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AÇÃO DIRETA

DE
INCONSTITUCIONALIDADE
Prof. Me. Denisson Gonçalves Chaves
Fundamento Legal da ADI e ADC

■ Lei 9.868/99
O objeto da ADI é algum preceito contido em lei ou ato normativo.
Em regra, é o controle sobre as normas.
Incluem-se em atos normativos:
leis complementares; leis ordinárias; decretos legislativos; decretos
autônomos; constituições estaduais; regimentos internos dos
tribunais; atos normativos de pessoa jurídica de direito público;
resoluções do CNJ
E o que não pode ser objeto de ADI?
■ Assim, não são objeto de controle de constitucionalidade por ADI
os comportamentos públicos e os atos privados. Também NÃO é
objeto de controle as SÚMULAS NÃO VINCULANTES.
■ Outro detalhe, não se usa ADI para controlar ato normativo
Municipal.
■ Atos ou Negócios Jurídicos Privados;
■ Ato normativo já revogado;
■ Lei anterior à Constituição vigente;
■ Sentenças Normativas e Convenções Coletivas
Pode propor ADI contra Tratados
Internacionais?
A doutrina entende que é possível controle de
constitucionalidade de tratado internacional (ADI 1.480/DF).
Porém, é preciso explicar por que?
Senhores, os tratados internacionais são aprovados no Brasil
ou por meio de decreto legislativo (que referenda o tratado) ou
por decreto presidencial (que promulga o tratado). Logo,
ambos os tipos de decretos são normativos, portanto, podem
ser objeto de ADI. Logo, os tratados, por reflexão, também
serão passíveis de ADI.
É possível propor ADI contra SÚMULA
VINCULANTE?

NÃO (doutrina majoritária).


Deveras, nenhuma ação judicial é cabível para
alterar ou cancelar uma Súmula Vinculante (ADPF
147/DF). Lembrando que as súmulas vinculantes
tem seu procedimento próprio para cancelamento no
ART. 103-A, §2º, CF.
É possível ADI preventivo, ou seja, ADI
contra Projeto de Lei ou Projeto de Emenda
à Constituição?

NÃO. A ADI é controle REPRESSIVO, ou seja, é possível


depois de publicado o ato normativo. Portanto, não
cabe aos projetos de lei ou Proposta de Emenda à
Constituição.
Um detalhe: cabe lembrar que no caso de PEC pode-se
impetrar um MANDADO DE SEGURANÇA ESPECIAL, de
legitimidade de parlamentar.
COMPETÊNCIA

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal,


precipuamente, a guarda da Constituição,
cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei
ou ato normativo federal ou estadual e a ação
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato
normativo federal;
LEGITIMIDADE

■ Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de


constitucionalidade:
■ I - o Presidente da República;
■ II - a Mesa do Senado Federal;
■ III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
■ IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
■ V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; VI - o Procurador-Geral da República;
■ VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
■ VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
■ IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
LEGITIMADOS ESPECIAIS

■ Assembleia da Câmara do Distrito Federal;


■ Governador;
■ Confederação;
■ Entidade de classe
Os Legitimados especiais alcançam sua legitimidade pela
pertinência temática, conforme a jurisprudência da
Constituição
OBS: Partido político e confederação sindical ou entidade de
classe PRECISAM DE ADVOGADO para propor ADI
CUIDADO!
■ Não cabe ADI ou ADC ajuizada pela Mesa do Congresso Nacional (a qual
surge em situações excepcionais). Só cabe pela Mesa da Câmara ou do
Senado.
■ Partido político com representação no Congresso (presença de 1
deputado ou 1 senador) tem sua legitimidade averiguada no momento de
ajuizamento da ação, mesmo que ocorra a perda da representação no
Congresso posteriormente, a ação não será arquivada. Entendimento do
STF a partir de 2004.
■ Confederação sindical é caracterizada pela existência de 3 federações
em, pelo menos, 3 Estados (analogia ao art. 535, CLT); e Entidade de
classe de âmbito nacional deve representar uma classe ou categoria
profissional com sua entidade presente em, pelo menos, 9 Estados para
ter status nacional (analogia à lei 9.096/95).
PETIÇÃO
■ indicará o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado
e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada
uma das impugnações. A petição deve ser acompanhada de
procuração específica para o advogado ajuizar a ação.
Art. 3, da Lei nº 9.868/99. A petição indicará:
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado
e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a
cada uma das impugnações;
II - o pedido, com suas especificações.
E se o relator indeferir a petição inicial?

