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Aplicação da Mecânica de Rochas

nas Escavações em Obras Civis


Andrina Acipreste Rodrigues Costa
Fabrícia Cristiany da Silva
Helder Assis
João Paulo Sousa
Johny Nunes Ferreira
Luiz Fernando
Nubia Paula Pereira
Rodrigo Barros Fonseca

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Introdução
Formados naturalmente por minérios ou matéria mineral, as rochas se apresentam
em grandes massas e pedaços. Sabe-se que tanto a rocha quanto o solo, possuem
um material bastante distinto dos outros materiais da engenharia, onde os projetos
acabam sendo de maior complexidade;

A mecânica de rochas procura prever o comportamento de maciços terrosos


quando sujeitos a solicitações provocadas, por exemplo, por obras de engenharia.
Todas as obras de engenharia civil, de uma forma ou de outra, apoiam-se sobre o
solo, e muitas delas, além disso, utilizam o próprio solo como elemento de
construção, como por exemplo as barragens e os aterros de estradas. Portanto, a
estabilidade e o comportamento funcional e estético da obra serão determinados,
em grande parte, pelo desempenho dos materiais usados nos maciços terrosos.

2
Introdução
• Durante as fases de estudo de viabilidade e projeto preliminar de uma obra,
quando são disponíveis poucas informações detalhadas sobre o maciço
rochoso, seu estado de tensões e características hidrológicas, o uso das
classificações geomecânicas pode ser considerado benéfico.

• As classificações podem ser vistas como um check-list para assegurar que


todas as informações relevantes vão ser consideradas. Por outro lado, as
classificações podem ser usadas para elaborar uma visão da composição e
características do maciço e prover estimativas iniciais do suporte de
escavações, além de prover estimativas de propriedades de resistência e
deformabilidade para o maciço rochoso.

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Obras com Estrutura de Contenção
• Estruturas de contenção ou de arrimo são obras civis construídas com a
finalidade de prover estabilidade contra a ruptura de maciços de terra ou
rocha;

• São estruturas que fornecem suporte a estes maciços e evitam o


escorregamento causado pelo seu peso próprio ou por carregamentos
externos;

4
Obras com Estrutura de Contenção
• A análise de uma estrutura de contenção consiste na análise do equilíbrio do
conjunto formado pelo maciço do solo e a própria estrutura. Devem levar
em conta as características dos materiais que influenciam o comportamento
global, além da geometria e das condições locais.

• Com relação ao maciço suas considerações são; o seu peso próprio,


resistência, deformabilidade e geometria, além das condições de drenagem
local e cargas externas aplicadas sobre o solo. Com relação à estrutura, deve
considerar sua geometria, material empregado e sistema construtivo
adotado.

5
Obras com Estrutura de Contenção
Muros de gravidade convencionais

• São estruturas que cuja estabilidade é função apenas do seu peso próprio:

 Concreto - É uma estrutura construída mediante o preenchimento de uma


forma com concreto de rocha de dimensões variadas;

 Alvenaria de pedras (secas ou argamassadas) - Os muros de alvenaria de


pedra são os mais antigos e numerosos. Este muro apresenta como
vantagens a simplicidade de construção e a dispensa de dispositivos de
drenagem, pois o material do muro é drenante;

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Obras com Estrutura de Contenção
 Gabiões - Os muros de gabiões são constituídos por gaiolas metálicas
preenchidas com pedras arrumadas manualmente e construídas com
fios de aço galvanizado em malha hexagonal com dupla torção;

 Crib-wall ou muros em jogueiras - São estruturas formadas por


elementos pré-moldados de concreto armado, madeira ou aço, que são
montados no local, cujo espaço interno é preenchido com material
granular graúdo;

 Sacos de solo/cimento - São constituídos por camadas formadas por


sacos de poliéster ou similares, preenchidos por uma mistura cimento-
solo

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Obras com Estrutura de Contenção
 Pneus - são construídos a partir do lançamento de camadas horizontais de
pneus, amarrados entre si com corda ou arame e preenchidos com solo
compactado;

 Muros de Flexão - São estruturas mais esbeltas com seção transversal em


forma de “L” que resistem aos empuxos por flexão, utilizando parte do peso
próprio do maciço, que se apóia sobre a base do “L”, para manter-se em
equilíbrio, em geral, são construídos em concreto armado, tornando-se anti-
econômicos para alturas acima de 5 a 7m.

