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Cálculo de Cistina

Aline Couto Carneiro


Amanda de Figueiredo Calili
Andrezza Penha Camargo
Arthur Bigélli Cardoso
O caso
 Paciente: Rapaz de 14 anos
 Sintomas: dor intensa repentina no flanco
esquerdo com caráter de cólica e que se
irradiava para a região hipogástrica. Eliminação
de urina turva nas duas semanas que precederam
a crise de dor
 Exame físico: temperatura de 37 ºC.
 Exame de urina: presença de hemácias,
leucócitos e cristais finos e hexagonais.
O caso
 Urina de 24h: cistina: 120 mg (normal:
< 38,1 mg); quantidade anormalmente
elevada de ornitina, lisina e arginina.
 Raio-X de abdome: presença de várias
áreas de densidade aumentada,
interpretadas como cálculos renais.
 Teste de tolerância oral à cistina:
aumento exagerado da concentração desse
aminoácido no plasma.
Aminoácidos
essenciais
Fenilalanina
Treonina
Triptofano
Valina
Histidina
Isoleucina
Leucina
Lisina
Metionina
Aminoácidos
não essenciais
Arginina
Cisteína
Glutamina
Glicina
Prolina
Tirosina
Alanina
Asparagina
Aspartato
Glutamato
Serina
Absorção
dos aminoácidos
 Os aminoácidos são absorvidos do lúmen
intestinal através de:
 transporte por canais dependentes de Na+
 difusão facilitada
 transporte ligado ao ciclo glutamil
Absorção
dos aminoácidos
Especificidade para o Exemplos de aminoácidos
aminoácido transportados

1. Aminoácidos pequenos e Alanina, serina, treonina


neutros

2. Aminoácidos grandes Isoleucina, leucina, valina,


neutros e aromáticos tirosina, triptofano,
fenilalanina
3. Aminoácidos básicos Arginina, lisina, ornitina,
cistina

4. Prolina, glicina
* Transportador de
aminoácidos básicos
5. Aminoácidos ácidos Ácidos aspártico e glutâmico está relacionado com o
cálculo de cistina!
Absorção
dos aminoácidos
Ciclo glutamil:
Pontes
dissulfeto
 Formadas a partir da oxidação do grupo –SH da cisteína. Ocorre a
ligação covalente entre os átomos de enxofre (-S-S-) gerando um dímero,
a cistina.
Pontes
dissulfeto
Glicina Serina Cisteína* Treonina

Alanina Piruvato
Leucina
Acetoacetil-CoA Lisina
Acetil-CoA Triptofano

Asparagina
Glutamina

Oxaloacetato

Arginina*
Aspartato -Cetoglutarato Glutamato
Histidina*
Fumarato
Prolina
Succinil-CoA

Tirosina

Cisteína*
Serina
Metionina

Fenilalanina
Valina
Isoleucina
Treonina
Degradação da metionina e
biossíntese da cisteína
Degradação da
metionina e
biossíntese da
cisteína
Formação de
Cistina
Relação entre cisteína
e aminoácidos básicos
Transportador
 Ciclo glutamil:
 O ciclo possui 5 etapas, cada uma regulada por uma
enzima.

 Um defeito no transportador de membrana de cistina e


aminoácidos básicos pode gerar os cálculos de cistina
Ciclo glutamil:
5

1 4

2
3
Ciclo glutamil:
5

1 4

2
3
Cistinúria e
cálculo de cistina
 Doença recessiva, autossômica e hereditária;
 Defeito no transporte de cistina e de aminoácidos básicos
(lisina, arginina, ornitina) através das membranas do
intestino delgado e dos túbulos renais;
 Não há deficiência desses aminoácidos no sangue pois os
mesmos podem ser sintetizados pelo organismo;
 Acúmulo desses aminoácidos na urina;
 Problema: cistina é insolúvel e pode formar cálculos
renais! Esses cálculos podem se alojar no ureter
causando sangramento e dor intensa.
Diagnóstico
 Inicia-se suspeita com a dor
caracteristica nos flancos (por causa dos
cálculos).
 Confirma-se com exames de imagem
(raio-X) que evidencia os cálculos.
 Exames de urina revelam cisteína e
outros aminoácidos basicos.
Tratamentos
 Aumento do pH urinário de modo a elevar a solubilidade da cisteína na
urina.