Art. 4º. A petição inicial inepta, não fundamentada e a


manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas
pelo relator.
Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição
inicial.

E cabível desistência de ADI ?


Art. 5o Proposta a ação direta, não se admitirá desistência.
RELATOR

■ Pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a


lei ou o ato normativo impugnado, que deverão ser prestadas no prazo
de 30 dias.
■ Decorrido o prazo, serão ouvidos, sucessivamente, o advogado-
geral da União e o procurador-geral da República, que deverão
manifestar-se no prazo de 15 dias.
■ Vencidos os prazos, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os
ministros, e pedirá dia para julgamento.
RITO ABREVIADO

■ O ministro-relator, em caso de relevância da matéria,


poderá adotar procedimento mais célere para o julgamento
da ação, para tanto, o prazo para informações é reduzido
de 30 para 10 dias e a AGU e A PGR terão apenas 5 dias
para opinarem sobre o tema. Por fim, o Plenário julgará
diretamente a constitucionalidade ou não da norma
questionada, desconsiderando a análise do pedido de
liminar (artigo 12 da Lei 9.868/99).
DECISÃO
■ A análise de uma ação constitucional (ADI, ADC e ADPF) só
pode ser iniciada, no Plenário do STF, se presentes à
sessão pelo menos oito ministros. Entretanto, bastam 6
votos para que seja declarada a inconstitucionalidade de
uma norma.
■ A decisão tem natureza declaratória e, em regra, efeito ex
tunc e erga omnes, e deve ser observada pelos poderes
Judiciário e Executivo (efeito vinculante). Para que tenha
efeito ex nunc, será necessária a decisão de 8 ministros.
CUIDADO!

■ O legislador não está vinculado às decisões do STF.


Poderá produzir lei de conteúdo idêntico ao de outra
lei declarada inconstitucional. No entanto, será uma
lei que o Executivo não poderá executar e o
Judiciário não poderá aplicar, pois ambos vinculam-
se às decisões do STF.
EFICÁCIA DAS DECISÕES

■ A decisão que considera uma norma como inconstitucional


é retroativa, ou seja, inválida a lei desde a sua criação.
Entretanto o STF pode decidir que sua decisão passe a
valer a partir de outro momento, seja da decisão em diante,
ou ainda, a partir de uma data ou prazo futuro. É o que se
MODULAÇÃO DE EFEITOS. Esta não é somente temporal,
pode também restringir a parcela de atingidos pela decisão.
CASO CONCRETO DE ADI – XVII OAB
O Partido Político "Z", que possui apenas três representantes na Câmara dos
Deputados, por entender presente a violação de regras da CRFB, o procura para
que, na qualidade de advogado especialista em Direito Constitucional, se posicione
sobre a possibilidade de ser obtida alguma medida judicial em face da Lei Estadual
"Y", de janeiro de 2015, que contém 3 (três) artigos.
De acordo com a exposição de motivos do projeto que culminou na Lei Estadual “Y”,
o seu objetivo é criar, no âmbito estadual, ambiente propício às discussões políticas
de âmbito nacional, e, para alcançar esse objetivo, estabelece, em sua parte
dispositiva, novas regras eleitorais, sendo estabelecidas, em seu artigo 1º, regras
temporais sobre a criação de partidos políticos; em seu artigo 2º fica retirada a
autorização para que partidos políticos com menos de cinco Deputados Federais
possam ter acesso gratuito ao rádio e à televisão na circunscrição do Estado; e, por
fim, em seu artigo 3º fica estabelecida a vigência imediata da referida legislação.
ELABORE UMA ADI ESTE CASO!

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