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 “ A VIDA PODE SER COMPARADA A UM

BORDADO QUE NO COMEÇO DA VIDA


VEMOS PELO LADO DIREITO E , NO
FINAL, PELO AVESSO. O AVESSO NÃO
É TÃO BONITO, MAS É MAIS
ESCLARECEDOR, POIS DEIXA VER
COMO SÃO DADOS OS PONTOS”
 Shopenhauer.
1724 - 1804
   O Imperativo Categórico. Filósofo: - Kant
tinha desde o princípio a forte impressão de
que a diferença entre o justo e o injusto tinha
de ser mais do que uma questão de
sentimentos. <…>Todos os homens sabem o
que é justo e o que não é, e nós sabemo-lo
não apenas porque o aprendemos mas
também porque é inerente à nossa razão.
Kant achava que todos os homens tinham
uma “razão prática” que nos diz sempre o
que é justo e o que é injusto no domínio da
moral.
 Sofia: - E o que é que diz essa lei moral?
 Filósofo: - Uma vez que precede qualquer
experiência, é "formal". Significa que não está
relacionada com possibilidades morais de escolha
determinadas. É válida para todos os homens em
todas as sociedades e em todos os tempos. Logo,
não diz que tens de fazer isto ou aquilo nesta ou
naquela situação. Diz como te deves comportar em
todas as situações. 
    Sofia: - Então é inata? 

 Filósofo: - A capacidade de distinguir o justo do


injusto é tão inata como todos os outros
atributos da razão. Todos os homens vêem os
fenómenos como determinados causalmente – e
também têm acesso à mesma lei moral
universal. Esta lei moral tem a mesma validade
absoluta que as leis físicas da natureza. Isso é
tão fundamental para a nossa vida moral como é
fundamental para a nossa vida racional que tudo
tenha uma causa, ou que sete mais cinco sejam
doze. 
   Sofia: - Mas que sentido tem uma lei moral, se
não nos diz como nos devemos comportar
numa situação determinada?  
 Filósofo: - Kant formula a lei moral como
imperativo categórico. Por isto, ele entende
que a lei moral é "categórica", quer dizer, é
válida em todas as situações. Além disso, é um
"imperativo" e consequentemente uma
"ordem" e absolutamente inevitável.Aliás, Kant
formula o seu imperativo categórico de
diversas formas. Primeiro, diz: “devíamos agir
sempre de tal forma que pudéssemos desejar
simultaneamente que a regra segundo a qual
agimos fosse uma lei universal”.  
 Sofia: - Quando faço alguma coisa, tenho de ter a certeza
de que desejo que todos façam o mesmo na mesma
situação. 
 Filósofo: - Exacto. Só nessa altura ages de acordo com a
tua lei moral interior. Kant também formulou o imperativo
categórico da seguinte forma: devemos tratar os outros
homens sempre como um fim em si e não como um meio
para alguma outra coisa.  
 Sofia: - Não podemos portanto "explorar" os outros para
obtermos benefícios.  
 Filósofo: - Não, porque todos os homens são um fim em si.
Mas isso não é válido apenas para os outros, mas também
para nós mesmos. Também não nos devemos explorar
como meio para alcançar algo.   Sofia: - Isso faz-me lembrar
a "regra dourada": não faças aos outros o que não queres
que te façam a ti.
   Filósofo: - Sim, e isso é uma norma formal que abrange
basicamente todas as possibilidades éticas de escolha.
Podes afirmar que essa regra dourada exprime
aproximadamente aquilo a que Kant chamou lei moral.  
Sofia: - Mas isso é apenas conversa…<…>  
 Filósofo: - Para Kant, a lei moral era tão absoluta e
universalmente válida como, por exemplo, a lei da
causalidade. Também não pode ser provada pela razão,
mas é incontornável. Nenhum homem a contestaria.  
 Sofia - Começo a ter a sensação de que estamos
realmente a falar da consciência moral, porque todos os
homens têm uma consciência moral. 
 Filósofo: - Sim, quando Kant descreve a lei moral,
descreve a consciência humana. Não podemos provar o
que a consciência diz, mas sabêmo-lo.  
 Sofia: - Eu posso achar ser meu dever juntar dinheiro para a
Cruz Vermelha ou a Caritas. 
 Filósofo: - Sim, e o importante é tu fazeres uma coisa porque a
achas correcta. Mesmo quando o dinheiro que tu juntaste se
extravia ou nunca alimente as pessoas que devia alimentar, tu
cumpriste a lei moral. Agiste com a atitude correcta e, segundo
Kant, a atitude é decisiva para podermos dizer que uma acção é
moralmente correcta. Não são as consequências de uma acção
que são decisivas. Por isso, também dizemos que a “ética de
Kant é uma ética da boa vontade”. 
   Sofia: - Porque é que era tão importante para ele saber quando
é que agimos por respeito à lei moral? Não é mais importante
que aquilo que fazemos ajude os outros? 
 Filósofo: - Sim, Kant concordaria, mas só quando sabemos que
agimos por respeito à lei moral é que agimos em “liberdade”.  
Sofia: - Só
 Sofia: - Por vezes, sou muito simpático para com os
outros simplesmente porque é vantajoso para mim.
Desse modo, posso ser popular.

