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Instituto Politécnico da Castelo Branco – Escola Superior de Educação

EDUCAÇÃO SEXUAL EM PORTUGAL


LEGISLAÇÃO E AVALIAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO NAS ESCOLAS
Autores: Margarida Gaspar de Matos, M. Reis, L. Ramiro, J. Pais Ribeiro & I. Leal
PRINCIPAIS CONCLUSÕES DO ESTUDO
 A Lei n.º 60/2009 está a ser cumprida no que diz respeito à apresentação dos conteúdos de
INTRODUÇÃO AVALIAÇÃO – APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS educação sexual previstos na Lei e da carga horária preconizada (Quadro 1, 2 e 3). A
A sexualidade é uma dimensão fundamental da vida humana não se limitando ao que os implementação é considerada satisfatória ou muito boa, nos anos em estudo (Quadro 4).
indivíduos fazem, mas centrando-se no que são (Ramiro, 2013). A educação sexual (ES)
engloba as dimensões biológica, sociocultural, psicológica e espiritual, da sexualidade, Quadro 1  No geral, as UO organizaram um Gabinete de Informação e Apoio ao Aluno e gerem o
integrando os domínios cognitivo (informação), afetivo (sentimentos, valores e atitudes) e respetivo funcionamento. A implementação da Lei é em geral classificada de Boa/Muito Boa
comportamental (comunicação, tomada de decisões e outras competências pessoais
relevantes).  As disciplinas de Ciências Naturais/ Biologia (no ensino básico e no secundário,
respetivamente) são rentabilizadas mas este facto leva a que os alunos do ensino secundário
Embora a Educação Sexual seja reconhecida como essencial para reduzir comportamentos das áreas de artes, de ciências socio-económicas e de línguas e humanidades, tal como os
sexuais de risco e permitir escolhas informadas, evidenciam-se algumas dificuldades na sua que frequentam cursos profissionais, não tenham acesso fácil a estes conteúdos.
implementação, não permitindo em certas situações que se maximizem as medidas
preconizadas na legislação: Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto, (estabelece o regime de  Os professores lamentaram a não existência de uma redução da componente letiva para o
aplicação da ES em meio escolar) e Portaria nº 196 –A/2010 de 09 de Abril. professor coordenador da saúde de cada UO.

O objetivo deste trabalho foi sistematizar os dados do estudo levado a cabo por Gaspar de  O envolvimento dos pais / Encarregados de Educação pode melhorar bem como dos
Matos et al (2014), onde avaliaram a implementação da ES nas escolas portuguesas públicas e auxiliares de ação educativa.
privadas, com o objetivo de efetuar um balanço das políticas públicas em matéria de
educação para a saúde e em particular, em educação sexual. Quadro 2 PROPOSTAS FUTURAS
Em Portugal, e em outros países europeus, a educação sexual (ES) é crucial para reduzir os
METODOLOGIA comportamentos sexuais de risco (ou pelo menos não permitir o seu aumento).
Para a primeira parte do estudo – estudo quantitativo - foram convidadas a participar todas
Recomenda-se que:
as Unidades Orgânicas (UO), quer públicas quer privadas com contrato de associação, ou seja,
811 agrupamentos e escolas secundárias não agrupadas e 83 UO privadas (com contrato de  A Educação Sexual mantenha o seu caráter prioritário em meio escolar, garantindo-se as
condições necessárias, tais como a formação de professores e pais.
associação). A participação das UO foi anónima e voluntária. Participaram um total de 428
diretores e 424 professores coordenadores de educação para a saúde de UO públicas.  Recomenda-se a manutenção da Lei n.º 60/2009 e da Portaria n.º196-A/2010, e,
aproveitando a ocasião desta avaliação, a promoção, a nível das Unidades Orgânicas, de um
Considerando o universo das UO do ensino público, o número de respondentes das direções e
Quadro 3 amplo debate sobre a importância da matéria e sobre a importância do envolvimento de
professores coordenadores da saúde do ensino público, permite estimar uma margem de erro todos os atores em meio escolar: direções, professores, pais e alunos.
de 3,33% e de 3,36%, e um nível de confiança de 96,7% e de 96,4%, respetivamente (Navidi,
 Recomenda-se a formação de técnicos que, embora com principal foco nos professores, deve
2010). As UO participantes integram 617 701 alunos e 60 595 professores. incluir todos os técnicos que intervêm nas UO (psicólogos, médicos, enfermeiros, assistentes
sociais, assistentes operacionais, etc.).
Material
Os instrumentos de investigação incluíram questionários de autopreenchimento, guiões de  Recomenda-se a implementação e valorização de estudos de investigação que avaliem a
Educação Sexual, em especial em meio escolar.
entrevistas individuais e coletivas/grupos focais.
Procedimento  Recomenda-se a extensão da proposta dos Gabinetes de Informação e de Apoio aos Alunos
aos Campus Universitário e Politécnico.
Os autores seguiram metodologias quantitativas (primeira parte do estudo) e qualitativas REFERÊNCIAS
(segunda parte do estudo). Na segunda parte do estudo foi elaborado um Guião de Entrevista Lei N.º 60/2009. (6 de agosto de 2009). Portugal/Lisboa: Diário da República.
Matos, M. G., Reis, M., Ramiro, L., Ribeiro, J., & Leal, I. (2014). Educação Sexual em Portugal:
individual e coletiva/grupos focais que se baseou numa análise SWOT, (Strengths, legislação e avaliação da implementação nas escolas. Psicologia, Saúde e Doenças. 15(2), 335-
Weaknesses, Opportunities, Threats), (Pickton & Wright, 1998; van Wijngaarden, Scholten, 355.
Quadro 4 Navidi, W. (2010) Principles of Statistics for Engeneers and Scientists, 1st ED. McGraw-Hill, NY:
van Wijk, 2010). Foram realizadas entrevistas individuais, com um guião SWOT com os USA.
diretores/representantes da direção e uma metodologia de grupo focal, permitindo a Pickton, D. W., & Wright, S. (1998). What’s SWOT in strategic analysis? Strategic Change, 7, 101–
109.
interação dos participantes dentro de cada grupo, com professores coordenadores da saúde Portaria n.º 196-A/2010. (9 de abril de 2010). Lisboa: Diário da República.
(Matos & Gaspar, 2002; Matos, Gaspar, Vitória & Clemente, 2003). Foram cumpridos todos os Ramiro, L. (2013). A educação sexual na mudança de conhecimentos, atitudes e comportamentos
sexuais dos adolescentes. (Dissertação de Doutoramento não publicado). Faculdade de
procedimentos éticos exigidos por lei, incluindo o consentimento informado no espírito da Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa. Retirado de:
Declaração de Helsínquia. https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/5862/1/Lucia_Ramiro_Dout.pdf (consultado
dia 04 de janeiro de 2018).
Disciplina: Politicas Públicas Póster elaborado por: Clotilde Barata - Steven Casteleiro - Rui Teixeira Van Wijngaarden, J. D., Scholten, G. R., & van Wijk, K. P. (2010). Strategic analysis for health care
organizations: the suitability of the SWOT- analysis. International Journal of Health Planning and
Docente: Professor Doutor Valter Lemos Castelo Branco, janeiro de 2018 Management, 27,34-49. doi:10.1002/hpm.1032

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