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Análise das demonstrações financeiras

A análise das demonstrações financeiras consiste em verificar a situação econômica-


financeira da empresa a partir das informações disponibilizadas pela contabilidade.

Tal análise se faz de acordo com o interesse do usuário da informação contábil e


financeira. Do ponto de vista da empresa, os usuários dividem-se em dois grupos:

Os usuários internos são os responsáveis pela gestão da empresa, ou seja são os


executivos intimamente relacionados com o processo decisório da organização.

Os usuários externos são os prestadores de serviços, os bancos, os clientes, os


concorrentes, etc.

Basicamente, trata-se de instruir o processo decisório com informações sobre a


saúde financeira, a estrutura de captação de recursos, a rentabilidade e o
desempenho operacional da empresa.
Principais interessados na análise

Sócios/acionistas: extraem da análise das demonstrações financeiras os dados


necessários para acompanhar o poder de solvência e a lucratividade da empresa,
além de comparar o desempenho global com o de exercícios anteriores.

Fornecedores: pelo fato de negociarem o fornecimento de mercadorias e serviços,


precisam tomar conhecimento da estrutura patrimonial de seus clientes, a fim de
viabilizar seus créditos com maior segurança, fundamentalmente por meio da análise
de liquidez.

Instituições financeiras: necessitam conhecer a estrutura patrimonial da empresa,


para obter maior segurança nas operações de financiamento, além de desconto de
duplicatas e outras operações financeiras.

Clientes: necessitam conhecer a situação econômica-financeira de seus fornecedores


para garantir o fornecimento dos bens e serviços adquiridos, bem como os prazos a
serem cumpridos.
Demonstrações e relatórios da análise

Balanço patrimonial (BP);

Demonstração do resultado do exercício (DRE);

Demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL);

Demonstração das origens e aplicações dos recursos (DOAR);

Notas explicativas: complementam as demonstrações contábeis;

Relatório da administração: informa sobre diversos aspectos da empresa;

Parecer dos auditores independentes: atesta a fidedignidade das informações.


Principais restrições

Análise baseada em demonstrações contábeis não auditadas;

Não observância aos principais fundamentos da contabilidade;

Demonstrações contábeis com omissões relevantes de informações;

Números não confiáveis em função da precariedade dos controles internos;

Reconhecimento inadequado das operações;

Interesse político;

Interesses fraudulentos.
Reclassificação das contas

Duplicatas descontadas: transferir do ativo circulante para o passivo circulante, visto


que representam uma obrigação na modalidade de empréstimo, servindo as
duplicatas de garantia. A reclassificação permite analisar melhor as fontes de
recursos utilizadas pela empresa.

Empréstimos a interligadas: quando aparecerem no ativo circulante, devem ser


reclassificados no realizável a longo prazo. Esses valores até podem retornar à
empresa no curto prazo. Mas, como os devedores exercem influência decisiva sobre
a credora, normalmente esses empréstimos não têm data para ser liquidados.

Empréstimos de diretores e/ou interligadas: quando figurarem no passivo exigível a


longo prazo, deverão ser reclassificados no passivo circulante. Esse caso é o oposto
do anterior. Os recursos que a empresa capta de diretores ou empresas coligadas, a
título de empréstimo, podem ser exigidos a qualquer momento.
Análise vertical

A análise vertical mostra a participação percentual de cada item das demonstrações


financeiras em relação ao somatório de seu grupo. Essa análise permite avaliar a
composição de itens e sua evolução no tempo.

Este tipo de análise propicia a comparação das percentagens dos itens das diversas
demonstrações em relação a outras empresas, basicamente as concorrentes que
atuam no mesmo ramo de atividade.