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Obras com Estrutura de Contenção
Estabilização de blocos

• Esse tipo de proteção deve ser adotado em taludes de maciços rochosos,


passíveis de queda de blocos pequenos, que causem, em consequência, o
descalçamento e a instabilização de partes mais altas da encosta.
• As telas são fixadas no topo da crista e na parede de encosta, com grampos
de fixação distribuídos em intervalos regulares.

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Obras com Estrutura de Contenção
Atiramentos

• O atirantamento é dividido em quatro etapas: Perfuração, instalação dos


tirantes (monobarra ou cordoalha de aço), injeção da nata de cimento e
proteção dos tirantes.
• O processo de execução segue o sentido descendente, respeitando a retirada
do solo em etapas, a fim de não por em risco a estabilidade do solo.
• Existem dois tipos de atiramentos:
– tirantes isolados;
– cortinas atirantadas;

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Obras com Estrutura de Contenção
• Tirantes

11
Obras com Estrutura de Contenção
• Cortinas Atirantadas

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Obras com Estrutura de Contenção
Aterros

• Existem diversos tipos de reforços, os quais variam segundo a forma e a


matéria prima;

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Obras com Estrutura de Contenção
• Funções do Aterro

 Distribuição de tensões mais favorável para o solo mole;


 Aceleração do processo de adensamento, caso o reforço seja drenante;
 Execução de taludes mais íngremes;
 Aumento do fator de segurança;

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DISPOSIÇÃO DE REJEITOS .

Os rejeitos produzidos pelo processo de beneficiamento podem ser descartados de


duas formas:
1. Líquida (polpas): Sendo o seu transporte feito em tubulações através de
bombas ou por gravidade;
2. Sólida (pasta ou granel), com o transporte feito por camiões ou correias
transportadoras.

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BARRAGEM DE REJEITOS
• Segundo Marangon (2004):

“Barragem pode ser definida como sendo um elemento estrutural, construída


transversalmente à direção de escoamento de um curso d’água, destinada a
criação de um reservatório artificial de acumulação de água.”

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BARRAGEM DE REJEITOS

Figura 1 - Seção típica de barragem.


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MATERIAIS EMPREGADOS NA CONSTRUÇÃO

Os materiais necessários para a construção de uma barragem são vários e devem


estar localizados o mais próximo possível do local da barragem. Esses materiais são
os seguintes:

• Solos: Para os diques de terra;


• Rocha: Para do diques de enrocamento e proteção dos taludes;
• Agregado: Para concreto, que inclui areia, cascalho natural e pedra britada;
• Areia: Para filtros e concretos.

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PROJETOS DE BARRAGENS
Condicionantes geotécnicos:

Para a realização de um projeto é necessário o estudo dos condicionantes


geotécnicos
para avaliação de riscos existentes antes do inicio da obra e possíveis riscos.

Além de serem determinados os condicionantes que irão governar as


metodologias utilizadas e as alternativas de projeto.

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PROJETOS DE BARRAGENS
Condicionantes geotécnicos
Dados a serem coletados:

• Levantamento topográfico: Medidas e dimensionamento;


• Estudo das estruturas geológicas: Ocorrência de descontinuidades, planos de fraqueza e outras.
• Exploração do subsolo através de ensaios de campo e de laboratório: Sondagens, Ensaios de
Cisalhamento Direto, Ensaios de Cisalhamento Triaxial, Palheta (Vane Test.), Dilatômetro, Ensaios de
Cone e Piezocone;
• Água no terreno: Superficial e Subterrânea (medições de nível de água e poropressão (piezômetros),
permeabilidade do solo/rocha, regime de chuvas) ;
• Fatores Ambientais: Clima, Fatores antrópicos e Ecossistema.