 Consegue-se isso pela ingestão de Citrato de Potássio ou administração


oral ou intravenosa de Glutamina*.

 Aumento do volume urinário: Permite que a concentração de cistina na


urina diminua, evitando-se a formação de cálculos.
Penicilamina
 É uma molecula com estrutura muito semelhante à cisteina: a unica
diferença é a presença de dois gurpos metil

 cisteína  penicilamina
Tratamento com
penicilamina
 Penicilamina combina-se com a cisteina por uma ponte de sulfeto
 Adquire forma semelhante à cistina, porém 50 vezes mais solúvel
 Outros medicamentos têm mecanismo semelhante: captopril ou N-
acetilcicteína.
S H S H S S

H C H H3C C CH3 H C H H3C C CH3


+ + 2H+
H C NH2 H C NH2 H C NH2 H C NH2
COOH COOH COOH COOH

cisteína D-penicilamina (D- Pen-S-S-cisteína


pen)
Dieta Restritiva
 O maior precursor da cistina é a metionina, presente em todos
alimentos de origem animal, principalmente carne.

 Restringindo esse tipo de alimento, reduz-se naturalmente a


concentração de cisteína.

 Contudo, além da dificuldade técnica na sua realização, a dieta


reduzida em metionina não apresenta resultados clínicos satisfatórios.
Bibliografia
 Devlin, Thomas; Manual de Bioquímica com correlações clínicas. Editora
Edgard Blücher. Quinta edição, 2003
 Montgomery, Rex. Bioquímica. Uma abordagem dirigida por casos. Editora
Artes Médicas. Quinta edição,1994
 Marks, Dawn et al. Basic Medical Biochemistry: A Clinical Approach.
Editora Lipincott Williams ß Wilkins. 2nd Edition
 Cox, Michael; Nelson, David; Lehninger Principles of Biochemistry;
W. H. Freeman. Quarta edição, 2004
 Nestor Schor Ita Pfeferman Hailberg. Calculose Renal, Fisiopatologia,
Diagnóstico, Tratamento. Editora Sarvier, 1995
 Aminoácidos essenciais são aqueles que os seres humanos são incapazes de sintetizar.
Eles devem ser obtidos através da dieta.
 Arginina, Cisteína, Glutamina, Glicina, Prolina e Tirosina são condicionalmente
essenciais, ou seja, são essenciais apenas em determinadas situações patológicas ou em
organismos jovens e em desenvolvimento. Estes aminoácidos são normalmente fonte
de divisão entre os cientistas, havendo os que consideram estes como essenciais e os
que não os consideram essenciais.