A análise vertical é de grande importância, principalmente quando aplicada à


demonstração de resultado do exercício, porque possibilita detectar a composição
percentual das receitas e despesas, evidenciando aquelas que mais influenciaram na
formação do lucro ou prejuízo.
Modelo de análise vertical
BALANÇO PATRIMONIAL
Ano I Análise Ano II Análise Ano III Análise
R$ Vertical R$ Vertical R$ Vertical
ATIVO 478.320 100,0% 927.506 100,0% 1.151.080 100,0%
Circulante 296.394 62,0% 644.559 69,5% 761.510 66,2%
Disponível 27.640 5,8% 44.422 4,8% 21.853 1,9%
Estoques 124.638 26,1% 331.053 35,7% 340.428 29,6%
Clientes 28.754 6,0% 94.256 10,2% 99.439 8,6%
Outros 115.362 24,1% 174.828 18,8% 299.790 26,0%
Realizável a LP 36.702 7,7% 29.680 3,2% 31.705 2,8%
Clientes 36.702 7,7% 29.680 3,2% 31.705 2,8%
Permanente 145.224 30,4% 253.267 27,3% 357.865 31,1%
Investimentos 75.113 15,7% 130.028 14,0% 224.656 19,5%
Imobilizado 60.781 12,7% 62.652 6,8% 107.540 9,3%
Diferido 9.330 2,0% 60.587 6,5% 25.669 2,2%
PASSIVO 478.320 100,0% 927.506 100,0% 1.151.080 100,0%
Circulante 72.021 15,1% 456.209 49,2% 565.751 49,1%
Contas a pagar 50.415 10,5% 320.004 34,5% 360.201 31,3%
Impostos a recolher 21.606 4,5% 136.205 14,7% 205.550 17,9%
Exigível a LP 226.273 47,3% 161.293 17,4% 130.776 11,4%
Financiamentos 226.273 47,3% 161.293 17,4% 130.776 11,4%
Patrimônio Líquido 180.026 37,6% 310.004 33,4% 454.553 39,5%
Capital Social 70.000 14,6% 87.500 9,4% 131.250 11,4%
Reservas 110.026 23,0% 222.504 24,0% 323.303 28,1%
Modelo de análise vertical

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO


Ano I Análise Ano II Análise Ano III Análise
R$ Vertical R$ Vertical R$ Vertical
VENDAS 921.995 100,0% 1.476.551 100,0% 2.140.999 100,0%
Custos das Vendas (640.676) 69,5% (774.031) 52,4% (1.125.780) 52,6%
LUCRO BRUTO 281.319 30,5% 702.520 47,6% 1.015.219 47,4%
Despesas Operacionais 221.214 24,0% 568.876 38,5% 798.123 37,3%
Despesas de Vendas 158.144 17,2% 487.482 33,0% 602.786 28,2%
Despesas Administrativas 42.781 4,6% 74.255 5,0% 182.907 8,5%
Despesas Financeiras (-)
Receitas Financeiras 17.936 1,9% 4.452 0,3% 9.352 0,4%
Outras Despesas 2.353 0,3% 2.687 0,2% 3.078 0,1%
LUCRO OPERACIONAL 60.105 6,5% 133.644 9,1% 217.096 10,1%
Resultado não operacional 29.023 3,1% 17.450 1,2% 14.247 0,7%
Receitas não operacionais 43.545 4,7% 34.719 2,4% 45.203 2,1%
Despesas não operacionais (14.522) 1,6% (17.269) 1,2% (30.956) 1,4%
LUCRO ANTES DO IR 89.128 9,7% 151.094 10,2% 231.343 10,8%
Provisão para o IR (2.333) (6.930) (15.649)
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 86.795 9,4% 144.164 9,8% 215.694 10,1%
Análise horizontal
A análise horizontal toma por base dois ou mais exercícios sociais para verificar a
evolução ou involução de seus componentes. Observando o comportamento dos
diversos itens do patrimônio e, principalmente, dos índices, pode-se fazer uma
análise de tendência.

Permite fazer diversas análises comparativas, seja da variação dos valores de cada
conta ou grupo de contas ao longo dos exercícios, seja da variação dos índices
apresentados pela empresa nos períodos analisados. A avaliação das modificações
das contas é feita por meio da comparação com:

• as variações históricas da própria da empresa;


• as taxas de crescimento da economia;
• as taxas de crescimento do setor a que pertence a empresa;
• a taxa de inflação oficial;
• as variações nas contas idênticas das demonstrações de concorrentes.