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PROJETOS DE BARRAGENS
Condicionantes geotécnicos.
Métodos de Análise:

São estudos de estabilidade baseados em análises tensão x deformação,


realizados com o auxílio de programas computacionais, baseados no Método
dos Elementos Finitos (MEF) ou das diferenças finitas (MDF).

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PROJETOS DE BARRAGENS
Podem ser empregados três métodos para a construção de barragens de rejeito
alteadas com o próprio rejeito :

1. Método de alteamento à montante;


2. Método de alteamento à jusante;
3. Método da linha de centro;

A diferença entre estes métodos está na direção do alteamento em relação


ao dique inicial.

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PROJETOS DE BARRAGENS
Método de alteamento à MONTANTE;

Figura 2 – Barragem, elevada pelo método de alteamento à


montante.

23
PROJETOS DE BARRAGENS
Método de alteamento à JUSANTE

Figura 3 – Barragem, elevada pelo método de alteamento à


jusante.

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PROJETOS DE BARRAGENS
Método de LINHA AO CENTRO

Figura 4 – Barragem, elevada pelo método de linha ao centro.

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LANÇAMENTO DE REJEITOS NAS
BARRAGENS
Os rejeitos são lançados ao longo da crista do dique por ciclones ou por series de
pequenas tubulações, para que haja uma formação uniforme da praia.

Figura 5 –Descarga Perimetral. Figura 6 –Descarga Múltipla.

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MECANISMO DE SEDIMENTAÇÃO
A sedimentação das partículas dá-se em função do seu tamanho e densidade.

• Partículas mais finas e leves ficam em suspensão e transportam-se para o


centro da barragem;

• Partículas mais grossas e pesadas sedimentam-se rapidamente mais


próximo do dique.

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CARACTERÍSTICAS GEOTÉCNICAS DO
COMPORTAMENTO DO REJEITO
Para o caso da análise da estabilidade do talude de jusante de uma barragem, a
determinação da posição da linha freática torna-se um elemento crítico.
Este posicionamento está condicionado aos seguintes três fatores:

a) à localização do lago de decantação em relação à crista da


barragem;
b) o efeito da variação da permeabilidade no reservatório devido à
segregação hidráulica;
c) o efeito das condições de permeabilidade da fundação da barragem.

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SISTEMA DE DRANGEM

Figura 7 – Sistema de Drenagem/Alteamento.

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AUSCULTAÇÃO DE BARRAGENS DE
CONTENÇÃO DE REJEITOS.

Chama-se auscultação de uma barragem ao conjunto de processos que visam


a observação, detecção e caracterização de eventuais deteriorações que
constituem risco potencial às condições de sua segurança global. A auscultação
pode ser feita por:

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MÉTODOS DE AUSCULTAÇÃO DE
BARRAGENS :
Inspeções Visuais:
É o processo da auscultação
qualitativa, através de vistorias
periódicas de campo;

Figura 8 – Trinca em barragem.


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MÉTODOS DE AUSCULTAÇÃO DE
BARRAGENS :
Instrumentação:
É o processo de aquisição, registro
e processamento sistemático dos
dados obtidos a partir dos
instrumentos de medida instalados
no aterro / fundações da barragem.

Figura 9 – Piezômetro.

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PLANO DE MONITORAMENTO
No contexto geral das barragens, o processo de auscultação deve incorporar
um plano de monitoramento que compreenda toda a vida útil da estrutura e os
seguintes procedimentos:

1. Projeto de instrumentação em seções representativas da barragem;


2. Fixação dos valores de alerta e de controle para todos os instrumentos
instalados;

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PLANO DE MONITORAMENTO

3. Plano de operação da instrumentação, abrangendo freqüências das leituras


nas diversas fases da obra e durante possíveis eventos excepcionais;

4. Planos de observações visuais e inspeções in situ;

5. Plano de análise e interpretação do comportamento da obra com bases nos


resultados obtidos a partir da instrumentação e das inspeções visuais.

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FASES DO PROJETO
• (i) Inspeções visuais periódicas e especiais da barragem, extravasor, estruturas
auxiliares e partes emersas do reservatório.

