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RESUMOS DE AULAS DE ANÁLISE CLIMÁTICA - PROF.

LUCIVÂNIO JATOBA- 2018


OS FUNDAMENTOS DA ANÁLISE CLIMÁTICA

RESUMOS DE AULAS
AutorProf. Lucivânio Jatobá
Recife
UFPE- CURSO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS
2017
RESUMOS DE AULAS DE ANÁLISE CLIMÁTICA - PROF.
LUCIVÂNIO JATOBA- 2018
CONCEITOS FUNDAMENTAIS

• Clima: definições e escalas geográficas do clima


• A) “Clima – conjunto de fenômenos meteorológicos que caracterizam o estado médio da atmosfera , sobre
um determinado lugar” (J. Hann)
• B) Clima- “é o resultado do andamento habitual do tempo” ( Max Sorre)

• Em que se diferencia a Meteorologia da Climatologia? Qual a posição da Climatologia no Quadro das


Ciências da Terra segundo Jean Goguel?
• Goguel estruturou uma classificação geral das Ciências da Terra ( Geociências) que estabelecia três domínios
científicos diversos: a) Ciências Geofísicas, b) Ciências Geológicas e c) Ciências Geográficas.
• As Ciências Geofísicas são as que tratam de fenômenos físicos terrestres, mas sob a ótica da Física.
Exemplificam- nas: a Hidrologia, a Sismologia, a Hidrologia entre outras ciências.
• As Ciências Geológicas tratam do passado da Terra. São ciências históricas. São exemplos desse grupo: a
Paleontologia, a Estratigrafia, a Geologia Geral, a Sedimentologia, entre outras.
• As Ciências Geográficas são aquelas que buscam analisar e interpretar o fato geográfico. Tratam de estudar
as combinações dos fato geográfico, atais como as físicas, as físico-biológicas e e as físico-biológico-humanas.
São consideradas Ciências Geográficas: a Biogeografia, a Pedologia, a Geomorfologia, a Geografia Humana
etc. RESUMOS DE AULAS DE ANÁLISE CLIMÁTICA - PROF.
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• A Meteorologia e´uma Ciência Geofísica. A Climatologia, uma Ciência Geográfica. Têm muitos
pontos comuns, mas são epistemologicamente distintas.

• A Meteorologia, enquanto Ciência Geofísica, se encarrega de estudar a atmosfera, suas


propriedades e os fenômenos que nela são desencadeados, mas sempre sobre a ótica física.

• A Climatologia é uma Ciência Geográfica que estuda o clima e suas variações ao longo de um tempo
cronológico mais prolongado. Ela utiliza, muitas vezes, os mesmos parâmetros da Meteorologia, no
entanto , ao contrário desta, não se preocupa com previsões do tempo meteorológico a curto prazo,
e sim analisar as características climáticas a longo prazo ( em média, mais de 30 anos de
observações meteorológicas).

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• Max Sorre, em seu clássico livro “ Les Fondements Biologiques de La Geographie Humaine ( 1955)
fez algumas importantes considerações sobre esse tema. Vejamos..

• Hann considerava como o conjunto dos elementos meteorológicos que caracterizam o estado
médio da atmosfera em um lugar determinado. Até recentemente, os geógrafos e os
climatologistas aceitavam sem reservas essa definição. Apesar do interesse que
apresenta,atualmente recebe algumas críticas. (...) Definimos clima como o ambiente atmosférico
constituído por uma série de estados da atmosfera que recobre um lugar em sua sucessão
habitual ( SORRE: 1955, p. 14).

MAX SORRE

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• Um dos importantes instrumentos de análise empregados pela Meteorologia e também pela
Climatologia são as Cartas de Pressão e as Cartas Sinóticas( Figura 1).

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ESCALAS GEOGRÁFICAS DO CLIMA
• As escalas geográficas do clima são: climas zonais, climas regionais, climas locais e microclimas.
• O clima zonal está associado às grandes faixas térmicas do planeta ( Tropical, Temperada,
Subpolar etc). E determinado por fatores geográficos e astronômicos de ampla escala territorial.
Por exemplo: Climas Quentes, Climas temperados etc (Figura 2-)

FIGURA 2. FAIXAS DE CLIMAS REGIONAIS RESUMOS DE AULAS DE ANÁLISE CLIMÁTICA - PROF.


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• O clima regional é um subconjunto do clima zonal. E´produzido por
certas características físico-geográficas regionais. O Clima Equatorial
Amazônico, o Clima Semiárido nordestino, o Clima Pseudo-Tropical da
Zona da Mata nordestina são exemplos desse clima zonal ( Figura 3)
• Figura 3. Climas regionais

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• Os climas locais são determinados, como nome indica, por características
locais especiais, como a presença de um Maciço Residual, a localização
de uma escarpa a sotavento , etc. Observe as Figuras 4 e 5.
• Figura 4- Clima local

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• Figura 5. Clima local no Agreste de Pernambuco

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• Na Figura 4, o efeito da altitude é expressivo sobre o quadro térmico e de nebulosidade da
localidade. Na figura 5, de uma área adjacente à Belo Jardim, PE, a disposição das linhas gerais do
relevo influenciam na definição de climas locais.

