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ADEQUAÇÃO TRATOR /

IMPLEMENTO

M.Sc.Eng.Agric. Daniel Albiero


ADEQUAÇÃO DOS ELEMENTOS

O gestor de sistema mecanizados deve sempre


procurar o ponto ótimo de adequação entre seus
elementos mecanizados e as interações entre as
operações. Neste contexto será feita a adequação
trator/implemento, seguindo as recomendações
técnicas especificadas por duas metodologias
definidas, uma de forma gráfica, ( MACIEL,
2002), e outra através da Norma da ASAE
D497.3. ( STANDARDS, 1997).
ADEQUAÇÃO DOS ELEMENTOS

No caso da adequação de tratores existem 3


principais processos que podem ser otimizados:

1- Adequação do trator com o equipamento


utilizado
2- Adequação do regime de operação do motor
do trator

3- Adequação da marcha do trator com a


operação realizada
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO

OPERAÇÃO: aração com arado de Aivecas, para tal


será escolhido um implemento do mercado nacional, e
um trator que se adeqüe as características deste
implemento.
Implemento:
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
Segundo a norma ASAE D497.3, a resistência a tração oferecida por implemento é dada pela
fórmula:

D= Fi*[A+B(S)+C(S)2]*W*T (1)

Onde: D é a resistência a tração, N;


Fi é um adimensional de textura do solo (ASAE D497.3);
i é 1, para solo fino, 2 para solo médio, e 3 para solo grosso;
A, B e C são parâmetros da máquina, valores tabelados (ASAE D497.3);
S é a velocidade de campo, Km/h;
W é a largura de corte, m;
T é a profundidade de corte, cm.

Para este exemplo:


F1 = 1;
A=652, B=0, C = 5.1
S=7 Km/h;
W =1.8 m;
T=30 cm.

D= 48703 N
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO

MÉTODO GRÁFICO
Caracteriza-se pela utilização do conjunto integrado de 4 gráficos:

Eficiência de Pneu EP=KWB/KWE,


Onde KWB é a potência horizontal da barra;
KWE é a potência no eixo de tração.

Coeficiente de tração CT=KWB/PET,


Onde KWB é a potência horizontal da barra;
PET é o peso estático traseiro.

Gráfico solo/equipamento Linhas de velocidade real


constante.

Relação Peso/PotênciaEP=PET/KWE,
Onde PET é o peso estático traseiro;
KWE é a potência no eixo de tração.
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
MÉTODO GRÁFICO
EP

Solo solto
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
MÉTODO GRÁFICO
CT
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
MÉTODO GRÁFICO
Gráfico Solo/Equipamento
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
MÉTODO GRÁFICO
Relação Peso/Potência
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
MÉTODO GRÁFICO
Ábaco de adequação
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
MÉTODO GRÁFICO
Ábaco de adequação
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
Para tratores com massas iguais tem-se:
Em tratores 4WD a eficiência de pneu (EP) é maior do que
tratores 2WD, sendo de 10 a 15% maior.
A tração horizontal na barra (THB) nos 4WD é 15 % maior do
que nos 2WD .
Nos MFWD a tração horizontal na barra (THB) fornecida pelo
trator é cerca de 15 % maior do que nos 2WD.
A eficiência de pneu dos MFWD tem valores superiores ao 2WD,
mas inferiores ao 4WD.
Portanto para se utilizar o ábaco de adequação para tratores
4WD e MFWD devem ser feitas estas correções.
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
MÉTODO GRÁFICO
Multiplicando a resistência a tração, também conhecida por Tração
Horizontal na Barra (THB) pela velocidade de operação (velocidade
com carga), encontra-se a potência horizontal necessária de ser
disponibilizada na barra de tração (KWB).

KWB= 48702.6*(7/3.6)=94699.5 W ~ 94700 W

MACIEL (2002), a eficiência de pneu (EP) é dada por:

EP=KWB/KWE (2)
Onde: KWE é a potência disponibilizado no eixo .

