0 évaluation0% ont trouvé ce document utile (0 vote)
84 vues11 pages
O documento discute diferentes tipos de fontes históricas nativas da Mesoamérica e dos Andes, divididas em três grupos: 1) fontes figurativas pré-hispânicas com leituras amplas; 2) fontes escritas pré-hispânicas com leituras estritas; e 3) fontes coloniais em textos alfabéticos e pictoglíficos. O autor analisa exemplos de cada grupo e discute os desafios de interpretação considerando fatores como época, localização e tipo de registro.
O documento discute diferentes tipos de fontes históricas nativas da Mesoamérica e dos Andes, divididas em três grupos: 1) fontes figurativas pré-hispânicas com leituras amplas; 2) fontes escritas pré-hispânicas com leituras estritas; e 3) fontes coloniais em textos alfabéticos e pictoglíficos. O autor analisa exemplos de cada grupo e discute os desafios de interpretação considerando fatores como época, localização e tipo de registro.
O documento discute diferentes tipos de fontes históricas nativas da Mesoamérica e dos Andes, divididas em três grupos: 1) fontes figurativas pré-hispânicas com leituras amplas; 2) fontes escritas pré-hispânicas com leituras estritas; e 3) fontes coloniais em textos alfabéticos e pictoglíficos. O autor analisa exemplos de cada grupo e discute os desafios de interpretação considerando fatores como época, localização e tipo de registro.
Mesoamrica e Andes. Conjuntos e problemas de entendimento e interpretao. Clio Arqueolgica. Recife, n. 22, vol. I, 2007, p. 7-49
Objetivo e diferencial do texto: realizar um exerccio de definio de tipologias e interpretao de fontes nativas da Mesoamrica e dos Andes. Enfatiza as fontes figurativas da poca pr-hispnica e colonial.
O que entende por representaes figurativas: imagens produzidas com diferentes tcnicas e sobre suportes variados (pinturas murais, esculturas e relevos em pedra, madeira, osso, concha, metal, gesso ou barro, cermicas mono ou policromadas, tecidos de l ou fibras vegetais, etc.) p. 8
-Abundncia de fontes: denso povoamento das regies; emprego de materiais durveis (centros polticos-cerimoniais, cidades e objetos).
- Diferencial entre as fontes nativas: Mesoamrica registros pictoglficos (combinao entre elementos pictricos e glficos / Cdices) Andes registros numricos-categricos, como os Quipos.
- Fontes posteriores conquista: Escritos alfabticos (Integrao de nativos em instituies - cabildos e misses religiosas). Produziram inclusive textos prprios ou para transcrever antigos relatos e registros nativos. p.8 - Principal tema das fontes analisadas: a histria nativa - auto- representaes que tratam do passado. Explicaes socialmente aceitas sobre as origens e o funcionamento do mundo e da histria local.
- Cuidados especficos para a considerao/interpretao das fontes:
- poca de produo (pr-hispnica ou colonial) - Regio de confeco (Mesoamrica e Andes) - Tipo de registro (figurativo ou escrito) Grupos de fontes analisados pelo autor no texto. So eles:
I Fontes Histricas pr-hispnicas figurativas ou de leitura ampla; II Fontes histricas pr-hispnicas escritas ou de leitura estrita; III Fontes histricas nativas coloniais em textos alfabticos e pictoglficos.
I Fontes Histricas pr-hispnicas figurativas ou de leitura ampla:
Principais: REGISTROS FIGURATIVOS.
* As leituras desses registros no so livres. Apenas so menos restritas do que a dos escritos. O universo visual/figurativo possua condicionamentos e usos que direcionavam seus entendimentos, de acordo com a situao em que a imagem era empregada. Exemplos:
1. Fontes Andinas Vasos de cermica policromos produzidos pelos mochicas na costa do Peru. Cenas dispostas em faixas delimitadas por linhas que se observadas de maneira frontal, podem fornecer indcios do sentido da leitura das cenas. Figura 1 p. 12. Cenas com sentido de leitura e interdependncia. 2. Fontes Mesoamericanas Diferentemente das andinas, grande parte das representaes figurativas mesoamericanas contm ou articula-se com representaes da escrita pictoglfica. Isso facilita a interpretao e decifrao. Figura 2 estelas olmecas e zapotecas p. 14 e Figura 3 pinturas murais de Teotihuacan p. 15. A melhor decifrao dessas fontes depende de um aprimoramento do sistema de escrita desses povos.