• No Nordeste brasileiro e particularmente em Pernambuco, há áreas mais elevadas nas quais


definem-se importantes áreas de clima local. São os brejos de altitude e de exposição, também
conhecidos como “áreas de exceção”. Há numerosos exemplos dessas áreas, tais como: Serra
Negra, em Bezerros, Brejo dos Cavalos, em Caruaru, Brejo de João Alfredo, Serra de Taquaritinga,
em Taquaritinga do Norte, Brejo da Madre de Deus, no município homônimo, Brejo de Mimoso,
Brejo da Serra das Varas ( Arcoverde) , Triunfo etc. Esse assunto se reveste de uma particular
importância para os estudos de Geografia Regional e já vem sendo investigado há muitas
décadas. Os geógrafos Gilberto Osório de Andrade e Rachel Caldas Lins , desde a década de 1960,
escreveram muitos trabalhos acadêmicos sobre esse tema.

• Um desses trabalhos que merece ser lembrado é “ O Brejo da Serra das Varas ( Arcoverde),
publicado, em junho de 1966 no boletim “ Cadernos da Faculdade de Filosofia da Universidade
Federal de Pernambuco. Extraímos alguns trechos destacados desse trabalho para análise.

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• O alcance imediato, no interior do Nordeste Oriental, das influências úmidas costeiras está na
dependência de duas ordens de circunstâncias. Em primeiro lugar da maior ou menor proximidade
da fachada atlântica da Borborema com o litoral e, em segundo, das soluções de continuidade do
anteparo; ali onde essa fachada se resolve em largas indentações escavadas pela drenagem
consequente, o fluxo dos alísios “refrescados” remonta penetrantemente os grandes vales e
projeta algo das condições ecológicas da Zona da Mata até onde o balanço anual das taxas de
precipitação e evaporação atinge um valor crítico. Num e noutro casos, a partir dão limite desse
alcance imediato, o ar límpido, calaariano, regenera-se graças à redução da umidade relativa, de
modo que os fenômenos de condensação e precipitação somente se virão a restaurar, na massa,
se um relevo eficaz se antepuser ao fluxo. Quando isso acontecer, manchas de vegetação
assimiláveis às associações serranas da costa úmida podem voltar a ocorrer no interior mais ou
menos distante e identificam ecologicamente os brejos. A mais eficiente brecha, aliás, da
penetração dos alísios de sudeste na costa oriental nordestina abre-se ao sul dos contrafores mais
meridionais da Borborema: é o baixo São Francisco. Não só porque ao longe deste, até as
vizinhanças de Paulo Afonso, a erosão quaternária escavou um vale cujo eixo se dispõe
precisamente na direção dos alísios , como também porque a superfície de aplanamento
pliocênica1, à custa da qual as vagas de erosão quaternária subiram o baixo curso, estende-se à
montante da cachoeira e alastra-se pelas bacias de grandes afluentes setentrionais
sanfranciscanos, como o Ipanema, o Moxotó e o Pajeú. O considerável volume dos alísios que se
engolfam nessa enorme depressão acarreta, nos sertões pernambucanos drenados para o São
Francisco, manchas úmidas rigorosamente isoladas, como a Serra Negra, em meio das caatingas
hiperxerófitas da Bacia do Moxotó, e a do brejo de Triunfo, na Serra da Baixa Verde, no alto Pajeú.
O fluxo remonta igualmente a bacia do Ipanema, monotonamente rebaixada pelo aplanamento
que flanqueia o planalto da Borborema a oeste do maciço de Garanhuns e vai morrer na base das
ladeiras que, nos municípios de Buique e de Pedra,
• se elevam bruscamente dos 550 aos 800metros. E´nessa encosta que se localizam dois dos brejos
de barlavento mais característicos de Pernambuco: a serra do Cabo do Campo, em Buique , e a
serra das Varas, entre Pedra e Arcoverde. (ANDRADE e LINS: 1966, p.2)
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• Eis algumas questões para discussão em aula:
• 1- O texto transcrito exibe uma nítida orientação da Geografia Clássica. Essa frase é verdadeira ou
falsa? Por que?
• 2- O que os autores dizem sobre as influências úmidas costeiras no interior da Região?
• 3- Explique o trecho em que os autores se referem a “indentações escavadas pela drenagem
consequente” ? Que influência esse fato exerce sobre os climas ?
• 4- O que é um ar límpido? Sob que se situação atmosférica ele se consuma?
• 5- Como entender a existência dos brejos da serra das Varas e serra do Cabo de Campo, em
Pernambuco?

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