• (ii) Monitoramento ambiental das águas efluentes da barragem e/ou das águas
subterrâneas: Análises físico-químicas, Compreendendo medidas de turbidez,
pH, Natureza e Teores das substâncias químicas dissolvidas, Presença de
substâncias tóxicas e/ou radioativas, etc).

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(iii) Instrumentação geotécnica da barragem (maciço e fundações), compreendendo
comumente a instalação dos seguintes instrumentos:

36 Figura 10 – Instrumentação de Barragem.


INSTRUMENTAÇÃO GEOTÉCNICA

• Medidores de Vazão:
Medidas de vazões constituem um dos parâmetros de correlação direta com a
análise do desempenho de uma barragem.
Com efeito, as características de locação, quantidade e qualidade da água de
percolação ao longo da barragem ou da sua fundação e, particularmente,
variações bruscas.

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INSTRUMENTAÇÃO GEOTÉCNICA
O procedimento
típico para a medida
de vazões é
promover a
concentração do
fluxo em caixas ou
galerias de concreto.
Figura 11 – Medidor de Vazão.

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INSTRUMENTAÇÃO GEOTÉCNICA
• Medidores Deslocamento Superficial:
São instrumentos destinados à determinação dos
deslocamentos verticais (e também horizontais) dos maciços
da barragem. Tipicamente, os marcos de superfície são
construídos com vergalhões de aço de 1,1 m de comprimento.

A estrutura chumbada nas regiões da crista, bermas e talude


de jusante.

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• Medidores Deslocamento Superficial -
Procedimento:

Os deslocamentos são medidos


de forma bastante
simples, através de
levantamentos topográficos
periódicos, em relação a marcos
fixos.

Figura 12 – Medidor de Deslocamento.


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INSTRUMENTAÇÃO GEOTÉCNICA

• Medidores do Nível D’água:


A determinação da posição exata da linha freática
no interior do maciço compactado de uma
barragem constitui subsídio de grande relevância
nas análises de sua estabilidade ou na interpretação
dos resultados de sua piezometria.

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• Medidores do Nível D’água: - Procedimento:

Na prática de barragens, o
medidor é constituído por um
tubo de PVC perfurado que é
instalado no furo de sondagem,
envolvido por material filtrante
(geotêxtil) e drenante (areia).
Figura 13 – Medidor de Deslocamento.

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INSTRUMENTAÇÃO GEOTÉCNICA
• Piezômetro:
A avaliação das condições de segurança de
barragens de contenção de rejeitos depende,
em larga escala, da magnitude e da evolução das
poropressões que se desenvolvem nos maciços,
fundações e ao longo do depósito de rejeitos
acumulados.
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• Piezômetro – Modelos :

Figura 16-
Figura 14- Pneumático.
Tubo Aberto. Figura 15-
Hidráulico.
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INSTRUMENTAÇÃO GEOTÉCNICA
• Réguas Linimétricas:
São réguas graduadas
inseridas em pontos
estratégicos e de fácil acesso
do reservatório para permitir
a leitura direta do nível da
água e/ou dos rejeitos
acumulados.
Figura 17 – Régua Linimétrica.

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AUSCULTAÇÃO DE BARRAGENS

Vídeo 01 – Projeto de Drenagem / Segurança de Barragens.

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AUSCULTAÇÃO DE BARRAGENS

Reportagem 01 – Projeto de Lei contra o método de barragem a Montante.

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Conclusão
O crescente desenvolvimento das obras de engenharia civil e a necessidade de
utilização de terrenos progressivamente de pior qualidade têm levado ao
reconhecimento, cada vez mais generalizado, da importância e consequente
indispensabilidade da adequada caracterização geológica e geotécnica dos
terrenos

Tal tem-se mostrado particularmente evidente em obras cuja implantação


interfere significativamente com a estabilidade de obras, nomeadamente obras
subterrâneas, barragens, pontes, estradas e vias férreas.

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Conclusão

Simultaneamente, o desenvolvimento dos conceitos de planejamento e de


proteção do ambiente, tem conduzido a uma participação cada vez maior de
estudos geológicos e geotécnicos das respectivas regiões na definição das
aptidões dos terrenos para as diversas ocupações possíveis ou desejáveis.

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OBRIGADO!!

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