A análise horizontal dos índices tem a grande vantagem de eliminar a preocupação


do gestor com os patamares de inflação no período considerado, uma vez que os
índices resultam da comparação de grandezas de uma mesma data.
Modelo de análise horizontal
BALANÇO PATRIMONIAL
Ano I Análise Ano II Análise Ano III Análise
R$ Horizontal R$ Horizontal R$ Horizontal
ATIVO 478.320 100,0% 927.506 193,9% 1.151.080 240,7%
Circulante 296.394 100,0% 644.559 217,5% 761.510 256,9%
Disponível 27.640 100,0% 44.422 160,7% 21.853 79,1%
Estoques 124.638 100,0% 331.053 265,6% 340.428 273,1%
Clientes 28.754 100,0% 94.256 327,8% 99.439 345,8%
Outros 115.362 100,0% 174.828 151,5% 299.790 259,9%
Realizável a LP 36.702 100,0% 29.680 80,9% 31.705 86,4%
Clientes 36.702 100,0% 29.680 80,9% 31.705 86,4%
Permanente 145.224 100,0% 253.267 174,4% 357.865 246,4%
Investimentos 75.113 100,0% 130.028 173,1% 224.656 299,1%
Imobilizado 60.781 100,0% 62.652 103,1% 107.540 176,9%
Diferido 9.330 100,0% 60.587 649,4% 25.669 275,1%
PASSIVO 478.320 100,0% 927.506 193,9% 1.151.080 240,7%
Circulante 72.021 100,0% 456.209 633,4% 565.751 785,5%
Contas a pagar 50.415 100,0% 320.004 634,7% 360.201 714,5%
Impostos a recolher 21.606 100,0% 136.205 630,4% 205.550 951,4%
Exigível a LP 226.273 100,0% 161.293 71,3% 130.776 57,8%
Financiamentos 226.273 100,0% 161.293 71,3% 130.776 57,8%
Patrimônio Líquido 180.026 100,0% 310.004 172,2% 454.553 252,5%
Capital Social 70.000 100,0% 87.500 125,0% 131.250 187,5%
Reservas 110.026 100,0% 222.504 202,2% 323.303 293,8%
Modelo de análise horizontal
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Ano I Análise Ano II Análise Ano III Análise
R$ Horizontal R$ Horizontal R$ Horizontal
VENDAS 921.995 100,0% 1.476.551 160,1% 2.140.999 232,2%
Custos das Vendas (640.676) 100,0% (774.031) 120,8% (1.125.780) 175,7%
LUCRO BRUTO 281.319 100,0% 702.520 249,7% 1.015.219 360,9%
Despesas Operacionais 221.214 100,0% 568.876 257,2% 798.123 360,8%
Despesas de Vendas 158.144 100,0% 487.482 308,3% 602.786 381,2%
Despesas Administrativas 42.781 100,0% 74.255 173,6% 182.907 427,5%
Despesas Financeiras (-)
Receitas Financeiras 17.936 100,0% 4.452 24,8% 9.352 52,1%
Outras Despesas 2.353 100,0% 2.687 114,2% 3.078 130,8%
LUCRO OPERACIONAL 60.105 100,0% 133.644 222,4% 217.096 361,2%
Resultado não operacional 29.023 100,0% 17.450 60,1% 14.247 49,1%
Receitas não operacionais 43.545 100,0% 34.719 79,7% 45.203 103,8%
Despesas não operacionais (14.522) 100,0% (17.269) 118,9% (30.956) 213,2%
LUCRO ANTES DO IR 89.128 100,0% 151.094 169,5% 231.343 259,6%
Provisão para o IR (2.333) 100,0% (6.930) 297,0% (15.649) 670,8%
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 86.795 100,0% 144.164 166,1% 215.694 248,5%
Indicadores econômico-financeiros
O principal instrumento utilizado para analisar a situação econômico-financeira de
uma empresa é o índice, ou seja, o resultado da comparação entre grandezas.

Os índices estabelecem a relação entre as contas ou grupo de contas das


demonstrações contábeis, visando evidenciar determinado aspecto da situação
econômico-financeira de uma empresa.

Facilitam sensivelmente o trabalho de análise, uma vez que a apreciação de certas


relações ou percentuais é mais significativa que a observação de montantes. Servem
como um termômetro da saúde financeira da empresa. Os principais índices são:

• Índices de liquidez: apontam a capacidade de pagamento da empresa;


• Índices de estrutura de capital: demonstram a estrutura de capital da empresa;
• Índices de endividamento: refletem o nível de endividamento da empresa;
• Índices de atividades: mostram a dinâmica de algumas atividades da empresa;
• Índices de rentabilidade: avaliam o desempenho econômico da empresa.

Existem diversos outros índices para análise das demonstrações financeiras. Cabe ao
analista decidir quais utilizar de acordo com o objetivo da análise, podendo até criar.
Índices de liquidez
Liquidez imediata (LI)

Disponível
Passivo Circulante

Este índice mede a capacidade financeira da empresa em honrar imediatamente


seus compromissos de curto prazo contando apenas com suas disponibilidades, ou
seja os recursos disponíveis em caixa ou bancos.

