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História da Língua

Portuguesa

PROF. GUGA
INTRODUÇÃO
 Os soldados romanos, na época da expansão
do seu império, se comunicavam através do
latim vulgar, enquanto que os poetas e os
filósofos se utilizavam do latim clássico, o
qual era bastante formal e repleto de normas
rígidas, e que servia mais para o uso da
modalidade escrita;
 O latim vulgar era a língua do cotidiano, viva,
sujeita a alterações e usada pelas pessoas
analfabetas;
A cada conquista, as tropas romanas
impunham seus hábitos, instituições e
língua;
 Os povos vencidos eram diversos e
falavam línguas diferenciadas, por isso,
em cada região, o latim vulgar foi se
misturando e sofrendo várias e distintas
alterações, dando origem às diferentes
línguas neolatinas ou românicas;
PRINCIPAIS LÍNGUAS
NEOLATINAS
1) Francês – séc. IX;
2) Espanhol – séc. X;
3) Italiano – séc. X;
4) Português – séc. XIII.
FUNDAÇÃO DE PORTUGAL
 Em 1143 (nação portuguesa
independente);
 Língua falada: galego-português
(comum à Galiza e a Portugal);
 A língua sofre alterações com o tempo:
no sul, português; no norte, galego, o
qual sofreu mais influência do
espanhol.
EXEMPLO DE TEXTO EM
GALEGO-PORTUGUÊS
 Cantiga do séc. XII
Ribeirinha
No mundo non me sei parelha,
mentre me for como me vai,
ca já moiro por vós - e ai!
TRADUÇÃO:
No mundo não conheço quem se compare
a mim enquanto eu viver como vivo,
pois eu morro por vós – ai!
O filme brasileiro Desmundo, de Alain
Fresnot, baseado no romance homônimo de
Ana Miranda, conta a história de Oribela
(Simone Spoladore), uma jovem órfã
portuguesa, criada em um convento, que é
obrigada a atravessar o oceano para se
casar com um dos colonizadores do Brasil,
país selvagem e quase inabitado em 1570.
Os diálogos no filme foram traduzidos para o
português arcaico pelo linguista Helder
Ferreira. Nossa língua nessa época era uma
mistura de português e espanhol, algo
muito próximo do galego-português.
A EXPANSÃO DA LÍNGUA
PORTUGUESA
 Deu-se a partir do séc. XV com as
grandes navegações portuguesas;
 Durante séculos, o idioma, juntamente
com a religião católica, foi levado a
várias regiões do planeta por
conquistadores, colonos e emigrantes.
A SITUAÇÃO DO PORTUGUÊS
NO MUNDO ATUALMENTE
 Língua oficial: Brasil, Portugal,
Angola, Moçambique, Guiné Bissau,
Cabo Verde e São Tomé e Príncipe;
 Em regiões da Ásia (Macau, Goa,
Damão, Diu) e da Oceania (Timor), é
falado por uma pequena parcela da
população ou deu origem a dialetos.
O TUPI E O PORTUGUÊS DO
BRASIL
O tupi compõe parte do nosso léxico
(conj. de palavras que formam um
idioma), sobretudo em áreas
específicas como nomes de lugar, de
pessoas, na culinária, na fauna e na
flora do Brasil.
 Vejamos alguns exemplos:
Nomes de lugar Flora Fauna
Ceará jabuticaba arara

Curitiba jacarandá
jacaré
Itamarandiba babaçu
jabuti
Anhangabaú capim jibóia

Tatuapé ipê lambari

Ipiranga carnaúba piaba

abacaxi tamanduá
Paraná
Ipanema açaí tatu
TERMOS DE ORIGEM AFRICANA
Termos em Culinária Religião Música
geral
bunda acarajé exu agogô

cachimbo angu Iemanjá atabaque

caxumba banana macumba axé

cochilo quiabo Ogum batucada

maconha tutu orixá berimbau

marimbondo vatapá xangô samba


A importância da GRAMÁTICA
 Um idioma em uso vai mudando tanto que,
com o passar de muito tempo, pode chegar
até a desaparecer e dar lugar a outro,
exatamente o que ocorreu com o latim e as
línguas neolatinas;
 Podemos perceber, portanto, a importância de
se ter uma gramática que norteie a linguagem
(ao menos a escrita) para que a língua não se
perca pelas naturais mudanças que vai
sofrendo no dia-a-dia.
A gramática normativa
É o conjunto de regras que estabelece
padrões de certo e errado para as
formas do idioma. Ela estabelece a
norma culta, ou seja, o padrão
lingüístico considerado como modelo e
é adotado para ensino nas escolas e
para a redação de documentos
oficiais.
As demais variantes
lingüísticas correspondem ao
que chamamos de linguagem
coloquial, já que se
caracterizam por uma fala
mais espontânea e por um
maior trânsito no cotidiano.
A linguagem falada normalmente se
dá de maneira mais coloquial,
enquanto a escrita tende a exigir a
utilização da norma culta.
Justamente para que se resguardem
as características da língua, é
fundamental que um povo tenha
conhecimento de sua gramática.
Texto para análise:
(...) Aproximaram-se do posto médico. À esquerda
a rapaziada jogava bola:– Aí, pára a bola e
manda ela pra cá que agora ela é minha. Se não
mandar a redonda o bicho pega! – ameaçou
Cabeleira com a arma engatilhada.Um rapaz
assustado trouxe-lhe a bola. Cabeleira fez
embaixadas, controlou a bola com os dois pés,
jogou-a para o peito, do peito para a coxa
esquerda, depois para a cabeça.– O garoto é
bom, tem habili-dade – elogiou Alicate.

LINS, Paulo. Cidade de Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
Comentários:
Neste texto, você poderá reparar que, há, ao
mesmo tempo, construções que contrariam
a norma culta (coloquiais) e outras em que
ela é corretamente empregada. Nos
momentos em que o narrador conta a
história, a gramática é corretamente
seguida, porém, quando temos as falas dos
personagens, estas são fiéis à realidade, ou
seja, representam uma variante oral,
expressa por um grupo determinado de
pessoas, no caso, adolescentes de classe
baixa.

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