Absorção dos aminoácidos


 Os aminoácidos são absorvidos do lúmen intestinal através de transporte ativo
secundário por canais dependentes de Na+, de difusão facilitada e de transporte ligado
ao ciclo do glutamil.
 Uma quantidade substancial de pequenos peptídeos, além dos aminoácidos, são
absorvidos por sistemas de transporte estereoespecíficos. Os peptídeos, no entanto, são
rapidamente hidrolisados pelas peptidases localizadas nas células absortivas de modo
que só os aminoácidos são liberados para o sangue portal.
 O intestino fetal ou neonatal é capaz de absorver intactas algumas proteínas do leite.
Assim, as imunoglobulinas são absorvidas sem perda de sua atividade biológica.
 O transporte ligado ao ciclo glutamil existe no rim e no fígado.
 Absorção de Na+ e aminoácidos
 Os aminoácidos são absorvidos do lúmen do intestino delgado principalmente por
proteínas transportadoras semi-específicas da membrana luminal das células em escova.
O co-transporte de Na+ e do aminoácido de fora para dentro da membrana apical ocorre
devido à baixa concentração intracelular de Na+. Essa baixa concentração ocorre
devido a constante retirada de sódio da célula pela bomba Na+/K+. Os aminoácidos são
transportados para fora da célula em direção ao fluido intersticial principalmente por
transporte facilitado na membrana basolateral.
 Pelo menos seis tipos diferentes de proteínas carregadoras de aminoácidos dependentes
de Na+ estão localizadas na membrana apical das células intestinais. Esses carregadores
possuem diferentes especificidades para diferentes aminoácidos. Um carregador
transporta preferencialmente aminoácidos neutros, outro transporta prolina e
hidroxiprolina, um terceiro transporta preferencialmente aminoácidos ácidos, e um
quarto transporta aminoácidos básicos e cistina. Alguns aminoácidos são transportados
através da membrana apical por transporte facilitado. A maioria dos aminoácidos é
transportada por mais de um sistema de transporte.
 Da mesma forma que o transporte de glicose dependente de Na+, esses carregadores da
membrana apical do intestino também estão presentes no epitélio renal. No entanto,
diferentes transportadores estão presentes nas membranas celulares de outros tecidos.
 Ciclo glutamil
 O ciclo glutamil está envolvido no transporte de aminoácidos para as células do intestino dos rins.
 Nesse caso, o aminoácido extracelular reage com a glutationa (gama-glutamil-cisteinil-glicina) em
uma reação catalisada por uma transpeptidase localizada na membrana celular. O tripeptídeo
glutationa serve como doador do grupo gama-glutamil que é transferido para o grupo amino do
aminoácido selecionado para o transporte. Um aminoácido gama-glutamil é formado. Este
aminoácido atravessa a membrana celular e libera o aminoácido na célula. Os outros produtos
dessas duas reações são reconvertidos a glutationa.
 As reações de conversão do glutamato a glutationa no cliclo glutamil são as mesmas reações da
síntese da glutationa. As enzimas para a síntese de glutationa, mas não a transpeptidase, são
encontradas na maior parte dos tecidos.
 Todos os aminoácidos achados nas proteínas, exceto a prolina, podem ser substratos para a gama-
glutamil transferase, enzima ligada a membrana, que catalisa a formação do dipeptídeo. Vários
pequenos peptídeos podem ser transportados como gama-glutamil peptídeo.
 Transporte de aminoácidos para as células
 Os aminoácidos que entram na corrente sanguínea são transportados através das membranas dos
vários tecidos principalmente por cotransportadores dependentes de Na+ e, em menor proporção,
por transporte facilitado.
 A dependência de Na+ para o transporte dos aminoácidos no fígado, músculo e outros tecidos
permite que essas células concentrem aminoácidos do sangue. Essas proteínas transportadoras
possuem diferentes bases genéticas, são formadas por diferentes sequências de aminoácidos e
possuem uma especificidade relativamente diferente daquelas do intestino. Elas também se
diferenciam entre os tecidos.
 As duas cisteínas podem estar separadas por muitos aminoácidos na sequencia
primária de um polipeptídeo, ou podem estar localizadas em duas cadeias
polipeptídicas diferentes. O dobramento da(s) cadeia(s) polipeptídica(s)
aproxima os resíduos de cisteína e permite a ligação covalente das suas cadeias
laterais. Uma ponte dissulfeto contribui para a estabilização da estrutura
tridimensional da molécula protéica, e evita que ela se torne desnaturada no
meio extracelular.
 Estrutura terciária: conformação tridimensional da proteína.
Degradação da cisteína e da metionina
Cisteína e metionina: convertidas a intermediários do ciclo de Krebs.
Metionina: convertida a succinil-Coa.
Cisteína: convertida a piruvato, que sofre descarboxilação, gerando oxaloacetato.
 A degradação da metionina está intimamente relacionada com a síntese da
cisteína!
 A metionina é um aminoácido essencial, portanto não possui via de biossíntese
em seres humanos.
 Os mamíferos sintetizam cisteína a partir de dois aminoácidos: a metionina fornece o
átomo de enxofre e a serina fornece o esqueleto carbônico. A metionina é
primeiramente convertida a S-adenosilmetionina, a qual perde seu grupo metil para um
aceptor para formar S-adenosilhomocisteína. Esse produto é hidrolizado para liberar a
homocisteína, que reage com a serina, através de uma reação catalisada pela
cistationina sintetase, para gerar cistationina. Finalmente, a cistationina liase catalisa a
remoção de amônia e a quebra da cistationina para liberar a cisteína.

