto Ambiental - RIMA


Documento que consubstancia o conteúdo do EIA de forma clara
e concisa e em linguagem acessível à população, esclarecendo os
impactos negativos e positivos causados pelo empreendimento em
questão.
IMPACTOS AMBIENTAIS
• Impacto positivo ou benéfico:
benéfico quando a ação resulta na
melhoria da qualidade de um fator ou parâmetro ambiental.
• Impacto negativo ou adverso:
adverso quando a ação resulta em um
dano à qualidade de um fator ou parâmetro ambiental.
• Impacto direto:
direto resultado da simples ação causa e efeito.
• Impacto indireto:
indireto resultante de uma reação secundária, ou
quando é parte de uma cadeia de reações.
• Impacto local:
local quando a ação afeta o próprio sítio e suas
imediações.
• Impacto regional:
regional quando a ação se faz sentir além das
imediações do sítio.
• Impacto estratégico:
estratégico quando a ação tem relevância no âmbito
regional e nacional.
• Impacto a médio e longo prazo:
prazo quando os
efeitos da ação são verificados
posteriormente.
• Impacto temporário: quando o feito da
ação tem duração determinada.
• Impacto permanente: quando o impacto não
pode ser revertido.
• Impacto cíclico:
cíclico quando os efeitos se
manifestam em intervalos de tempo
determinados.
• Impacto reversível:
reversível quando cessada a ação,
o ambiente volta à sua forma original. 
PROJETOS SUJEITOS A
ELABORAÇÃO DE EIA-RIMA
• Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de
rolamento;
• ferrovias;
• portos e terminais de minério, petróleo e produtos
químicos;
• aeroportos;
• oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e
emissários de esgotos sanitários;
• linhas de transmissão de energia elétrica, acima de
230KV;
• obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos;
• extração de combustível fóssil;
• extração de minério, inclusive os de classe
II;
• aterros sanitários, processamento e
destino final de resíduos tóxicos ou
perigosos;
• usinas de geração de eletricidade,
qualquer que seja a fonte da energia
primária, acima de 10MW;
ENCADEAMENTO DE
AÇÕES NO EIA
O EIA deve ser um processo seqüencial,
começando com a descrição do sistema
natural e antrópico, prosseguindo na
análise dos efeitos de projetos de
desenvolvimento sobre eles e,
finalmente, apresentação de
alternativas e de medidas visando
minimizá-los ou mesmo eliminá-los. Tudo
de forma que se possa tomar uma
decisão, política, sobre o projeto
EIA E PARTICIPAÇÃO
POPULAR
O EIA é exatamente valioso, por
contribuir para uma maior informação
imparcial sobre um determinado
projeto, permitindo que o público possa
orientar mais corretamente sua posição
em relação a ele, com menos
emotividade, sabendo eliminar a
influência tanto de grupos políticos
como de grupos econômicos
ALTERNATIVAS AO PROJETO

• O EIA deve considerar, como um de


seus principais aspectos, as alternativas
do projeto (CONAMA 001).
• Entre as alternativas deve ser avaliada
a de não execução do projeto.
• Devem ser discutidas alternativas
locacionais (pouco realizado no Brasil)
• E ainda, alternativas tecnológicas, de
processo, de disposição final de
resíduos, de tratamento de efluentes,
de fontes de energia etc.

Boa alternativa a menos


impactante
DIRETRIZES PARA A
ELABORAÇÃO DO EIA/RIMA
CARACTERIZAÇÃO
DO
EMPREENDIMENTO
ÁREA DE
INFORMAÇÕES INFLUÊNCIA
GERAIS
EIA DIAGNÓSTICO
AMBIENTAL