Considerações operacionais: 1- Neste trabalho será considerado que antes da aração foi realizada uma gradagem
para destruir restos culturais, de tal forma que o solo se encontra em condição preparada. 2- O equipamento
escolhido é de categoria montado sobre 3 pontos; 4- Pretende-se escolher um trator MFWD.
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
MÉTODO GRÁFICO
Pela Gráfico, é possível obter valores ótimos para a patinagem, de tal forma que sejam otimizados
todos os parâmetros operacionais, considerando a condição de solo preparado, a faixa de máxima
eficiência de pneu, pelo gráfico é de 0.61 até 0.64 com valor ótimo em 0.64, considerando que um
trator MFWD tem uma EP maior que o 2WD e menor que o MFWD, tem-se um fator amplificador
entre 0.64 e ((0.1*0.64+0.64)=0.7), escolhendo um valor intermediário como a média tem-se
EP=0.67, o que representa patinagens da ordem de 8 até 15%, com valor ótimo de 11 %.
Considerando 11% de patinagem pela equação 2, é obtido o valor para a faixa de potência
necessária

0.67=94700/KWE

KWE=141343.28.7 W ~ 141343 W
Segundo MACIEL (2002), capacidade de tração (CT) é dada por:
CT=THB/PET (3)
Pelo gráfico, tomando o valor de patinagem de 11%, e cruzando com a curva combinada
Equipamento Montado (M), e Solo Preparado, encontra-se um valor de 0.4 para a Capacidade de
Tração (THB/PET), considerando que a capacidade de tração, ou coeficiente de tração é diretamente
proporcional a THB, e que nos tratores MFWD o CT é 15% maior do que nos 2WD, tem-se um CT
de (0.4+0.4*0.15=0.46), pela equação 3, tem-se o valor do Peso Estático Traseiro:

0.46=48703/PET
PET= 128760.06 N

PET~ 12800 kg
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO

MÉTODO GRÁFICO
Tomando a relação: PET/KWE (4)

Encontra-se um valor aproximado de 749


Pelo gráfico de combinação de equipamento montado, preparo de solo e velocidade constante, é encontrado
o ponto de intersecção: patinagem 11%, com equipamento montado e solo preparado, deste ponto, encontra-
se a posição nas abcissas via as retas perpendiculares (velocidade sem carga), para velocidade com carga
usa-se as retas oblíquas de velocidade constante, e faz-se um prolongamento vertical, até o gráfico de
velocidade em relação ao valor encontrado pela relação (4) e se encontra a velocidade de deslocamento sem
carga no campo.
Vsemcarga=7.8 Km/h
Vcomcarga=6 Kmh

Pelo padrão ASAE 496.2, encontra-se as eficiências mecânicas do eixo para a transmissão e da transmissão
para o motor, que são 0.89 e 0.98 respectivamente, assim pela fórmula:
KWM=KWE/Ef (5)
PADRÃO ASAE 496.2

POTÊNCIA LÍQUIDA NO MOTOR

0,96 a 0,98
0,75 a 0,81
TRANSMISSÃO

0,85 a 0,89
0,87 a 0,90 0,90 a 0,92

EIXO
0,94 a 0,96
0,92 a 0,93
T.D.P.
BARRA DE TRAÇÃO
0,86 a 0,89
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO

KWM=KWE/Ef (5)
Onde: KWM é a potência do motor, kW.
Ef é o produto da eficiências envolvidas.

KWM= 141343 /(0.89*0.98)


KWM=162053 W
KWM=217 HP
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
MÉTODO GRÁFICO
Resumo das características para seleção de um trator:
KWM=217 HP
PET= 10588 kg
De posse destes valores foi selecionado o trator John Deere 8420, com sistema de tração MFWD
(Mechanical Forward Whells Driver), e cabinado, e características de seleção:
Potência Nominal=235 HP (segundo norma OECD)
Seguiu-se a recomendação da John Deere para combinação de rodados, onde tem-se como parâmetro que o
rodado traseiro tem que ser 5 grupos maior que o rodado dianteiro, .
Peso total, sem lastro=11273 kg, com rodados: frontal 600/70R30 (Grupo 43), e traseiro duplo
800/70R38 (Grupo 48)
Distribuição dinâmica de peso: 38 % eixo frontal (4284 kg) e 63% (6989 kg) eixo traseiro.
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO

LASTRAGEM
Para suprir a diferença entre o PET exigido (10588 kg), e o peso dinâmico no eixo traseiro
( 6989 kg), serão adicionados lastros líquidos e sólidos .
Lastro Líquido:
Foram seguidas os recomendações da John Deere para lastragem líquida, mostradas na
carta de lastragem, contida do Apêndice 3. Os valores de lastro líquido selecionados
foram:
Pneu Traseiro, 75% preenchido=1325 kg
Lastro total traseiro=2650 kg
Pneu Dianteiro, 75 % preenchido= 611 kg
Lastro total dianteiro= 1222 kg