Liquidez corrente (LC)


Ativo Circulante
Passivo Circulante

A liquidez corrente é um dos índices mais utilizados em análise econômico-financeira


mostrando quanto a empresa poderá dispor em recursos a curto prazo (caixa,
bancos, clientes, estoques, etc.) para pagar suas dívidas circulantes (fornecedores,
empréstimos e financiamentos a curto prazo, contas a pagar, etc.).
Índices de liquidez
Liquidez seca (LS)
(Ativo Circulante – Estoques)
Passivo Circulante

Esse índice é uma medida mais rigorosa da liquidez da empresa, sendo tratado por
muito especialista como “teste do ácido”. Mostra quanto a empresa poderá dispor de
recursos circulantes, sem levar em consideração seus estoques, para fazer face às
suas obrigações a curto prazo.

Liquidez geral (LG)

Ativo Circulante + Ativo Realizável a Longo Prazo


Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo

A liquidez geral, ou índice de solvência geral, é uma medida de capacidade da


empresa em honrar todas as suas exigibilidades, contando, para isso, com os seus
recursos realizáveis a curto e longo prazos.
Índices de estrutura de capital

Imobilização do patrimônio líquido (IPL)

Ativo Permanente
x 100
Patrimônio Líquido

Esse índice mostra quanto do ativo permanente da empresa é financiado pelo seu
patrimônio líquido e, portanto, a maior ou menor dependência de aporte de recursos
de terceiros para manutenção dos seus negócios

Participação de capitais de terceiros sobre recursos próprios (PCT)

Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo


Ativo Total

Indica quanto a empresa possui de capital de terceiros em relação ao capital próprio.


Índices de endividamento

Endividamento Geral (EG)

Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo


x 100
Passivo Total

Esse índice demonstra o grau de endividamento da empresa. Reflete também a


estrutura de capital da empresa (PCT).

Composição do endividamento (CE)

Passivo Circulante
x 100
Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo

O índice de composição do endividamento tem o objetivo de demonstrar a política


adotada para captação de recursos de terceiros. Pode-se identificar através desse
índice se a empresa concentra seu endividamento a curto ou longo prazo.
Índices de atividades

Prazo Médio de Compras (PMC)

Fornecedores
x 360
Montante das compras (CMV + EF – EI)

O prazo médio das compras, também conhecido por prazo médio de pagamento,
indica quanto tempo a empresa leva para pagar aos fornecedores suas obrigações
decorrentes das compras de matérias-primas ou mercadorias.

Prazo Médio de Estoques (PME)

Estoques
x 360
Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)

O prazo médio de estoques, ou giro dos estoques, é o tempo decorrido entre a compra
e a venda das mercadorias.
Índices de atividades
Prazo Médio de Recebimentos (PMR)

Clientes
x 360
Receita Operacional Bruta

O prazo médio de recebimentos retrata quanto tempo a empresa leva para receber
dos clientes, indicando o tempo decorrido entre a venda e o efetivo ingresso dos
recursos. Deve-se ressaltar que no montante de clientes deverão estar contidos os
créditos de curto e longo prazos.

Ciclo Operacional (CO)

Ciclo Operacional = PME + PMR

Indica o período decorrido entre a compra da mercadoria ou matéria-prima e o


recebimento efetivo referente às vendas efetuadas.
Índices de atividades
Ciclo Operacional
Compra Vende Recebe

PME = 67 dias + PMR = 53 dias = 120 dias

0 30 60 90 120 150 180

Ciclo Financeiro (CF)

Ciclo Financeiro = CO - PMP

Exprime o período decorrido entre o momento do pagamento aos fornecedores


referentes à compra da mercadoria ou matéria-prima e o efetivo recebimento relativo
às vendas efetuadas aos clientes.
Compra Vende Recebe
CO = 120 dias
PME = 67 dias PMR = 53 dias

PMP = 28 dias Ciclo Financeiro = 92 dias


Índices de rentabilidade
Taxa de Retorno dos Investimentos (TRI)

Lucro Líquido
x 100
Ativo Total

Esse índice mostra quanto a empresa está obtendo de retorno em relação aos seus
investimentos totais. Por meio dele pode-se também determinar o “payback”, ou seja,
em quanto tempo se recuperam os investimentos totais efetuado no negócio.

Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (TRPL)

Lucro Líquido
x 100
Patrimônio Líquido

Mede a remuneração dos capitais próprios investidos na empresa, ou seja, quanto foi
adicionado ao patrimônio líquido decorrente do resultado do período.
Índices de rentabilidade
Giro do Ativo (GA)

Vendas Líquidas
Ativo Total

Esse indicador demonstra se o faturamento gerado no período foi suficiente para


cobrir o investimento total.

Margem Bruta (MB)

Lucro Bruto
x 100
Receita Operacional Líquida

Representa a lucratividade auferida sobre o produto ou serviço comercializado pela


empresa.
Índices de rentabilidade
Margem Operacional (MO)

Lucro Operacional
x 100
Receita Operacional Líquida

Avalia o ganho operacional da empresa em relação ao seu faturamento. Esse indicador


revela a eficiência operacional da empresa, medida exclusivamente em função de suas
operações normais realizadas para manutenção da atividade-fim.

Margem Líquida (ML)

Lucro Líquido
x 100
Receita Operacional Líquida

Esse índice demonstra o retorno líquido da empresa sobre seu faturamento, após
dedução das despesas operacionais e não operacionais e os impactos do imposto de
renda e da contribuição social sobre o lucro.
Parecer técnico
O nível de segurança que se obtém de um parecer técnico sobre a situação econômica
financeira de uma empresa está diretamente relacionado ao período escolhido para a
avaliação. Por isso, recomenda-se que essa avaliação seja efetuada com base nas
demonstrações financeiras de pelo menos três exercícios sociais.

Os índices facilitam bastante o trabalho de análise, uma vez que a apreciação de


certas relações ou percentuais é mais significativa que a observação de montantes. De
fato, os índices servem como um termômetro da saúde financeira da empresa. Porém,
para fornecer um parecer conclusivo é necessário analisar outros aspectos da
estrutura financeira e econômica da empresa.
Portanto, os índices não devem ser considerados isoladamente, e sim num contexto
mais amplo, onde cabe interpretar também outros indicadores e variáveis. Muitas
vezes, um alto grau de endividamento não significa que a empresa esteja à beira da
insolvência, já que existem outros fatores capazes de atenuar essa condição.

O analista deve sempre ponderar sobre o ramo de atividade e as peculiaridades do


negócio da empresa, comparar os índices aos das empresas concorrentes e com os
índices-padrão que representam os índices médios de diversas empresas que atuam
no mesmo ramo de atividade da empresa em análise.
Análise geral dos índices
Média da Avaliação
Indústria Análise Análise Análise
Resumo dos Índices Ano I Ano II Ano III Ano III Comparativa Histórica Global

Índices de Liquidez
Liquidez imediata 0,14 0,12 0,10 0,10 ok ok ok
Liquidez corrente 2,04 2,08 1,97 2,05 ok ok ok
Liquidez seca 1,32 1,46 1,51 1,43 ok boa boa
Liquidez geral 1,98 2,19 2,26 2,14 ok boa boa

Índices de Endividamento
Endividamento geral 36,8% 44,3% 45,7% 40,0% ok ok ok
Composição do endividamento 44,2% 53,1% 52,4% 50,0% ok ok ok
Índices de Atividades
Prazo médio de pagamentos 76 81 94 67 ruim ruim ruim
Prazo médio de estoque 71 63 50 55 ok boa boa
Prazo médio de recebimento 44 51 59 44 ruim ruim ruim
Índices de Rentabilidade
Taxa de retorno dos investimentos 8,3% 4,5% 6,4% 4,8% boa ok boa
Taxa de retorno sobre o PL 13,1% 8,1% 11,8% 8,0% boa ok boa
Giro do ativo 0,94 0,79 0,85 0,75 ok ok ok
Margem bruta 31,4% 33,3% 32,1% 30,0% boa boa boa
Margem operacional 14,6% 11,8% 13,6% 11,0% boa ok boa
Margem líquida 8,8% 5,8% 7,5% 6,4% boa ok boa

Fonte modelo: Gitman – Princípios da Administração Financeira


Análise geral dos índices - Parecer

A análise geral dos índices tende a focalizar todos os aspectos das atividades
financeiras da empresa, através da análise comparativa com a indústria e da análise
do histórico da própria empresa, a fim de identificar as áreas que mais contribuíram
ou afetaram o desempenho da empresa no período em análise.