ANÁLISE DOS
PROGRAMA DE IMPACTOS
MONITORAMENTO AMBIENTAIS

MEDIDAS
MITIGADORAS
RIMA
• INFORMAÇÕES GERAIS
• Nome, razão social, endereço, etc.
• Histórico do empreendimento
• Nacionalidade de origem e das tecnologias
• Porte e tipos de atividades desenvolvidas
• Objetivos e justificativas
– no contexto econômico-social do país, região, estado
e município
• Localização geográfica, vias de acesso
• Etapas de implantação
• Empreendimentos associados e/ou similares
• CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
• Para cada uma das fases (planejamento,
implantação, operação e desativação):
– Objetivos e justificativas do projeto, sua relação e
compatibilidade com as políticas setoriais, planos
e programas governamentais;
– A descrição do projeto e suas alternativas
tecnológicas e locacionais, especificando: área de
influência, matérias primas, mão-de-obra, fontes
de energia, processos e técnica operacionais,
prováveis efluentes, emissões, resíduos de
energia, geração de empregos.
• ÁREA DE INFLUÊNCIA (AI)
– Limitação geográfica das áreas:
• diretamente afetada (DA) e
• indiretamente afetada (IA)
– Sempre considerar a bacia hidrográfica
onde se localiza o empreendimento como
unidade básica para a AIDA
– Apresentar justificativas para a
determinação das AI’s
– Ilustrar através de mapeamento
• DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA AI
• Caracterização atual do ambiente natural, ou
seja, antes da implantação do projeto,
considerando:
– as variáveis suscetíveis de sofrer direta ou
indiretamente efeitos em todas as fases do
projeto;
– os fatores ambientais físicos,
físicos biológicos e
antrópicos de acordo com o tipo e porte do
empreendimento;
– informações cartográficas com as AI’s em
escalas compatíveis com o nível de
detalhamento dos fatores ambientais
considerados.
DIRETRIZES PARA A
ELABORAÇÃO DO EIA/RIMA
• DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA AI
• Meio físico: subsolo, as águas, o ar e o clima
– condições meteorológicas e o clima
– qualidade do ar;
– níveis de ruído;
– caracterização geológica e geomorfológica;
– usos e aptidões dos solos;
– recursos hídricos:
» hidrologia superficial;
» hidrogeologia;
» oceanografia física;
» qualidade das águas;
» usos das águas.
• DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA AI
• Meio biológico e os ecossistemas naturais: fauna
e flora
– Ecossistemas terrestres
» descrição da cobertura vegetal
» descrição geral das inter-relações fauna-
fauna e fauna-flora
– Ecossistemas aquáticos
» mapeamento da populações aquáticas
» identificação de espécies indicadoras
biológicas
– Ecossistemas de transição
» banhados, manguezais, brejos, pântanos,
etc.
DIRETRIZES PARA A
ELABORAÇÃO DO EIA/RIMA

• DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA AI
• Meio Antrópico ou sócioeconômico
– Dinâmica populacional
– Uso e ocupação do solo
– Nível de vida
– Estrutura produtiva e de serviços
– Organização social
• ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS
• Identificação, valoração e interpretação dos
prováveis impactos em todas as fases do projeto e
para cada um dos fatores ambientais pertinentes.
• De acordo com a AI e com os fatores ambientais
considerados, o impacto ambiental pode ser:
» direto e indireto;
» benéfico e adverso;
» temporários, permanentes e cíclicos;
» imediatos, a médio e a longo prazo;
» reversíveis e irreversíveis
» locais e regionais
• ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS
– Avaliação da inter-relação e da magnitude
• Metodologias utilizadas:
– Análise custo-benefício;
– Método “ad hoc” (grupo multidisciplinar)
– Listas de checagem/controle (“Check Lists” - identifica
consequências) ;
– Matrizes de interação (Matriz de Leopold);
– Análise de Rede (“NetWorks”);
– Mapeamento por superposição (“over-lays”)
– Modelagem
• ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS
– Apresentação final:
• Síntese conclusiva
– relevância de cada fase: planejamento, implantação,
operação e desativação
– identificação, previsão da magnitude e interpretação, no
caso da possibilidade de acidentes
• Descrição detalhada - p/ cada fator ambiental
– impactos sobre o meio físico
– impactos sobre o meio biológico
– impactos sobre o meio antrópico

Para cada análise: mencionar métodos e técnicas de previsão aplicados


• MEDIDAS MITIGADORAS
– Apresentadas e classificadas quanto a:
• sua natureza: preventivas ou corretivas;

• fase do empreendimento em que deverão ser


implementadas;

• o fator ambiental a que se destina;

• o prazo de permanência de sua aplicação;

• e a responsabilidade por sua implementação.


• PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO E
MONITORAMENTO DOS IMPACTOS
Neste item deverão ser apresentados os programas de
acompanhamento da evolução dos impactos ambientais positivos
e negativos causados pelo empreendimento, considerando-se as
fases de planejamento, de implementação, operação e
desativação e quando for o caso, de acidentes.
– Indicar e justificar:
• os parâmetros selecionados para avaliação;
• a rede de amostragem proposta;
• os métodos de coleta e análise das amostragens;
• periodicidade das amostragens para cada parâmetro, de
acordo com os fatores ambientais;
• os métodos a serem empregados para o armazenamento e
tratamento dos dados.
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL

O Relatório de Impacto Ambiental –
RIMA refletirá as conclusões do
Estudo de Impacto Ambiental – EIA.
Suas informações técnicas devem ser
expressas em linguagem acessível ao
público, ilustradas por mapas com
escalas adequadas, quadros, gráficos e
outras técnicas de comunicação visual,
de modo que possam entender
claramente as possíveis conseqüências
ambientais do projeto e suas
alternativas, comparando as vantagens
e desvantagens de cada uma delas.
• RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
• Objetivos e justificativas do projeto;
• Descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e
locacionais;
• Síntese dos resultados dos estudos de diagnóstico;
• Descrição dos impactos ambientais;
• Caracterização da qualidade ambiental futura da AI;
• Descrição dos efeitos esperados das medidas mitigadoras;
• Programa de acompanhamento e monitoramento;
• Recomendação quanto à alternativa mais favorável.
CONCLUSÕES SOBRE O EIA/RIMA
• De maneira geral o EIA foi criado principalmente com o
intuito de ser um instrumento poderoso no
planejamento e implementação de empreendimentos,
visão alternativa ao mero ponto de vista o econômico.

• Tamanho e tempo de execução não garantem um EIA de


qualidade. A qualidade do trabalho está diretamente
ligada à responsabilidade e competência da equipe que
o desenvolve. Entretanto o tempo de observação dos
ambientes naturais pode ser fundamental para se
compreender a sazonalidade dos fenômenos que nele
ocorrem.
• O ponto crucial desse contexto é a forma como são
elaborados e a relevância de suas proposições e
indagações, assim como a objetividade da proposta,
visando atender os aspectos bióticos e abióticos,
procurando alternativas para garantir às gerações futuras
sua sobrevivência. 

• A inserção deste instrumento dentro de uma estrutura de


planejamento municipal ou estadual também é fator
potencializador de seus benefícios assim como a
capacidade de avaliação do órgão ambiental para evitar
que o EIA se torne mero passaporte burocrático para
aprovação de projetos com impacto ambiental.
• Assim como um empreendimento pode trazer benefícios à
comunidade, empregos diretos e indiretos, por exemplo,
pode poluir as bacias de captação que constituem um
impacto nocivo, assim espera-se que da análise de um
EIA surjam as alternativas adequadas.
• E que a população participe conscientemente das decisões
sobre alterações do meio ambiente que a cerca.
ORIENTAÇÕES FEPAM
• Entrada normal com pedido de licenciamento
ambiental na FEPAM - Fundação Estadual de
Proteção Ambiental
• Após a análise da documentação do pedido de
licenciamento é que a FEPAM se manifestará pela
necessidade ou não da apresentação de EIA/RIMA.

• Se for comprovado se tratar de empreendimento


sujeito a apresentação de EIA/RIMA, a FEPAM
constitui uma equipe técnica multidisciplinar para
análise de cada Estudo/Relatório apresentado à
instituição. Esta equipe fixa as informações a constar
no Termo de Referência.
ORIENTAÇÕES FEPAM
• Depois de notificado pela FEPAM de que se trata de
licenciamento com apresentação de EIA/RIMA, o
empreendedor deverá publicar a solicitação de
licenciamento e apresentar comprovação da publicação
(conforme a RES CONAMA Nº006/86);
• o Termo de Referência para a apresentação do
EIA/RIMA deverá estar de acordo com as orientações
da equipe técnica multidisciplinar;
• A FEPAM colocará à disposição dos interessados o
RIMA, em sua Biblioteca e determinará prazo, de no
mínimo 45 (quarenta e cinco) dias para recebimento de
comentários a serem feitos;
ORIENTAÇÕES FEPAM
• - A FEPAM convocará audiência pública (conforme
Código Estadual de Meio Ambiente), através de edital
assinado por seu Diretor-Presidente, caso haja alguma
petição apresentada por:
– no mínimo 1 (uma) entidade legalmente constituída,
governamental ou não;
– 50 (cinqüenta) pessoas;
– ou pelo ministério público.
– Ou ainda pela própria FEPAM, mediante apreciação da equipe
multidisciplinar, caso julgue necessária a obtenção de subsídios
para emissão do parecer técnico final.
• A divulgação da convocação se fará com uma
antecedência mínima de 30 (trinta) dias.
ORIENTAÇÕES FEPAM

• A FEPAM, durante a análise técnica, poderá solicitar


complementações do EIA/RIMA.

• Após a análise técnica a FEPAM se manifestará


aprovando ou invalidando o EIA/RIMA, através da
emissão do documento correspondente, licenciando ou
indeferindo a solicitação de licenciamento ambiental.

• O recebimento da licença também deverá ser tornado


público pelo empreendedor.
GENERALIDADES

• Multidisciplinaridade e
Interdisciplinaridade na elaboração
de EIA/RIMA
• Subjetividade na AIA: dados
quantitativos X qualitativos
• Confiabilidade no EIA/RIMA:
tendenciosidades e incertezas

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