 Duas moléculas de cisteína se oxidam sintetizando um dímero de cistina através


de uma ponte dissulfeto-estabilizadora da estrutura tridimensional (mostrar na figura a
ponte dissulfeto da cistina). A cistina é pouco solúvel em água.
 São estas as bases físico-química da formação do cálculo de cistina,
respectivamente a oxidação da cisteína e a baixa solubilidade da cistina. Assim,
observa-se no doente uma supersaturação da urina com cistina.

 Tanto a cisteína ( aminoácido neutro) quanto os aminoácidos básicos possuem valores


de pKa da carbonila α baixos pois comportam-se como ácidos fracos (na cisteína quem
garante esse comportamento é o grupo sulfídrica derivado de ácido fraco). Assim esses
aminoácidos são reconhecidos pelo mesmo transportador, pois possuem características
estruturas semelhantes.
 Cistinúria

 A cistinúria é uma doença recessiva, autossômica e hereditária.

 Pacientes com cistinúria possuem um defeito no transporte de cistina e de aminoácidos básicos, lisina, arginina e
ornitina, através das bordas em escova das membranas do intestino delgado e dos túbulos renais.

 Normalmente, só uma pequena quantidade dos aminoácidos que entram no filtrado glomerular são excretados na
urina; a maior parte é reabsorvida. Nessas doenças, uma quantidade muito maior desses aminoácidos é excretada
na urina, resultando em uma hiperaminoacidúria. Seria esperado que a inabilidade para absorver cistina e
aminoácidos básicos do intestino e a perda aumentada desses aminoácidos na urina causasse uma deficiência
desses compostos no sangue. No entanto, pelo fato desses três aminoácidos poderem ser sintetizados pelo corpo,
suas concentrações no plasma se mantêm normais. Não há manifestações clínicas de uma deficiência.

 O problema mais sério para esses pacientes é a insolubilidade da cistina, que pode causar cálculos renais que
podem se alojar no ureter causando sangramento e dor intensa.

 Transporte de cistina: A cistina é transportada por difusão mediada por transportador. O transportador é uma
proteína integral transmembranácea que penetra através da dupla camada lipídica da membrana.

 As propriedades do transportador de cistina: As propriedades do transportador de cistina são aquelas exibidas


pelos sistemas de difusão facilitada. O transporte ocorre através de um gradiente de concentração a partir de
soluções de alta concentração para as mais baixas. No túbulo renal a concentração é maior do que no capilar
adjacente e a cistina move-se do lúmen tubular através da membrana epitelial tubular sem a necessidade de gasto
de energia. Como a cistina tem dois grupos carboxilas e dois alfa-aminos, ela é polar e ncessita de um carregador
protéico transmembranáceo para cruzar a membrana plasmática epitelial. O transportador tem alta afinidade para
lgiar cistina, isto é, tem baixo Km para cistina.

 Desde que a cistina precisa ligar-se ao transportador para atravessar a membrana, o processo é saturável.

 O transportador de cistina é partilhado por outros aminoácidos básicos incluindo ornitina, lisina e arginina.

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