 Filósofo: - Mas quando és simpática para com os


outros apenas para seres popular, não estás a agir de
acordo com a lei moral. Talvez não estejas a observar
a lei moral. Talvez estejas a agir numa espécie de
acordo superficial com a lei moral - e isso já é alguma
coisa -, mas uma acção moral tem de ser o resultado
de uma superação de ti mesma. Só quando fazes algo
porque achas ser teu “dever” seguir a lei moral é que
podes falar de uma acção moral. Por isso, a ética de
Kant é frequentemente chamada “ética do dever”.  
                 obedecendo a uma lei é que agimos em liberdade? Isso não é
estranho? 
 Filósofo: - Segundo Kant, não. Kant achava que todas as coisas seguem a lei da
causalidade. Como é que podemos ter livre arbítrio assim?  

 Sofia: - Não me perguntes. 

 Filósofo: - Aqui, Kant divide o homem em duas partes<…>: enquanto seres


sensíveis, estamos completamente sujeitos às leis imutáveis da causalidade,
segundo Kant. Não decidimos o que sentimos; as sensações surgem
necessariamente e influenciam-nos, quer queiramos quer não. Mas o homem
não é apenas um ser sensível. Somos também seres racionais. 

   Sofia: - Explica-me isso! 

 Filósofo: - Enquanto seres sensíveis, pertencemos à ordem da natureza. Por


isso estamos sujeitos à lei da causalidade. Deste ponto de vista, não temos livre
arbítrio. Mas enquanto seres racionais, participamos no mundo "em si" – ou seja,
no mundo independente das nossas sensações. Só quando seguimos a nossa
"razão prática" - que nos possibilita fazer uma escolha moral -, temos livre
arbítrio. Se obedecermos à lei moral, somos nós que fazemos a lei pela qual nos
orientamos.  
 Sofia: - Sim, isso está certo. Eu digo (ou alguma coisa em
mim diz) que eu não devo ser má para os outros. Filósofo:
- Se decides não ser má - mesmo quando ages contra o teu
próprio interesse egoísta - então estás a agir livremente.  
Sofia: - Pelo menos, não somos livres e autónomos quando
seguimos apenas os nossos instintos.
 Filósofo: - Podemos fazer-nos escravos de tudo. Sim,
podemos inclusivamente ser escravos do nosso próprio
egoísmo. Para nos elevarmos acima dos nossos instintos e
vícios é necessário autonomia - e liberdade. 
   Sofia: - E quanto aos animais? Eles seguem só os seus
instintos e necessidades. Não têm essa liberdade de seguir
uma lei moral?
 Filósofo: - Não, é justamente esta liberdade que nos torna
seres humanos. 
  Exercício de aprofundamento: Sente-se num local sossegado.
Feche os olhos. Concentre-se na respiração (sem a querer
controlar). Siga o percurso do ar na inspiração e na expiração.Ao
inspirar imagine que está a captar energias positivas que se vão
espalhando por todas as células do seu corpo, deixando-as
completamente vitalizadas e harmonizadas umas com as outras.
Ao expirar imagine que está a ver-se livre de todas as energias
negativas que acumulou ao longo do tempo. Pode manter esta
prática o tempo que desejar. Quando se sentir energizado/a,
imagine que do céu azul bem acima de si uma luz muito brilhante
