ROCOCÓ

 Arte requinta, aristocrática e

convencional;
 Preocupou-se em expressar apenas
sentimentos agradáveis e que procurou
dominar a técnica de uma execução
perfeita.
 Teve início na França , no séc. XVIII.
 O termo “rococó” originou-se da palavra
francesa rocaille (concha).
 Muitas vezes podemos perceber as linhas
de uma concha associadas aos elementos
decorativos desse estilo.
 Em nosso país, foi introduzido pelo
colonizador português e sua manifestação
se deu principalmente no mobiliário,
conhecido por “estilo Dom João V”.
 As cores fortes da pintura barroca foram
substituídas por cores suaves e de tom
pastel, como o verde claro e o cor-de-rosa
no rococó.

A ceia em Emaús, Caraggio A música do amor, Watteau

 O rococó deixa de lado os excessos de
linhas retorcidas que expressam as
emoções humanas e busca formas mais
leve e delicadas.
 Para entender melhor os valores que essa tendência
artística passa a refletir, é preciso voltar ao séc. XVII e
verificar que durante o reinado de Luís XIV, ou seja, entre
1643 e 1715, a França viveu sob um governo centralizador
e autoritário, que deu às artes uma feição clássica.

Rei Sol

Uma arte para o

prazer da aristocracia
 Quando Luís XIV morreu, em 1715, a corte
mudou-se de Versalhes para Paris e aí entrou em
contato com os ricos e bem-sucedidos homens
de negócios, financistas e banqueiros que, por
nascimento, não pertenciam à aristocracia.
 Mas, graças à riqueza que possuíam, tinham
condições de proteger os artistas, atitude que
lhes dava prestígio pessoal para serem aceitos
na sociedade aristocrata.

Versalhes, Paris
 Tornaram-se, por isso, os clientes preferidos dos
artistas, que passaram a produzir quadros pequenos e
as estatuetas de porcelana para uso doméstico, muito
ao gosto da sociedade na época.
  A arte do Rococó refletia,
portanto, os valores de
uma sociedade fútil que
buscava nas obras de
arte algo que lhe desse
prazer e a levasse a
esquecer seus problemas
reais.

 Cenas graciosas que

refletiam uma
sensualidade sutil.

O Balanço (1768), de Fragonard

(1732-1806)
Dimensão: 82 cm x 65 cm
Arquitetura
 O estilo rococó
manifestou-se
principalmente na
decoração dos
espaços interiores,
que se revestiram de
abundante e
delicada
ornamentação.
 Espaços internos
 Nas salas e salões tem a forma oval e as paredes são cobertas com
pinturas de cores claras e suaves, espelhos e ornamentos com
motivos florais com estuque.

Salão da Princesa do Hotel de Soubise (1736-1739), Paris.

Construído por Germain Boffrand e decorado por Nicolas Pineau, entre 1736 e 1739
Espaço externo
 Em oposição a
esse interior rico
com elementos
decorativos, a
fachada dos
edifícios reflete
um barroco sem
exageros ou o
estilo clássico dos
Petit Trianon (1762-1768). renascentistas
Construído por Jacques-Ange italianos.
Gabriel, em Versalhes, entre 1762 e
1768.
Jardins
Igreja de Vierzehnheiligen, Würzburg
 A decoração em estuque rovoca no observador uma ilusão
quanto aos limites reais das paredes.
Pintura
 Na pintura, são nítidas as diferanças entre o Barroco e o Rococó.
 Enquanto o Barroco desenvolvia temas religiosos em que as
atitudes dos personagens eram repletas de conotações
dramáticas e heróicas, o Rococó desenvolvia temas mundanos,
ambientes em parques e jardins ou em interiores luxuosos.

BARROCO ROCOCÓ
Pintura
 Desaparecem os contrastes radicais de claro-escuro e
passam a predominar as tonalidades claras e luminosas.
 A técnica do pastel permite a produção de certos efeitos
de delicadeza e leveza dos tecidos, maciez da pele
feminina, sedosidade dos cabelos, luzes e brilhos.
Antoine Watteau (1684-1721)
 Essa pintura um
grupo de pessoas
dirgindo-se para um
lugar onde o
romance sempre
recomeça, pois
Citera é uma ilha do
Mediterrâneo, centro
de um antigo culto
pagão a Vênus,
deusa do amor.

Embarque para Citera (1712-1717)

Dimensões: 129 cm x 194 cm.
Jean-Baptiste Siméon Chardin (1699-1779)
 Tinha uma situação
econômica melhor do que a
de Watteau.
 Esse fato permitiu-lhe uma
criação mais livre e
independente dos favores da
corte e das expectativas
artísticas da aristocracia. Por
isso, seus quadros, em vez de
apresentarem o mundo
fantasioso e frívolo dos
cortesãos, retratam cenas da
vida cotidiana e burguesa da
França.

De Volta do Mercado (1739)

Dimensão: 46,5 cm x 37 cm