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Fase 4:
Ação da bomba Na+-K+
Corrente de saída de cargas positivas,
restabelecendo os níveis de PR da
membrana
ELETROFISIOLOGIA DA FIBRA
CARDÍACA
ELETROFISIOLOGIA DA FIBRA
CARDÍACA
Período refratário:
Para novo PA: reativação dos canais iônicos
A polarização da membrana determina a
fração de canais disponíveis para
despolarização
• Período refratário absoluto
• Período refratário relativo
• Período supernormal
ELETROFISIOLOGIA DA FIBRA
CARDÍACA
SISTEMA DE CONDUÇÃO
CARDÍACO
PR nó sinusal = -60mV (despolarização lenta)
Marca-passos atriais subsidiários
Despolarização do tecido atrial: PR –90mV
(PA espalha-se rapidamente)
Via de condução preferencial para átrio E
(feixe de Bachman)
PA segue rumo ao ventrículo, sofrendo
retardo no nó AV (melhor enchimento
ventricular)
SISTEMA DE CONDUÇÃO
CARDÍACO
Despolarização diastólica
SISTEMA DE CONDUÇÃO
CARDÍACO
Nó AV: mecanismo de controle da freqüência dos
estímulos que podem atingir os ventrículos e é a única
continuidade elétrica entre átrios e ventrículos
(SWPW)
A condução atinge todos os miócitos ventriculares
rapidamente (Feixe de Hiss e Fibras de Purkinje)
A despolarização ocorre do endocárdio para o
epicárdio, ocorrendo a repolarização em sentido
inverso
ARRITMIAS CARDÍACAS
• Formação do impulso
• Condução do impulso
• ambas
ARRITMIAS CARDÍACAS
• Anestésicos inalatórios:
Aumento significativo da refratariedade
das vias acessórias de condução (SWPW)
Fibras de Purkinje: aumento da
velocidade de despolarização diastólica
• + mecanismos reflexos vagais
• + adrenalina
»Ritmos ventriculares
AGENTES ANESTÉSICOS E
ELETROFISIOLOGIA CARDÍACA
• Anestésicos inalatórios:
Em fibras deprimidas (isquêmicas):
facilitam mecanismo de reentrada
Opõem-se à automaticidade anormal e à
atividade rítmica desencadeada por pós-
despolarização deflagrada
• Halotano: efeito protetor nas
intoxicações digitálicas
AGENTES ANESTÉSICOS E
ELETROFISIOLOGIA CARDÍACA
• Anestésicos inalatórios:
Comum ritmo juncional (responde à
diminuição da concentração da droga)
Aminofilina e cocaíca + halotano:
associações perigosas
• Não há evidências de que os AI causem
bloqueio AV de 2o e 3o graus, na ausência de
patologias do sistema de condução ou de
drogas que prolonguem a condução AV.
AGENTES ANESTÉSICOS E
ELETROFISIOLOGIA CARDÍACA
• Anestésicos inalatórios:
N2O
• Surgimento de ritmo juncional
quando agente foi adicionado à
anestesia com altas doses de opióides
AGENTES ANESTÉSICOS E
ELETROFISIOLOGIA CARDÍACA
• Opióides:
Diminuição da freqüência cardíaca por
estimulação vagal ou supressão da atividade
simpática
• Exceção: meperidina (efeitos anti-colinérgicos)
Diminuição da freqüência de disparo do nó
sinusal e prolongamento da condução do nó AV
Aumento do limiar para FV
AGENTES ANESTÉSICOS E
ELETROFISIOLOGIA CARDÍACA
• Hipnóticos:
– Tiopental
Prolonga PA e diminui Vmáx de
despolarização: diminui correntes lentas
de Ca++ e altera permeabilidade de K+
Pós-despolarização tardia: potencializa
arritmias produzidas pela interação de
adrenalina e anestésicos voláteis
AGENTES ANESTÉSICOS E
ELETROFISIOLOGIA CARDÍACA
• Hipnóticos:
– Droperidol:
Interfere nos canais de Na+ (fase 0): prolonga
PA e diminui velocidade de condução
Associado ao fentanil: aumenta refratariedade
na via acessória de pacientes com SWPW
AGENTES ANESTÉSICOS E
ELETROFISIOLOGIA CARDÍACA
• Hipnóticos:
– Cetamina:
Taquicardia: ativação simpática
Aumenta incidência de arritmias quando
estão associados AI e adrenalina
– Propofol:
Bradicardia sinusal, bloqueio AV, assistolia
Efeitos indiretos de estimulação vagal +
diminuição da atividade simpática +
depressão direta na condução AV
AGENTES ANESTÉSICOS E
ELETROFISIOLOGIA CARDÍACA
• Anestésicos locais:
– Doses tóxicas de bupivacaína: TV
sustentada e dissociação eletro-mecânica
Bloqueio de 90% da condução nas
fibras de Purkinje
Prolongamento do segmento Q-T
Predisposição à reentrada
AGENTES ANESTÉSICOS E
ELETROFISIOLOGIA CARDÍACA
• Bloqueadores neuro-musculares:
– Succinilcolina:
Arritmia Fatores associados
Ansiedade
Distúrbios ácido-base
Dor
Doença cardíaca pré-existente
Inserção central de cateteres
Tipo e local da cirurgia
ALTERAÇÕES DO RITMO E
CONDUÇÃO CARDÍACOS
Taquicardia
Bradicardia sinusal
ESA e ESV
Disritmias supraventriculares
TERAPIA DAS ARRITMIAS
SUPRAVENTRICULARES
• Classe I
Procainamida (Ia): reverte fibrilação atrial aguda,
suprime ESA e o aparecimento de flutter/fibrilação
atrial; 100 mg ev cada 5 min até controlar a
disritmia com dose máxima de 15 mg/kg, seguida
de infusão contínua de 2 a 6 mg/min.