A seguir, breve exemplo de um parecer a partir da análise geral dos índices:

Liquidez
A liquidez geral da empresa parece exibir uma tendência razoavelmente estável,
tendo-se mantido em um nível relativamente consistente com a média da indústria
no ano III. Parece que a empresa tem uma boa liquidez.

Endividamento
As obrigações da empresa entre os anos I e III aumentaram e estão atualmente a
um nível acima da média da indústria. Ainda que esse aumento no índice de
endividamento possa ser causa de preocupação, aparentemente a empresa manteve
sua capacidade para satisfazer suas obrigações adequadamente.
Análise geral dos índices - Parecer
Atividade
A administração dos estoques parece ter melhorado, e no último ano desempenhou-
se em nível superior ao da indústria. A empresa pode estar enfrentando alguns
problemas com as duplicatas a receber. O prazo médio de recebimento cresceu para
um nível acima do da indústria. A empresa também está demorando para pagar suas
contas, ela está pagando, aproximadamente, 30 dias mais tarde que a média da
indústria. Embora os índices de liquidez da empresa estejam em patamares
adequados e alinhados com a média da indústria, deve-se dedicar alguma atenção à
administração das duplicatas a receber e do contas a pagar.
Lucratividade

A lucratividade da empresa no ano III foi melhor que a média da indústria, ainda que
não se possa comparar com o seu desempenho no ano I. Embora as margens brutas
nos anos II e III tenham sido melhores que a do ano I, parece que os níveis mais
altos das despesas operacionais e financeiras nos dois últimos anos provocaram uma
queda da margem líquida. Mesmo assim, no ano III a margem líquida da empresa é
bastante favorável, quando comparada a média da indústria.
Análise geral dos índices - Parecer

As taxas de retorno dos investimentos comportaram-se de maneira similar à margem


líquida, ao longo do período entre os anos I e III. A empresa parece ter sofrido uma
forte queda nas vendas, entre os anos I e II, ou uma rápida expansão nos ativos. O
giro do ativo reflete um considerável declínio na eficiência da utilização dos ativos
neste período.

Resumo Geral
Em resumo, parece que a empresa está crescendo e recentemente expandiu seus
ativos, essa expansão está sendo financiada basicamente através do uso do capital
de terceiros. O período entre os anos I e II reflete uma fase de ajuste e recuperação
do rápido crescimento dos ativos. Os lucros e demais indicadores de desempenho da
empresa parecem estar crescendo junto com o aumento no tamanho da operação.
Sistema de análise DuPont

O sistema de análise DuPont funciona como uma técnica de busca para localizar as
áreas responsáveis pelo desempenho financeiro da empresa. Este sistema funde a
demonstração do resultado e o balanço patrimonial em duas medidas-sínteses da
lucratividade: as taxas de retorno sobre o ativo total e sobre o patrimônio líquido.

Inicialmente, o sistema DuPont reúne a margem líquida, a qual mede a lucratividade


sobre as vendas, com o giro do ativo total, que indica a eficiência da empresa na
utilização dos seus ativos para geração de vendas. Na fórmula DuPont, o produto
desses dois índices resulta na taxa de retorno sobre o ativo total.

O segundo passo no sistema DuPont relaciona a taxa de retorno sobre o ativo total à
taxa de retorno sobre o patrimônio líquido. Esta última é obtida multiplicando-se a taxa
de retorno sobre o ativo total pelo multiplicador de alavancagem financeira, que
representa o índice de endividamento geral da empresa.

O sistema DuPont tem sido, há muitos anos, usado pelos administradores financeiros
como uma estrutura para analisar as demonstrações financeiras e avaliar a situação
econômica-financeira da empresa.
Sistema de análise DuPont - Modelo
Vendas
Demonstração do Resultado

menos

CMV
Lucro Líquido
menos
Margem Líquida
Despesas dividido por
Operacionais
Vendas
menos
Despesas
Financeiras
Taxa de Retorno sobre o
menos
Ativo Total
Provisão IR

Vendas
Giro do Ativo
dividido por Total
Ativo Circulante
Ativo Total
mais
Taxa de Retorno sobre o
Balanço Patrimonial

Ativo Realizável
Patrimônio Líquido
a LP
mais
Ativo
Permanente

Passivo
Circulante
Exigível Total
mais
Passivo Total Multiplicador de
Passivo Exigível mais
Alavancagem Financeira
a LP Patrimônio dividido por
Líquido Patrimônio
Líquido

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