Concluso sobre esse primeiro grupo de fontes:
1. Desconhecimento do contexto de uso e produo dos objetos analisados, sobretudo dos portteis (cermicas pintadas, esculturas, pequenos gravados e outros).
2. Tendncia a universalizar usos e significados dos objetos suporte ou das formas de representao figurativa, subestimando os mltiplos valores que poderiam adquirir nas variadas situaes e contextos.
3. Projees retrospectivas de informaes obtidas por meio da anlise de fontes relacionadas a perodos mais recentes. II Fontes histricas pr-hispnicas escritas ou de leitura estrita
- Quipos Andinos (Figura 5 p. 14) melhor representao daquilo que o autor chama de definio ampla de escrita. So formas de registro que codificaram e entrecruzaram dois tipos de informaes: quantitativas (ns de distintos tipos e tamanhos, em distintas posies nos cordis secundrios) e categorias (distinguveis nas diferentes cores ou materiais dos cordis ou pelas distintas posies relativas em que estavam atados ao cordo principal.)
Exemplo da dimenso narrativa dos quipos: Nueva crnica y buen gobierno, de Guamn Poma referncia de que os indgenas registravam seus pecados em quipos para relembr-los durante a confisso.
Dificuldades de estudos: impossibilidade de traduo para o espanhol. - Escritos pictoglficos mesoamericanos: mescla de escrita fontica com pinturas e gravuras. Exemplos: estelas Olmecas e Zapotecas; murais de Teotihuacn; murais, estelas, painis em gesso e pinturas em cermica maias; etc. Figura analisada pelo autor (Fig. 6 p. 18-19): Cdices mixteco-nahuas ou cdices mesoamericanos pr-hispnicos e coloniais. Em materiais como tecido, pele de animais e papel, versavam sobre temas distintos: marcavam os anos, os dias; contavam a vida dos deuses; etc.
Problemas interpretativos a serem superados: superar polaridades analticas que contrape modelos de escrita ditos verdareiras s escritas ditas falsas. Propostas: considerar comparativamente os diferentes tipos de escrita cdices pr-hispnicos, cdices coloniais e textos alfabticos. Pois h nisso a possibilidade de um manuscrito esclarecer o outro. III Fontes histricas nativas coloniais em textos alfabticos e pictoglficos.
o grupo mais amplo e heterogneo de fontes nativas:
- Cdices pictoglficos produzidos depois da chegada dos europeus; - Cdices encomendados por autoridades civis e religiosas castelhanas acompanhadas, no geral, por glossrios com textos explicativos em espanhol; - Textos alfabticos em lnguas nativas que transcrevem cdices, quipos ou depoimentos, produzidos com auxilio das sociedades locais; - Textos em espanhol ou em outra lngua europeia que reproduzem explicaes nativas; - Escritos jurdicos ou administrativos que apresentem verses indgenas sobre o passado, livros paroquiais, peties, pleitos judiciais, etc. - Andinas:
Las crnicas y los Andes, de Franklin Pease. Compilao de escritos alfabticos escritos por membros das sociedades andinas e europeus.
Testemonies: The making of native south american historical source, de Frank Salomon. Compilou exclusivamente fontes nativas que apresentam verses do passado, ou seja, sem relatos europeus sobre a conquista. Inclui, por exemplo, escritos de Titu Cusi Yupanqui e de Garcilaso de la Vega.
Dificuldades dessas fontes: separar as concepes dos povos locais/andinos, daqueles crists, presentes nas narrativas.
- Mesoamericanas:
Conjunto mais volumoso e variado de fontes. Manuscritos que utilizam dois sistemas de escrita de forma isolada ou combinada: o pictoglfico, que se manteve at o sculo XVII; e o alfabtico.
Principal compilao: Handbook of Middle American Indians, de John B. Glass, Donald Robertson e Charles Gibson. Autores que se alternaram de acordo com o volume organizado (15 volumes). Tipos dos textos presentes nas compilaes: - Manuscritos que recontam a histria local e incorporam os eventos coloniais. - Manuscritos que inseriram a histria crist nas narrativas da histria local com o objetivo de suplantar as idolatrias. - Manuscritos que preservam aspectos da tradio histrica e cultural local sem grandes alteraes.
Para que todos entendais. Poesia atribuída a Gregório de Matos e Guerra - Vol. 5: Letrados, manuscritura, retórica, autoria, obra e público na Bahia dos séculos XVII e XVIII