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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

ESCOLA DE MINAS
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA

Bacias: Jequitinhonha e
Cumuruxatiba

Disciplina: Geologia do Brasil 2017.2 Docente: Paulo Henrique Galvão


Discentes: Carolina Coelho Soares
Emanuel Melo Franco
Raissa Felix de Alvarenga
2

Sumário
• Introdução
• Contexto Regional
• Evolução Geotectônica
• Carta Cronoestratigráfica
• Contexto Geológico
• Correlações
• Recursos
• Bibliografia
Introdução
Localizadas na
margem leste da
costa brasileira,
litoral da Bahia.

Figura 1: Localização das Bacias de Jequitinhonha


e Cumuruxatiba. (Modificado de ANP, 2009)
Introdução: áreas e limites
Jequitinhonha:
• Área 10.000 km2, 500 km2 estão emersos
• Situa-se entre as bacias de Almada ao norte e
Cumuruxatiba ao sul
• Norte: Alto de Valença Sul: Royal Charlotte
• Entre as cidades de Porto Seguro e Ilhéus
Cumuruxatiba:
• Área 20.200km2, 7.000km2 emersos e 13.200km2 em mar
• Lâmina d’água de 400-2.500m de profundidade
• Norte: royal Charlotte Sul: Abrolhos
• Leste: Sulphur MInerva limita ambas
Contexto Regional
• Margem continental brasileira
• Bacias do tipo rift que evoluíram para margem passiva
• Evolução ocorreu em distintas fases geotectônicas

Jequitinhonha
• Fase inicial pré-rift: predomina sinéclise intracontinental
(Neojurássico a Eocretáceo)
• Três megassequências caracterizam a evolução da
bacia: fase rift, transicional e pós-rift ou marinha (Santos
et al. 1994)
Contexto Regional
Jequitinhonha (a norte)

Cumuruxatiba
• Circundada pelos bancos
vulcânicos de Royal
Charlotte, a norte, Abrolhos, a
sul e Sulphur Minerva, a leste

Figura 2: Contexto regional das bacias


Jequitinhonha e Cumuruxatiba, modificado de
Gontijo (1996).
Contexto Regional
Cumuruxatiba
• Substrato pertence a dois domínios geotectônicos
diferentes: a Faixa de Dobramentos Araçuaí e o Cráton
do São Francisco
•O embasamento imprime forte condicionamento na
compartimentação da bacia
• Domínios tectônicos condicionam estruturação dos
falhamentos (trend principal NE-SW, Transamazônico)
• Três fases tectono-sedimentares principais: Rift,
Transicional e Marinha de Margem Passiva, assim como
na bacia Jequitinhonha
Contexto Regional
e
Compartimentação
• Cráton do São Francisco
• Faixa Araçuaí
• Compartimentação
tectônica em Cumuruxatiba
• Contexto estrutural com
falhas
• Seção WE detalhada
posteriormente

Figura 3: Contexto regional da bacia


Cumuruxatiba, modificado de Gontijo
(1996).
Evolução Geotectônica
1. Evolução relacionada a formação de riftes no
Neocomiano (Cretáceo)

2. Seguida pela abertura do Oceano Atlântico no


Aptiano, com influência de expansão térmica

3. Posterior desenvolvimento de bacia de margem


passiva e evolução similar às suas adjacentes na
margem brasileira (Paleoceno)
Evolução Geotectônica

Fase 3

Fase 2

Fase 1

Figura 4: Seção WE, bacia Cumuruxatiba, modificado de


Gontijo (1996).
Evolução Geotectônica: 1 - Fase Rift

Figura 5: Evolução de um rifte (modificado de poormansfriend.org)


Evolução Geotectônica: 1 - Fase Rift

• Cenozóico: magmatismo de Abrolhos, com picos


durante o Paleoceno e Eoceno

• Mesmo período: ocorre uma inversão cinemática na


bacia representada por dobras relacionadas a falhas
reversas

• Maior parte da deformação está concentrada no inicio


do Cenozóico com o pico no Eoceno Inferior

• O período pós-Eoceno é marcado pela diminuição da


taxa de deformação até o presente
Evolução Geotectônica: 1 - Fase Rift
• Final do Paleoceno/todo Eoceno: influência de derrames
basálticos e intrusões de diabásios nas suas seções
estratigráficas

• Vulcanismo eocênico formou expressivos montes


vulcânicos (Royal Charllotte, Abrolhos e Sulphur Minerva)

• Sobrecarga de rochas vulcânicas (maior densidade)


modificou a dinâmica deposicional da fase regressiva e
provocou movimentos halocinéticos causando
deformações signicativas da seção pós-sal neste período
Evolução Geotectônica: 2 – Formação
Atlântico

Figura 6: Evolução de um rifte (modificado de poormandfriend.org)


Evolução Geotectônica 2 – Formação
Atlântico

• Fase transicional: passagem do ambiente continental


para o ambiente marinho

• Caracteriza-se por deposição de evaporitos no


neoaptiano intercalados por arenitos do sistema
deposicional costeiro
Evolução Geotectônica: 3 – Fase pós-rift
• Ocorreu durante a fase de deriva continental

• Característica:acumulação de sedimentos marinhos


transgressivos, devido a uma fase de subsidência na
bacia

• Fase de subsidência é seguida por uma fase marinha


regressiva
Evolução Geotectônica

Figura 6: Seção geológica esquemática da bacia Jequitinhonha Retirada de Alves, 2008


