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Bens e Serviços
• Os bens são produtos tangíveis, resultantes de
atividades primárias e secundárias de produção.
Podem ser:
finais intermediários
consumo capital
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Bens e Serviços
• Bens intermediários: aqueles que sofrem
uma nova transformação antes de chegar ao
mercado.
• Bens finais: que suprem uma necessidade
humana
• Bens de capital: que se destinam à
produção, como máquinas e equipamentos
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Bens e Serviços
• Serviços:
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Fatores de Produção
• Para a satisfação das necessidades
humanas é necessários produzir bens e
serviços
• Para isso, exige-se o emprego de recursos
produtivos
• Esses recursos são os elementos básicos
utilizados na produção de bens e serviços
e denominam-se fatores de produção
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Fatores de Produção
• Terra (reservas naturais: solo, subsolo,
pluviosidade, clima)
• Trabalho (recursos humanos: PEA)
• Capital (bens de produção: máquinas,
equipamentos, ferramentas, construções,
edificações, equipamentos de transporte)
• Tecnologia (P&D: quando a invenção é
transposta para o processo produtivo, temos o
conceito de inovação)
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Processo de Produção
• São os fluxos resultantes do emprego combinado
dos fatores de produção.
• P = f (K, L, T, Tecn)
• A intensidade com que se utiliza cada um deles é
referência para a classificação das atividades
produtivas
- Ativ. Primária = intensiva em Terra
- Ativ. Secundária = intensiva em Capital
- Ativ. Terciária = intensiva em Trabalho
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Necessidade de Escolha e o Custo de
Oportunidade
• Como não há recursos suficientes para produzir tudo que
os agentes desejam, é necessário escolher entre as
diferentes opções que se apresentam
• Famílias: viagem ou geladeira?
• Empresas: publicidade ou renovação de maquinaria?
• Governo: segurança ou bolsa-família?
• Quando decidem gastar ou produzir, os agentes renunciam
a outras possibilidades
• O custo de oportunidade de um bem ou serviço é a
quantidade de outros bens ou serviços que se deve
renunciar para obtê-lo.
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Necessidade de Escolha e o Custo de
Oportunidade
“Eis uma máxima que todo chefe de família prudente deve
seguir: nunca tentar fazer em casa aquilo que seja mais caro
fazer do que comprar. O alfaiate não tenta fabricar seus
sapatos, mas os compra do sapateiro. Este não tenta
confeccionar seu traje, mas o recorre ao alfaiate. O agricultor
não tenta fazer nem um nem outro, mas se vale desses
artesãos. Todos consideram que é mais interessante usar suas
capacidades naquilo em que têm vantagem sobre seus vizinhos
e comprar, com parte do resultado de suas atividades, ou, o
que vem a dar no mesmo, com o preço de parte das mesmas,
aquilo que venham a precisar”
Adam Smith, A Riqueza das Nações, 1776
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Necessidade de Escolha e o Custo de
Oportunidade
- Vantagem Absoluta: O produtor que precisa de
uma menor quantidade de insumos para
produzir um bem tem vantagem absoluta na
produção desse bem.
- Vantagem Comparativa: O produtor que tem o
menor custo de oportunidade na produção de
um bem tem vantagem comparativa na
produção desse bem.
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A Racionalidade Econômica do Governo
- Os defeitos e as limitações de uma economia de livre
mercado levam o governo a realizar importantes
funções econômicas. Ex: Defesa nacional, Justiça,
Polícia e Construção de Estradas.
- Nas palavras de Abraham Lincoln, um objetivo
legítimo do governo é “fazer o que precisa ser feito
para os cidadãos e que estes não podem fazer por si
sós, como indivíduos, ou que não podem fazer tão
bem como o governo”
- As maravilhas do livre-comércio e sua pretendida
eficiência econômica dependem de condições ideais.
- A existência de falhas de mercado deve-se à presença
de concorrência imperfeita, externalidades ou
informação imperfeita.
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A Racionalidade Econômica do Governo
• Diante da existência dessas falhas de mercado, é
conveniente a intervenção do Estado e o grau
dessa intervenção é assunto controverso.
• Aqueles com idéias mais próximas do socialismo,
defendem que o Estado intervenha regulando os
mercados, atenuando as diferenças de renda e
assistindo as classes menos favorecidas.
• Já aqueles com idéias liberais defendem que o
Estado intervenha o menos possível e deixe os
mercado atuarem, pois a “mão invisível” de Adam
Smith pode melhorar a vida de todos.