• Classe II
Esmolol: reverte ou controla a freqüência
ventricular no flutter/fibrilação atrial - 0,5 a 1
mg/kg de dose de ataque seguida de infusão de 50 a
300 g/kg/min.
TERAPIA DAS ARRITMIAS
SUPRAVENTRICULARES
• Classe III
Amiodarona: eficaz no tratamento de ESA, reverte e
controla a freqüência da resposta ventricular no
flutter/fibrilação atrial e previne recorrência de
taquicardias paroxísticas supraventriculares
envolvendo via acessória; dose de 5 a 10 mg/kg.
TERAPIA DAS ARRITMIAS
SUPRAVENTRICULARES
• Classe IV
Verapamil: diminui a resposta ventricular na FA,
reverte taquicardia paroxística no nódulo AV por
reentrada; 75-150 g/kg EV.
• Outras drogas
Adenosina: reverte taquicardia paroxística por via
acessória ou reentrada no nódulo AV. É útil no
diagnóstico de flutter/fibrilação atrial e TPSV.
Adulto- 3 a 6 mg, repetir o dobro da dose se
necessário.
Crianças- 100/kg
TERAPIA DAS ARRITMIAS VENTRICULARES
• Classe I
Procainamida (IA): 100 mg EV cada 5 minutos até
obter controle da disritmia numa dose máxima de
15 mg/kg seguida de infusão contínua de 2 a 6
mg/min.
• Classe II
Propranolol: 0,5 a 1 mg lentamente até uma dose total
de 0,1mg/kg. Repetir se necessário
• Outras drogas
Sulfato de magnésio: indicada no tratamento de disritmias
refratárias a lidocaína e procainamida e no torsade de
pointes. Dose de 2 g EV em 2-3 min., seguida de infusão
contínua de 1 g/h em 6-8 horas.
TERAPIA DAS ARRITMIAS VENTRICULARES
DROGA EFEITO COLATERAL
Quinidina Hepatoxicidade; prolong. intervalo Q-T
Procainamida Inotropismo negativo
Disopiramida Inotropismo negativo
Lidocaína Convulsões
Beta-bloqueadores Inotropismo negativo, hipotensão arterial,
broncoespasmo
Bretílio Hipotensão
Amiodarona Inotropismo negativo, fibrose pulmonar
Verapamil Hipotensão
Diltiazem Inotropismo negativo, depressão sistema
condução
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES
• Análise do ECG:
1a pergunta: complexo QRS tem
aparência normal ?