Sedimentação: Sequência Rifte

Figura 7: Sequência Rifte

• Neocomiano ao Aptiano inferior

• Limite inferior: embasamento cristalino

• Limite superior: discordância pré-aptiana

• Formações Monte Pascoal: sedimentos de Fan delta

• Formação Porto Seguro: camadas pelíticas lacustres

• Formação Cricaré: flúvio-lacustre


Sedimentação: Sequência Pós Rifte

Figura 8: Sequência Pós-Rifte

• Depositada durante o Aptiano

• Formação Mariricu
- Membro Mucuri: arenitos e folhelhos (flúvio lagunares)
- Membro Itaúnas: halitas e anidritas (marinho restrito)

• Tectônica de sal associada a baixos estruturais - Fossa do


Jequitinhonha

• Discordância Onlap
Sequência Drifte - Transgressiva

Figura 9: Sequência Drifte - sedimentos marinhos transgressivos

• Sedimentação marinho nerítica do Albiano ao Eoceno Inferior


• Fm São Mateus: sedimentos siliciclásticos proximais e Fm Regência:
carbonatos
• Fm Urucutuca: pelitos e turbiditos siliciclásticos
• Fm Abrolhos: início do magmatismo
Sequência Drifte - Regressiva

Figura 10: Sequência drifte - sedimentos regressivos

• Fm Rio Doce: siliciclásticos plataformais


• Fm Caravelas: Carbonatos
Carta Cronoestratigráfica:
Bacia de Cumuruxatiba

Figura 11: Carta cronoestratigráfica da Bacia de Cumuruxatiba. Fonte Petrobrás


Carta Cronoestratigráfica: Bacia do
Jequitinhonha

Figura 12: Carta cronoestratigráfica da Bacia do Jequitinhonha. Fonte: Petrobrás


Magmatismo: Complexo Vulcânico de
Abrolhos
• O Complexo Vulcânico de Abrolhos (CVA) corresponde
a uma extensa província magmática formada na
margem continental leste brasileira, no segmento
correspondente às bacias marginais do Espírito Santo,
Mucuri e Cumuruxatiba

• Magmatismo do Paleoceno/Eoceno

• Rochas básicas, de composição toleítica a alcalina,


com intercalações de rochas vulcanoclásticas e
sedimentares
Figura 13: Fácies do Complexo Vulcânico de Abrolhos segundo Sobreira e França (2005)
Magmatismo: Complexo Vulcânico de
Abrolhos
• Vulcanismo de hot spot - não se explica por atividades
de plumas

• Idade K-Ar entre 37 e 59Ma

• Banco Royal Charlotte: prolongamento da plataforma


continental que se ergue a mais de 2000 metros de
profundidade
Figura 14: Localização do Banco Vulcânico de Royal Charlotte. Retirado de:
http://www.bahiapescaesportiva.com.br/pesca-na-bahia/gerais.asp
Correlações
Cumuruxatiba Jequitinhonha

Tectônica rifte

Baixo Alta Falhas Bacia


ângulo rotação sintéticas sag
Correlações
Cumuruxatiba Jequitinhonha

Tectônica rifte
Vulcanismo pós
Tectônica rifte
rifte
Tectônica rifte
Intrusões
Royal vulcanicas
proximo do limite Cunhas SDR
Charlotte
crustal
Correlações
Cumuruxatiba Jequitinhonha

Tectônica sal - folhelho

Reduzida Faixas
(plataforma) extensionais e
Intensa (talude) compressionais
Figura 15: Seção
sísmica na Bacia de
Jequitinhonha (parte
marinha), mostrando
seqüências
estratigráficas sinrifte e
pós-rifte e estruturas
extensionais e
compressionais
características da
tectônica de sal
Correlações

Figura 16: Bacias marginais


brasileiras , Fonte: CPRM
Correlações

Bacias marginais brasileiras

Discordâncias
Magmatismo
sedimentares
contemporâneo
eocênicas

Evolução tectônica: riftes interiores no


Neocomiano , abertura do Oceano
Atlântico posterior desenvolvimento de
margem passiva
Correlações

Figura 17: Sedimentação de águas rasas e profundas nas bacias


sedimentares marginais do leste e sudoeste do Brasil, modificado de
Thomaz Filho, 2008
Correlações

Figura 18: Cartas estratigráficas das


bacias MesoCenozóicas de margem
distensiva - segmento central (Fonte:
Milani, 2007)
Recursos
Petróleo
Rocha geradora: folhelhos ricos em matéria orgânica
depositados em ambiente marinho carbonático anóxico

Figura 19: Carta estratigráfica de Cumuruxatiba, modificada de Milani 2007


Recursos
Petróleo

• Rocha reservatório: depósitos fluviais siliciclásticos do


Membro Mucuri (Formação Mariricu)

• Selo: rochas evaporíticas do Membro Itaúnas


Trapas: estruturais, alto do embasamento, reservatórios
selados por evaporitos

Figura 20: Diferentes tipos de trapas estruturais, modificado de


http://energyeducation.ca/encyclopedia/
Recursos
Petróleo

Figura 21: Seção geológica esquemática mostrando a rota de migração do óleo


Recursos
• Exploratórios: extensão e estratigráficos
• Explotatórios: produção
Recursos

Figura 22- Distribuição de poços e ocorrências de


hidrocarbonetos na Bacia de Jequitinhonha (Fonte: BDEP).
Recursos

Figura 23: extraída do site


“petronotícias” 2015

Informação extraída do site da Petrobrás


Recursos

Figura 24: Exploração e


produção de hidrocarbonetos
no Brasil,modificado de ANP
Recursos

Recursos Hídricos

Cumuruxatiba: Aquífero espessura 20 metros


Bibliografia
• Santos, C. F.; Gontijo, R. C.; Araújo, M. B. & Feijó, F. J. 1995. Bacias de Cumuruxatiba e Jequitinhonha. Boletim de
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