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A Racionalidade Econômica do Governo
• Adam Smith argumentava que os indivíduos, ao
agir em seu próprio interesse, vêem-se conduzidos
por uma “mão invisível” capaz de promover o
interesse comum.
• Já o italiano Vilfredo Pareto foi quem estabeleceu
que, sob certas condições, a concorrência perfeita
aloca os recursos de maneira eficiente. Uma
situação é Pareto-eficiente quando não é possível
aumentar o bem-estar de uma pessoa sem diminuir
o de outra.
• Nem toda situação de equilíbrio é eficiente.
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A Racionalidade Econômica do Governo
• Os preços tem papel fundamental no
processo de alocação de recursos. Na hora
de tomar decisões, um dos fatores mais
importantes que consumidores e produtores
levam em consideração é o preço.
• Assim, os preços são o mecanismo central
de alocação em uma economia de mercado.
• O preço de equilíbrio é aquele em que toda
a o mercado está “vazio” (toda a oferta é
comprada)
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Controle de Preços
- Estabelecimento de um preço máximo
- O Governo pretende manter ABAIXO de um
determinado nível o preço de um bem.
- Para ser relevante, um preço máximo precisa ser
inferior ao preço de equilíbrio.
- Qtde. demandada maior que qtde. ofertada
- Escassez
- Exemplo: regulação do preço dos aluguéis
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Controle de Preços
- Estabelecimento de preços mínimos
- O Governo estabelece que o preço cobrado por
determinado bem não ficará abaixo de um certo
nível.
- Qtde. ofertada maior que qtde. demandada
- Gera excesso de oferta (ou excedente)
- Exemplos: estabelecimento de preços mínimos nos
mercados agrícolas e imposição de um salário
mínimo.
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Concorrência Perfeita
• Números de compradores e vendedores tão grande que nenhum
tem expressão suficiente para modificar a situação de equilíbrio
prevalecente
• Produtos homogêneos (substituem-se tão perfeitamente entre si que
nenhum dos participantes do mercado pode diferenciar seu produto
dos demais)
• Não há barreiras de entrada ou saída do mercado
• Todos os produtores atuam de forma independente
• O preço é formado pelo mercado, resultando das forças de oferta e
demanda
• Todos, vendedores e compradores, se submetem ao preço de
mercado
• Dificilmente se encontram exemplos que preencham todas as
condições de concorrência perfeita satisfatoriamente
• Alguns mercados funcionam em condições próximas a da
concorrência perfeita. Ex: produtos agrícolas
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Monopólio
• Apenas um produtor domina inteiramente o mercado
• Inexistência de substitutos para o produto
• Barreiras à entrada de concorrentes
• Bases do monopólio
– Controle exclusivo de um fator produtivo ou domínio das
fontes mais importantes de matéria-prima para produção de um
determinado bem. Ex: De Beers e os diamantes
– Legislação (Monopólio do poder público por razões de
segurança nacional: petróleo, urânio)
– Patentes (Prêmio para incentivar P&D)
– Estrutural (Elevados custos de implantação da empresa e
escala relativamente baixa. Ex: química fina e biotecnologia).
Aí temos o MONOPÓLIO NATURAL quando a empresa
diminui de maneira expressiva seu custo médio à medida que
aumenta sua produção e se torna mais eficiente que qualquer
possível concorrente.
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Oligopólio
• Pequenos número de empresas, geralmente de
grande porte, que dominam parcela relevante do
mercado.
• É comum que as 5 maiores empresas detenham
70% das receitas operacionais totais do setor
• Pode conduzir à formação de um cartel
• É a estrutura de mercado que mais se observa na
realidade
• Exemplos no Brasil: Mineração (90%),
Montadoras de Veículos (96,8%),
Eletrodomésticos (81,7%), Aviação (93,5%)
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Concorrência Monopolística
• Elevado número de concorrentes, que dominam
pequenas fatias de mercado, e diferenciação de seus
produtos
• Meio termo entre concorrência perfeita e monopólio puro
• Vendedores tem alguma influência sobre o preço
• Cada empresa define sua própria política de preços e tenta
sustentá-la pela diferenciação de seu produto (qualidade,
marca, design)
• Concorrência pode se dar entre empresas de setores
diferentes, mas que produzem bens e serviços que
concorrem entre si, ainda que indiretamente
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Externalidades
• Quando uma ação privada tem efeitos colaterais,
ou externos, com um impacto importante sobre
outras pessoas, existe um problema de
externalidade.