e dourada desce na sua direcção e penetra pelo topo da sua
cabeça. Sinta a energia subtil dessa luz a inundá-lo lentamente,
deixando-o/a em paz e completamente feliz consigo
próprio/a.Depois, imagine que essa luz, sem deixar de fluir desde
o céu e dentro de si, lhe sai pelo peito e se vai comunicar com
todos os seres humanos que ficam unidos numa imensa teia de
luz. Sinta a comunicação que se estabelece desse modo com
todos os seres humanos. Lentamente, saia dessa experiência e
olhe em redor… Depois, responda às seguintes questões:   - O
que é que eu não devo fazer se quiser que uma comunicação
deste tipo se estabeleça entre mim e os outros? Essa
comunicação pode ser estabelecida exclusivamente por via
racional? Se achar que sim, explique porquê; se achar que não,
indique que via, ou que vias podem servir para esse objectivo
(também pode achar que isso é impossível e aí deverá dizer
porquê). Justifique sempre as suas conclusões. 
 Immanuel Kant (1724-1804)
O grande filósofo da modernidade

 Immanuel Kant (1724-1804) foi um dos
mais importantes e influentes filósofos da
modernidade. Seus estudos e
ensinamentos nos campos da Metafísica,
Epistemologia, Ética e Estética tiveram
grande impacto sobre a maioria dos
movimentos filosóficos posteriores.
IMMANUEL
KANT(1724-1804)
 Faculdade de conhecer é que regula o objeto.
 O que a razão pode ou não conhecer?
 Critica ‘a metafísica – Como ir além dos limites
impostos pela natureza?
 “ Não pode haver dúvida que todo nosso
conhecimento principia com a experiência...Mas
embora todo ele comece com a experiência, não
se segue que tudo nasça com ela’ (1781)
KANT
 Razão – Inata – estrutura  Não podemos conhecer o
mundo realmente como é em
 Universal – a priori – si mesmo – fora de nosso
FORMA modo de conhecer
 Não podemos conhecer a
 Estruturas -Espaço, tempo, alma que percebe, de forma
percepção. direta , logo a psicologia
racional é impossível.
 Categorias que organizam os
 Psicologia - Mera ciência
conteúdos: qualidade, empírica – é inútel tentar uma
quantidade, causalidade, resposta final e absoluta sobre
finalidade, universalidade. o mundo ou sobre o eu
KANT
 JUÍZOS SINTÉTICOS –  Idealismo
acrescenta algo novo – Transcendental
experiência  O ocupa-se não tanto
com os objetos mas
 JUÍZOS ANALÍTICOS – com o modo de nosso
explicita o conteúdo-já conhecimentos dos
sabido objetos.
 As aparências são
 COMO TER JUÍZOS representações e
SINTÉTICOS APRIORI não a coisa-em-si.
– UNIVERSAIS? Fhenomena e não
noumena.
KANT
 Crítica a razão pura – O que a  Razão – Estrutura vazia,
razão pode ou não conhecer.
 Razão – filtros de percepção –
sem conteúdos - inata e
causa e efeito; tempo; espaço a priori
– categorias a priori
 Percepção – fornecem a
matéria para formar nossos  Experiência – Fornece
conceitos a matéria – conteúdos-
 “ O mundo real existe, mas a posteriori
jamais podemos captá-los sem
os nossos filtros”.
 “ Pensamentos sem
conteúdos são vazios
e intuições sem
conceitos são cegos”.

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