Identificação imediata da maioria das
arritmias de risco imediato
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES
• Fibrilação ventricular
Ritmo irregular com QRS anormal
Não há débito cardíaco
Múltiplas áreas ventriculares com variações marcantes na
despolarização e repolarização
Tratamento:
• Desfibrilação: 200 – 200 a 300 – 360J
• Padrão droga-choque, droga-choque (adrenalina + lidocaína
intermitentemente)
• Vasopressina/Amiodarona
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES
• Assistolia
Ausência de atividade elétrica ventricular
FV pode simular assistolia: checar duas
derivações perpendiculares
Tratamento:
• Epinefrina e atropina com empenho na procura de
causas reversíveis (hipóxia, hipotermia, hiper e
hipocalemia, acidose pré-existente, intoxicação por
drogas)
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES
• Taquicardia ventricular
Pós-IAM
QRS anormal
Freqüência ventricular > 100 bpm
Ritmo regular
Segmento ST e onda T com polaridade oposta ao QRS
Tratamento:
• Sem pulso = FV
• Com pulso: estável – lidocaína, procainamida, amiodarona
instável - >150 bpm: cardioversão sincronizada (200 –
200 a 300 – 360J)
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES
• Extra-sístoles ventriculares:
QRS aparentemente anormal e ritmo irregular
Despolarização ventricular antes do próximo batimento
sinusal: foco automático ou reentrada
QRS alargado: despolarização seqüencial
Repolarização alterada: ST e T opostos ao QRS
Podem ser unifocais ou multifocais
> 3 ESV seguidas = TV (se > 30s = TV sustentada)
Bigeminismo: 1 batimento normal + 1 ESV
Tratamento:
• Indivíduos normais: sem tratamento requerido (excluir
hipóxia, hipercarbia, acidose e distúrbios eletrolíticos)
• Indivíduos com cardiopatia estrutural, doença coronariana,
IAM prévio e disfunção ventricular: lidocaína
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES
• Atividade elétrica sem pulso:
QRS pode ser normal
Qualquer ritmo ou atividade elétrica que não
produza pulso
Tratamento:
• Procura de causas reversíveis: hipovolemia,
hipóxia, hipotermia, hipercalemia, pneumotórax
hipertensivo, tamponamento cardíaco, embolia
pulmonar, acidose, intoxicação e IAM)
• Epinefrina e atropina se FC < 60 bpm:
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES
• Análise do ECG:
• Tratamento:
• Objetivo inicial: controle de FC
• FC > 150 e instável: cardioversão elétrica
sincronizada ( 200 – 200 a 300 – 360J)
• Estável: beta-bloqueadores, bloqueador de
canais de Ca++, procainamida, amiodarona e
anticoagulantes
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES
• Flutter atrial:
Freqüência atrial: 220 a 350 bpm
Ritmo atrial regular e ventricular variável
Ondas p: dentes de serra (difícil identificação com condução
abaixo de 2:1)
Adenosina para diagnóstico
QRS regular geralmente
Cicuito de reentrada nos átrios
Associado: doença mitral ou tricúspide, cor pulmonale,
doença coronariana
Tratamento:
• Instável: cardioversão elétrica sincronizada (50J)
• Estável = FA
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES
• Análise do ECG:
• Bloqueio AV de 1ograu:
QRS normal, ritmo regular
1 onda p para cada QRS
Intervalo PR constante (> 0,20 segundos)
Tratamento:
• Desnecessário enquanto assintomático
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES
• Bloqueio AV de 2o grau:
Tipo I: Wenckeback (nó AV – tônus parassimpático
ou drogas)
QRS normal
Freqüência atrial não é afetada
ventricular menor
Ritmo atrial regular
ventricular irregular
Ondas p normais com ondas p bloqueadas
Interv. PR: aumento progressivo, até bloqueio onda p
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES
• Tipo II: abaixo do nó AV, por lesão orgânica de
condução
Pior prognóstico
QRS normal ou alterado (bloq. de ramo)
Freqüência atrial não é afetada
ventricular menor
Ritmo atrial regular
ventricular irregular
Ondas p normais com ondas p bloqueadas
Interv. PR: normal ou prolongado, mas constante
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES
• Bloqueio AV 3o grau:
QRS normal se bloq. AV ou Hiss
alargado se bloq. de ramos
Ondas p normais
Freqüência atrial normal / ventricular baixa
Ritmo regular
Interv. PR: independência entre átrio e ventrículo
Tratamento:
• instabilidade: atropina, MPTC, dopamina e epinefrina
• se 2o grau tipo II ou 3o grau: preparar para MP transvenoso
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES
• Taquicardia sinusal:
FC > 100 bpm no adulto
Alteração + freqüente no intra-operatório:
• Dor, anestesia inadequada, hipovolemia, hipóxia,
hipercarbia, febre, efeito de drogas e ICC
Pode levar à descompensação: aumento do trabalho cardíaco e
comprometimento da perfusão coronariana
Tratamento:
• Tratar causa básica
• Beta-bloqueadores: cardiopatas isquêmicos com alteração de ST
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES
• Bradicardia sinusal:
FC < 60 bpm
11% das arritmias
Secundária:
• Ação de drogas, reflexo vagal, bloqueio
simpático alto, hipóxia, isquemia miocárdica,
doença do nó sinusal
Tratamento:
• FC < 40 bpm ou instabilidade: atropina, MPTC,
dopamina e epinefrina
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES
• Taquicardia paroxística supra-ventricular:
2,5%
Freqüência atrial: 140 a 220 bpm
Ritmos atrial e ventricular normais
Ondas p de difícil identificação (sobreposta à onda p);
geralmente invertida – despolarização retrógrada
Intervalo PR normal
QRS normal (se bloq. de ramo: alargado)
ARRITMIAS MAIS FREQÜENTES