• Externalidade Negativa: Empresas poluem rios e
mares; automóveis e indústrias poluem a
atmosfera. Solução: impostos e licenças.
• Imposto sobre poluição faz com que os custos
relacionados à poluição deixem de ser externos à
fábrica e passem a ser internos à ela (internaliza o
custo)
• OBS: imposto de Pigou: aquele que é usado para
corrigir os efeitos de uma externalidade negativa.
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Instrumentos para combater Externalidades
• Para lutar contra a ineficiência derivada das externalidades
negativas os governos podem estabelecer:
• Controles diretos (regulamentações sociais): instruções
detalhadas sobre a tecnologia que deve ser utilizada para
combater a poluição e em quais casos aplicá-la. Geralmente não
são economicamente eficientes.
• Medidas baseadas no mercado (incentivos econômicos):
impostos sobre emissões e as licenças transferíveis de poluição.
Essas licenças permitem que algumas empresas poluidoras
reduzam suas emissões e vendam seus créditos àquelas que
necessitam de mais licenças para novas fábricas ou que não
tenham margem para reduzir mais suas emissões. Para essas, é
mais barato comprar licenças do que comprar equipamentos
caros contra emissões.
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Externalidades
• Externalidade Positiva: Quando o subproduto de
uma atividade ou serviço beneficia terceiros, em
vez de prejudicá-los. Ex: Educação.
• Ao melhorar sua educação, ele beneficia também
outros membros da sociedade uma vez que
pessoas mais capacitadas podem introduzir
inovações que podem trazer lucros a todos (e
também estão mais aptas para o convívio social)
• Solução: Estado subsidia.
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Externalidades
• Choque tecnológico: A ação conjunta de novas
tecnologias, o desenvolvimento das telecomunicações, o
advento da internet e o fenômeno da globalização criaram
condições para o aparecimento de certas externalidades
positicas: o efeito difusão.
• Um efeito desse tipo aparece quando uma inovação
tecnológica beneficia não apenas a empresa que a realiza,
mas todo o conjunto da sociedade.
• O progresso tecnológico é a chave que explica porque o
nível de vida aumenta com o passar do tempo
• O efeito difusão da tecnologia tem sido potencializado
com o avanço nas tecnologias de informação e
telecomunicações.
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Bens Públicos
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Informação Imperfeita
• Nem sempre consumidores e produtores contam
com informações suficientes para tomar decisões
fundamentadas. Nesses casos dizemos que há
informação imperfeita.
• Assimetria de Informação: quando as informações
sobre a qualidade e as características dos bens e
serviços comercializados não estão distribuídos de
forma simétrica entre consumidores e produtores.
Ex: o vendedor de um produto conhece melhor
suas características do que o comprador; os
dirigentes de uma empresa conhecem melhor os
custos e suas oportunidades de investimento do
que os acionistas.
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Informação Imperfeita
• Risco Moral: Existe quando a existência do seguro
desestimula as pessoas a evitar ou prevenir que o
evento prejudicial ocorra e, portanto, altera a
probabilidade que ele ocorra. Ex: plano de saúde
completo: pessoa passa a visitar médicos com
mais freqüência do que se a cobertura fosse
limitada (cirurgias plásticas).
• Seleção Adversa: Ocorre quando as pessoas que
correm os maiores riscos são aquelas que
provavelmente comprarão os seguros. Ex:
população tem pessoas saudáveis e doentes
terminais; se o preço do seguro for único e muito
alto, os terminais adeririam ao plano e os
saudáveis se arriscariam a não ter plano nenhum.
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Sistema Tributário e Impostos
• Em geral a neutralidade é desejada
• Em alguns casos é necessário utilizar o imposto para
impactar o mercado. Ex: reduzir poluição
• Os impostos devem ser facilmente compreendidos
• Os impostos devem ser justos (princípios do benefício –
pessoas devem pagar impostos segundo o benefício que os
serviços públicos lhe proporcionam, ex: pedágios - e de
capacidade contributiva – cada um paga na medida em que
tem capacidade para suportar a carga)
• Devem ter baixo custo para serem arrecadados.
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Educação
• “A educação é vital para nossa
prosperidade. À medida que nossa
economia fica cada vez mais avançada e
globalmente conectada, as habilidades e o
conhecimento trazidos pela educação se
tornam mais cruciais para o sucesso de
cada um.”
Ben Bernanke,
Presidente do Federal Reserve
discurso em Washington - 08/09/09
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