Lastro Sólido:
Os pesos traseiros sólidos adicionados, são circulares e concêntricos à roda, portanto
a atuação destes pesos não é distribuída dinamicamente, como no caso do lastro
líquido, assim sendo são considerados como forças pontuais no eixo traseiro.
OBS: Não devem ser usados pesos dianteiros, pois no equilíbrio estático e dinâmico
da máquina, os mesmos aliviam o peso no eixo traseiro, o que não é desejável neste
exercício.
Roda traseira = 2 pesos de ferro fundido em cada roda, John Deere R167151 de 645
kg.
Lastro sólido Eixo Traseiro= 2580 kg
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
LASTRAGEM
Lastragem Total
Pesos distribuídos dinâmicamente:
Ptrator sem lastro=11273 kg
PLlíquido= 3872 kg
Peso Dinâmico do Eixo Traseiro
PDET= 0.63*15145
PDET=9541 kg
Peso dos lastros sólidos no eixo traseiro:
Ps=2580 kg
Peso total do eixo traseiro=PS+PDET
PTET=12121 kg
OBS: Considerando-se um operador de 80 kg, pode-se considerar que o PET exigido foi
alcançado.

Pressão dos Pneus


Foi seguida a recomendação da John Deere para a pressão dos pneus.
Para carga no eixo traseiro de 12260 kg:
Pressão = 10 psi (70 kPa)
Para carga no eixo dianteiro de 5718 kg:
Pressão = 17 psi (120 kPa)
2- Adequação do regime de operação do motor do trator

Curvas de
Desempenho
2- Adequação do regime de operação do motor do trator

Curvas de Desempenho
2- Adequação do regime de operação do motor do trator
Curvas de Desempenho
Para se obter as curvas de desempenho de um
motor deve-se medir a variação da rotação,
consumo de combustível e torque do motor
durante a aplicação de cargas controladas.

A partir destas medidas é possível calcular o


consumo horário de combustível, o consumo
específico de combustível, o torque relativo ao
torque a rotação nominal e a rotação relativa a
rotação nominal ambos em porcentagem, além
da potência fornecida pelo motor.
2- Adequação do regime de operação do motor do trator
Curvas de Desempenho
Segundo a norma OECD para se obter as curvas de
desempenho de um motor deve-se acelerar o motor na
posição de débito máximo e medir os parâmetros
conforme se aplica cargas frenantes crescentes ao motor.
2- Adequação do regime de operação do motor do trator
Curvas de Desempenho
Potência Máxima=A

Torque Máximo

85% de A=B

75% de B

50% de B
25% de B

Reserva de Torque
Torque à Potência
Máxima
0% de B

Rotação Nominal

Rotação para TDP


a Rotação
Nominal=540 RPM
Rotação Máxima Livre
2- Adequação do regime de operação do motor do trator
Curvas de Isoconsumo
2- Adequação do regime de operação do motor do trator
Curvas de Isoconsumo
Segundo a norma OECD para se obter as curvas de
isoconsumo é preciso obter-se os consumos específicos
do motor para 7 faixas de rotação: rotação com bomba a
débito máximo; rotação a 95% da rotação nominal;
rotação a 85% da rotação nominal; rotação a 75% da
rotação nominal; rotação a 65% da rotação nominal;
rotação a 55% da rotação nominal; e rotação a 45% da
rotação nominal.
Com essas faixas de isoconsumo são feitos gráficos onde
tem-se como abscissa o torque relativo ao torque à
rotação nominal (em porcentagem) e na ordenada tem-se
o consumo específico. Nestes gráficos devem ser
interpolados os valores de consumo específico
normalizados: 450 g/kWh; 350 g/kWh; 300 g/kWh; 275
g/kWh; 250 g/kWh; 240 g/kWh; 230 g/kWh; 225 g/kWh;
220 g/kWh.
2- Adequação do regime de operação do motor do trator
Curvas de Isoconsumo
2- Adequação do regime de operação do motor do trator
Curvas de Isoconsumo

450
350

240
220
275

300

250 230

225
2- Adequação do regime de operação do motor do trator

Curvas de Isoconsumo

A partir dos valores encontrados, deve-se fazer o


gráfico de isoconsumo interligando os pontos de
mesmo isoconsumo em função da rotação relativa
em relação a rotação nominal (%).
2- Adequação do regime de operação do motor do trator
Curvas de Isoconsumo

