Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
implantação de empreendimentos
causadores de degradação ambiental
Erika Bechara
Pós-graduação em Direito e Gestão Ambiental
CESUSC-FLORIANÓPOLIS
16.outubro.2009
1
Compensação
2
Compensação
3
Dano ambiental
dano ambiental é a agressão ao meio ambiente, i.e,
aos componentes ambientais do ambiente natural,
artificial, cultural e do trabalho, que afeta o bem jurídico
“qualidade ambiental”, ferindo o direito da coletividade
ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
4
Compensação
no Direito Ambiental
COMPENSAÇÃO POR DANO JÁ OCORRIDO
(i) reparação em dinheiro
(ii) reparação por equivalente
Reparação in natura
7
Reparação de danos ambientais
Reparação in pecunia
condições:
(i) manutenção da APP existente na propriedade
(ii) averbação de Reserva Legal
(iii) compensação (destinação à conservação de área de extensão
equivalente à da área desmatada, com as mesmas características
ecológicas, na mesma bacia hidrográfica - se possível na mesma
microbacia - e, em caso de loteamento e edificação em regiões
metropolitanas ou áreas urbanas, no mesmo município ou região
metropolitana. Se não for possível, a compensação se dará mediante
reposição florestal, com espécies nativas, de área de extensão
equivalente, na mesma bacia hidrográfica - se possível na mesma
microbacia) 16
Compensação
de Reserva Legal
DEFINIÇÃO: área localizada no interior de uma propriedade
ou posse rural, excetuada a de preservação permanente,
necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à
conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à
conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de
fauna e flora nativas (art. 1º, §2º, inc. III do Código Florestal)
22
Justa causa para a compensação
ambiental
23
Justa causa para a compensação
ambiental
Marília Passos Torres de Almeida: “A aprovação, pelo órgão ambiental,
do licenciamento de um empreendimento, seja de significativo impacto
ambiental, ou não, não quer dizer que foi constatado que, de sua instalação
e operação, não haverá dano ao meio ambiente.
(...)
A decisão do órgão ambiental reflete o sopesar dos impactos positivos e
negativos, bem como a distribuição dos ônus e benefícios para a sociedade,
analisando a conveniência do empreendimento. Trata-se, portanto, de uma
ponderação de valores a ser feita pela Administração Pública.
Isso quer dizer que impactos negativos existirão, cabendo à medidas
mitigadoras e de controle ambiental a minimização dos danos ambientais
passíveis de serem mitigados e controlados. Em contraponto, para aqueles
que não podem ser evitados (como, por exemplo, a supressão de
remanescentes de Mata Atlântica), medidas compensatórias hão de ser
adotadas, uma vez que a sociedade não pode suportar os efeitos negativos
gerados para fazer jus ao lucro de particulares.” (Compensação ambiental
na Lei do Sistema Nacional das Unidades de Conservação – Lei 9.985/00.
In: BENJAMIN, Antonio Herman (org). Paisagem, Natureza e Direito. São
Paulo: Instituto o Direito por um Planeta Verde, 2005, vol. 2, p. 307-328)
24
Natureza jurídica
Tributo
Preço público
25
Natureza jurídica
Posição do STF na ADIN 3378/DF: O Ministro
Carlos Ayres Brito atrelou o instituto ao princípio do
usuário-pagador, afastando o seu caráter
indenizatório e firmando se tratar de um
“compartilhamento de despesas”; o Ministro
Menezes Direito também não vislumbrou caráter
indenizatório na compensação ambiental mas, sim,
caráter compensatório e o Ministro Marco Aurélio a
enxergou como indenização prévia (e, por isso, a
reputou inconstitucional). Nenhum dos ministros
participantes do julgamento, porém, chegou a tratar
a compensação ambiental como um tributo ou um
preço público.
26
Natureza jurídica
Reparação civil por danos futuros
A doutrina brasileira há muito reconhece a reparação por danos futuros, desde que
certos
29
Exigibilidade
De acordo com o art. 36 da Lei 9.985/00, a
compensação ambiental é exigível apenas dos
empreendimentos sujeitos ao EPIA/RIMA – e
os causadores de danos ambientais não
elimináveis mas não sujeitos ao EPIA/RIMA?
Ampliação de empreendimentos
30
Exigibilidade
Momento da exigência:
35
Valor
Visão do Ministério do Meio Ambiente (sobre a decisão do STF)
39
Destinação
Quando o empreendimento afetar unidade de conservação
específica ou sua zona de amortecimento, a unidade
afetada, mesmo que não pertencente ao Grupo de
Proteção Integral, deverá ser uma das beneficiárias da
compensação definida neste artigo (§ 3º).
40
Prioridades na aplicação dos
recursos
Art. 33 do Decreto 4.340/02. “A aplicação dos recursos da
compensação ambiental de que trata o art. 36 da Lei nº
9.985, de 2000, nas unidades de conservação,
existentes ou a serem criadas, deve obedecer à
seguinte ordem de prioridade:
I - regularização fundiária e demarcação das terras;
II - elaboração, revisão ou implantação de plano de
manejo;
III - aquisição de bens e serviços necessários à
implantação, gestão, monitoramento e proteção da
unidade, compreendendo sua área de amortecimento;
IV - desenvolvimento de estudos necessários à criação de
nova unidade de conservação; e
V - desenvolvimento de pesquisas necessárias para o
manejo da unidade de conservação e área de 41
amortecimento.
Prioridades na aplicação dos
recursos
Parágrafo único. Nos casos de Reserva Particular do
Patrimônio Natural, Monumento Natural, Refúgio de
Vida Silvestre, Área de Relevante Interesse Ecológico e
Área de Proteção Ambiental, quando a posse e o
domínio não sejam do Poder Público, os recursos da
compensação somente poderão ser aplicados para
custear as seguintes atividades:
I - elaboração do Plano de Manejo ou nas atividades de
proteção da unidade;
II - realização das pesquisas necessárias para o manejo da
unidade, sendo vedada a aquisição de bens e
equipamentos permanentes;
III - implantação de programas de educação ambiental; e
IV - financiamento de estudos de viabilidade econômica
para uso sustentável dos recursos naturais da unidade
afetada.” 42
Prioridades na aplicação dos
recursos
Art. 164 da Lei estadual 14.675/2009. Havendo propriedades
não indenizadas em áreas afetadas por unidades de conservação
já criadas, é obrigatória a destinação de 50% (cinquenta por
cento) dos recursos oriundos da compensação ambiental para as
suas respectivas indenizações.
44
EXECUÇÃO
Direta
(i) DIRETA
49
OBRIGADA
erika@szazibechara.adv.br
50