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da Justia
Aula 2
Vamos ento supor que o sistema recompensa os talentos. Isto vai gerar
desigualdades. Mas melhora a situao dos menos favorecidos.
Mas quais devem ser os lmites destas desigualdades? So os limites
impostos pelo prncipio de diferena (e no os do princpio de eficincia):
As expectativas mais elevadas dos sujeitos que esto melhor situados so
justas se, e apenas se, funcionarem como parte de um sistema que melhore as
expectativas dos membros menos beneficiados da sociedade. (Rawls, TJ: 78)
= 3. Igualdade democrtica: princpio de diferena + igualdade
equitativa de oportunidades
O princpio de diferena
Concluso:
Justia como equidade: a sociedade um empreendimento comum em que
todos concordam em partilhar alguns encargos e riscos.
Pergunta: possivel deliberar com to pouca informao particular? Sim, pois temos
acesso a conhecimentos gerais sobre a condio humana, como por exemplo:
(1) conhecimento das circunstncias da justia (que geram conflitos e identidades
de interesses): a
cooperao mutualmente benfica,
os recursos so escassos,
existe uma pluralidade de concepes da vida boa, etc.
(2) conhecimento geral da economia, sociologia, psicologia, cincias exactas, etc.
A racionalidade dos participantes
(1) A etapa da PO, a mais abstrata, que permite escolher os princpios da TJ.
(2) A etapa da conveno constitucional, onde se escolhe um sistema de governo
e de lei constitucional. Aqui o vu de ignorncia parcial, pois as pessoas podem
conhecer as circunstancias da sua sociedade. = aplicao do primeiro princpio.
(3) A etapa da proposta das polticas pblicas e das regulaes socio-
econmicas. (vu de ignorncia parcial) = aplicao do segundo princpio.
(4) Os cidados efetuam as polticas pblicas e regulaes. Aqui no h vu de
ignorncia.
Alguns exemplos discutidos
Desobedincia civil
Questes para debater sobre ( 18-19, 51-59)
Desobedincia civil
Rawls mais tarde vai considerar a sua explicao refutvel, pois demasiado
inspirada do filsofo Kant, fundada na autonomia individual, o que
incompatvel com o pluralismo razovel.
Mas nos anos 80, comea a crtica comunitria ao ideal liberal da neutralidade,
i.e. prioridade do justo sobre o bem:
Michael Sandel, Liberalism and the Limits of Justice, 1982.
Michael Walzer, Spheres of Justice, 1983.
Joseph Raz, The Morality of Freedom, 1986.
O debate termina com a publicao por Rawls do seu livro Liberalismo Poltico, em
1993.
Mais debates e posio atual