vises da natureza humana que no eram baseadas em doutrinas religiosas.
...estudiosos, eruditos passaram a expressar suas vises do assim chamado estado de natureza a condio terica da humanidade antes da introduo das estruturas e normas sociais. Muitos pensadores acreditavam que, ao analisar os instintos e comportamentos humanos desse estado de natureza, seria possvel desenvolver um sistema de governo que satisfizesse as necessidades dos cidados, promovesse bons comportamentos e enfrentasse os maus. Por ex, se os humanos fossem capazes de ver alm de seus mesquinhos interesses prprios e trabalhassem para o bem pblico, eles poderiam desfrutar dos benefcios dos direitos democrticos. No entanto, se ainda se importassem com seus prprios interesses e maximizassem seu poder, ento uma autoridade forte, controladora, seria necessria para prevenir o caos. Os pensadores iluministas se referiam ao conceito de contrato social entre o governado e o governante para responder s questes de legitimidade poltica de vrios modos de governana. Para governar de forma legtima, deveria haver um acordo explcito ou tcito em qe o soberano protegeria seus cidados e seus direitos naturais se eles concordassem em entregar sua liberdade individual e se subordinassem. Thomas Hobbes foi um dos pensadores iluministas a basear seu argumento numa viso articulada do estado de natureza. A viso de Hobbes era que os seres humanos precisavam ser governados j que o estado de natureza era terrvel, um mundo de cada um por si. Para ele um contrato social dando autoridade indivisvel a um soberano era um mal necessrio para evitar o destino cruel que aguardaria o homem se um poder maior no conseguisse deter os impulsos destrutivos dos indivduos em questo. Diferentemente dos formadores de opinio anteriores que defendiam o direito divino dos reis, Hobbes via a relao entre governado e governante como contratual. Em sua obra mais famosa, Leviat, Hobbes apresentou os humanos como agentes racionais que buscam maximizar seu poder e agir de acordo com seus interesses prprios, j que agir de outra forma colocaria em risco sua autopreservao. O ttulo (Leviat) sugere a opinio de Hobbes sobre o Estado e a natureza humana. Leviat o nome de um monstro no livro bblico de J, e para Hobbes, o Estado o grande Leviat ...que no seno um homem artificial, embora de maior estatura e fora que o homem natural, para cuja proteo e defesa foi projetado. Nele a soberania uma alma artificial, pois d vida e movimento ao corpo inteiro. O livro foi escrito durante a guerra civil inglesa (1642-51), e seu argumento contra o questionamento da autoridade real. O estado de natureza a guerra de todos contra todos era comparado por Hobbes guerra civil e s podia ser evitado se os homens entregassem suas armas a um terceiro o soberano por meio de um contrato social que garantiria que todos os outros tambm o fizessem. Hobbes dizia que, se por um lado as pessoas teriam direitos naturais em tal estado de natureza, por outro, a preocupao seria fazer o necessrio para garantir a sobrevivncia. Todos os atos poderiam ser justificados os direitos no protegeriam o indivduo.
Sem nenhuma autoridade comum para resolver as disputas ou proteger os fracos, caberia a cada indivduo decidir o que precisasse o que deveria fazer para sobreviver . No estado de natureza os homens so naturalmente livres e independentes, sem deveres para com os outros. Hobbes supunha que sempre haveria escassez de bens e que as pessoas seriam igualmente vulnerveis. Algumas entrariam em conflito para garantir comida e abrigo enquanto outras estariam dispostas a agir assim para obter poder e glria. Isso similar descrio de soberania feita pelo jurista Jean Bodin, que tambm nasceu num perodo de guerra civil. No entanto, Hobbes no sustentava a autoridade no direito divino dos reis, mas na ideia de um contrato social sobre o qual todas as pessoas racionais concordariam.
Trabalho Final - ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO DE BOVINOS NO SECTOR FAMILIAR, EM RESPOSTA ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS, EM ZONAS SEMI-ÁRIDAS DO DISTRITO DE MABALANE (GAZA)