230 g/kWh a
Rotação de
95% RN
230 g/kWh a
230 g/kWh a Rotação de
230 g/kWh a Rotação de 85% RN
230 g/kWh a 230 g/kWh a Rotação de
Rotação de Rotação de 75% RN 240 g/kWh a
65% RN Rotação de
45% RN 55% RN
95% RN

275 g/kWh a
Rotação de
95% RN
250 g/kWh a
Rotação de
95% RN

300 g/kWh a 350 g/kWh a


Rotação de Rotação de
95% RN 95% RN

450 g/kWh a
Rotação de
95% RN
3- Adequação da marcha do trator com a operação realizada
Considerando-se que o trator foi adequadamente
selecionado para a operação e para o equipamento
utilizado.
Considerando que foi obtido a faixa de rotação ótima
para operação do motor, que possibilitará o melhor
rendimento em termos de potência e torque, e o
consumo de combustível mais eficiente.
É necessário selecionar a melhor marcha para a
operação, que depende das condições de solicitação.
No exemplo dado é necessário grande torque devido à
operação de aração ser “muito pesada”. Assim deve-se
dar preferência para marchas de grande relação de
transmissão, e ao mesmo tempo que possibilitem o
melhor aproveitamento da reserva de torque do motor,
tendo maior “fôlego”, assim como a marcha de maior
velocidade operacional possível.
3- Adequação da marcha do trator com a operação realizada
3- Adequação da marcha do trator com a operação realizada
3- Adequação da marcha do trator com a operação realizada
SELEÇÃO DA MARCHA
A velocidade típica para esta operação vai de 6 a 7 Km/h , e
considerando que a velocidade sem carga foi determinada como 7.8
Km/h, escolheu-se a Marcha 8, segundo a carta de velocidades, que
desenvolve uma velocidade de 9.9 Km/h em pista de concreto, a
justificativa para a seleção desta marcha é que o operação está
utilizando 92% da potência máxima desenvolvida pelo JD 8420, de tal
forma que sua possível curva de isoconsumo mínimo para esta
requisição de potência encontra-se a uma rotação menor do que a
nominal ( 2200 RPM). Desta forma com a rotação nominal a
velocidade indicada é de 9.9 Km/h, então deduz-se que é possível se
adequar a velocidade desejada (7 Km/h), numa rotação menor,
entrando na faixa de isoconsumo mínimo.
Pelas especificações, tem-se que a rotação de potência máxima da
TDP, é de 2000 RPM, e que o torque máximo da TDP, ocorre a 1200
RPM, portanto uma rotação entre estes dois valores tem grande
probabilidade de atingir o consumo específico mínimo, esta hipótese se
reforça, quando se nota que o consumo específico a 75% de carga com
motor reduzido ocorre a 1696 RPM.
MÉTODO ASAE
Considerando ainda uma Tração Horizontal na Barra (THB) de:
THB=48702.6 W
Considerando a Potência Horizontal da Barra como:
KWB=THB*(7/3.6) (6)
KWB=94699 W

Considerando também a fórmula


KWM=KWB/Ef (7)

Onde: KWM é a potência do motor, kW.


Ef é o produto da eficiências envolvidas, no caso as definida por este padrão.
KWM=94699/(0.73*0.92*0.99*0.92)

KWM=115630 W
KWM=155 HP

Como o padrão somente faz considerações a respeito do tipo de


textura do solo, e nenhuma consideração operacional tem-se um grande coeficiente de
variação, para este tipo de operação, que o padrão determina como de 40%, portanto:
KWM=155 ± 62 HP
Considerando-se a pior situação, tem-se:
KWM=217 HP
MÉTODO ASAE

Considerando a fórmula do padrão:


NT=W[0.88*(1-e-0.1*B n)*(1-e-7.5*s ) - (1/Bn) - (0.5*s/(Bn)1/2 )] (8)

Onde: NT é a tração líquida necessária, N;


W é o peso dinâmico do eixo, N;
Bn é uma razão adimensional, dependente da condição do solo;
S é a patinagem, em decimais.

Considerando uma condição de solo preparado, Bn=40, com um índice


de patinagem de 11%, e Tração líquida igual a tração horizontal na barra (THB) tem-se:

48703=0.45*W

W=108229 N

W=10823 kg

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